Um segredo envolvendo Luan e Amanda vem à tona quando a Cápsula do Tempo é aberta. Eles iniciam um romance num momento complicado para a vida de ambos: enquanto Luan está envolvido com seu trabalho em uma agência de turismo, Amanda precisa ir à Espanha para ajudar sua irmã com os preparativos do casamento e iniciar um estágio.
De Lucas Andrade, Bem Me Quer já está disponível em todas as livrarias
Nostalgia 2021: Disney Club
Garanto que quem foi criança no final dos anos 90 e início dos anos 2000 não tenha esquecido a seguinte saudação: Cruj, cruj, cruj... Tchau!
Pois bem, a coluna deste mês relembra um pouco de um programa infantil que fez um enorme sucesso nos finais de tarde do SBT, estou falando do Disney Club. Tendo antes uma passagem pela Rede Globo dentro da TV Colosso o infantil se consolidou na emissora de Silvio Santos, sua introdução foi feita pelo premiado autor Cao Hamburguer e dirigida por Renato Fernandes, a sua exibição foi entre 02 de maio de 1997 a 19 de janeiro de 2001.
Intitulado como Comitê Revolucionário Ultra Jovem, Juca/Caju (Diego Ramiro), Guelé/Chiclete (Leonardo Monteiro) e Macarrão/Macaco (Caíque Benigno)fundaram juntos a TV CRUJ, uma emissora pirata que tinha a finalidade de ser um clube no qual crianças e jovens que eram intituladas como ultrajovens podiam desabafar sobre questões escolares, familiares e com a sociedade, além de fazer reclamações.
A TV CRUJ também exibia desenhos que marcou uma geração a exemplo de Timão e Pumba, A Turma do Pateta, DuckTales, 101 Dálmatas, Ana Pimentinha, Carmen San Diego, Tico e Teco e o inesquecível Doug. Ainda em 97 o programa ganha mais uma integrante a Malu/Maluca (Jussara Marques), já em 99 ocorre a primeira reformulação com a saída do Macaco, chega para compor a turma de apresentadores a Ana Paula/Pipoca (Danielle Lima) e posteriormente Frederico/Rico (Murilo Troccoli).
O Disney Club foi fruto de uma parceira do SBT com a Walt Disney Company e até hoje é considerado como um dos maiores programas infantis entre a segunda metade dos anos 90 e início dos anos 2000, porém mesmo superando as expectativas dos executivos a Disney optou em encerrar seu contrato com o SBT, pois o seu maior intuito com o programa foi divulgar seu futuro canal para a TV a cabo que seria o Disney Chanel. Como nos anos 90 poucas pessoas podiam ter TV a cabo em suas residências foi proposto ao SBT todo investimento para a produção e execução do programa, mas a Disney não imaginou que o mesmo ficaria tanto tempo no ar e com isso em 2001 o Disney Clube chegava ao fim, porém Silvio Santos ainda tinha uma carta na manga e reformula o infantil desta vez sob nome de Disney CRUJ, mas por conta das constantes derrotas para a TV Globinho o infantil teve sua última exibição em 28 de dezembro de 2002.
Os 10 anos da versão brasileira de 'Rebelde'
Há 10 anos ia ao ar o primeiro capítulo da
versão brasileira de Rebelde. Sophia Abrahão, Micael Borges, Lua Blanco, Arthur
Aguiar, Chay Suede e Mel Fronckowiak eram os protagonistas da trama adaptada por
Margareth Boury.
Na época, a audiência comprou a trama
adolescente, e a direção e a trama eram bem convidativas. Tinha seus erros, mas
para o público alvo era um prato cheio. Além da trama adolescente, os
personagens adultos também roubaram a cena em muitos momentos. Adriana
Garambone, Lana Rhodes, Eduardo Pires e Daniel Erthal foram personagens que
também conquistaram o público.
Após os primeiros 256
capítulos, a trama anunciou uma nova temporada com alguns personagens novos, e
foi essa nova fase que a história começou a perder a audiência e credibilidade,
abordando o RPG e fazendo com que a trama realista juvenil se transformasse em
um circo jogando para todos os lados. Com isso, não teve jeito e o público
desistiu da trama, que chegou a marcar 3 pontos de audiência.
REBELDES
Assim como na trama original, tivemos
aqui a banda que foi iniciada no porão do colégio Elite Way. E diferente dos
remakes, a versão brasileira da banda apostou em faixas inéditas ao invés das
versões originais. A composição das faixas ficou a cargo de Rick Bonadio,
conhecido por produzir o grupo Rouge, Di Ferrero e Gee Rocha, da banda NX Zero.
O primeiro álbum, Rebeldes, foi lançado no
mesmo ano, e o primeiro single foi Do Jeito que Eu Sou, e curiosamente, esse
primeiro trabalho da banda não está disponível nas plataformas digitais. Outras
faixas como Rebelde Pra Sempre, Quando Estou do Seu Lado, Depois da Chuva e
Ponto Fraco, fizeram sucesso e são lembradas até hoje pelo público.
No ano seguinte, a banda
lançou a versão ao vivo do álbum, e que além de trazer as canções do primeiro
álbum também trazia um momento solo de cada integrante com alguma faixa já conhecida.
Teve releituras de Lulu Santos, Lady Gaga, Shakira, entre outros.
Enfim, Rebelde completa 10
anos e serve para trazer uma sensação de nostalgia para quem acompanhou a trama
na época, assim como a banda. É inevitável falar que a trama não se perdeu,
mesmo sendo um dos fãs que jamais desistiram. Mas, existe algo de bom ali, e o
peito aperta com uma certa saudade daqueles dias em que cantávamos com plenos
pulmões durante a abertura, "meu coração vai ser rebelde para
sempreeeee..."
As novelas inéditas da Rede Globo; 'Grey's Anatomy' e sua mania de tentar impactar da pior forma; e mais... | CurtaS
Uma chamada narrada por dona Lourdes (Regina Casé) aparece entre um programa e outro anunciando algumas novas reprises por conta da pandemia do Covid-19, mas também nos presenteando com imagens das tramas inéditas que seguem sendo gravadas com todo o cuidado.
De todas as inéditas, Um Lugar ao Sol é a que mais me anima. Sou apaixonado pelo texto de Lícia Manzo e gosto muito do que li sobre a trama até o momento. O elenco também sai do óbvio e deve trazer um frescor para o horário nobre. A previsão de estreia é para o segundo semestre, mas tudo pode mudar. Vamos acompanhar as cenas dos próximos capítulos e torcer para que tudo melhore até lá.
GREY'S ANATOMY E SUA MANIA DE TENTAR IMPACTAR DA PIOR FORMA
Sou apaixonado por Grey's Anatomy, mas não é de hoje que a série vem desenhando um caminho meio irritante. Muitos personagens queridos se foram e impactaram os telespectadores, e mesmo após 17 temporada, os roteiristas seguem tentando impactar de alguma forma fazendo nos despedir de personagens que aprendemos a amar.
Se você não quer saber de spoiler da temporada 17, pare aqui. Mas mesmo não assistindo ao episódio, o fato de saber que DeLuca morreu me deixa muito triste. O que fizeram na temporada anterior já tinha me deixado extremamente chateado, e agora dar esse fim ao personagem é um pouco demais e se torna apenas mais uma morte gratuita na história da série. Confesso que só não desisto por teimosia.
EU ADORO ESTAR ALIENADO PELO BIG BROTHER
Acredito nunca ter vivido uma temporada do Big Brother de forma tão intensa. Nem mesmo a vigésima edição, quando eu acabei me reaproximando do formato e dando mais uma chance após anos.
A atual temporada é entretenimento puro, e aos que dizem que o elenco é péssimo, felizmente digo que a produção acertou em cheio na maioria. São pessoas humanas bem diferentes, mas que erram, acertam, metem os pés pelas mãos e nos fazem querer acompanhar dia após dia.
Óbvio que, tirando todo o lance do início da temporada, já que aquilo não era o tipo de entretenimento que gosto, mas hoje, digo tranquilamente que a temporada merece a audiência que vem conquistando.
A complexidade de ser humano no ótimo Pieces of a Woman
Quem não se despedaça após a perda de um ente querido? Principalmente se for um bebe que acabou de nascer, e morre logo após o parto. O casal Martha e Sean mostram em um longa potente, a dor do luto e como é difícil juntar os pedaços e se reconstruir. Somos seres humanos e cada um tem um universo dentro de si, suas dores, sua fé, seu amor, tudo isso é mostrado de uma forma assertiva e bem dirigida.
Nos primeiros minutos da obra de Kornél Mundruczó, já temos uma cena forte de Martha começando a entrar em trabalho de parto, porém a parteira que iria fazer seu parto, não pode estar em sua casa, e surgiu uma outra indicada a ajudar na condução da chegada de sua filha, porém a parteira substituta em muitos momentos apresenta algumas falhas, resultando na morte do bebe . O plano sequência e a estética já conseguem trazer uma certa aflição ao telespectador, gerando um momento de empatia pela dor da protagonista em fazer com que a criança nasça. Vanessa Kirby chama a atenção em uma atuação visceral, de cair o queixo, inclusive ressalto que Kirby pode ser indicada para a categoria MELHOR ATRIZ.
O longa então começa a focar mês em mês para mostrar os acontecimentos depois da perda da filha. Martha volta ao trabalho, enquanto Sean volta para as bebidas, o que aqui ilustra as formas de lidar com a perda, não só em momentos individuais mas como casal, nem a sua relação sexual reflete como era antes, há um abismo entre os dois, mas nunca eles conseguem se reconectar, ambos de mãos atadas, ela em nenhum momento se mostra aberta a diálogos ou chegar em algum acordo, faço até uma analogia aqui, com a Marta da Bíblia, tanto a personagem do longa, quanto retratada na série, ambas são as que querem resolver e não deixar ponta solta, a Martha de Kornel, faz um tom mais sombrio e completamente fechada, procurando apenas resolver as questões burocráticas como o velório da sua filha e a papelada, deixando sua própria família em segundo plano, sua mãe e principalmente seu marido, enquanto a da Bíblia é uma Matta mais solar, que se preocupa em acolher, mas que o tempo todo está preocupada com a casa e não com as pessoas da casa, na Bíblia Marta queria tanto receber Jesus bem que preocupou em sua acolhida mas deixou o próprio em segundo plano, ambas negaram a convivência.
Um tema recorrente no filme é até que ponto a vingança compensa, Martha é confrontada o tempo todo de levar isso ao tribunal e vingar a morte de sua filha pela parteira substituta que realizou o parto em meio a uma situação complicada mas até que ponto é saudável se alguém me fez mal eu vou e faço mal a ela, a partir desse pensamento é possível pensar em como o filme além de demonstrar com classe e empatia que todos nós somos passíveis de erros, inclusive erros que nos afetam a nossa vida e nosso circulo social.
A obra tem grandes destaques para a fotografia e a estética, os tons meio vintage e o cenário com poucas cores ajudam a expor o luto de maneira direta e sem rodeios.
Pieces of a Woman é um longa que vale a pena ser apreciado, com muita cautela, não veja em um dia triste, mas ele é um filme que consegue ser maduro e mostrar toda a complexidade do ser humano, através de como a vida separa e une pessoas em momentos distintos e como a própria vida é capaz de mudar o rumo das coisas e fazer com que ela mesmo siga seu curso.
Texto escrito por Marcos Tadeu
Nostalgia 2021: A Versatilidade de Thales Pan Chacon
Ator, bailarino e coreógrafo Thales Pan Chacon, foi uma personalidade bastante admirada entre o público e seus colegas de profissão. Nascido em 23 de novembro de 1956, Thales chegou a cursar arquitetura na USP, mas acabou desistindo do curso para se entregar as artes ainda nos anos 70 inicia seus estudos em dança fazendo sua estreia como bailarino no espetáculo Caminhada (1974), de Célia Gouvêa.
Além desta produção o mesmo ainda atua em Scapus (1975), Auké (1975) e Quem Sabe um Dia (1976), senda a sua primeira contribuição coreográfica. No final dos anos 70 decide se mudar para a Bélgica, retornando ao Brasil dá continuidade à sua carreira teatral em diversas produções a exemplo da montagem de Chorus Line, dirigido por Walter Clark (1983), Gardel, uma lembrança (1987).
Em 1982 ele estreia na televisão interpretando Bianco Pacheco na minissérie policial Avenida Paulista, no ano seguinte participou de Moinhos de Ventos na pele de Thiago Barreto ambas produzidas pela Rede Globo, porém em 1986 participa do filme Eu Sei que Vou te Amar, dirigido por Arnaldo Jabor e protagonizado por Fernanda Torres (que pela atuação conquistou o prêmio de melhor atriz no Festival de Cannes), após este trabalho Thales alcança o estrelado e passa a participar de inúmeras novelas e minisséries.
Thales com seu par em "Helena" |
Em 1987 se torna protagonista de Helena, na extinta Rede Manchete, no ano posterior volta a Rede Globo como Heitor Flores um dos principais personagens em Fera Radical. Em O Salvador de Pátria (1989) foi o advogado Cássio, em 90 retorna a Rede Manchete onde participa do policialesco Fronteiras do Desconhecido ainda neste ano vive o bon vivant que não quer nada com trabalho Henrique em Meu Bem, Meu Mal na Rede Globo.
Seus últimos trabalhos na emissora dos Marinhos foram nas minisséries Anos Rebeldes (1992), Sex Appeal (1993) e na novela “sobrenatural” Olho no Olho (1993). Seu último trabalho na televisão foi dando vida a Otávio Caldas no remake de Os Ossos do Barão no SBT.
Em sua trajetória Thales, pode mostrar a sua versatilidade dando vida a diferentes perfis, como bailarino o mesmo foi bastante elogiado por diretores e público que o prestigiou, como pessoa foi bastante apaixonado por sua esposa (1986-1992) e amiga a também atriz Carla Camurati, que o dirigiu em seu último trabalho no cinema em La Serva Padrona (1997). Thales nos deixou em 02 de outubro de 1997, aos 40 anos em decorrência das complicações do vírus da AIDS.
Na Resenha com Pedro - projeto VOZES PRETAS | Luiz Fara Monteiro
Ainda de acordo com o IBGE, o perfil mais comum de desempregado no ano anterior foi de homem jovem de cor preta com ensino médio incompleto ou equivalente. Mesmo havendo políticas de inclusão, o nosso país ainda assim, é perverso com a população negra. Para não esquecerem: #VIDASPRETASIMPORTAM.
Para falarmos melhor sobre o mercado de trabalho na área do jornalismo e um pouco da sua carreira convidamos o jornalista e radialista premiado Luiz Fara Monteiro, apresentador do Jornal da Record. Na nossa entrevista falamos um pouco sobre os desafios que um jornalista negro pode encontrar no mercado de trabalho, sobre políticas públicas para a inclusão do estudante em instituições de ensino, além dos percalços que um jornalista negro pode encontrar para fazer um bom jornalismo. Deixo aqui meu agradecimento pela oportunidade em entrevistá-lo, quero que saiba que como jornalista me espelho no seu trabalho e vendo você à frente de um dos principais telejornais do país me faz lembrar que sim, nós jornalistas pretos podemos chegar onde quisermos.
Pedro Lima: O que te levou para o jornalismo? Como foi sua trajetória no período acadêmico?
Luiz Fara Monteiro: Meu primeiro emprego foi aos 16 anos, como locutor de rádio, em um grupo de comunicação da capital federal. Embora o universo de rádio e tv me atraísse desde a adolescência, naquele momento em jamais imaginava que fosse trabalhar no meio.
Anos depois fui convidado para apresentar um programa de entretenimento na tv do grupo e só então me interessei em cursar jornalismo. Quase cinco anos depois eu estreava na Rabiobras, atual EBC, exatamente no dia 11 de setembro de 2001, quando houve os atentados nas torres gêmeas. Meu período acadêmico foi tranquilo e corrido ao mesmo tempo, corrido porque eu dividia meu tempo entre a faculdade e os três empregos. Tranquilo porque muito conteúdo do curso eu já conhecia na pratica.
PL: Sabemos que ainda há poucos jornalistas negros em atividade no país, e que para se inserir no mercado é preciso ter um diferencial. Quais desafios um jornalista negro no início de carreira pode se deparar? Você se deparou com algum?
LFM: Há poucos jornalistas negros, como há poucos advogados, magistrados, médicos, engenheiros, cientistas negros. Penso que a origem está na falta de acesso à boa educação da população de baixa renda, formada em sua maioria por pretos.
O primeiro desafio de um jornalista negro, infelizmente, é mostrar que é capaz de desenvolver a função tão bem ou melhor que seus colegas de pele clara. Outro desafio é a remuneração equiparada aos brancos, se for mulher a dificuldade pode ser maior ainda, por outro lado algumas empresas perceberam que é possível encontrar este profissional disponível no mercado e acordaram também para a importância da diversidade.
Mas é bom ressaltar que na pratica, eu e outros colegas pretos que exercermos a função estamos ali antes de mais nada pela competência. Sonho com o dia em que a sociedade como um todo enxergará profissionais antes de mais nada, a cor da pele não terá importância.
PL: Atualmente temos programas sociais para o estudante de escolas públicas ingressarem nas universidades e faculdades, porém de acordo com dados do IBGE o número de estudantes negros ainda é metade do total do número de brancos. Em sua opinião, porque esse número não é igualitário?
LFM: Ainda não é igualitário porque leva tempo para que as ferramentas e sua abrangência alcancem seus objetivos. Mas há dados do mesmo IBGE que mostra que pretos e pardos são maioria nas universidades públicas do Brasil, reflexo de políticas públicas que proporcionaram o acesso da população preta e parda na rede de ensino.
E veja que auspicioso: esta informação foi divulgada em novembro de 2019, justamente quando comemorávamos mais uma semana da consciência negra. Tenho orgulho de lembrar que na ocasião, a emissora para qual trabalho reuniu em São Paulo sete profissionais negros que mostraram uma série especial de reportagens sobre as conquistas e desafios dessa população.
PL: Mesmo com as constantes transformações no mercado jornalístico provocadas pelo advento da tecnologia, acredita que é possível afirmar que as empresas de comunicação segregam jornalistas negros?
LFM: Nunca soube de empresa de comunicação que segreguem jornalistas negros se existe, não conheço e se conhecesse, denunciaria. O que noto ainda é uma falta gritante de profissionais negros em suas redações ou no vídeo, mas não posso especular sobre o motivo, talvez passe pela ausência como um todo de disponibilidade de profissionais negros no mercado ou falta de orçamento para expansão de vagas.
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LFM: A experiência foi maravilhosa, a melhor da minha vida. Estive a cinco metros de Nelson Mandela em abril de 2009, quando o ex-líder foi votar na eleição presidencial que elegeu Jacob Zuma. Não o entrevistamos porque ele já estava com a saúde debilitada e não atendia mais jornalistas, foram dois anos de viagens e experiências espetaculares com foco nos preparativos para a realização da primeira copa do mundo no continente africano.
LFM: Para ser sincero, sempre achei muito difícil chegar até a bancada do JR porque minha base era Brasília e eu nunca conversei com alguém sobre essa possibilidade. Embora tenha entrado na emissora como apresentador em Brasília, meu foco sempre foi reportagem seja na cobertura política em Brasília, seja na África do Sul como correspondente. São muitas responsabilidades de se apresentar o JR, considerado internamente como um dos principais produtos da emissora.
PL: Um jornalista deve estar preparado para cobrir diversas pautas, mas sempre à aquela que o mais o desafiou, qual a sua? E porquê?
LFM: Toda pauta é um desafio e o jornalismo é tão dinâmico e surpreendente que pautas que você imagina ser tranquila quando recebe se torna de uma complexidade enorme quando você chega na rua. Assuntos que você imagina que não irá gostar acaba sendo prazeroso, costumo dizer que no jornalismo cada dia é uma história e cada pauta uma surpresa.
LFM: Certa vez eu estava gravando um stand-up na rua em Brasília quando uma senhora me disse que o filho dela, negro como eu, sonhava em ser jornalista de tv mas que não acreditava que seria capaz porque não via repórteres nem apresentadores negros, e quando me viu ela passou acreditar que seria possível. A mensagem que eu deixo é que o jovem negro que queira ser jornalista vá taras do seu sonho e não se deixe abater por nada, mas que se prepare para um mercado competitivo, que devore livros, jornais, sites, que leia política, economia, cidades, tudo. Que se especialize em um ou mais segmentos para que tenha diferenciais dentro de uma redação, acreditar em si é o principal segredo.
O Big Brother Brasil 21 e o retrato da sociedade atual
Quando os participantes da vigésima primeira edição do Big Brother Brasil foram anunciados, muitos eram vistos como artistas incríveis que lutavam por causas sociais e levantavam bandeiras de igualdade. É o caso de Projota e Karol Conká, por tanto, apenas duas semanas depois da estreia do reality, que eles dizem estar se mostrando de verdade, mostram um lado sujo e que vai contra tudo o que pregam na internet.
E eu citei apenas os dois, mas o elenco é grande. Nego Di e Rodolffo, que felizmente eu não conhecia antes do reality, Fiuk, Viih Tube e Pocah. Essa última, lançou uma música em parceria com a Pabllo Vittar antes de entrar na casa, e tem uma parceria gravada com Lia Clark, mas ontem foi responsável por colocar um dos participantes, Lucas Penteado, contra a parede por ter beijado um homem, sendo que nunca tinha mencionado ser bissexual. Oi? Desde quando devemos nos impor sobre a sexualidade de alguém?
Temos também participantes que não são do camarote, como a psicóloga Lumena, que se mostra completamente equivocada e com falas que são completamente banais. Uma mulher LGBTQI+, negra, também foi uma das participantes que colocou um garoto de 24 anos contra a parede diversas vezes, e jamais conseguiu ouvir o que ele tinha pra falar. E ele tentou tanto. Ela condena, mas se cala ao ver falas machistas, bullying e tortura psicológica - que na maioria das vezes também é feito por ela.
Lucas é pauta, mas Juliette também sofre todos os dias por sua forma de falar. Carla Diaz também já foi vítima desse mesmo grupo. Aos poucos, a lista vai crescendo, e apesar de militarem na internet, eles são o retrato da sociedade brasileira. Onde, ao que parece, levantam bandeiras apenas para se promover, mas quando existe uma pessoa que precisa ser ouvida, eles excluem, não ouvem, tentam impor suas verdades de maneira drástica e sem empatia. E empatia é um sentimento que essa turma prega de uma maneira tão linda nesse mundinho que é a internet.
Hoje, Lucas Penteado desistiu do programa. Ele estava abalado emocionalmente após tanto brincarem com seu psicológico e o pintarem como monstro. Felizmente, ele estava em um reality, onde ele pode entrar em uma sala e pedir pra sair. Na vida real, geralmente a sala é o suicídio. Jovens que são tratados como ele foi, muitas vezes não tem uma ajuda ou uma oportunidade pra pedir pra sair. Ainda bem que ele estava em um reality. Ainda bem. E que tem um público incrível aqui fora para lhe dar muito carinho e acolhimento. E aos que estão lá dentro, se achando as melhores pessoas do mundo, fica nosso até logo. Não vemos a hora de ver sair um por um.
Na Resenha com Pedro - projeto VOZES PRETAS | Flávio Renegado
O racismo estrutural sempre dominou a sociedade, por mais que sejamos maioria entre a população brasileira, ganhamos pouco, não temos as mesmas oportunidades de emprego, educação e ascensão. Somos marginalizados ao ponto de nos tornarmos as principais vítimas da violência, além de sermos a maior parte da população encarcerada. Diante dessas problemáticas me perguntei... Porque nós negros sofremos tanto com uma sociedade injusta e cruel ao ponto de nos colocarmos como seres inferiores?
Após essa pergunta, decidi criar esse projeto, intitulado VOZES PRETAS, tendo como finalidade ouvir personalidades negras da música, arte e jornalismo, afim de desmitificar o que a sociedade sempre impôs, e aqui reafirmo: #VIDASPRETASIMPORTAM.
E para darmos início ao nosso projeto, bati um papo com o rapper, cantor, compositor, ator, ativista e empreendedor social: Flávio Renegado. Que de antemão, quero esboçar a minha felicidade e agradecer a oportunidade de conhecer um pouco sobre sua história e por ter acreditado em meu projeto. Muita paz e mais sucesso a ti, Renegado!
PEDRO LIMA: Seu contato com o rap foi muito cedo, o que te levou a caminhar no meio musical? Olhando a sua trajetória, como define seu caminho profissional?
FLÁVIO RENEGADO: Bom... Comecei a cantar rap com os treze anos, né mano. Cara eu sempre fui apaixonado por música, eu canto rap porque é o gênero musical que me arrebatou. Eu acho que de toda forma, se não fosse o rap, eu cantaria música de qualquer maneira, porque cada dia que passa eu tenho mais certeza que eu sou músico, mas o rap eu tenho uma paixão impar por ser a música da verdade, a música que fala a realidade que fala a verdade, que prega a verdade, então o rap ganhou esse lugar no meu coração nesse sentido. Cara eu me defino como esse ser cosmopolita, que é um ser periférico, tá ligado? A periferia é um lugar que reúne tudo! Reúne tecnologia, reúne resistência, reúne passado, futuro, presente. Eu sou isso, sou um pouco disso tudo, eu sou um pouco dessa nova periferia que vem se consolidando se erguendo e se fazendo presente.
PL: Em seu ponto de vista, o que motivou a criação do rap e o que o impulsionou em transformar a realidade em gênero musical?
FR: Se você analisar a história do hip-hop, ele surge e tomou força nos guetos norte-americanos por uma série de coisas. Primeiro em poder falar o que se pensa, o que se acha e o que se vive. Ele se deu muito nesse lugar de resistência e sobrevivência. Então o rap veio como representante desse som, dessa rapaziada que estava ali esquecida e marginalizada no gueto, e que não tinha condição financeira para adquirir equipamentos para fazer música na perspectiva que deveria ser, e que achou no rap e hip-hop uma maneira de produção barata e que podia se falar o que pensava, então sinto que ali o rap nasceu e ganhou fôlego, tá ligado? Por ser uma expressão do gueto, uma expressão de quem não tinha espaço para falar e encontrou nessa expressão falar o que pensa, o que acha, o que sente e o que vive. Então no meu ponto de vista é aí que o gênero ganhou força.
PL: Servindo como ferramenta de resistência, o rap por muito tempo foi marginalizado. Acredita que por ser um gênero musical feito em sua maioria por negros periféricos fez com que a sociedade tivesse essa visão?
FR: Sim! Um pouco sim, cara. A sociedade é preconceituosa, né mano? Principalmente com o que vem da periferia. O samba viveu isso, o rap viveu isso, o funk vive isso, a música nordestina vive isso. É isso, a sociedade quer que a gente continue quieto e calado no gueto, só que a periferia é o centro! Hoje nós somos a pauta, hoje nós damos a pauta para discussão, tá ligado?! Então vamos continuar lutando e fazendo a nossa pauta acontecer.
PL: Atualmente estamos vivendo momentos de grandes transformações, tivemos muitos movimentos antirracista. Como analisa esse último ano que foi tão perverso para nós negros?
FR: Mano, a pandemia aflorou muito o que realmente é o ser humano. A pandemia nos obrigou a ficar dentro de casa e olhar no espelho, e aí quando a gente tem o assassinato do George Floyd, do garoto Miguel e de vários outros durante esse processo pandêmico demonstra o que realmente a sociedade é, tá ligado? Uma sociedade patriarcal, racista que desteta gays, pretos e mulheres, detesta os pobres. Essa sociedade que o tempo inteiro nos julga e nos condena, porque estamos apenas vivendo e resistindo e para eles é uma ofensa muito grande conquistarmos espaços e nos apropriarmos desses espaços. Então vamos continuar lutando, vamos continuar resistindo quer eles queiram ou não, mas é isso, a pandemia aflorou o que a sociedade é.
PL: Composição sua e de Gabriel moura, a música “Negão e Negra” traz uma letra forte e uma mensagem contra o racismo. Como surgiu a ideia para essa composição?
FR: Quando rolou a possibilidade de fazer um feat com a Elza, eu quis logo fazer uma música para coroar esse momento e aí nasceu “negão e negra”. Mostrei a ela que curtiu, e gravamos o som, tá ligado? Foi uma música feita para ser interpretada por mim e por ela, a gente já compôs a música pensando nesse feat, nessa parceria e eu tive a felicidade dela curtir e aceitar o feat. Então o máximo respeito! Obrigado meu parceiro Gabriel Moura, por acreditar e chegar junto comigo nessa daí, espero que tenhamos a oportunidade de escrever várias outras mais, e vamo que vamo!
PL: Ainda sobre o single “Negão e Negra”, como foi ter a Elza Soares como parceira musical?
FR: Um presente, né mano? Um presente, a partir dali nós coroamos essa parceria. Depois de “Negão e Negra” já fizemos outro feat,que foi “Divino Maravilhoso” de Gil e Caetano, e espero esse ano fazer mais feats com ela, e poder ter ela junto comigo em outras canções também. E vamo que vamo, vamo parar por aí não, ainda tenho muito que fazer nessa vida.
PL: Quais são seus projetos para este ano que se inicia?
FR: Estou em estúdio, gravando músicas novas, compondo bastante preparando novos projetos para o mundo virtual e o para o mundo presencial. Agora que temos a previsão da vacina, já fico mais feliz em poder encontrar com as pessoas poder estar no palco novamente. Estou quase há um ano sem subir no palco, muita saudade de tocar de estar junto sentir a energia do povo é o que me alimenta, mas o pessoal que acompanha meu trabalho pode continuar conectado que vai vim muita coisa nova aí, muita coisa bonita estou muito feliz com as composições novas, cheio de coisa linda. E um aviso, quem gosta de Renegado vai ficar muito feliz com esse ano, tá bom?
PL: Por fim... Qual mensagem você deixa para o jovem negro que vê o rap como forma de externar suas dores e através da música fazer uma sociedade melhor?
FR: Cara o rap é a música da verdade, se você quer cantar rap pense nisso! Pense em cantar a sua verdade, em cantar a verdade que você acredita, a verdade que te move. Você será um rapper feliz, o rap tem que ser o que a gente sente ele é o nosso coração, temos que dar vida ao nosso coração, tá na hora de dar voz ao coração o século XXI tá aí para nos mostrar os aplausos, tá ligado? Temos que dar voz ao nosso coração, deixar nosso peito falar e ser feliz, é isso.
Bom... Muito obrigado pela entrevista foi uma honra, um prazer estar com vocês. Obrigado pelas perguntas maravilhosas, adorei todas, e vamo que vamo. Pessoal que não conhece meu trabalho , convido a conhecer minhas redes e ficar por dentro, todo dia de manhã faço um café com chocolate, se quiser bater um papo de manhã cedo vai lá tomar um café comigo.
Certo? Beijo no coração, fé em Deus e é nois que tá! Até breve!
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Nostalgia 2021: A alegria e a elegância de Betty Lago
Nascida em 24 de junho de 1955, Elizabeth Lago Netto, ficou nacionalmente conhecida como Betty Lago modelo, atriz e apresentadora dona de uma alegria contagiante e um talento extraordinário nas passarelas e na televisão, Betty começou sua carreira como modelo nos anos 70, foi descoberta pelo fotógrafo Evandro Teixeira e que após alguns anos foi encorajada a tentar a carreira no exterior.
Betty em 'Quatro por Quatro' (1994) |
Após 15 anos se dividindo entre as passarelas da Itália, França e Estados Unidos, Betty volta ao Brasil disposta a tentar a carreira de atriz (durante os anos de 1988 a 1991 Betty, fez cursos de interpretação no exterior), porém sua estreia aconteceu em 1976 dando vida a Zizi no filme Dona Flor e Seus Dois Maridos. Na televisão sua primeira aparição foi em 1992 na minissérie Anos Rebeldes interpretando a elegante Natália, no ano seguinte Vick Valentine na minissérie Sex Appeal, em 1994 foi uma das protagonistas do megassucesso Quatro por Quatro no papel da transloucada Abigail. Após esse trabalho a atriz firma uma bela parceria com o autor Carlos Lombardi participando de outras produções de autoria do mesmo a exemplo de Vira-Lata (1996), Uga Uga (2000), O Quinto do Infernos (2002), Kubanacan (2003), Pé na Jaca (2006) e Guerra e Paz (2008).
Mas entre todos esses papeis citados acima Betty, teve mais uma protagonista na carreira em O Amor Está no Ar (1997) foi Sofia, uma mulher exuberante que se apaixona pelo mesmo homem que sua filha. Além disso fez participações em Pecado Capital (1998), Os Normais (2002), A Diarista (2004), Bang Bang (2005) e Cinquentinha (2010) interpretando Rejane em seu último trabalho na Rede Globo.
Betty caracterizada para sua personagem em 'Bang Bang' (2005) |
Como apresentadora comandou no canal fechado GNT entre 2000 a 2002 o GNT Fashion, de 2005 a 2010 compôs o time de apresentadoras do Saia Justa. Em 2011 transfere-se para RecordTV, e participa da novela Vidas em Jogo na pele da divertida empregada doméstica Marizete, pela primeira vez vimos Betty em um papel totalmente diferente do que já tinha feito e sobre este papel a atriz fez a seguinte declaração ao site Terra, em 11 de maio de 2011: “Acho que foi o grande barato de assinar com a Record: experimentar um papel que já é popular no texto. Dizer que eu só posso interpretar com traços de classe é a mesma coisa, na minha opinião, que falar que pobre não pode ter traços finos”.
Betty em 'Pecado Mortal' (2013) |
Após a novela, a atriz teve mais uma vez presente em um trabalho de Carlos Lombardi, desta vez em sua estreia na RecordTV com a novela Pecado Mortal (2013), no papel de Stella. Pecado Mortal é foi a última vez que vimos Betty em uma novela.
No ano seguinte, lança um canal de humor no YouTube, intitulado Calma, Betty!, já doente, se afastou da televisão para travar uma luta contra o câncer - diagnosticado em 2012 - e, em, 13 de setembro de 2015, Betty Lago partiu para alegrar o céu, aos 60 anos de idade, deixando um legado na história da televisão brasileira.
Supernatural tem final decepcionante
Sempre imaginei que o fim dos irmãos seria a morte, e que eles seriam os responsáveis por salvar o mundo dos monstros. Se não os dois, um seria morto para se sacrificar. Após o penúltimo episódio da série pensei ter assistido o series finale enganado, mas infelizmente ainda restava mais um.
O que aconteceu no último episódio foi corrido e sem emoção. Após derrotarem Deus, Dean morrer em uma caçada normal é muito injusto e anticlímax. E por não acreditar estar acontecendo daquela forma, não consegui me emocionar com a despedida dos irmãos. O final teve diversos erros, o que fez com que pra mim, a série terminasse no lindo, vibrante e aceitável penúltimo episódio.
Após morrer, vimos Sam casar com
alguém que nem sabemos quem é. E o romance que ele tinha com Eileen?
Esqueceram? Ao que tudo indica, continuou caçando e seu filho seguiu os passos
do pai, mas foi tudo tão corrido que parecia final de novela das seis. Sem
contar que por qual motivo Sam apareceu no céu com a fisionomia jovem se ele
morreu velho? Bobby, Dean, Marry e tantos outros morreram e ficaram com a
fisionomia de quando morreram. Por qual motivo com ele foi diferente?
Foram muitas pontas soltas, o que é
normal para uma série com mais de 200 episódios, mas o mais triste foi saber do
potencial que os roteiristas tinham para dar um final justo para Supernatural.
Série que tem episódios incríveis onde brinca com a nostalgia dos fãs, emociona
e honra com a mitologia da série. Infelizmente isso não aconteceu no último da
série.
P.S: Tantos personagens ao longo dos
anos e que não deram as caras no último da série, mas o mais injusto foi
Castiel ter sido mencionado e não aparecer. Um personagem tão importante quanto
os dois irmãos. Lamentável.
O Comenta te espera em 2021
Este é o nono ano em que escrevo um texto no blog me despedindo de um ano que se aproxima do fim. Por tanto, posso garantir que 2020 foi o ano mais intenso e diferente para mim. Foi o ano em que me encontrei na vida pessoal, profissional e me sinto, de fato, adulto.
2020 ficou marcado para todas as pessoas do mundo por conta da pandemia do Covid-19, mas ainda assim precisamos ser gratos por chegarmos em dezembro bem de saúde, sendo que muitos perderam a vida nesse ano tão incomum e triste.
Geralmente chegamos ao fim de um ano desejando coisas lindas para o próximo, mas eu só consigo chegar ao fim desse ano pedindo proteção e que seguimos resistindo contra tudo de ruim que cruzar nosso caminho e tendo sabedoria para lidar com o caos dentro da gente.
Em um contexto pessoal, esse ano foi melhor que o ano passado - onde me acidentei e passei um dos piores momentos da minha vida. Eu acredito que mesmo com tudo de ruim acontecendo, a gente precisa ter esperança de que tudo vai melhorar. E vai!
Agradeço todos que estiveram comigo aqui no blog neste ano, e que a gente possa se encontrar mais vezes em 2021. Abaixo, um pouquinho dos novos banners das colunas. Espero que gostem! Um Feliz Natal e um ano novo com proteção e paz!