Há um ano, ANAVITÓRIA lançava 'COR', álbum que mostrou a evolução artística da dupla
O Comenta te espera em 2022
Felizmente, quando parei, recebi muitas mensagens carinhosas e resolvi voltar no mesmo estilo de quando eu resolvi cria-lo lá em 2012, apenas com o intuito de escrever sobre o que eu gosto e compartilhar com os leitores que estiverem interessados em ler.
Quero agradecer por mais um ano que passamos juntos. Ano que vem o espaço faz 10 anos, e ansioso que sou, já parei até pra pensar que é um baita tempo né? É muito conteúdo, dedicação e realização. Então, obrigado. Agradeço cada acesso, comentário, e sei que em 2022 teremos muito mais razões para comemorar.
Que todos tenham uma virada de ano cheia de alegria, saúde e paz. Que a gente esteja com quem a gente ama! Feliz ano novo!
Os álbuns que eu mais ouvi em 2021 | parte 2
Vamos aos fatos? Confira os 10 álbuns que eu mais ouvi no segundo semestre de 2021:
10º LUGAR: BEIJO DE JUDAS - CAROL BIAZIN
E não é que a Carol Biazin se manteve na lista com a mesma posição. Não tenho nem como dizer ao contrário, mas Beijo de Judas fez parte do meu ano. Nesse segundo semestre, o destaque fica por conta de Raio-X, parceria da cantora com Dilsinho que eu amo.
9º LUGAR: VOU TER QUE ME VIRAR - FRESNO
A banda Fresno lançou recentemente o seu novo álbum, após o bem sucedido Sua Alegria Foi Cancelada, o novo trabalho reforça a força da banda, e ainda trouxe Lulu Santos como convidado de Já Faz Tanto Tempo, uma das minhas músicas favoritas, assim como Casa Assombrada, um dos destaques desse trabalho.
8º LUGAR: UNIVERSO INVERTIDO - WANESSA CAMARGO
Lançado em 2020, Universo Invertido segue sendo um dos álbuns que eu mais ouvi no ano e também um dos meus trabalhos favoritos da Wanessa. Faixas como Desiste Não, Cuida de Mim, O Segredo e Nosso Som fizeram parte do meu ano, e certeza que estariam em uma lista com as músicas que mais ouvi nesse ano.
7º LUGAR: BEM-VINDO AO CLUBE - DAY
O primeiro álbum de Day me fez relembrar os velhos tempos. Um tempo em que eu colocava o fone de ouvido na quadra do colégio e fugia da educação física. Sou apaixonado por tantas músicas, mas Inconsequente, Finais Mentem e Isso Não é Amor ganharam meu coração.
6º LUGAR: ANTI-HERÓI - JÃO
Anti-Herói do Jão é o único álbum que NUNCA saiu da lista dos álbuns que eu mais ouvi. Sigo apaixonado e dizendo que esse é o álbum da minha vida. Não sei se outro irá ocupar esse lugar tão especial que ele tem pra mim.
5º LUGAR: SOUR - OLIVIA RODRIGO
Já falei que o meu presente de 2021 foi conhecer o trabalho de Olivia Rodrigo casualmente em um vídeo no Youtube. Depois disso, acompanhei os lançamentos dos singles até chegar nesse álbum que eu consumi por muito tempo consecutivamente sem ouvir nada mais, tanto que passaram meses e ele continua firme e forte entre os álbuns que mais escutei no ano.
4º LUGAR: VOCÊ APRENDEU A AMAR? - PRISCILA ALCANTARA
Fiquei muito feliz quando soube que a Priscila iria começar uma nova fase em sua carreira e apostar na música pop. Desde o lançamento de Correntes eu já comecei a me apaixonar por esse trabalho, tanto que Tem Dias que veio meses depois, foi o auge e uma das músicas mais lindas que ouvi esse ano. O álbum também foi uma grande surpresa, e para mim, Oceano e Eu Não Sou Pra Você são as minhas favoritas.
3º LUGAR: GRACINHA - MANU GAVASSI
Eu sou suspeito para falar, mas aqui começa a sucessão de álbuns que foram lançados em 2021 e que realmente fizeram parte do meu ano de uma forma muito especial. Começando por GRACINHA, grito de liberdade de Manu Gavassi que me fez ainda mais fã. Não que eu já não seja desde 2009, mas aqui ela sabe que conseguiu. A faixa-título, Eu nunca fui tão sozinha assim, Tédio, (não te vejo meu), Bossa Nossa, Catarina, CANSEI, são incríveis. O trabalho inteiro incrível. Ele está no meu terceiro lugar e lançou pouco mais de um mês. É sobre isso e tá tudo bem.
2º LUGAR: PIRATA - JÃO
Outro álbum que fez parte do meu ano de forma muito especial foi o terceiro projeto de estúdio de Jão, que sempre consegue colocar em música o que eu sinto - clichê, mas é - e não foi diferente nesse trabalho. Minhas favoritas são Você Me Perdeu, Acontece, Meninos e Meninas, Idiota e Santo. Não vejo a hora de sentir essa experiência ao vivo.
1º LUGAR: DOCE 22 - LUISA SONZA
Quando eu vi que era o Doce 22 no meu primeiro lugar, eu entendi que não poderia ser diferente. Esse álbum foi uma daquelas surpresas, que a gente vai se apaixonando aos pouquinhos por cada faixa e ter uma favorita a cada semana. Foi assim por aqui, e deve ter sido assim com muitos outros. Não consigo escolher uma faixa favorita, mas Melhor Sozinha e ANACONDA, acredito que são bem especiais pra mim.
E eu quero saber, quais os álbuns que fizeram parte do 2021 de vocês? Deixe nos comentários.
Sandy lança 'Universo Reduzido', faixa em que canta sobre a angústia vivida nos últimos meses
“... Eu vi centenas de céus abertos,
fechados, indecisos/ Vi tormentas e eclipses/ Verão, inverno, outono, primavera
da janela/ Do meu universo reduzido...”, esses são alguns dos versos de
Universo Reduzido, faixa que Sandy lançou na última sexta após três anos sem
música inédita.
A faixa sai um pouco do habitual tema
romântico que já faz parte da identidade da artista em sua carreira solo. Universo
Reduzido é uma faixa introspectiva, mostra uma Sandy madura e segura do que está
falando, mostrando sua vulnerabilidade em tempos difíceis, mas acreditando que
dias melhores estão por vir.
O trabalho apresenta uma das
composições mais belas de sua discografia solo, e mostra que ela pode ir muito
além sem perder sua essência. Universo Reduzido, arrisco dizer, ser o momento mais
maduro de sua carreira solo. O clipe, incrível, emociona pela performance e
referências - a artista ainda faz uma bela homenagem para Zelda, sua
cachorrinha que faleceu há algumas semanas, e que estava na família há 12 anos.
Ou seja, a faixa intensa, traz o peso
desses últimos dois anos para Sandy. Como ela lidou com a pandemia e mais
alguns sofrimentos que foram surgindo. Assim como em outros trabalhos, ela
mostrou sua verdade em um trabalho onde tudo funciona, mostrando ser uma das
maiores artistas desse país. Agora, aguardo ansioso pelo que vem por aí, já que
há sempre uma surpresa – positiva - no caminho.
NOTA: ★★★★★ (5)
19 anos do terceiro - e ótimo - álbum de Wanessa Camargo
O álbum autointitulado fez parte de uma trilogia, e hoje, acredito ser um dos trabalhos mais coesos da discografia da artista. Nesse projeto conseguimos ver os dois lados de Wanessa, o romântico e o pop, que andam juntos em um projeto que só melhora com o passar dos anos, e nos faz sentir uma nostalgia boa de uma época não tão distante, mas bem diferente de hoje.
Como Dizer Ao Coração é a primeira faixa, e é sucedida por Um Dia... Meu Primeiro Amor, o primeiro single, lançado antes do lançamento oficial do álbum. Aqui Wanessa ainda cantava sobre a inocência do primeiro amor. O álbum é composto por 14 faixas, e em sua primeira metade é quase uma música romântica seguida de uma mais agitada, enquanto em sua segunda metade, as faixas acabam indo para a linha mais romântica - e algumas delas compostas pela própria Wanessa com parceiros.
É um álbum que fala muito bem com as duas vertentes da carreira da artista, o romântico e o pop, e que no final, funcionam muito bem e entregam um projeto muito coeso e completo. Saudade que fala né?
A experiência completa de 'GRACINHA' com o incrível álbum visual
Manu Gavassi entregou um álbum rico em muitos sentidos, mas a experiência realmente fica completa quando a gente assiste ao álbum visual disponível na DisneyPlus.
Além
do roteiro muito inteligente, as músicas parecem que ganham vida própria de
acordo com os vídeos e conseguimos entender completamente o que a artista quis
dizer em cada faixa que está nesse projeto - e nenhuma está ali por
simplesmente estar.
GRACINHA
faz uma crítica contra o mercado, e com toda a certeza ele reflete muito do que
Manu - e tantos artistas - passam, já que são vistos como uma máquina de fazer
dinheiro e acabam por ir muitas vezes contra o que acreditam.
A
delicadeza da direção, méritos para Manu e seu co-diretor, Gabriel Dietrich,
são outro ponto alto do álbum visual. O elenco também faz toda a diferença,
destaque para Ícaro, Titi, João Cortês e Paulo Miklos. E os dançarinos, que dão
vida para as faixas do projeto.
Enfim, GRACINHA é um projeto que reflete muito bem o que muitos gostariam de contar, mas que por algum motivo não podem. O reconhecimento que Manu ganhou no BBB, conseguiu fazer com que ela trilhasse um caminho genuíno, sem precisar fazer nada que ela não quisesse, e o resultado ficou incrível.
NOTA: 4/5
'Um Lugar ao Sol' tem primeira semana de tirar o fôlego
Após uma sucessão de reprises, Um Lugar ao Sol é a primeira
novela inédita no horário nobre. O primeiro capítulo serviu mais para a apresentação
da história, mas em seu segundo Lícia já disse ao que veio com um capítulo de
tirar o fôlego – algo que a gente também viu nos capítulos que vieram a seguir.
Quem deu uma chance para a trama, já entende que a trama é
muito mais que uma novela sobre um gêmeo que assume o lugar do outro. A
história muito bem construída, ainda vem com o texto primoroso da autora que
não poupou movimento nesses primeiros capítulos.
Cauã Reymond brilhou como Christian e Renato, que tinham
personalidades diferentes e o ator soube deixar isso bem explicito. Todo o enredo
e a construção da troca de identidade foram muito bem elaborados pela autora, e
acredito que venha muita coisa boa por ai. Juan Paiva foi outro destaque nessa
primeira semana, e acredito que ainda vá crescer ainda mais ao longo da trama.
Das protagonistas femininas, Andreia Horta vem emocionando
também. A cena em que sobe o morro e ouve os tiros foi de cortar o coração,
assim como quando viu Renato morto achando que era Christian. Já Alinne Moraes
tem uma personagem bem complexa nas mãos, e a atriz brilhou desde a primeira cena
em que apareceu.
Outro ponto positivo é o fato de que a novela terá pouco
mais de cem capítulos, não dando espaço para barrigas. Ao julgarmos pela
primeira semana, Lícia nos entrega uma trama complexa e de tirar o fôlego, e
que deve entrar na minha lista de melhores novelas desses últimos anos.
'GRACINHA' é o resultado de uma Manu Gavassi mais livre do que nunca
GRACINHA é o novo álbum de Manu Gavassi e deve soar estranho para muitos em uma primeira ouvida. Com um pop melancólico chique, o novo trabalho chega para marcar uma nova fase da carreira da artista que se mostra mais livre do que nunca.
Com nove faixas, o quarto álbum de estúdio vem com uma proposta completamente diferente dos trabalhos anteriores. Talvez por todo o crescimento pessoal que Manu teve nesses últimos anos, ela se desprende de qualquer expectativa do público e lança seu projeto mais ousado e diferente.
Ser ousado e diferente não tira o mérito de grandes projetos que a artista lançou anteriormente, como os dois últimos EPs, que é como se fossem os irmãos mais novos desse álbum e fizeram parte do caminho até aqui. Hoje faz todo o sentido Eu nunca fui tão sozinha assim ter sido lançada primeiro, já que ele traduz muito bem o álbum e as emoções que Manu sentiu no processo - como evidencia em outras faixas.
O pop alternativo de Bossa Nova e sua letra debochada, são características muito fortes desse álbum, e a faixa é um dos pontos altos do projeto, e a produção caprichada de Lucas Silveira faz a experiência ser ainda mais incrível. Quem não entendeu a referência da letra que diz "Você se leva a sério demais"? A frase foi dita por Tiago em um dos discursos para a artista em sua passagem pelo BBB, sem contar em outras frases como em "Não sei cantar, mas faço disso um compromisso/ Misturo tudo que você não gosta/ Não leve a mal/ Quando eu morrer quem sabe eu viro genial...", uma certa forma de colocar suas inseguranças em música, e também uma resposta aos haters, que adoram atacar o trabalho alheio na internet sem muito fundamento. Diferente de Bossa Nova, GRACINHA, título do álbum, volta ao pop melancólico, mas com um discurso muito forte e intenso também, e a participação de Tim Bernardes e Amaro Freitas também fazem toda a diferença.
Gracinha não é o que muitos esperavam, mas pode se dizer que é um dos trabalhos mais inspirados e coerentes de Manu, que é muito mais perspicaz e original quando ouve seu coração e canta sua verdade.
NOTA: 4/5
As Trilhas com Vanessa da Mata
Você já ouviu esses lançamentos da semana?
Cinco momentos marcantes de 'The Vampire Diaries'
No mês passado, The Vampire Diaries completou 12 anos desde a sua estreia, em 2009. A série foi a primeira que assisti e lembro da sensação de receber a notícia de que a oitava temporada seria a última. Apesar de alguns problemas no decorrer do tempo, eu amava todos aqueles personagens - mesmo não estando feliz com o rumo de alguns.
Decidi relembrar cinco cenas da série, que me fazem marejar os olhos de saudade daquele tempo até hoje. E quem é fã sabe que escolher apenas cinco cenas é algo muito difícil, pois foram quase duzentos episódios de grandes momentos.
Já vou começar com o último episódio da série, o 8x16 (I Was Feeling Epic), onde Stefan se sacrifica por uma força maior, em seguida se despede de Elena e reencontra sua amiga Lexie, personagem que apesar de ter sido apenas uma participação, foi muito importante para a série. Impossível não rever a cena e não se emocionar.
Jão transita por terras desconhecidas em 'Pirata', seu terceiro álbum
"Eu sinto o vento trazendo algo novo...", essa frase faz parte da letra de Clarão, faixa que abre o terceiro álbum de Jão, Pirata, onde o artista deixa a sofrência em segundo plano para se jogar no eletrônico em boa parte do trabalho.
A sofrência em segundo plano é pelo simples fato de que Jão continua cantando sobre amores imperfeitos, frustrações, mas diferente do seu segundo álbum, Anti-Herói, que tinha um repertório mais denso, Pirata faz com que a gente sofra - em alguns momentos - mas dançando, como das duas faixas que abrem o álbum, Clarão e Não Te Amo, atual single. Aliás, esse início do álbum já deixa muito claro o som que o Jão quis trazer nesse álbum.
Outro destaque do repertório é Idiota, terceira faixa do álbum, que apesar de ter uma pegada eletrônica, acaba por ir em um caminho oposto das duas primeiras faixas. O refrão também é muito chiclete e seria uma faixa fácil de ser abraçada pelas rádios, assim como Santo, faixa que a sucede.
Acontece é a primeira faixa que me remeteu aos trabalhos anteriores, onde a dramaticidade da letra chega mais perto, por exemplo, do Anti-Herói. É nela que Jão volta a sofrência escancarada, e faz o questionamento de "O que o amor vira quando chega ao fim?", também se tornou uma das minhas favoritas.
Em Meninos e Meninas, Jão nos entrega uma faixa que remete ao pop rock dos anos 80, fazendo com que o álbum não se prenda em apenas um elemento do início ao fim, sendo também um dos grandes momentos de Pirata.
Ao ouvir o álbum, de primeira, foi estranho já que esperava algo completamente diferente, mas posso dizer que Pirata cumpre muito bem o que foi proposto pelo artista, e também mostra que ele não quer ficar preso em apenas uma fórmula repetindo o que deu certo em trabalhos anteriores, e por isso, os três álbuns que compõe a sua discografia até o momento, são uma experiência única - apesar de suas semelhanças e referências.
AVALIAÇÃO: ★★★★ (4,0)