O que The Vampire Diaries nos reserva?

 


Semana passada a notícia da saída de Nina Dobrev do elenco de The Vampire Diaries, pegou todos de surpresa. Após seis temporadas, a atriz que interpreta Elena Gilbert, a protagonista da trama, vai nos deixar. E o que podemos esperar? Como vai ficar a série sem a principal personagem? Os fãs chegaram a fazer uma campanha para a série acabar na sexta temporada, algo impossível, já que foi confirmado a sétima temporada já no início da atual.

Eu como fã da série, me sinto triste, já que quem assiste, sabe o quanto a personagem sofreu. Cresceu. Ela viveu várias personagens nesses seis anos, dentro da série, e nenhuma foi menos importante que Elena. Estou sentimental e sei que o fim da temporada e junto com ele, o desfecho da personagem, vai deixar todos com o coração na mão e sem lágrimas, já que eu sei que os produtores vão nos proporcionar momentos épicos. Isso eu não tenho dúvidas.

Minhas dúvidas são sobre o futuro da série. Por um lado, a saída pode refletir positivamente na história. Já que por muito tempo a história girou em torno de Elena Gilbert, agora, os roteiristas, vão poder expandir e ir por outros caminhos. Os personagens secundários poderão ter mais destaque, além de poder vir ter novos personagens. 

Estou animado com as mudanças, mas ao mesmo tempo com um aperto no peito! Apesar de tudo, estou com medo da série encerrar na próxima temporada. E eu juro que não sei com seria minha vida sem The Vampire Diaries. 


Nostalgia 2015: Comédia, suspense e rock em "VAMP", novela que foi sucesso nos anos 90


VAMP foi uma novela de Antonio Calmon com colaboração de Vinícius Vianna, Lilian Garcia e Tiago Santiago. A direção foi de Jorge Fernando. Exibida entre 15/07/1991 e 08/02/1992 às 18h50.


Na fictícia Armação dos Anjos, cidadezinha no litoral do Rio de Janeiro, o capitão reformado da Marinha Jonas Rocha (Reginaldo Faria), viúvo e pai de seis filhos, casa-se com a historiadora Carmem Maura (Joana Fomm), também viúva e mãe de seis filhos. Apaixonado, o casal vive em harmonia com sua grande família até a chegada da cantora de rock Natasha (Claudia Ohana), vampira que se tornou famosa internacionalmente após um pacto com o líder dos vampiros, o conde Vladimir Polanski, Vlad (Ney Latorraca), a quem ela agora deseja destruir para se livrar de sua maldição. A única arma que poderá ajudá-la a realizar seus planos é a Cruz de São Sebastião, que está escondida em algum lugar de Armação dos Anjos. Diz a profecia que a cruz deve ser manejada por um homem chamado Rocha. O herói é o capitão Jonas, que, em encarnações passadas, disputou com o conde Vlad o amor da cantora, que então se chamava Eugênia. Ameaçado, Vlad passa a perseguir a roqueira e a família de Jonas, transformando Armação em uma cidade repleta de vampiros.


Em determinado momento da história, Natasha se envolve com Lipe (Fábio Assunção), o filho mais velho de Jonas, atrapalhando o romance do jovem com a doce Lena (Daniela Camargo). A roqueira engravida e, nos capítulos finais, dá à luz um menino, Lipinho. Natasha decide ir embora de Armação dos Anjos para se dedicar à carreira, e deixa o bebê para Lipe e Lena criarem. Antes disso, Lipinho enfrenta a fúria de Vlad. Encarnado em Gerald (Guilherme Leme), Vlad sequestra a criança e tenta mordê-lo, com o objetivo de manter a linhagem dos vampiros. Lipinho escapa graças ao capitão Jonas, que atira contra Vlad, e à caçadora de vampiros Mrs. Penn Taylor (Vera Holtz), que joga água benta na criança. Agonizando, Gerald se transforma em Vlad. Mesmo enfraquecido, ele parte para cima de Jonas, que crava uma estaca em seu peito, acabando definitivamente com o todo-poderoso conde. Na última cena da novela, Natasha brilha em um show em Nova York.


Antonio Calmon desejava atrair o público jovem, como já havia feito no cinema, com Menino do Rio (1982), e na televisão, com o seriado Armação Ilimitada (1985). O autor inovou ao criar uma trama sobre vampiros passada nos dias de hoje, misturando comédia, suspense, rock e atores mirins.

Entre as referências do autor para criar a novela está o filme A Dança dos Vampiros (1967), do diretor franco-polonês Roman Polanski. O nome do personagem de Ney Latorraca, conde Vladimir Polanski, é uma homenagem ao diretor.

Segundo Antonio Calmon, o equilíbrio entre romance, mistério e humor, e a direção ousada de Jorge Fernando fizeram com que o tema dos vampiros fosse bem aceito no horário das 19 horas. Praticamente uma chanchada, a trama agradou a mídia mas não resultou na identificação das donas de casa, tendo como público principal os telespectadores infanto-juvenis.

Ney Latorraca contou que foi convidado para fazer apenas nove capítulos da novela. Mas o sucesso de seu personagem foi tão grande ele não deixou mais a trama.


 Vamp foi a primeira novela dos atores Fernanda Rodrigues e André Gonçalves na TV Globo.

Joana Fomm afirmou que, assim como a vilã Perpétua, de Tieta (1989), sua personagem em Vamp, Carmen Maura, fez muito sucesso com as crianças. O mesmo aconteceu com Reginaldo Faria, que se acostumou a ser chamado nas ruas de Capitão Jonas, seu personagem na novela.

Otávio Augusto embarcou no clima de comédia e deu suas contribuições para a composição do personagem. Entre elas, a característica de Matoso misturar diferentes idiomas em suas falas, e a ideia de fazer dele um vampiro de um dente só. O ator contou que, devido ao sucesso da novela, chegou a ir em festas de aniversário de filhos de amigos em que o bolo tinha o formato de um caixão.

Com a escalação para fazer Vamp, Fábio Assunção assinou seu primeiro contrato longo com a TV Globo, de dois anos. Era sua segunda novela após a estreia em Meu Bem, Meu Mal (1990).


Os fanáticos pelas histórias de terror criticaram a novela por mostrar vampiros passeando em plena luz do dia e envolvidos em situações cômicas.

A Editora Globo lançou um álbum de figurinhas da novela, direcionado ao público infanto-juvenil. 

Em 2002, o autor Antonio Calmon escreveu outra novela sobre vampiros, O Beijo do Vampiro, com Tarcísio Meira no papel do vampiro Bóris Vladescu. O ator Ney Latorraca também integrou o elenco da novela, como o vampiro Nosferatu. 

Devido ao sucesso que fez entre o público infanto-juvenil, Vamp foi reapresentada a partir de janeiro de 1993, às 16h55, na programação de férias da Rede Globo. 

A novela foi vendida para Chile, México, Moçambique, Nicarágua, Paraguai, Peru, Portugal, República Dominicana e Venezuela, entre outros países.


#ACAoVivo é mais um trabalho de qualidade da cantora Ana Carolina

 


CD 1: Como começar a falar de um disco que eu esperei muito? Quando Ana Carolina lançou o #AC (2013), confesso que esperava muito mais. Mas foi só eu me acostumar com a nova vibe da cantora, que eu pude ver que não tinha mudado muito, apenas saiu de sua zona de conforto e ousou. Dois anos depois, lança o #ACAoVivo e mostra que não podia ter feito coisa melhor.

Pole Dance abre o disco e mostra que o baile só está começando e Ana Carolina se mostra muito a vontade e animada, seguida da ótima Bang Bang 2, uma das melhores músicas do disco. Mas o ponto alto é o madley onde canta Esperta/ Você Não Sabe/ Cantinho, o que é isso? Puro talento! Se engana quem diz que Ana Carolina é uma cantora romântica. Ela é de todos os ritmos. O que se vê no outro madley presente no disco, onde canta Nua/ Pra Rua Me Levar/ Uma Louca Tempestade, músicas do início de sua carreira e que o público canta em coro junto com uma Ana emocionada. É outro ponto alto de um disco cheio de pontos altos. Impossível não se arrepiar! 

"Quase entrei num beco sem saída/ Mas depois da despedida/ Volto ao ponto de partida pra encontrar o amor em paz..." e é lindo ouvir Combustível ao vivo com um coro no fundo, seguida de Um Sueño Bajo El Agua, que funcionou melhor ao vivo do que no disco de estúdio. Dez Minutos diferente das outras versões, tem uma batida mais forte, do que quando lançada no disco Nove (2009). Prefiro a versão original. Não que tenha ficado ruim, mas também não ficou bom.

"Sei que mudei/ Sonhei, sorri, cai/ Depois me levantei/ Tudo que eu sofri/ Me fez mais forte/ Eu sei...", Mais Forte ficou muito melhor sendo cantada ao vivo, com uma batida mais forte. Ana e sua voz de presença! Essa cantora não brinca em serviço. Coração Selvagem é boa, mas, pra mim, é um dos pontos mais fracos do disco. 

CD 2: Problemas/ Quem de Nós dois, duas ótimas músicas que se encaixaram perfeitamente em um ótimo madley. Resposta da Rita ficou ótima com a música original sendo cantada antes pelo ótimo Chico Buarque. Quem imaginou Ana Carolina cantando Piriguete um dia? Pois é, vivemos para ouvir e assistir isso. E não é que se encaixou totalmente? Seguida de Você Não Vale Nada, em um ótimo madley. Ana não tem medo de arriscar, afinal, podemos ver que nesse trabalho ela não quis apenas inovar, ela quis se divertir. Garganta com uma roupagem mais dançante e nos moldes do atual baile de Ana, perdeu um pouco a força. Após músicas pra colocar o público pra dançar, Ana canta a linda É Isso Aí, com um coro lindo de se ouvir, com um arranjo diferente, com umas batidas no refrão, ela é a prova que se muitas vezes mudar o arranjo de uma música de sucesso é um tiro no escuro e acaba decepcionando, essa é uma das raras exceções, já que tudo funcionou muito bem e assim, ela termina o show, de forma emocionante. Com um gosto de quero muito mais...

"O meu corpo me deixa confusa/ Quando o seu olhar com o meu se cruza..." a faixa bônus, Coisas, além de uma letra linda, tem um arranjo marcante e sedutor. É uma canção rica em poesia, assim como a também faixa bônus, Sangrando.

Enfim, #ACAoVivo é o melhor trabalho de Ana Carolina em tempos. Apesar do disco de inéditas #AC que deu origem a esse projeto ser um tanto razoável, o registro ao vivo, corrige todos os erros e não soa estranho em nenhum momento. Músicas de qualidade e uma Ana Carolina super a vontade, num show que vai do romance ao dançante, que emociona e nos faz vibrar. Mais um ótimo trabalho da cantora!

 


Estreia de ''Babilônia'' não empolga

 


"Babilônia" estreou e não, não superou expectativas. Aliás, eu nem tinha expectativas já que as chamadas não empolgavam. Sim, eu sei que estou falando de uma novela que só teve um capítulo exibido até agora e acabou de estrear, mas vamos aos fatos. A trama gira em torno de praticamente apenas duas personagens, Carminha Inês - vivida pela ótima Adriana Esteves e Beatriz, pela ótima Glória Pires. E sim, as duas carregaram esse capítulo de estreia nas costas e se bobear, vai ser assim a novela inteira. Achei a personagem de Camila Pitanga boba, assim como todas as outras mocinhas de Gilberto Braga e cia. Fernanda Montenegro e Nathalia Timberg, sem comentários. Deusas.

E o capítulo em si, não teve muita coisa. Não empolgou. O texto ótimo e a direção, não salvaram o capítulo que foi bem arrastado. Mas, é só o início. Vamos ver o que vem por aí! 

E outra ressalva: que abertura pavorosa!

Hebe Camargo, a eterna Rainha da televisão!


POR MAURÍCIO NETO

Nascida em Taubaté, filha de Esther Magalhães Camargo e Sigesfredo Monteiro Camargo, Hebe Camargo foi uma apresentadora de televisão, cantora e atriz brasileira, tida como a "rainha da televisão brasileira". Hebe teve uma infância humilde. Caçula de 7 filhos (4 mulheres e 3 homens) ela estudou até a quarta série do primário e acompanhava seu pai em suas apresentações em festas, casamentos e recitais. Seu pai, mais conhecido como Fêgo Camargo, era violinista e cantor.


“Que gracinha!” – este é o bordão nacional criado por Hebe Camargo, a apresentadora que mais tempo está no ar desde que a TV brasileira existe (desde 1966). Ela integrava o grupo que foi ao porto de Santos buscar o equipamento para formar a primeira emissora brasileira, a TV Tupi, canal 4, inaugurada em 1950. Seu fundador, o empresário Assis Chateaubriand, a convidou para cantar o “Hino da Televisão”, na primeira transmissão ao vivo. Ela faltou e foi substituída por Lolita Rodrigues. As duas são amigas até hoje.

A garota originalmente morena com grossas sobrancelhas – tipo Malu Mader – nasceu em Taubaté, mas mudou-se para São Paulo nos anos 1940, quando seus pais, dona Ester e o senhor Sigesfredo Monteiro de Camargo (apelidado de “seu Feguinho”) foram para a metrópole. A mãe era dona de casa e o pai foi violinista de cinema mudo.

Hebe queria ser cantora, mas trabalhou como doméstica e sempre ia a emissoras de rádio imitar Carmem Miranda. Assim foi ficando conhecida no meio, até que resolveu arriscar de vez e formou uma dupla com sua irmã: eram Rosalinda e Florisbela. O arranjo durou pouco tempo. Depois, veio um quarteto, ela, a irmã e duas primas. Todas foram casando e o quarteto foi por água abaixo. 

Hebe continuou firme na tentativa de se tornar cantora e se envolveu com a turma que engendrou a primeira emissora de TV no Brasil. No rádio já era a Estrelinha do Samba, a Estrela de São Paulo, e na TV Tupi, canal 4, apresentou-se num dueto com Ivon Curi, no programa “Rancho Alegre” (1950). Ela aparece sentada em um balanço e as imagens estão gravadas. É uma relíquia da TV brasileira.

Fez participações esporádicas até conseguir seu próprio programa, em 1958, chamado “O Mundo É das Mulheres”, apresentado no canal 5, TV Paulista (hoje, Globo). Já se colocava como entrevistadora em um programa de variedades. Foi um sucesso. Hebe ficou no ar até 1964, quando abandonou a TV para se casar com o empresário Décio Capuano. Desta união nasceu seu filho Marcello (20.09.1965).

Mas a distância da TV não durou muito. Em 1966, Hebe estreou o programa dominical que levava seu nome, “Hebe Camargo”, na TV Record, canal 7. Foi sua consagração como apresentadora e o formato, entrevistas feitas em seu sofá, como uma sala em casa, ficou consolidado para sempre. A trilha sonora ficava por conta de Caçulinha e seu Regional.

Ela entrevistava todo mundo: pelo seu sofá passaram Martinha, Erasmo Carlos, Tony Tornado, Danuza Leão, Elis Regina, Roberto Carlos  e astros internacionais, como Jonathan Harris (o doutor Smith, de Perdidos no Espaço), Sammy Davis, Jr, Julio Iglesias, Enrique Iglesias, Shakira, Gloria Estefan. Até em Pe Lanza, da banda Restart, ela recentemente deu um selinho. Além das entrevistas, Hebe promoveu em seus primeiros tempos na TV debates sobre temas como desquite, erotismo, fofoca, macumba. 


Seu programa teve nomes variados e frequentou todas as emissoras do país, da extinta TV Tupi, canal 4, à TV Bandeirantes, canal 13. Atualmente, é exibido semanalmente no SBT, onde está desde 1986. Em 22 de abril de 2006, comemorou seu milésimo programa na TV brasileira. No SBT, seu programa é exibido às segundas, 21h. 

Em 1995, a gravadora EMI lançou um CD com os sucessos de Hebe como cantora. Recentemente, após submeter-se a tratamento quimioterápico para recuperação de câncer, ela anunciou a gravação de um DVD com participação de Fábio Jr., Leonardo, Daniel, Chitãozinho e Xororó, Bruno e Marrone, Maria Rita e Gilberto Gil. Além das imagens do show, será lançado um CD com participação de personalidades como Roberto Carlos e Ivan Lins. 

Hebe Camargo já foi alvo de muitas críticas feitas pela intelligentzia guardiã da cultura nacional nos tempos do regime militar. Afinal, em meio à polarização que existia no país entre partidários das chamadas “direita” e “esquerda”, só se falava naquela loira estabanada e considerada inculta, diante da qual se sentaram grandes personalidades nacionais e internacionais para debater temas controversos: além das entrevistas, Hebe promovia debates sobre erotismo, fofoca, macumba, entre outros tantos assuntos considerados sem pé nem cabeça.

Mas hoje, em tempos menos radicais, Hebe tornou-se unanimidade nacional. Provocou comoção na população quando foi internada, em janeiro de 2010, para tratar um câncer na região abdominal, Hebe saiu dias depois do Hospital Albert Einstein direto para os braços da multidão que a esperava do lado de fora. Deu entrevista exclusiva sobre o assunto para o “Fantástico”, da TV Globo, rival do SBT. Afinal, Hebe Camargo representa a TV brasileira, e é personalidade maior que qualquer disputa entre emissoras.

VIDA PESSOAL


Hebe Camargo sempre foi conhecida por risadas incontroláveis, criar bordões, seu sotaque paulista e ter joias, muitas joias, que ela jamais deixou de usar. Em maio de 2008 sua casa foi assaltada e suas joias foram roubadas. Ela se lamentou na TV: “Eu trabalhei duro para comprar cada uma daquelas joias”.

Mas nem todas se foram, e na mesma semana, estava reluzente como sempre nas telas de TV. Hebe tem uma coleção suficiente para cobrir o chão de um cômodo inteiro. São diamantes, pérolas e esmeraldas. Sua maior joia é uma esmeralda de 60 quilates. Seu salário já foi de 1,5 milhão de reais. Silvio Santos renovou seu contrato com uma redução, segundo consta. “Continuo ganhando muito bem”, ela diz.


Na década de 1960, divórcio era ainda um tabu, mas Hebe permaneceu poucos anos casada com o industrial Décio Capuano, pai do seu filho Marcello (20.09.1965). Casou-se em 1964, aos 35 anos, e assinou o divórcio em 1971. Em 1973, casou-se com Lélio Ravagnani (1921-2000).
A apresentadora não admite casar de novo, mas declara que sente atração eterna por Roberto Carlos. “Lindo de viver!” – outra de suas famosas expressões.

Além das frases de efeito, Hebe costuma dar selinhos em seus convidados, que às vezes se assustam. Silvio Santos já foi brindado, Rita Lee, Julio Iglesias, e mais recentemente Pe Lanza (Restart), Patrick Dempsey, entre outros.

Na virada do ano, em 2010, Hebe Camargo sentiu-se mal durante o Reveillon em Turks and Caicos, a uma hora e meia de Miami, nos Estados Unidos. De volta ao Brasil, descobriu que tinha nódulos no peritônio, que foram diagnosticados como malignos. Após a retirada e quimioterapia, os médicos do Hospital Albert Einstein, onde foi atendida, declararam que Hebe está recuperada do câncer. De fato, a apresentadora circulou em eventos com uma charmosa peruca, mas seu cabelo natural já voltou a crescer. E Hebe está de novo loiríssima e reluzente, com seus saltos altos, joias enormes e risada irresistível. 

Ela estreou na RedeTV! em 16 de março de 2011 ocupando o terceiro lugar na audiência na Grande São Paulo. O programa possuía o mesmo formato do seu programa na antiga emissora sendo exibido às terças-feiras.

No dia 8 de janeiro de 2012, Hebe foi internada no hospital Albert Einstein, na Cidade de São Paulo. Informações preliminares adiantavam que ela passaria por uma cirurgia para a retirada de um tumor no estômago. Um boletim emitido posteriormente pelo hospital divulgou que Hebe foi submetida a uma laparoscopia diagnóstica, que encontrou nódulos, atestando ser um tipo raro e de difícil tratamento do câncer no peritônio. O resultado da análise confirmou a existência de um tumor primário na região. Em junho de 2012, Hebe foi internada para ser submetida a uma cirurgia de retirada da vesícula biliar. Em julho do mesmo ano foi novamente internada por motivo não divulgado oficialmente.

Após várias especulações sobre a ida da apresentadora de volta para o SBT, o colunista Flávio Ricco do portal UOL intitulou a matéria de "Hebe Camargo está de volta ao SBT", sobre o retorno a sua antiga emissora, o que foi desmentido pelo agente da apresentadora. A confirmação da rescisão do contrato com a RedeTV! saiu dois dias após em 17 de setembro. A última exibição do programa Hebe na RedeTV! ocorreu no dia 25 de setembro de 2012 em uma edição especial de despedida da emissora. Dois dias após a exibição do especial, o SBT anunciou a volta da apresentadora a casa.40 Após o acordo a emissora emitiu um comunicado:

Diante da boa notícia, diretores e colaboradores do SBT comemoram a volta da artista, que sempre foi uma das mais queridas da casa. — Comunicado emitido pelo SBT.

Hebe morreu em 29 de setembro de 2012, em São Paulo aos 83 anos após sofrer uma parada cardíaca de madrugada, enquanto dormia. O corpo foi velado no Palácio dos Bandeirantes sede do governo do estado de São Paulo e sepultado no cemitério Gethsemani.




Além da história, atual temporada de ''Malhação'' conta com um elenco estrelar

 


Que a atual temporada de Malhação é um sucesso de críticas, todos sabem. E apesar de não ter uma audiência nas alturas, a atual tem um desempenho superior a temporada anterior. E a bem sucedida temporada, está em uma semana decisiva, com todo o drama de Karina, personagem da ótima, Isabella Santoni.

Além da história muito bem construída, a temporada conta com um acervo de atores de melhor qualidade. Isabella Santoni, como eu já tinha citado antes. Bruna Hamú, Arthur Aguiar, Rafael Vitti, Jeniffer Nascimento, Felipe Simas, Antônio Carlos, Cadu Libonati... Se eu for citar todos os destaques, praticamente todo o elenco seria citado. Além desses, destaque também para o time de veteranos, Eriberto Leão vive sua melhor fase, em Malhação, posso dizer que ele está tendo seu melhor personagem e se saindo muito bem. E temos também Emanuelle Araújo, que junto com o Eriberto, fazem um casal maravilhoso e um dos mais queridos da temporada. E Leo Jaime, ótimo ator e também um dos destaques.

Enfim, a atual temporada mostra que a novelinha não perdeu o fôlego e que pode sim, ser sucesso, e quem espera os 40 pontos da temporada de 2004, para dizer a novelinha é sucesso e que vale a pena, está se iludindo, em tempos que nem o horário nobre alcança tal número diariamente.

Após sete anos, Kelly Key mostra que está No Controle com bom disco


 

Kelly Key lançou ontem, o seu primeiro disco de inéditas, em sete anos. No Controle segue a linha dos primeiros discos da cantora, por tanto, mas sensual do que nunca. Apesar de - algumas - letras bregas, com versos nada inspirados, como exemplo, os versos do single Controle"Aperte o play se quiser me te, depois no avançar pra me beijar, o REC é pra gravar os momentos bons, que ainda vamos viver, você tem o controle, da minha vida...", mesmo assim, o primeiro single, já com clipe em rotação, não deixa de ser um bom hit e ter um refrão que gruda na cabeça. 

O disco, com 10 faixas, é bom e mostra que Kelly amadureceu. Após o álbum homônimo lançado em 2008, pela Som Livre, a cantora veio mais decidida. E mostra muito isso nas letras, como em Quem É, onde fala sobre um relacionamento conturbado. Em versos como, "A mulher dele sou eu/ Não seja intrometida, querida/ Acredite/ Que no meu lugar não vai ficar/ Isso não vai durar/ É só a mim que ele vai amar/ Você pode ser/ Uma qualquer/ Não passa da cama", Kelly se mostra decidida e ao mesmo tempo romântica, como sempre foi. Em Quarto 313, ela conta a história de um amor passageiro, de uma viagem, e essa, na minha opinião, é uma das melhores do disco, com uma letra romântica e com uma batida que envolve e o refrão, mais uma vez, que fica na cabeça, com versos como "Será que vai lembrar?/ Será que vai continuar?/ Será que vai pensar no que aconteceu/ Entre você e eu/ Sei lá, só o tempo vai dizer/ Será que tudo vai se perder?/ Só sei que agora eu quero te ter/ No quarto 313 outra vez", seria um ótimo single. Mas, mesmo antes do lançamento, ela já tinha divulgado que o próximo seria, Turn Around, uma música que tem partes em inglês e que no meu ver, é bem fraca. O disco ainda conta com a ótima Shaking, música inteiramente gravada em inglês em 2012 e a inédita Let It Glow, que além da letra, a batida é ótima, uma das melhores do disco.

No fim, No Controle se mostra um bom disco, mas que poderia ter sido melhor, se ela não abusasse das batidas em músicas que talvez, não se encaixem no estilo, principalmente em Meu Anjo e Nossa Música, que talvez poderiam ter tido um arranjo menos POP e mais romântico

A musical, Elis Regina

 

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Elis Regina Carvalho Costa, nasceu em Porto Alegre, no dia 17 de Março de 1945 e veio a falecer, no dia 19 de Janeiro de 1982 aos 36 anos. Foi uma cantora brasileira, conhecida por sua presença de palco, sua voz e personalidade. Com os sucessos de Falso Brilhante e Transversal do Tempo, ela inovou os espetáculos musicais no país e era capaz de demonstrar emoções tão contrárias, como a melancolia e a felicidade, numa mesma apresentação ou numa mesma música. 


Surgida, assim como outros artistas, dos festivais de música na década de 1960 e mostrava interesse em desenvolver seu talento através de apresentações dramáticas. Seu estilo era altamente influenciado pelos cantores do rádio, especialmente Ângela Maria, e a fez ser a grande revelação do festival da TV Excelsior em 1965, quando cantou "Arrastão", de Vinicius de Moraes e Edu Lobo. Tal feito lhe conferiu o título de primeira estrela da canção popular brasileira na era da TV. Seus primeiros discos, iniciando com "Viva Brotolândia" (1961), refletem o momento em que transferiu-se do Rio Grande do Sul ao Rio de Janeiro, e que teve exigências de mercado e mídia. Transferindo-se para São Paulo em 1964, onde ficaria até sua morte. Em 1967, casou-se com Ronaldo Bôscoli, diretor do Fino da Bossa, e juntos, tiveram João Marcelo Bôscoli.

Elis Regina aventurou-se por muitos gêneros; da MPB, passando pela Bossa Nova, o Samba, o Rock, o Jazz. Interpretando canções como "Madalena", "Como Nossos Pais", "O Bêbado e a Equilibrista", "Quarelas do Brasil", que ainda continuam famosas e memoráveis, registrou momentos de felicidade, amor, tristeza, patriotismo e ditadura militar no país. Ao longo de sua carreira cantou canções de músicos até então pouco conhecidos, como Milton Nascimento, Ivan Lins, Renato Teixeira, Aldir Blanc, João Bosco, ajudando a lança-los e divulgar suas obras, impulsionando-os no cenário musical brasileiro. Entre outras parcerias, são célebres os duetos que teve com Jair Rodrigues, Tom Jobim, Wilson Simonal, Rita Lee, Chico Buarque - que quase foi lançado por ela, se Nara Leão não tivesse o gravado antes - e por fim, seu segundo marido, o pianista, César Camargo Mariano, com quem teve os filhos Pedro Mariano e Maria Rita.


Sua presença artística mais memorável talvez esteja registrada nos álbuns Em Pleno Verão (1970), Elis & Tom (1974), Falso Brilhante (1976), Transversal do Tempo (1978), Saudade do Brasil (1980) e Elis (1980). Ela foi a primeira pessoa a inscrever a própria voz como se fosse um instrumento, na Ordem dos Músicos do Brasil. lis Regina morreu precocemente em 1982, com apenas 36 anos, deixando uma vasta obra na música popular brasileira. Embora haja controvérsias e contestações, os exames comprovaram que havia morrido por conta de altas doses de cocaína e bebidas alcoólicas, e o fato chocou profundamente o país na época.

Em 2013, foi eleita a segunda melhor voz da música brasileira pela revista Rolling Stone Brasil, superada apenas por Tim Maia. Elis foi citada também na lista dos maiores artistas da música brasileira, ficando na 14ª posição, sendo a mulher mais bem colocada. Em novembro de 2013 estreou um musical em sua homenagem Elis, a musical.


Maria Clara em queda livre para a chatice

 


Quando a novela estreou, uma personagem que me chamou atenção era a de Maria Clara, interpretada pela divina Andreia Horta. A filha preferida do comendador era tudo o que um pai sempre quis para uma filha: independente, fiel e batalhadora. Mesmo com muito dinheiro, nunca ligou para o tal e sempre se mostrou uma mulher madura, diante dos outros dois homens de família. 

O que aconteceu? Com o passar do tempo, a personagem ficou chata. Desde o casamento que não aconteceu, a trama da garota ficou uma coisa, que não dá pra entender, além de só pegar no pé de Cristina, de forma infantil a garota começou a se mostrar totalmente o oposto do que mostrou no início da trama, uma garota mimada que acha que o mundo gira ao seu redor. E isso se torna evidente, quando o assunto é seu namoro com Vicente, ela fica mais insuportável, do que o normal. 

E o culpado dessa derrapada da personagem é quem? O autor! Afinal, Andreia Horta está ótima do início ao fim. Por tanto, o que a personagem se tornou, não faz jus ao que ela era no início e o único culpado dessa dupla personalidade é do autor, que errou feio no destino da personagem.


O que esperar das novelas em 2015?

 


O ano começou! Mas na televisão, só vai começar mesmo, após o carnaval, quando irá estrear a primeira novela inédita do ano, Babilônia. Mas enquanto isso, vamos comentar sobre as atuais atrações e as que virão? Afinal, sobre as novas, é tudo uma questão de ponto de vista, com o que foi lido sobre e as atuais. é um ponto de vista meu, com o que eu acompanhei até aqui. Nos comentários, você que está lendo, pode colocar as suas expectativas paras as produções que estão para estrear. Vamos começar? 

MALHAÇÃO 2014/2015: A temporada estreou muito bem e continuou assim. O elenco é um dos mais afiados de toda a história da novelinha, 90% está muito bem. A trama é simples, mas chama atenção. Para mim, uma das melhores temporadas!

BOOGIE OOGIE: Acompanhei a trama de Rui Vilhena dois meses e agora, por conta do trabalho, vejo só alguns capítulos soltos, posso estar engando, mas, eu adoro o que eu vejo. O autor preparou um novelão e conseguiu com todos os clichês, fazer algo muito bom, sem enrolar. Além da história, a produção e o elenco, ajudam muito! 

ALTO ASTRAL: A melhor novela das sete desde Cheias de Charme! Outras tiveram bons momentos, mas a atual, resgatou a tradicional novela do horário, com romance e comédia. A trama tem ótimas histórias, mesclando do drama até a comédia e nunca perdendo a essência. E é mais uma injustiçada no horário. 

IMPÉRIO: A novela de Aguinaldo Silve me frustrou! Uma trama parada e sem emoção. Melhorou muito após passar as festas de fim de ano, mas se não fosse o ótimo elenco, acho que já teria desistido. São dois capítulos ótimos e quatro sem nada a acrescentar na história. É boa, mas esperava muito mais daquele que dizem ser um dos melhores autores. Sdds Senhora do Destino.

BABILÔNIA: A trama que leva a autoria de Gilberto Braga e Ricardo Linhares, com a parceria de João Ximenes Braga, parece ser bem interessante e lembra um pouco de Paraíso Tropical, a última novela boa dos autores. Em um todo, a história parece ser bem tradicional, mas com a marca registrada dos autores, que conseguem misturar doses de suspense. O elenco é de peso e espero que realmente cumpra e que seja um novelão, e não me decepcione como Império.

I LOVE PARAISÓPOLIS: Que título é esse? Além desse título horroroso, temos o elenco, que até agora, é bem duvidoso. Se a história é boa? Pelo que eu li, não me atrai. Espero que mantenha pelo menos os 20 pontos de Alto Astral, o que eu acho difícil. Espero estar enganado, mas... É esperar para ver!

FAVELA CHIQUE: O título é horroroso também, mas o que salva é: João Emanuel Carneiro. Esse homem pode ter o pior título da história, mas sabemos do talento que esse homem tem. Eu achei Avenida Brasil meio barriguda, mas não posso desmerecer a trama, já que valeu muito a pena, era um novelão. E essa, para mim, é a grande salvação do ano. Já que as demais... Pelo que o autor adiantou no Jornal O Globo, a trama irá parar o Brasil mais uma vez.

OS DEZ MANDAMENTOS: A primeira novela bíblica da Record irá estrear no horário das 20h30, competindo com as tramas do SBT. Coitados! Não irei assistir, mas sei do talento de Vivian de Oliveira e sei que será contada uma boa história. 

VERDADES SECRETAS: Aguardo ansiosamente pela trama de Walcyr Carrasco. Acho que vem novelão por aí. Todos sabem do talento do autor, ele sabe criar ótimas histórias e sei que no horário das onze, onde é permitido ousar mais, vem uma ótima história por aí. Junto com Favela Chique, é minha grande aposta!

ENCONTRO MARCADO: A trama de Elizabeth Jhin tem estreia prevista para julho e terá como pano de fundo, o espiritismo. A autora tem um talento incrível e nos proporciona sempre belas histórias. 

CÚMPLICES DE UM RESGATE: Não acompanho as tramas do SBT, mas essa será mais uma que irá manter o público já conquistado, sem dúvidas.

EP Sette de Claudia Leitte é recheado de hits para o verão

Em outubro, Claudia Leitte lançou mais um trabalho, dessa vez, um EP, intitulado Sette, após o bom e bem aceito, DVD Axemusic. Nele, Claudia lançou seis músicas inéditas, como ela mesmo disse, pensadas para o verão, como geralmente fazem as cantoras de Axé. Ela que já tinha conseguido levantar multidões com Largadinho em 2013, lançou Matimba, com um refrão grudento e que promete ser hit no próximo carnaval. Temos também Cartório, que vai para um tom romântico e - mesmo soando repetidamente - gruda na cabeça. Em Foragido ela já volta mais para o raggae, com uma pegada bem pra cima, mas nada se compara a ótima Abraço Coletivo, que faz uma letra bem de acordo com o EP, pra cima e totalmente num clima de folia. Seria um bom hit para o carnaval, isso, se não acabar se tornando. Carreira Solo, ela volta para uma letra novamente voltada ao romance, como foi com Cartório, mas dessa vez com uma pegada menos folk. Na última faixa inédita do disco, Salvador, ela fala sobre o verão e carnaval na Bahia com uma música que gruda! Aliás, todas as seis faixas inéditas cumprem o que a cantora quis fazer com esse EP: Grudar na cabeça, tocar no verão e fazer sucesso entre os foliões.

Mais uma vez Claudia se afasta da imagem de "cópia de Ivete Sangalo" e mostra mais sua identidade. Mais madura, ela consegue anualmente, fazer um hit e ser lembrada nos verões. E Sette é mais um disco da cantora, que deu muito certo!

Nostalgia 2015: A luta por posse de terra movimentou a história de ''O Rei do Gado''

O Rei do Gado foi uma trama exibida entre os anos de 1996 e 1997, escrita por Benedito Ruy Barbosa. Contou com nomes como Antônio Fagundes, Patrícia Pillar, Marcello Antony, Fábio Assunção, Eva Wilma, Tárcisio Meira e outros grandes nomes.

A trama foi representada no Vale a Pena Ver de Novo em 1999 e em 2011 no Canal Viva. Irá ser reprisada pela segunda vez na Rede Globo, a partir do próximo dia 12 de janeiro, dividindo o horário por duas semanas com Cobras e Lagartos. 

Vamos relembrar esse sucesso?


O Rei do Gado  mostra o romance do latifundiário pecuarista Bruno Mezenga (Antonio Fagundes) com a boia-fria Luana (Patrícia Pillar), ambos descendentes de duas famílias de imigrantes italianos rivais, os Mezenga e os Berdinazi, que fizeram fortuna no Brasil com criação de gado e plantações de café, respectivamente. A novela, dividida em duas fases, levantou um debate sobre a luta por posse de terra que ultrapassou o universo ficcional e ganhou repercussão na mídia e na sociedade em geral.

Em 1943, durante o período de decadência do café, a bela Giovanna (Letícia Spiller) vive sob ostensiva vigilância dos pais, Marieta (Eva Wilma) e Giuseppe Berdinazi (Tarcísio Meira). A moça descobre a paixão nos braços de Henrico (Leonardo Brício), filho de Nena (Vera Fischer) e Antônio Mezenga (Antonio Fagundes), inimigos ferrenhos de sua família. 

Antônio Mezenga é um homem forte, determinado e sofrido. Teve o pai morto na travessia de navio da Itália para o Brasil, no final do século XIX. Conquistou sua lavoura de café com muito sacrifício e costuma vangloriar-se de suas origens e obstinação dizendo: “Meu pai emprenhô minha mãe debaixo de um pé de oliva, na Itália; e ela me pariu aqui, debaixo de um pé de café.” 


Giuseppe Berdinazi, pai de Giovanna, é igualmente passional ao defender seus interesses. Também imigrante italiano e proprietário de uma fazenda de café, vive em guerra declarada com o vizinho Mezenga por causa de uma faixa de terra na divisa das duas fazendas. É um pai severo, porém carinhoso, mas espera que os quatro filhos nutram pelos Mezenga o mesmo ódio que o corrói. Sofre grande desgosto quando Giovanna declara seu amor por Henrico, e aceita o casamento apenas pela promessa de receber o pedaço de terra que disputa há anos. O acordo não é cumprido, e Berdinazi tranca a filha em casa, a sete chaves. O esforço é em vão: Giovanna foge com o marido.

Berdinazi termina seus dias louco, inconformado com a traição da filha e com a morte do filho mais velho, Bruno (Marcello Antony), na Segunda Guerra Mundial, durante a tomada do Monte Castelo, na Itália. Giovanna e Henrico começam uma nova vida longe das famílias e dos cafezais. O primeiro emprego de Henrico é como peão boiadeiro numa pequena fazenda. Aos poucos, o rapaz começa a criar o próprio rebanho, e Giovanna dá à luz um menino. 


A segunda fase da novela tem início no final do sétimo capítulo, em 1996, quando o filho de Henrico e Giovanna já é um rico proprietário de terras e de milhares de cabeças de gado. Bruno Berdinazi Mezenga (Antonio Fagundes) – nome que recebeu em homenagem ao tio morto na Segunda Guerra – é conhecido por todos como o “Rei do Gado”. Com as referências do pai, escolheu o sobrenome Mezenga para sua assinatura, deixando de lado o Berdinazi e a história de sua família materna. Ele é um obstinado pelo trabalho, querido por seus amigos e empregados. Embora casado com Léia (Silvia Pfeifer), e pai dos jovens Marcos (Fábio Assunção) e Lia (Lavínia Vlasak), Bruno é um homem solitário, dedicado integralmente aos negócios. Léia, por sua vez, é amante do mau-caráter Ralf (Oscar Magrini), que só está interessado no dinheiro que ela pode lhe dar.

Um personagem fundamental na segunda fase de O Rei do Gado é Geremias Berdinazi (Raul Cortez), irmão de Giovanna. Rico e poderoso, seus negócios estão ligados à cafeicultura e à produção de leite. Apesar de muito bem-sucedido, é um homem cheio de culpa por ter construído seu império traindo a família. Primeiro, uniu-se ao irmão Giácomo Guilherme (Manoel Boucinhas) para roubar as terras da mãe e da irmã. Depois, roubou também o irmão, deixando que ele morresse na pobreza. Arrependido, vive ansioso para encontrar um herdeiro, já que não reconhece Bruno Mezenga como seu sobrinho. Geremias acaba sendo enganado pela impostora Marieta (Gloria Pires), que se faz passar por sua sobrinha, filha de Giácomo. A moça levanta as suspeitas de Judite (Walderez de Barros), fiel e ciumenta criada do fazendeiro, que desconfia que Marieta quer roubar a fortuna do patrão. 

O debate sobre posse de terra se amplia na trama quando uma das fazendas de Bruno Mezenga é invadida por um grupo liderado por Regino (Jackson Antunes), um sem-terra contrário à violência e à radicalização do movimento – marcando o tom conciliatório do autor em relação à questão. Regino critica a ocupação de terras produtivas e se opõe à corrupção que envolve a desapropriação de terras por parte do governo. É um idealista, e seu lema na luta pela reforma agrária é “terra, sim; guerra, não”. O personagem vive um dilema com a mulher, Jacira (Ana Beatriz Nogueira), sua brava companheira na marcha. Saudosa da quietude de uma casa onde possa criar o filho com tranquilidade, ela discorda do ideal do marido de querer resolver o problema de todos à sua volta. A discussão ganha a adesão do incorruptível senador Roberto Caxias (Carlos Vereza), político dedicado, defensor dos direitos das minorias. Idealista e responsável, ele passa os fins de semana em Brasília, e não falta a uma sessão no Congresso Nacional. Muito amigo de Bruno, é a ele que o fazendeiro recorre quando suas terras são invadidas. Ao longo da trama, Caxias se envolve na luta pela reforma agrária.


Entre o grupo dos sem-terra está a bela e valente Luana (Patrícia Pillar), a verdadeira sobrinha de Geremias. Sobrevivente de um acidente que matou sua família, Luana desconhece a própria origem. Já no primeiro encontro com Bruno Mezenga, ela desperta o amor do pecuarista, que a emprega em uma de suas fazendas. Tratada com a dignidade e o carinho que nunca teve, Luana se encanta por Bruno, e os dois se envolvem numa forte história de amor. Juntos, ambos passam por duras adversidades, até que Luana engravida e desperta a ira de Léia, que vê ameaçada sua parte na herança do marido. 

No final da novela, Luana e Bruno têm um filho, e ela convence o marido a registrar a criança também com o sobrenome Berdinazi. O menino é batizado como Felipe Berdinazi Mezenga. Após muitas brigas e disputas por terras, Bruno e Geremias se reconciliam, em cenas de grande emoção. Geremias reconhece Luana como sobrinha, e as duas famílias se enlaçam, num clima de alegria e pressa de viver a harmonia sempre adiada. Para completar a felicidade, Giuseppe (Emilio Orciollo Netto), sobrinho que Geremias desconhecia, surge no final da trama.

Judite e Geremias terminam juntos, num romance inesperado, pontuado de ternura e cumplicidade. Numa das últimas cenas da novela, ela enche a banheira e se deita sob a espuma, cantarolando Mama bem alto. Ele se aproxima intrigado com tamanha animação e a recrimina. Ela tenta seduzi-lo, puxando-o para dentro da banheira, e ele desabada dentro d’água. Os dois se abraçam, e a câmera vai mostrando as roupas dele sendo jogadas para fora da banheira. 

Na última cena, sobre a imagem de milhões de pés de café, lavouras de soja, milho e cana de açúcar, sobe um letreiro que diz: "Deus, quando fez o mundo, não deu terra pra ninguém, porque todos os que aqui nascem são seus filhos. Mas só merece a terra aquele que a faz produzir, para si e para os seus semelhantes. O melhor adubo da terra é o suor daqueles que trabalham nela”. A câmera volta para Bruno Mezenga e Geremias Berdinazi, que aparecem discutindo, em meio a um imenso cafezal, deixando no ar a pergunta: “vai começar tudo de novo?”.


O Rei do Gado estreou com pico de audiência de 55 pontos e média de 51 pontos, cerca de 7 milhões de telespectadores na Grande São Paulo. A média mensal foi de 52 pontos no Ibope, o equivalente a 4,2 milhões de telespectadores na Grande São Paulo, com cada ponto equivalente a cerca de 80 mil telespectadores. A audiência de O Rei do Gado não foi das melhores, quando comparada com o Ibope de antigos sucessos das oito na Rede Globo como foram as audiências mensais de Renascer (de 58 a 63 pontos) e Fera Ferida (58 pontos). O Rei do Gado, no entanto, teve a melhor performance entre as exibidas desde meados de 1994, superando os índices de O Dono do Mundo (47 pontos), Explode Coração (entre 43 e 53 pontos) A Próxima Vítima (entre 45 e 53 pontos) e Pátria Minha, (de 44 e 48 pontos). Durante os capítulos em que o personagem Ralf, foi assassinado, a trama atingiu 57 pontos. Um outro índice do Ibope, o Audiência Domiciliar por Programa, que é semanal, revela que O Rei do Gado atingiu seu pico entre 23 e 29 de setembro de 1996, quando Bruno Mezenga reapareceu, após sofrer acidente de avião no Araguaia. Naquela semana, a telenovela teve média de audiência de 58 pontos. Em seu último capítulo, registrou 60 pontos.

Na semana de 5 a 11 de agosto de 1996, na Grande Rio, a telenovela atingiu 48% de audiência, o que equivale a 1.189.000 domicílios.


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