Os 10 anos da versão brasileira de 'Rebelde'

 


Há 10 anos ia ao ar o primeiro capítulo da versão brasileira de Rebelde. Sophia Abrahão, Micael Borges, Lua Blanco, Arthur Aguiar, Chay Suede e Mel Fronckowiak eram os protagonistas da trama adaptada por Margareth Boury. 

Na época, a audiência comprou a trama adolescente, e a direção e a trama eram bem convidativas. Tinha seus erros, mas para o público alvo era um prato cheio. Além da trama adolescente, os personagens adultos também roubaram a cena em muitos momentos. Adriana Garambone, Lana Rhodes, Eduardo Pires e Daniel Erthal foram personagens que também conquistaram o público.

Após os primeiros 256 capítulos, a trama anunciou uma nova temporada com alguns personagens novos, e foi essa nova fase que a história começou a perder a audiência e credibilidade, abordando o RPG e fazendo com que a trama realista juvenil se transformasse em um circo jogando para todos os lados. Com isso, não teve jeito e o público desistiu da trama, que chegou a marcar 3 pontos de audiência.

REBELDES



Assim como na trama original, tivemos aqui a banda que foi iniciada no porão do colégio Elite Way. E diferente dos remakes, a versão brasileira da banda apostou em faixas inéditas ao invés das versões originais. A composição das faixas ficou a cargo de Rick Bonadio, conhecido por produzir o grupo Rouge, Di Ferrero e Gee Rocha, da banda NX Zero.

O primeiro álbum, Rebeldes, foi lançado no mesmo ano, e o primeiro single foi Do Jeito que Eu Sou, e curiosamente, esse primeiro trabalho da banda não está disponível nas plataformas digitais. Outras faixas como Rebelde Pra Sempre, Quando Estou do Seu Lado, Depois da Chuva e Ponto Fraco, fizeram sucesso e são lembradas até hoje pelo público.

No ano seguinte, a banda lançou a versão ao vivo do álbum, e que além de trazer as canções do primeiro álbum também trazia um momento solo de cada integrante com alguma faixa já conhecida. Teve releituras de Lulu Santos, Lady Gaga, Shakira, entre outros.


Ainda em 2012, lançou o segundo álbum de inéditas e último antes do fim do grupo. Com 12 faixas, a composição também é de Rick Bonadio, Gee Rocha e Di Ferrero. E trouxe Liberdade Consciente e Meu Jeito, Seu Jeito como os primeiros singles.

Enfim, Rebelde completa 10 anos e serve para trazer uma sensação de nostalgia para quem acompanhou a trama na época, assim como a banda. É inevitável falar que a trama não se perdeu, mesmo sendo um dos fãs que jamais desistiram. Mas, existe algo de bom ali, e o peito aperta com uma certa saudade daqueles dias em que cantávamos com plenos pulmões durante a abertura, "meu coração vai ser rebelde para sempreeeee..."

As novelas inéditas da Rede Globo; 'Grey's Anatomy' e sua mania de tentar impactar da pior forma; e mais... | CurtaS

 


Uma chamada narrada por dona Lourdes (Regina Casé) aparece entre um programa e outro anunciando algumas novas reprises por conta da pandemia do Covid-19, mas também nos presenteando com imagens das tramas inéditas que seguem sendo gravadas com todo o cuidado.

De todas as inéditas, Um Lugar ao Sol é a que mais me anima. Sou apaixonado pelo texto de Lícia Manzo e gosto muito do que li sobre a trama até o momento. O elenco também sai do óbvio e deve trazer um frescor para o horário nobre. A previsão de estreia é para o segundo semestre, mas tudo pode mudar. Vamos acompanhar as cenas dos próximos capítulos e torcer para que tudo melhore até lá. 


GREY'S ANATOMY E SUA MANIA DE TENTAR IMPACTAR DA PIOR FORMA

Sou apaixonado por Grey's Anatomy, mas não é de hoje que a série vem desenhando um caminho meio irritante. Muitos personagens queridos se foram e impactaram os telespectadores, e mesmo após 17 temporada, os roteiristas seguem tentando impactar de alguma forma fazendo nos despedir de personagens que aprendemos a amar.

Se você não quer saber de spoiler da temporada 17, pare aqui. Mas mesmo não assistindo ao episódio, o fato de saber que DeLuca morreu me deixa muito triste. O que fizeram na temporada anterior já tinha me deixado extremamente chateado, e agora dar esse fim ao personagem é um pouco demais e se torna apenas mais uma morte gratuita na história da série. Confesso que só não desisto por teimosia.


EU ADORO ESTAR ALIENADO PELO BIG BROTHER

Acredito nunca ter vivido uma temporada do Big Brother de forma tão intensa. Nem mesmo a vigésima edição, quando eu acabei me reaproximando do formato e dando mais uma chance após anos. 

A atual temporada é entretenimento puro, e aos que dizem que o elenco é péssimo, felizmente digo que a produção acertou em cheio na maioria. São pessoas humanas bem diferentes, mas que erram, acertam, metem os pés pelas mãos e nos fazem querer acompanhar dia após dia. 

Óbvio que, tirando todo o lance do início da temporada, já que aquilo não era o tipo de entretenimento que gosto, mas hoje, digo tranquilamente que a temporada merece a audiência que vem conquistando. 


Nostalgia 2021: A Versatilidade de Thales Pan Chacon

 


Ator, bailarino e coreógrafo Thales Pan Chacon, foi uma personalidade bastante admirada entre o público e seus colegas de profissão. Nascido em 23 de novembro de 1956, Thales chegou a cursar arquitetura na USP, mas acabou desistindo do curso para se entregar as artes ainda nos anos 70 inicia seus estudos em dança fazendo sua estreia como bailarino no espetáculo Caminhada (1974), de Célia Gouvêa.

Além desta produção o mesmo ainda atua em Scapus (1975), Auké (1975) e Quem Sabe um Dia (1976), senda a sua primeira contribuição coreográfica. No final dos anos 70 decide se mudar para a Bélgica, retornando ao Brasil dá continuidade à sua carreira teatral em diversas produções a exemplo da montagem de Chorus Line, dirigido por Walter Clark (1983), Gardel, uma lembrança (1987).

Em 1982 ele estreia na televisão interpretando Bianco Pacheco na minissérie policial Avenida Paulista, no ano seguinte participou de Moinhos de Ventos na pele de Thiago Barreto ambas produzidas pela Rede Globo, porém em 1986 participa do filme Eu Sei que Vou te Amar, dirigido por Arnaldo Jabor e protagonizado por Fernanda Torres (que pela atuação conquistou o prêmio de melhor atriz no Festival de Cannes), após este trabalho Thales alcança o estrelado e passa a participar de inúmeras novelas e minisséries.

Thales com seu par em "Helena"

Em 1987 se torna protagonista de Helena, na extinta Rede Manchete, no ano posterior volta a Rede Globo como Heitor Flores um dos principais personagens em Fera Radical. Em O Salvador de Pátria (1989) foi o advogado Cássio, em 90 retorna a Rede Manchete onde participa do policialesco Fronteiras do Desconhecido ainda neste ano vive o bon vivant que não quer nada com trabalho Henrique em Meu Bem, Meu Mal na Rede Globo.

Seus últimos trabalhos na emissora dos Marinhos foram nas minisséries Anos Rebeldes (1992), Sex Appeal (1993) e na novela “sobrenatural” Olho no Olho (1993). Seu último trabalho na televisão foi dando vida a Otávio Caldas no remake de Os Ossos do Barão no SBT.

Em sua trajetória Thales, pode mostrar a sua versatilidade dando vida a diferentes perfis, como bailarino o mesmo foi bastante elogiado por diretores e público que o prestigiou, como pessoa foi bastante apaixonado por sua esposa (1986-1992) e amiga a também atriz Carla Camurati, que o dirigiu em seu último trabalho no cinema em La Serva Padrona (1997). Thales nos deixou em 02 de outubro de 1997, aos 40 anos em decorrência das complicações do vírus da AIDS.



O Big Brother Brasil 21 e o retrato da sociedade atual

 


Quando os participantes da vigésima primeira edição do Big Brother Brasil foram anunciados, muitos eram vistos como artistas incríveis que lutavam por causas sociais e levantavam bandeiras de igualdade. É o caso de Projota e Karol Conká, por tanto, apenas duas semanas depois da estreia do reality, que eles dizem estar se mostrando de verdade, mostram um lado sujo e que vai contra tudo o que pregam na internet. 

E eu citei apenas os dois, mas o elenco é grande. Nego Di Rodolffo, que felizmente eu não conhecia antes do reality, FiukViih Tube e Pocah. Essa última, lançou uma música em parceria com a Pabllo Vittar antes de entrar na casa, e tem uma parceria gravada com Lia Clark, mas ontem foi responsável por colocar um dos participantes, Lucas Penteado, contra a parede por ter beijado um homem, sendo que nunca tinha mencionado ser bissexual. Oi? Desde quando devemos nos impor sobre a sexualidade de alguém?

Temos também participantes que não são do camarote, como a psicóloga Lumena, que se mostra completamente equivocada e com falas que são completamente banais. Uma mulher LGBTQI+, negra, também foi uma das participantes que colocou um garoto de 24 anos contra a parede diversas vezes, e jamais conseguiu ouvir o que ele tinha pra falar. E ele tentou tanto. Ela condena, mas se cala ao ver falas machistas, bullying e tortura psicológica - que na maioria das vezes também é feito por ela. 

Lucas é pauta, mas Juliette também sofre todos os dias por sua forma de falar. Carla Diaz também já foi vítima desse mesmo grupo. Aos poucos, a lista vai crescendo, e apesar de militarem na internet, eles são o retrato da sociedade brasileira. Onde, ao que parece, levantam bandeiras apenas para se promover, mas quando existe uma pessoa que precisa ser ouvida, eles excluem, não ouvem, tentam impor suas verdades de maneira drástica e sem empatia. E empatia é um sentimento que essa turma prega de uma maneira tão linda nesse mundinho que é a internet. 

Hoje, Lucas Penteado desistiu do programa. Ele estava abalado emocionalmente após tanto brincarem com seu psicológico e o pintarem como monstro. Felizmente, ele estava em um reality, onde ele pode entrar em uma sala e pedir pra sair. Na vida real, geralmente a sala é o suicídio. Jovens que são tratados como ele foi, muitas vezes não tem uma ajuda ou uma oportunidade pra pedir pra sair. Ainda bem que ele estava em um reality. Ainda bem. E que tem um público incrível aqui fora para lhe dar muito carinho e acolhimento. E aos que estão lá dentro, se achando as melhores pessoas do mundo, fica nosso até logo. Não vemos a hora de ver sair um por um.

Nostalgia 2021: A alegria e a elegância de Betty Lago

Nascida em 24 de junho de 1955, Elizabeth Lago Netto, ficou nacionalmente conhecida como Betty Lago modelo, atriz e apresentadora dona de uma alegria contagiante e um talento extraordinário nas passarelas e na televisão, Betty começou sua carreira como modelo nos anos 70, foi descoberta pelo fotógrafo Evandro Teixeira e que após alguns anos foi encorajada a tentar a carreira no exterior.


Betty em 'Quatro por Quatro' (1994)

Após 15 anos se dividindo entre as passarelas da Itália, França e Estados Unidos, Betty volta ao Brasil disposta a tentar a carreira de atriz (durante os anos de 1988 a 1991 Betty, fez cursos de interpretação no exterior), porém sua estreia aconteceu em 1976 dando vida a Zizi no filme Dona Flor e Seus Dois Maridos. Na televisão sua primeira aparição foi em 1992 na minissérie Anos Rebeldes interpretando a elegante Natália, no ano seguinte Vick Valentine na minissérie Sex Appeal, em 1994 foi uma das protagonistas do megassucesso Quatro por Quatro no papel da transloucada Abigail.  Após esse trabalho a atriz firma uma bela parceria com o autor Carlos Lombardi participando de outras produções de autoria do mesmo a exemplo de Vira-Lata (1996), Uga Uga (2000), O Quinto do Infernos (2002), Kubanacan (2003), Pé na Jaca (2006) e Guerra e Paz (2008).

Mas entre todos esses papeis citados acima Betty, teve mais uma protagonista na carreira em O Amor Está no Ar (1997) foi Sofia, uma mulher exuberante que se apaixona pelo mesmo homem que sua filha. Além disso fez participações em Pecado Capital (1998), Os Normais (2002), A Diarista (2004), Bang Bang (2005) e Cinquentinha (2010) interpretando Rejane em seu último trabalho na Rede Globo.

Betty caracterizada para sua personagem em 'Bang Bang' (2005)

Como apresentadora comandou no canal fechado GNT entre 2000 a 2002 o GNT Fashion, de 2005 a 2010 compôs o time de apresentadoras do Saia Justa. Em 2011 transfere-se para RecordTV, e participa da novela Vidas em Jogo na pele da divertida empregada doméstica Marizete, pela primeira vez vimos Betty em um papel totalmente diferente do que já tinha feito e sobre este papel a atriz fez a seguinte declaração ao site Terra, em 11 de maio de 2011: “Acho que foi o grande barato de assinar com a Record: experimentar um papel que já é popular no texto. Dizer que eu só posso interpretar com traços de classe é a mesma coisa, na minha opinião, que falar que pobre não pode ter traços finos”.

Betty em 'Pecado Mortal' (2013)

Após a novela, a atriz teve mais uma vez presente em um trabalho de Carlos Lombardi, desta vez em sua estreia na RecordTV com a novela Pecado Mortal (2013), no papel de Stella. Pecado Mortal é foi a última vez que vimos Betty em uma novela.
No ano seguinte, lança um canal de humor no YouTube, intitulado Calma, Betty!, já doente, se afastou da televisão para travar uma luta contra o câncer - diagnosticado em 2012 - e, em, 13 de setembro de 2015, Betty Lago partiu para alegrar o céu, aos 60 anos de idade, deixando um legado na história da televisão brasileira.



Supernatural tem final decepcionante

 


Sempre imaginei que o fim dos irmãos seria a morte, e que eles seriam os responsáveis por salvar o mundo dos monstros. Se não os dois, um seria morto para se sacrificar. Após o penúltimo episódio da série pensei ter assistido o series finale enganado, mas infelizmente ainda restava mais um. 

O que aconteceu no último episódio foi corrido e sem emoção. Após derrotarem Deus, Dean morrer em uma caçada normal é muito injusto e anticlímax. E por não acreditar estar acontecendo daquela forma, não consegui me emocionar com a despedida dos irmãos. O final teve diversos erros, o que fez com que pra mim, a série terminasse no lindo, vibrante e aceitável penúltimo episódio. 

Após morrer, vimos Sam casar com alguém que nem sabemos quem é. E o romance que ele tinha com Eileen? Esqueceram? Ao que tudo indica, continuou caçando e seu filho seguiu os passos do pai, mas foi tudo tão corrido que parecia final de novela das seis. Sem contar que por qual motivo Sam apareceu no céu com a fisionomia jovem se ele morreu velho? Bobby, Dean, Marry e tantos outros morreram e ficaram com a fisionomia de quando morreram. Por qual motivo com ele foi diferente? 

Foram muitas pontas soltas, o que é normal para uma série com mais de 200 episódios, mas o mais triste foi saber do potencial que os roteiristas tinham para dar um final justo para Supernatural. Série que tem episódios incríveis onde brinca com a nostalgia dos fãs, emociona e honra com a mitologia da série. Infelizmente isso não aconteceu no último da série. 

P.S: Tantos personagens ao longo dos anos e que não deram as caras no último da série, mas o mais injusto foi Castiel ter sido mencionado e não aparecer. Um personagem tão importante quanto os dois irmãos. Lamentável.

O Comenta te espera em 2021

 


Este é o nono ano em que escrevo um texto no blog me despedindo de um ano que se aproxima do fim. Por tanto, posso garantir que 2020 foi o ano mais intenso e diferente para mim. Foi o ano em que me encontrei na vida pessoal, profissional e me sinto, de fato, adulto. 

2020 ficou marcado para todas as pessoas do mundo por conta da pandemia do Covid-19, mas ainda assim precisamos ser gratos por chegarmos em dezembro bem de saúde, sendo que muitos perderam a vida nesse ano tão incomum e triste. 

Geralmente chegamos ao fim de um ano desejando coisas lindas para o próximo, mas eu só consigo chegar ao fim desse ano pedindo proteção e que seguimos resistindo contra tudo de ruim que cruzar nosso caminho e tendo sabedoria para lidar com o caos dentro da gente. 

Em um contexto pessoal, esse ano foi melhor que o ano passado - onde me acidentei e passei um dos piores momentos da minha vida. Eu acredito que mesmo com tudo de ruim acontecendo, a gente precisa ter esperança de que tudo vai melhorar. E vai!

Agradeço todos que estiveram comigo aqui no blog neste ano, e que a gente possa se encontrar mais vezes em 2021. Abaixo, um pouquinho dos novos banners das colunas. Espero que gostem! Um Feliz Natal e um ano novo com proteção e paz!

Nostalgia: Retrospectiva 2020

Sem sombras de dúvidas, 2020 será o ano que as emissoras de televisão jamais irão esquecer. Isso por que as mesmas tiveram que se adaptar diante do cenário em que ainda vivemos. Atualmente se moldam “ao novo normal” para levar informação, diversão e entreter o seu público. Diante disso, resolvi fechar a coluna deste ano relembrando como as principais emissoras do país vem enfrentando a pandemia e quais são os planos para o próximo ano que se aproxima.

REDE GLOBO: Mesmo com os primeiros casos se alastrando pelo país, a emissora ainda deu continuidade aos seus trabalhos e futuras estreias que iriam ao ar. Gravações de programas e novelas estavam a todo vapor, porém com o aumento de casos e mortes, a Globo se viu em um beco sem saída, e a alternativa mais sensata foi suspender a produção de seus produtos.


Novelas como Amor de Mãe, que se encaminhava para reta final, e Salve-se Quem Puder tiveram suas gravações adiadas por tempo indeterminado. A temporada de Malhação foi encurtada drasticamente e o autor teve que dar um fim corrido para seus personagens. Éramos Seis, já na reta final, conseguiu manter o cronograma e terminar as gravações, enquanto Nos Tempos do Imperador, sua sucessora, que tinha estreia anunciada para 30 de março, teve suas gravações paralisadas e tem estreia prevista para o próximo ano.



Com isso, as emissoras se viram obrigadas a colocar reprises em seus respectivos horários, e no lugar de Amor de Mãe, acompanhamos mais uma vez a saga de Pereirão em Fina Estampa. No horário das sete, entrou em cartaz Totalmente Demais, ambas não fizeram feio e arrasaram no quesito ibope. Novo Mundo voltou ao ar às 18hs, mas não teve o mesmo desempenho de 2017. Após alguns meses, a Globo adotou medidas de proteção e voltou aos estúdios com as gravações de suas novelas, tendo como plano inicial, a volta ao ar no primeiro trimestre de 2021 com todas tramas devidamente gravadas. Enquanto isso, seguimos acompanhando a segunda safra de reprises, sendo elas Flor do Caribe, Haja Coração e A Força do Querer. Malhação Viva a Diferença segue sendo reprisada, e será substituída pela temporada Sonhos, e diferente das novelas, terá temporada inédita apenas em 2022.


RECORDTV: As gravações de Amor Sem Igual e Gênesis foram interrompidas, a segunda com estreia para abril, foi adiada. Para suprir o horário a emissora escalou uma edição especial de Apocalipse que derrubou os índices de audiência conquistado pela trama de Poderosa. Com protocolos de segurança adotados, as gravações foram retomadas em agosto e seus 43 capítulos finais já foram todos gravados. Com isso a RecordTV passou a focar nas gravações de sua próxima produção bíblica , tendo marcado para o dia 19 de janeiro sua estreia. Sem contar que a segunda temporada de Topíssima também já começou a ser produzida.


SBT: Com a única novela inédita em sua reta final, a emissora preparava uma segunda temporada da trama infanto-juvenil, porém o agravamento da pandemia fez com que Poliana Moça entrasse em produção apenas em 2021, e o elenco que já estava sob aviso da continuação da trama foi dispensado. Segundo o SBT ainda não há uma previsão de retomada das gravações, do casting da novela, segue apenas contratados os atores Sophia Valverde e Ígor Jansen.

Por fim, este ano atípico jamais será esquecido. Além das novelas, programas como Domingão do Faustão, Programa Silvio Santos precisaram ter ser melhores momentos reprisados por não ter possibilidade de novas gravações. O Mais Você passou a ser um quadro dentro do Encontro, e o Melhor da Tarde que passou a ser apresentado da casa da apresentadora Cátia Fonseca, tiveram que se adaptar ao momento que estamos vivendo, por tanto, o destaque no meio televisivo este ano foi o jornalismo. 

As emissoras investiram pesado em levar informação e imparcialidade a sociedade, além das plataformas de streaming que viu os seus números de assinantes duplicarem. Por aqui seguimos ansiosos para o tão aguardado reencontro de Lurdes de Domenico em Amor de Mãe, as atrapalhadas de Salve-se Quem Puder e a estreia da autora Lícia Manzo com Um Lugar ao Sol às 21hs. Mais uma edição do BBB vem surgindo, e dessa vez, será a temporada de maior duração da história já que terá seu início em janeiro e terá sua final apenas em maio. 

Na RecordTV, a sua superprodução Gênesis irá revolucionar a teledramaturgia ao contar a passagem da bíblia em sete fases diferentes, e por fim o SBT, com a alegria de Poliana Moça. Estamos torcendo para que o próximo ano traga, enfim , a tranquilidade, paz e a esperança que 2020 nos roubou. Até breve!

Mantendo a qualidade da produção original, As Five merece vida longa

Não é novidade de que Viva a Diferença foi um divisor de águas em Malhação, e foi uma das poucas temporadas que fugiu do clichê adolescente e trouxe temas que fugiam do contos de fadas e da trama romântica de todos os anos anteriores. Visto que a temporada foi muito bem recebida pelo público e um sucesso de audiência, a trama escrita por Cao Hamburger foi escolhida para ser reprisada neste ano de 2020, e a reprise vem repetindo o sucesso da exibição original.

Esse mês tivemos a estreia de As Five, spin-off que dá continuidade na história de LicaBenêEllenTina Keila. Seis anos sem se ver, as amigas se reencontram e precisam se reconectar já na vida adulta. E assim como a temporada exibida pela Rede Globo, a série aborda questões reais, e sendo uma série exclusiva da plataforma de streaming, acaba por dar mais liberdade ao autor para questões como sexo e drogas sem se preocupar com a censura.

Assim como Viva a Diferença, As Five mostra a sintonia das cinco protagonistas. As atrizes conseguiram trazer a identidade de todas as personagens e dar uma postura mais adulta para elas. Assim como o autor conseguiu continuar a contar essa história mantendo a qualidade da produção original. Com apenas dois episódios, As Five merece vida longa, e tem muitos caminhos possíveis para isso.

Nostalgia 2020: O Charme e o Talento de Sandra Bréa

 

Considerada como a rainha da televisão brasileira nos anos 70, Sandra Bréa consagrou-se como uma grande atriz. Com papeis memoráveis em O Bem-Amado (1973), dando vida à Telma Paraguaçu, e em TiTiTi (1985), interpretando Jaqueline. Sandra viveu de forma intensa e mostrou ser mais que um rosto bonito. Além de ter marcado seu nome na história da televisão. Este mês, a coluna nostalgia relembra um pouco de sua carreira. 

Sua vida artística começou como modelo aos 13 anos de idade, e logo sua beleza chamou bastante atenção. Diante disso, aos 14 anos ingressou ao teatro poeira no Rio de Janeiro, porém sua estreia aconteceu aos palcos só aos 15 anos na peça Plaza Suíte (1968), ao lado de Fernanda Montenegro e Jorge Dória.

O convite para televisão não demorou muito para surgir, e em 1970 estreou em Assim na Terra como no Céu, dando vida à jovem Babi. Elogiada pelo seu desempenho no humorístico Faça Humor; Não Faça Guerra (1970), em 1972 Daniel Filho a convida para participar do estrondoso sucesso O Bem-Amado, logo depois deste trabalho, Sandra emendou uma produção atrás da outra. Dentre os trabalhos já citados, a atriz se destacou em Os Ossos do Barão (1973), Corrida do Ouro (1974), Escalada (1975) e em O Pulo do Gato (1978)

Mas o verdadeiro auge se deu no programa que a mesma dividiu com Carlos Miele. Neste programa, Sandra atuava, dançava e entrevistava grandes convidados. De acordo com o site Memória Globo: “Em 1972, Sandra Bréa e Luiz Carlos Miele faziam parte do elenco do espetáculo musical Regina Mon Amour, estrelado por Regina Duarte. A dupla fazia um número interpretando a cação Money, Money, celebrizada por Liza Minelli no filme Cabaret. O diretor do espetáculo, Augusto César Vanucci, enxergou nos dois o potencial para um programa de televisão. A ideia se tornou realidade em 1976, com Sandra & Miele, dirigido pelo próprio Vanucci.” 

Ainda nos anos 70, Sandra estampou diversas capas de revistas, algumas delas com ensaio nu a exemplo das extintas Palyboy e Status, o que a consagrou símbolo sexual, por tanto, Sandra não queria ser reconhecida apenas pelo seu corpo. No fim desta década ainda participou da novela Memórias de Amor (1979). Já nos anos 80, fez Elas por Elas (1982), teve uma passagem pela Rede Bandeirantes,em 1983, dando vida à Laura na novela Sabor de Mel.


Retornando a Rede Globo, ingressa ao elenco da memorável TiTiTi. Interpretando Jaqueline, Sandra reafirma o seu talento e cai no gosto popular com sua personagem. Depois fez participações em Hipertensão (1986), Bambolê (1987), Pacto de Sangue (1989), Gente Fina (1990) e em Felicidade (1991), seu último trabalho na televisão, interpretando Rosita. Em 1993, Sandra reúne alguns jornalistas e anuncia ser portadora do vírus HIV, a partir daí viveu reclusa e se afastou de todos.

Retornou à televisão em uma participação especial no último capítulo da novela Zázá (1997), em sua participação a atriz reafirma a vontade de viver e encoraja as pessoas acometidas pelo vírus. Desde que anunciou ser soropositiva Sandra, sempre afirmou que a AIDS não iria lhe matar, e em 1999, a atriz foi diagnosticada com um tumor maligno no pulmão, recusando o tratamento feito à base de quimioterapia e radioterapia, os médicos lhe deram mais seis messes de vida, e em 04 de maio de 2000, ela faleceu aos 47 anos de idade.




Gustavo Goulart se prepara para lançar Lugares Perigosos, seu melhor projeto até hoje


Artista: Gustavo Goulart
Single: Lugares Perigosos/Aversão
Ano: 2020
Avaliação: ★★★★

"Qual o segredo pra tirar teu nome do meu pensamento? / Te odeio tanto mas difícil dizer que me arrependo..."é assim que Gustavo Goulart inicia Lugares Perigosos, seu novo single, e que terá o seu lançamento oficial, na próxima semana, nas plataformas digitais. Para quem acompanha o trabalho do jovem cantor gaúcho, já percebe que essa faixa tem uma das letras mais populares de sua discografia. E aqui, o significado de popular é que qualquer pessoa pode se identificar enquanto está ouvindo. Além de, claro, mostrar um amadurecimento crescente nas composições do artista.

Lugares Perigosos é sobre uma relação abusiva, onde uma pessoa feita de sentimentos se submete a viver algo da qual não concorda, e mesmo sabendo que aquilo é errado não consegue de desvincular. A forma como Gustavo escreve sobre essa relação é muito verdadeira, e quando ouvi a primeira vez parecia que ele estava contando sobre, não uma, mas alguma relações que tive. 

Junto com Lugares Perigosos, teremos Aversão, uma b-side que virá junto com a faixa de trabalho. Assim como a primeira música, Aversão também fala sobre uma relação abusiva, e as duas se completam de uma forma tão incrível que parecem ser uma a continuação da outra. Não sei se esse era o propósito, mas deu muito certo. 

Acompanho o 
Gustavo faz um tempo, e cada lançamento eu temo fazer o mesmo comentário, mas a real é que mais uma vez ele superou seus trabalhos anteriores. Tenho um carinho enorme por Energia Solar, faixa do EP Ciranda, que lançou em 2018, mas hoje, as minhas duas faixas favoritas são as que serão lançadas. A produção, as composições e todo o conjunto da obra, mesmo sendo apenas duas faixas, falaram diretamente com o meu interior. E a certeza que fica é que ele precisa ser descoberto por mais pessoas para que elas se sintam assim como eu me senti, e também pelo simples fato de termos um artista em ascensão, evoluindo à cada trabalho colocado no mundo.

Nostalgia 2020: Sonho Meu

 

Sucesso absoluto entre todas as idades, Sonho Meu manteve os bons índices deixado por sua antecessora Mulheres de Areia (1993). Com um texto inocente e despretensioso, a novela segue viva na memória afetiva de um público que clama pela sua primeira reprise após longos 27 anos de sua estreia.

Escrita por Marcílio Moraes e com a supervisão de texto de Lauro César Muniz, sua história foi baseada nas obras A Pequena Órfã (1968) e Ídolo de Pano (1974), dos autores Teixeira Filho e Carmem Lídia. A novela contou com a direção de Reynaldo Boury. Foi produzida e exibida às 18hs pela Rede Globo entre 27 de setembro de 1993 a 14 de maio de 1994, tendo um total de 197 capítulos.



A história central da trama girou em torno de Cláudia (Patrícia França), que decide ir embora para Curitiba no intuito de fugir da violência sofrida pelo seu marido Geraldo (José de Abreu). Por conta das constantes brigas, a moça acaba perdendo a guarda de sua filha, Maria Carolina (Carolina Pavanelli), para sua cunhada, a megera Elisa (Nívea Maria), por não ter paciência e nem disposição na criação da sobrinha, a tia a abandona em um orfanato.



Disposta a sair daquele lugar,
Maria Carolina consegue fugir e passa a morar na rua, e é nesse momento que a pequena conhece o Tio Zé (Elias Gleizer), que se torna o seu amigo e protetor. Batizada pelo mesmo por Laleska, a pequena passa a morar na humilde casa do Tio Zé e lá conhece outras crianças que vivem na mesma situação que a sua e juntas partilham de alegrias e travessuras.

Chegando em Curitiba, Cláudia logo se apaixona pelo playboy Lucas (Leonardo Vieira), mas vê em seu irmão, o médico Jorge (Fábio Assunção), a chance de ter uma vida melhor e assim poder arcar com as despesas do tratamento de Maria Carolina, portadora de leucemia. Porém Paula (Beatriz Segall), vê na jovem uma ameaça a sua tradicional família e junto com Lúcia (Isabela Garcia), noiva de Lucas, armam diversas situações afim de separar o casal que nesta altura da novela já estão apaixonados e dispostos a terem seu final feliz.

Cláudia não desiste de ter sua filha de volta, casa-se com Lucas e é acusada de bigamia podendo perder definitivamente a guarda de sua filha para o seu ex-marido Geraldo, que passa a persegui-la. Além disso, os protagonistas precisam enfrentar a fúria de Jorge que a este ponto se mostra um homem cruel e doentio que fará de tudo para prejudicá-los e ter a posse da empresa da família.


Devido ao enorme sucesso que fizeram na primeira fase de Renascer (1993), a Rede Globo aproveitou Patrícia França e Leonardo Vieira e ambos foram escalados para serem os protagonistas da trama. De acordo com o depoimento deLauro César Muniz ao site Memoria Globo, o público não aceitou muito bem a bigamia da protagonista da história, isso fez com que o autor antecipasse a decisão da mesma assumir seu amor por Lucas, e juntos enfrentar o processo judicial. Primeira e única novela ambientada em Curitiba, o que levou o público a conhecer belezas quais não estavam acostumados a ver nas novelas.

Já o colunista Nilson Xavier declara em seu site Teledramaturgia uma teoria que revela o porquê da novela nunca ter sido reprisada: Curiosamente, apesar de ter tido boa audiência e de ser uma novela lembrada pelo público, Sonho Meu jamais foi reprisada. Este é um dos maiores mistérios do Vale a Pena Ver de Novo, que fomenta muitas teorias. A mais aceita é que durante o prazo limite para a sua reexibição (meados da década de 2000), alguns dos principais profissionais nela envolvidos haviam sido contratados pela Record TV no momento em que emissora alavancava a sua dramaturgia e tirava muita gente da Globo: o casal romântico central, Patrícia França e Leonardo Vieira, e os roteiristas Marcílio Moraes, Lauro César Muniz e Margareth Boury. Ou seja: a reprise de Sonho Meu foi sendo protelada até que, no momento máximo em que poderia sair, não saiu por causa da Record. Após isso, a novela passou a ser considerada “velha” para a reprise à tarde”.

 A novela ainda contou com um grande elenco: Walmor Chagas, Yoná Magalhães, Françoise Forton, Débora Duarte, Eri Jhonson, Mauro Mendonça, Flávio Galvão, Myrian Pires, o estreante Ângelo Paes Leme, entre outros.

Audiência: De acordo com o IBOPE teve uma média geral de 44 pontos, se tornando a segunda maior novela da década de 90, ficando atrás apenas de sua antecessora Mulheres de Areia.



Trilha Sonora: Ando Meio Desligado – Roupa Nova; Vieste – Ivan Lins; Um Pouco Mais – Guilherme Arantes; O Preço de Uma Vida – Selma Reis, Querer é Poder – José Augusto e Xuxa, além de outras canções fizeram parte da trilha sonora nacional. 


Já a trilha internacional veio repleta de músicas dançantes e canções que estavam “bombando” nas rádios naquela época destaco: What Is Love – Haddaway, Under The Same Sun – Scorpions, Mr. Vain – Culture Beat, Show Me Love – Robin S, Cryin’ – Aerosmith, For Whom the Bell Tolls – Bee Gees e Wild World – Mr. Big.

 




© all rights reserved
made with by templateszoo