"Além do Tempo" é a melhor novela de Elizabeth Jhin?


Concluí "Além do Tempo", uma novela escrita por Elizabeth Jhin que é reconhecida por muitos na internet como a sua melhor obra. No entanto, na minha opinião, "Espelho da Vida" ainda ocupa o primeiro lugar, principalmente devido a sua reta final extraordinária.

A novela "Além do Tempo" teve um início discreto, mas o encerramento da primeira fase foi espetacular. A morte dos personagens principais, seguida de sua reencarnação e encontro nos tempos modernos, marcaram momentos memoráveis. No entanto, em um certo ponto da segunda fase, o ritmo diminuiu e, de fato, o enredo deixou a desejar.


Ao refletir, percebemos que os antagonistas tiveram pouca atividade na segunda fase, e Pedro (Emílio Dantas) esteve ausente por vários capítulos. A autora decidiu concentrar a ação nesse núcleo apenas nas duas últimas semanas. Eu tinha altas expectativas, especialmente após o excelente desfecho da primeira fase e início da segunda.

Embora compreenda a noção de karma, não me agradou a maneira como o casal principal foi retratado nessa fase. Assim que a segunda parte se inicia, Melissa, interpretada por Paolla Oliveira, destaca-se como uma mãe atenciosa e uma mulher dedicada. No entanto, ela se frustra ao perceber o marido se afastando progressivamente e a partir disso começa a meter os pés pelas mãos. Ficou complicado não entender a personagem.

"Além do Tempo" é uma novela de qualidade, no entanto, é inegável que certas decisões da autora interferiram em seu desenvolvimento. O espectador, ao assistir na televisão, pode não perceber tais falhas. Contudo, durante uma maratona, esses pontos se tornam evidentes e acabam prejudicando a experiência.

As cinco mais de "Wanessa Camargo - Livre"

 

Sim, a coluna "As Cinco +" está de volta! E para abrir essa nova temporada de postagens, escolhi um álbum que foi um dos que eu mais ouvi em 2023. 

"Livre" é o décimo álbum de Wanessa Camargo, e também o mais autobiográfico, segundo a artista. Cantando sobre o seu processo de libertação, o projeto foi produzido por César Lemos e Jason Deere. 

1. QUEM SOU EU: Uma das faixas mais lindas da discografia de Wanessa Camargo. Desde a primeira vez que eu ouvi, me identifiquei e se tornou uma das minhas favoritas. É sobre se conhecer e entender o que já não cabe mais. 


2. FORA DO RADAR: A primeira vez que eu ouvi, não me conectei com a letra e ela ficou sem fazer muita diferença pra mim. A chave virou, e ela se tornou uma daquelas que falam comigo de uma maneira muito sincera. É sobre o primeiro passo para a nossa liberdade interna.


3. PARTE DE MIM: Essa é outra música que me pegou desde a primeira vez que eu ouvi. Música é conexão, e ela se conectou comigo em um momento que muita coisa estava acontecendo na vida. E falando sobre a discografia de Wanessa, essa é o tipo de música que a gente espera em um projeto da artista, que é dona de baladas incríveis e que tocam no fundo.


4. LIVRE: Escutei ela a primeira vez no show de Wanessa, que eu fui em abril de 2023, em São Paulo. Naquela ocasião ela já tinha me chamado a atenção pelo arranjo e a letra que é muito autoexplicativa. Eu não tinha como deixar ela de fora dessa lista.


5. VELOCIDADE: Essa música já tinha me conquistado com um story compartilhado por Wanessa quando estava gravando a faixa, e só pelo trecho de 15 segundo eu já tinha amado a letra. Depois que a música completa foi lançada, eu me apaixonei mais ainda. Tem uma pegada gostosa, e fala ainda sobre estar livre de amarras e do julgamento alheio. 


E você, já ouviu o álbum "Livre" de Wanessa Camargo? Me conta qual a sua música favorita nos comentários!

Pronta pra desagradar, Manu Gavassi foge do padrão com singles avulsos

Em dezembro, Manu Gavassi lançou o primeiro de quatro curtas-metragens. Este, uma crítica sagaz ao mercado atual, ganhou popularidade ao alcançar mais de 25 milhões de visualizações. Ficou entendido que, posteriormente, seriam lançados mais três vídeos, agora acompanhados de músicas.

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"Pronta pra Desagradar" reflete sobre como ela se tornou mais resistente às críticas do que antes. O vídeo complementa esta narrativa, incorporando elementos no roteiro que reforçam a mensagem de Gavassi. Notavelmente, apresenta todas as críticas que realmente surgiram nas redes sociais, dando ainda mais força à sua assertividade . 

"Sexo, Poder e Arte" é o segundo curta-metragem e a segunda faixa inédita de Manu Gavassi, que também é a única compositora da obra. Esta pode ser considerada a sua composição mais audaciosa desde que se tornou conhecida em 2010, cantando músicas de Taylor Swift. O curta conta com a participação de Pathy Dejesus e Letícia Colin, e aborda a erotização do corpo feminino em busca de visibilidade e números na mídia. Durante os mais de quatro minutos de música, Gavassi canta "Ser subestimada é meu nome/ E eu sumo só pra fama não sugar todo o meu poder/ Se eu sou um grande sucesso, um grande fracasso, não sei dizer/ O meu valor, em números, vem me enlouquecer...". Apesar de já ter demonstrado em lançamentos anteriores que evoluiu além da cantora que entoava clichês, é nesse momento que ela desmantela qualquer argumento de críticos. 

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Para concluir, "31" mantém o brilhantismo das faixas precedentes e finaliza este projeto, composto por quatro curtas e três canções inéditas, de maneira magistral. A melodia aborda o processo de amadurecimento e o quanto isso beneficiou a artista, sem, contudo, romantizar o tema. Também discute inseguranças e a dicotomia entre o discurso de liberdade de nossa geração e a realidade vivenciada. Em "31", Manu Gavassi apenas reafirma seu lugar como uma das principais compositoras da atualidade. Mesmo sendo uma artista pop, ela não se deixa iludir pelos números e produz a arte necessária para manter sua carreira, sem contrariar seus princípios.

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AVALIAÇÃO: 5,0/5

OBS: 
Músicas compostas por Manu Gavassi.
Vídeos dirigidos e roteirizados por Manu Gavassi.

"Cobras e Lagartos" apresenta casal protagonista chato




Após assistir em sequência "Da Cor do Pecado" e "A Favorita", resolvi acompanhar todas as novelas de João Emanuel Carneiro. Atualmente, estou me aproximando do quadragésimo capítulo de "Cobras e Lagartos", a segunda obra do autor.

Até o momento, a novela tem seus méritos, porém, também apresenta inúmeros pontos negativos. Em contraste com outras obras do mesmo autor, onde a trama central se sobressaía, nesta encontramos dois protagonistas pouco cativantes, que acabam sendo obscurecidos por personagens secundários notáveis como Foguinho (Lázaro Ramos), Ellen (Taís Araújo), Milu (Marília Pêra) e outros.

Bel (Mariana Ximenes) é o oposto de Preta (Taís Araújo), da novela "Da Cor do Pecado". Na obra inicial do autor, a protagonista não abaixava a cabeça para ninguém, enquanto aqui, temos uma típica heroína de novela que chora por tudo e dificulta a própria vida. Duda (Daniel de Oliveira) é outro que também se mostra igualmente irritante.

Leona (Carolina Dieckmann) é a figura central que impulsiona a trama, e é ela quem orienta Estevão (Henri Castelli). Sem essa dupla de antagonistas, a novela ficaria sem muito para oferecer ao público, dada a falta de carisma em muitos de seus personagens.

O enredo começa a se intensificar quando Nikki (Tania Khallil) surge, trazendo um novo dinamismo ao grupo de antagonistas. A partir deste ponto, torna-se evidente que o principal problema da telenovela, ao menos neste estágio inicial, reside no casal protagonista. No entanto, com mais de 130 episódios restantes, muitas reviravoltas ainda podem ocorrer - e eu espero ansiosamente que isso aconteça.

O início da carreira solo de Sandy com o seu "Manuscrito"

Sandy é uma das mais renomadas artistas brasileiras.  Com milhões de álbuns vendidos e apresentações para mais de um milhão de pessoas, Sandy era a diva pop adorada pelos adolescentes da década de 2000, quando cantava em dupla com seu irmão, Junior. Apesar de sua consagração, em 2010, ela embarcou em uma nova aventura: a carreira solo. 

O álbum "Manuscrito" foi lançado em 7 de maio de 2010. No entanto, antes dele, tivemos a introdução de "Pés Cansados", o primeiro single, que infelizmente vazou antes da data oficialmente anunciada, com uma qualidade de som insatisfatória. Este álbum apresentou uma Sandy distinta daquela que conhecíamos na dupla. O estilo pop que ela agora apresentava estava mesclado com elementos de folk e MPB. 

Um projeto autêntico, produzido por Lucas Lima e seu irmão, Junior, que ainda emociona com sua sensibilidade 14 anos após seu lançamento. Além de "Pés Cansados", tivemos "Quem Eu Sou" como segundo single, e músicas que fazem sucesso até hoje como "Tempo", "Perdida e Salva" e "Ela/Ele", sendo esta última uma das favoritas da própria artista. 

Embora as plataformas digitais tenham surgido anos mais tarde, o projeto acumula mais de 15 milhões de reproduções apenas no Spotify. Além disso, foi agraciado com disco de platina por ter ultrapassado a marca de 80 mil cópias vendidas. 

Agora eu quero saber de você, qual a sua música mais te marcou do primeiro álbum solo de Sandy? Ouça o álbum clicando aqui.

Ação e comédia dominam a primeira semana de "Salve-se Quem Puder"


Quatro anos após sua estreia original, resolvi dar uma oportunidade para "Salve-se Quem Puder", a primeira novela autoral de Daniel Ortiz. Ao concluir a primeira semana, já formei minhas primeiras impressões sobre a trama que, na época, foi abreviada devido à pandemia da COVID-19.

As protagonistas da trama, Deborah Secco, Vitória Strada e Juliana Paiva, estão, até agora, desempenhando com mérito seus papéis principais. O ponto alto neste início é a narrativa das personagens que são forçadas a transformar suas vidas após testemunharem um crime de natureza política.

A primeira semana concentra-se no testemunho do homicídio e na chegada do furacão a Cancún, que apresenta cenas magistralmente dirigidas e sequências de cortar a respiração. Além das cenas, os atores envolvidos conseguiram transmitir todo o desespero necessário. A primeira semana foi composta por seis capítulos, nos quais o autor soube equilibrar habilmente momentos de ação, drama e comédia, gerando um impacto muito positivo.

Relembre "Labirinto", minissérie de Gilberto Braga disponibilizada na Globoplay

No dia 19 de novembro de 1998, "Labirinto" estreava na telinha da TV Globo. Protagonizada por Fábio Assunção, a minissérie escrita por Gilberto Braga trazia como mote central o assassinato de Otacílio Martins Fraga, que acontecia durante uma festa de Réveillon. O suposto culpado era o amante de sua mulher, Ricardo, e ele faz com que a culpa recaia ao jovem André, amigo de infância de Otacílio. 

Dirigida por Dennis Carvalho, a trama teve 20 capítulos, e o grande mistério era quem foi o verdadeiro culpado pelo assassinato. No elenco, além do já citado Fábio Assunção, nomes como Malu Mader, Marcelo Serrado, Daniel Dantas, Paulo José e outros. 

A minissérie foi disponibilizada na íntegra na plataforma de streaming Globoplay no último dia 5. 

Faltou emoção na primeira temporada de "Percy Jackson e os Olimpianos"


Gostaria de iniciar ressaltando que minha análise se baseia exclusivamente na série televisiva, uma vez que não tive a oportunidade de ler os livros. Meus sentimentos e impressões foram formados ao longo dos oito episódios da temporada de estreia, que adaptou o primeiro livro da saga criada por Rick Riordan.

Eu assisti ao filme de 2008 e fiquei bastante impressionado, logo, minhas expectativas para a série eram muito elevadas. Embora a série esteja longe de ser inassistível, e acredite que seja plenamente possível corrigir os equívocos desta temporada, ela decepcionou em vários momentos.

Ao descobrir que é filho de um Deus, Percy se vê obrigado a embarcar em uma missão para impedir uma guerra. Embora a jornada seja desafiadora, nem mesmo os obstáculos conseguem transmitir emoção ou tensão. O último episódio, particularmente, deixou a desejar, apresentando-se apático - um fator que pode dificultar o engajamento do público.

A performance do elenco infantil carece de emoção, e as interrupções abruptas em momentos de tensão atrapalham o fluxo da narrativa. Se essas falhas não forem corrigidas em uma eventual segunda temporada, poderá ser desafiador manter o interesse na série por um período prolongado.

Uma história de amor cheia de encontros e desencontros em "Normal People"


"Normal People" é uma série lançada em 2020, adaptada da obra literária de Sally Rooney. A trama gira em torno de Marianne e Connel, dois jovens que, apesar de pertencerem a realidades distintas, encontram uma afinidade incomum durante o colegial.

Depois dessa aproximação, os dois não conseguem manter uma bola relação e decidem se distanciar, permanecendo separados até o início da faculdade, onde se reencontram. A partir desse momento, somos conduzidos através dos encontros e desencontros de duas pessoas que lutam para lidar com seus sentimentos, e que apesar de suas dificuldades, no fundo, se amam.

Com episódios que duram menos de 30 minutos, a série se destaca por sua direção meticulosa e elenco altamente habilidoso. Os protagonistas transmitem com sucesso todas as emoções que experimentam, como amor, angústia e dor, evitando qualquer abordagem clichê para a história. Conforme sugere o título, não há vilões ou mocinhos, apenas pessoas reais lidando com suas próprias escolhas, traumas e imperfeições.

Relembre "Sete Vidas", novela protagonizada pelo saudoso Domingos Montagner

Em 9 de março de 2015 estreava Sete Vidas, novela em que Lícia Manzo se inspirou em uma história real para contar a história de Miguel, interpretado pelo saudoso Domingos Montagner.


A trama contava a história de sete vidas, Júlia (Isabelle Drummond), Pedro (Jayme Matarazzo), Bernardo (Ghilherme Lobo), Luís (Thiago Rodrigues), Laila (Maria Eduarda de Carvalho), Felipe (Michel Noher) e Joaquim (Bernardo Berruezo), que não se conhecem, mas tem uma ligação por serem filhos de Miguel (Domingos Montagner), um doador de sêmen.

O oceanógrafo Miguel foge de vínculos afetivos por conta de um trauma familiar: ele acredita ter provocado a morte de sua mãe na adolescência. Namorado da jornalista Lígia (Debora Bloch) há pouco mais de um ano, Miguel se sente pressionado a construir uma família ao lado dela e embarca em uma expedição arriscada à Antártica para fugir da responsabilidade.

Durante a viagem, o navegador sofre um acidente de barco e é dado como morto. Lígia vai até a Antártica com Lauro (Leonardo Medeiros), melhor amigo e parceiro de trabalho de Miguel, acompanhar as buscas pelo corpo e, ao voltar para o Brasil, descobre que está grávida.

Ao mesmo tempo, a estudante de medicina Júlia descobre que não é filha biológica do falecido pai, em uma aula prática do curso. Ao questionar a mãe Marta (Gisele Fróes), dona de um renomado buffet, a moça é informada que o pai era estéril e que ela foi gerada por meio de inseminação artificial.

Com o número de registro de seu doador anônimo, a estudante descobre que tem um meio-irmão: o biólogo marinho Pedro (Jayme Matarazzo). Os dois marcam um encontro em uma manifestação contra a instalação de uma indústria química no centro do Rio de Janeiro. Eles não se encontram no lugar marcado, se esbarram. A atração é imediata, mas, horas depois, os dois se identificam e iniciam um convívio marcado por um amor impossível.

Pedro e Júlia enviam uma carta para o doador de número 251 e o documento é entregue a Lígia, que está grávida de Joaquim, meio-irmão deles, e decide conhecê-los. Durante um jantar na casa do biólogo, a jornalista conhece Vicente (Ângelo Antônio), produtor musical e pai de criação de Pedro. O convívio entre eles aumenta e acaba em casamento.

Um ano após o acidente na Antártica, Miguel (Domingos Montagner) volta ao Brasil e procura Lauro (Leonardo Medeiros). O oceanógrafo conta que foi resgatado quase sem vida por um pesqueiro clandestino e, depois, abandonado sem memória em uma colônia de pescadores. Aos poucos, ele recuperou suas lembranças e agora está disposto a retomar sua vida.

Ao se deparar com a notícia do casamento entre Lígia (Debora Bloch) e Vicente (Ângelo Antônio), com a existência de Joaquim e a aparição de seus dois filhos biológicos, frutos da doação de sêmen que fez aos 16 anos de idade nos Estados Unidos, Miguel decide ir embora novamente. Ele prefere continuar dado como morto e pede para o amigo guardar o segredo.

Uma das curiosidades sobre a trama, é que inicialmente ela iria estrear no horário das 23h em 2014, com apenas 57 capítulos, por tanto a Globo decidiu mudar o cronograma e decidiu que a trama se sairia melhor como uma novela das seis pela temática leve e romântica, colocando-a para substituir Boogie Oogie.

Lícia Manzo utilizou como inspiração para escrever a história o filme franco-canadense "Meus 533 Filhos", de 2011, e o filme estadunidense "De Repente Pai", de 2013, ambos com temáticas que envolviam doadores de sêmen que tem a vida alterada quando os dados vazam e seus filhos saem em busca de conhecê-los, porém alterando o foco da comédia para um romance dramático.

A trama está na íntegra na Globoplay. 

O álbum que Luan Santana celebrou as mulheres

Há pouco menos de oito anos, Luan Santana dava um passo importante em sua carreira quando reuniu grandes nomes femininos da música brasileira para lançar o "1977". 

Sandy, Ivete Sangalo, Ana Carolina e a memorável Marília Mendonça são algumas das estrelas que contribuíram para este audacioso projeto, que permitiu ao artista ampliar ainda mais a popularidade de sua música no Brasil. Sob a produção de Dudu Borges, o "1977" apresentou músicas que transcendiam o gênero sertanejo, com o artista aventurando-se em faixas de estilo mais pop.

O título "1977", é por conta do ano que foi criado o Dia Internacional da Mulher, pela ONU. O projeto teve um lançamento exclusivo nos cinemas Cinemark — algo não muito recorrente na época. Com 12 faixas, atualmente, o projeto ultrapassa a marca de 242 milhões de streams apenas no Spotify. 



"Kubanacan" é uma novela confusa?


Após quase um ano, concluí minha maratona da novela Kubanacan, escrita por Carlos Lombardi. Minha decisão de assistir à trama veio a partir de uma discussão no Twitter, que despertou minha curiosidade sobre a novela, da qual eu pouco me lembrava por ser muito jovem durante sua exibição original. Poucos capítulos se passaram até que eu me encontrasse imerso na intrigante trama criada pelo autor.

Após ler diversos comentários sobre a novela, formei uma perspectiva que diverge da opinião majoritária. Nota-se que, após 130 episódios, o ritmo da trama sofre alterações e a narrativa tende a se tornar repetitiva — uma ocorrência comum em novelas com 227 capítulos. No caso de Kubanacan, o autor demonstrou habilidade ao criar situações que capturam a atenção do espectador.

Após inúmeras situações, descobrimos o grande mistério envolvendo Esteban (Marcos Pasquim), e é neste ponto que se encontra o dilema crucial. Será que o autor se desviou para um desfecho sem lógica?

Minha maratona se estendeu por aproximadamente seis meses, e posso afirmar que o desfecho não correspondeu às minhas expectativas, porém, não é tão confuso como muitos sugerem. Há a presença chocante do incesto, que ficou evidente com a revelação do segredo. Contudo, quem assistiu sabe que todas as peças se encaixaram, e o autor fez questão de utilizar vários flashbacks para elucidar o rumo que a trama estava seguindo.

Se você tem interesse em assistir à novela, mas hesita devido às críticas ao seu final, eu sugiro que dê uma chance e se permita se apaixonar pelos personagens criados pelo autor. Essa experiência será uma montanha-russa de emoções, mas que, no final, se mostra gratificante.
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