Os Melhores do Ano 2020

Após um período onde os leitores do blog votavam em seus favoritos, o dia de divulgar o resultado chegou. 

Diferente dos anos anteriores, 2020 foi marcado pela pandemia do Covid-19, novelas inéditas tendo a exibição interrompidas e shows sendo cancelados. Ainda assim, continuamos juntos torcendo por dias melhores e que 2021 consiga superar em todos os aspectos o ano que se aproxima do fim. 

E aí, prontos para o resultado da nona edição do Melhores do Ano do Portal Comenta? Continue lendo e descubra se seu favorito foi o mais votado. 

MELHOR NOVELA INÉDITA 

    VENCEDORA EM 2019: BOM SUCESSO

Com 43,6% dos votos, Amor de Mãe foi a vencedora e eleita a melhor novela do ano pelos leitores do blog. Em segundo, a novela Éramos Seis. 

AMOR DE MÃE (43,6%)
ÉRAMOS SEIS (25,6%)
SALVE-SE QUEM PUDER (20,5%)

MELHOR REPRISE


Fenômeno de audiência, Totalmente Demais conquistou novamente o público e conseguiu sair vencedora na categoria de melhor reprise com mais da metade dos votos.

TOTALMENTE DEMAIS (51,3%)
ÊTA MUNDO BOM (23,1%)
FINA ESTAMPA (15,4%)

MELHOR SÉRIE

VENCEDORA EM 2019: SOB PRESSÃO

Alguém tinha dúvidas? Sob Pressão - Plantão Covid teve mais da metade dos votos, e ganhou com folga de todas as outras concorrentes.

SOB PRESSÃO - PLANTÃO COVID (64,1%)
HEBE (23,1%)
ARAUNAS (12,8%)

MELHOR ATRIZ

VENCEDORA EM 2019: GRAZI MASSAFERA (BOM SUCESSO)

Protagonista de Éramos seis, segundo os leitores do blog, Glória Pires leva o posto de melhor atriz do ano.

GLÓRIA PIRES em ÉRAMOS SEIS (33,3%)
REGINA CASÉ em AMOR DE MÃE (28,2%)
VITÓRIA STRADA em SALVE-SE QUEM PUDER (17,9%)

MELHOR ATOR

VENCEDOR EM 2019: RÔMULO ESTRELA (BOM SUCESSO)

O jovem Nicolas Prattes foi reconhecido pelos leitores do blog como o melhor ator por sua atuação em Éramos Seis.

NICOLAS PRATTES em ÉRAMOS SEIS (41%)
VLADIMIR BRICHTA em AMOR DE MÃE (20,5%)
CHAY SUEDE em AMOR DE MÃE (20,5%)

MELHOR ABERTURA 

E pela primeira vez ouve um empate entre duas opções de voto. Éramos Seis recebeu 35,9% dos votos, e teve a sua abertura eleita como a melhor, por tanto, Salve-se Quem Puder também levou a mesma porcentagem de votos. 

VENCEDORA EM 2019: ÓFÃOS DA TERRA

MELHOR CANTORA

VENCEDORA EM 2019: MARÍLIA MENDONÇA 

Convenhamos que o ano foi de Manu Gavassi né? Destaque no Big Brother Brasil, a cantora ressignificou sua carreira e se tornou uma das grandes artistas do país. E foi isso que aconteceu. Manu Gavassi é eleita a melhor cantora do ano pelos leitores do blog.

MANU GAVASSI (43,6%)
MARÍLIA MENDONÇA (20,5%)
ANITTA (17,9%)

MELHOR CANTOR

VENCEDOR EM 2019: LUAN SANTANA

Após dois anos consecutivos com Luan Santana dominando a categoria, Jão foi eleito o melhor cantor do ano pelos leitores do blog. Mesmo em um ano sem lançamentos inéditos, o cantor conseguiu levar maior parte dos votos.

JÃO (43,6%)
LUAN SANTANA (33,3%)
VITOR KLEY (15,4%)

MÚSICA DO ANO


Tendo reconhecimento apenas após a participação de Manu no BBB, Áudio de Desculpas conseguiu alcançar a grande massa e conquistar milhares de ouvintes. Com isso, é considerada a música destaque do ano.

ÁUDIO DE DESCULPAS - MANU GAVASSI (56,4%)
DESCE PRO PLAY (PA PA PA) - ANITTA (23,1%)
QUERO DO JEITO QUE VOCÊ QUISER - MARÍLIA MENDONÇA (10,3%)

MELHOR DUPLA MUSICAL

VENCEDORES EM 2019: SANDY E JUNIOR

Com grande parte dos votos, as vozes de Singular e Porque Eu Te amo levaram a categoria de melhor duo do ano. 

ANAVITÓRIA (66,7%)
ZÉ NETO E CRISTIANO (20,5%)
MAIARA E MARAÍSA (7,7%)

MELHOR APRESENTADORA

VENCEDORA EM 2019: FÁTIMA BERNARDES

Pelo terceiro ano consecutivo, Fátima Bernardes leva a categoria de melhor apresentadora pelo seu programa Encontro. Destaque também para Maisa Silva, que ficou super próxima do primeiro lugar.

FÁTIMA BERNARDES (28,4%)
MAISA SILVA (28,0%)
ANA MARIA BRAGA (23,1%)

MELHOR APRESENTADOR


Destaque em uma edição inesquecível do Big Brother Brasil, Tiago levou a melhor e recebeu o maior número de votos na categoria de melhor apresentador.

TIAGO LEIFERT (41%)
FAUSTO SILVA (30,8%)
SILVIO SANTOS (15,4%)

MELHOR PROGRAMA

VENCEDOR EM 2019: TAMANHO FAMÍLIA

Após quatro anos consecutivos com Tamanho Família como vencedor da categoria, o Encontro que vinha logo em seguida conseguiu ultrapassar e saiu vencedor neste ano de 2020. 

ENCONTRO (51,3%)
PROGRAMA DA MAISA (17,9%)
TAMANHO FAMÍLIA (12,8%)

MELHOR REALITY

VENCEDOR EM 2019: THE VOICE BRASIL

O ano foi, sem dúvidas, um ano muito especial para o Big Brother Brasil. Em sua vigésima edição, o reality conseguiu trazer um elenco incrível e voltou a ser visto por milhares de pessoas que o tinham deixado de lado já fazia um tempo. Com isso, levou quase 100% dos votos, e deixou as concorrentes lá embaixo. 

BBB 20 (76,9%)
A FAZENDA (12,8%)
THE VOICE BRASIL (5,1%)


Mantendo a qualidade da produção original, As Five merece vida longa

Não é novidade de que Viva a Diferença foi um divisor de águas em Malhação, e foi uma das poucas temporadas que fugiu do clichê adolescente e trouxe temas que fugiam do contos de fadas e da trama romântica de todos os anos anteriores. Visto que a temporada foi muito bem recebida pelo público e um sucesso de audiência, a trama escrita por Cao Hamburger foi escolhida para ser reprisada neste ano de 2020, e a reprise vem repetindo o sucesso da exibição original.

Esse mês tivemos a estreia de As Five, spin-off que dá continuidade na história de LicaBenêEllenTina Keila. Seis anos sem se ver, as amigas se reencontram e precisam se reconectar já na vida adulta. E assim como a temporada exibida pela Rede Globo, a série aborda questões reais, e sendo uma série exclusiva da plataforma de streaming, acaba por dar mais liberdade ao autor para questões como sexo e drogas sem se preocupar com a censura.

Assim como Viva a Diferença, As Five mostra a sintonia das cinco protagonistas. As atrizes conseguiram trazer a identidade de todas as personagens e dar uma postura mais adulta para elas. Assim como o autor conseguiu continuar a contar essa história mantendo a qualidade da produção original. Com apenas dois episódios, As Five merece vida longa, e tem muitos caminhos possíveis para isso.

Nostalgia 2020: O Charme e o Talento de Sandra Bréa

 

Considerada como a rainha da televisão brasileira nos anos 70, Sandra Bréa consagrou-se como uma grande atriz. Com papeis memoráveis em O Bem-Amado (1973), dando vida à Telma Paraguaçu, e em TiTiTi (1985), interpretando Jaqueline. Sandra viveu de forma intensa e mostrou ser mais que um rosto bonito. Além de ter marcado seu nome na história da televisão. Este mês, a coluna nostalgia relembra um pouco de sua carreira. 

Sua vida artística começou como modelo aos 13 anos de idade, e logo sua beleza chamou bastante atenção. Diante disso, aos 14 anos ingressou ao teatro poeira no Rio de Janeiro, porém sua estreia aconteceu aos palcos só aos 15 anos na peça Plaza Suíte (1968), ao lado de Fernanda Montenegro e Jorge Dória.

O convite para televisão não demorou muito para surgir, e em 1970 estreou em Assim na Terra como no Céu, dando vida à jovem Babi. Elogiada pelo seu desempenho no humorístico Faça Humor; Não Faça Guerra (1970), em 1972 Daniel Filho a convida para participar do estrondoso sucesso O Bem-Amado, logo depois deste trabalho, Sandra emendou uma produção atrás da outra. Dentre os trabalhos já citados, a atriz se destacou em Os Ossos do Barão (1973), Corrida do Ouro (1974), Escalada (1975) e em O Pulo do Gato (1978)

Mas o verdadeiro auge se deu no programa que a mesma dividiu com Carlos Miele. Neste programa, Sandra atuava, dançava e entrevistava grandes convidados. De acordo com o site Memória Globo: “Em 1972, Sandra Bréa e Luiz Carlos Miele faziam parte do elenco do espetáculo musical Regina Mon Amour, estrelado por Regina Duarte. A dupla fazia um número interpretando a cação Money, Money, celebrizada por Liza Minelli no filme Cabaret. O diretor do espetáculo, Augusto César Vanucci, enxergou nos dois o potencial para um programa de televisão. A ideia se tornou realidade em 1976, com Sandra & Miele, dirigido pelo próprio Vanucci.” 

Ainda nos anos 70, Sandra estampou diversas capas de revistas, algumas delas com ensaio nu a exemplo das extintas Palyboy e Status, o que a consagrou símbolo sexual, por tanto, Sandra não queria ser reconhecida apenas pelo seu corpo. No fim desta década ainda participou da novela Memórias de Amor (1979). Já nos anos 80, fez Elas por Elas (1982), teve uma passagem pela Rede Bandeirantes,em 1983, dando vida à Laura na novela Sabor de Mel.


Retornando a Rede Globo, ingressa ao elenco da memorável TiTiTi. Interpretando Jaqueline, Sandra reafirma o seu talento e cai no gosto popular com sua personagem. Depois fez participações em Hipertensão (1986), Bambolê (1987), Pacto de Sangue (1989), Gente Fina (1990) e em Felicidade (1991), seu último trabalho na televisão, interpretando Rosita. Em 1993, Sandra reúne alguns jornalistas e anuncia ser portadora do vírus HIV, a partir daí viveu reclusa e se afastou de todos.

Retornou à televisão em uma participação especial no último capítulo da novela Zázá (1997), em sua participação a atriz reafirma a vontade de viver e encoraja as pessoas acometidas pelo vírus. Desde que anunciou ser soropositiva Sandra, sempre afirmou que a AIDS não iria lhe matar, e em 1999, a atriz foi diagnosticada com um tumor maligno no pulmão, recusando o tratamento feito à base de quimioterapia e radioterapia, os médicos lhe deram mais seis messes de vida, e em 04 de maio de 2000, ela faleceu aos 47 anos de idade.




Gustavo Goulart se prepara para lançar Lugares Perigosos, seu melhor projeto até hoje


Artista: Gustavo Goulart
Single: Lugares Perigosos/Aversão
Ano: 2020
Avaliação: ★★★★

"Qual o segredo pra tirar teu nome do meu pensamento? / Te odeio tanto mas difícil dizer que me arrependo..."é assim que Gustavo Goulart inicia Lugares Perigosos, seu novo single, e que terá o seu lançamento oficial, na próxima semana, nas plataformas digitais. Para quem acompanha o trabalho do jovem cantor gaúcho, já percebe que essa faixa tem uma das letras mais populares de sua discografia. E aqui, o significado de popular é que qualquer pessoa pode se identificar enquanto está ouvindo. Além de, claro, mostrar um amadurecimento crescente nas composições do artista.

Lugares Perigosos é sobre uma relação abusiva, onde uma pessoa feita de sentimentos se submete a viver algo da qual não concorda, e mesmo sabendo que aquilo é errado não consegue de desvincular. A forma como Gustavo escreve sobre essa relação é muito verdadeira, e quando ouvi a primeira vez parecia que ele estava contando sobre, não uma, mas alguma relações que tive. 

Junto com Lugares Perigosos, teremos Aversão, uma b-side que virá junto com a faixa de trabalho. Assim como a primeira música, Aversão também fala sobre uma relação abusiva, e as duas se completam de uma forma tão incrível que parecem ser uma a continuação da outra. Não sei se esse era o propósito, mas deu muito certo. 

Acompanho o 
Gustavo faz um tempo, e cada lançamento eu temo fazer o mesmo comentário, mas a real é que mais uma vez ele superou seus trabalhos anteriores. Tenho um carinho enorme por Energia Solar, faixa do EP Ciranda, que lançou em 2018, mas hoje, as minhas duas faixas favoritas são as que serão lançadas. A produção, as composições e todo o conjunto da obra, mesmo sendo apenas duas faixas, falaram diretamente com o meu interior. E a certeza que fica é que ele precisa ser descoberto por mais pessoas para que elas se sintam assim como eu me senti, e também pelo simples fato de termos um artista em ascensão, evoluindo à cada trabalho colocado no mundo.

Votações abertas para a nona edição do Melhores do Ano

 

Outubro se aproxima do fim, e como é de costume, a votação para o Melhores do Ano, do Portal Comenta, estão abertas. Um ano diferente, já que por conta da pandemia do covid-19 tivemos várias produções inéditas adiadas enquanto as reprises ganharam força nessa época tão difícil.

A única diferença da edição desse ano para a do ano passado é que incluímos a categoria de melhor reprise, e não teremos a categoria de melhor casal. As categorias musicais continuam pelo terceiro ano consecutivo. E lembrando que a oitava edição teve recorde de votos, ultrapassando a marca de 1500! Será que iremos ter um novo recorde esse ano?

As votações irão até o dia 1º de dezembro. O resultado sairá no domingo seguinte (06).

VOTE EM SEUS FAVORITOS ABAIXO!


Confira os vencedores do MELHORES DO ANO 2019!

Nostalgia 2020: Sonho Meu

 

Sucesso absoluto entre todas as idades, Sonho Meu manteve os bons índices deixado por sua antecessora Mulheres de Areia (1993). Com um texto inocente e despretensioso, a novela segue viva na memória afetiva de um público que clama pela sua primeira reprise após longos 27 anos de sua estreia.

Escrita por Marcílio Moraes e com a supervisão de texto de Lauro César Muniz, sua história foi baseada nas obras A Pequena Órfã (1968) e Ídolo de Pano (1974), dos autores Teixeira Filho e Carmem Lídia. A novela contou com a direção de Reynaldo Boury. Foi produzida e exibida às 18hs pela Rede Globo entre 27 de setembro de 1993 a 14 de maio de 1994, tendo um total de 197 capítulos.



A história central da trama girou em torno de Cláudia (Patrícia França), que decide ir embora para Curitiba no intuito de fugir da violência sofrida pelo seu marido Geraldo (José de Abreu). Por conta das constantes brigas, a moça acaba perdendo a guarda de sua filha, Maria Carolina (Carolina Pavanelli), para sua cunhada, a megera Elisa (Nívea Maria), por não ter paciência e nem disposição na criação da sobrinha, a tia a abandona em um orfanato.



Disposta a sair daquele lugar,
Maria Carolina consegue fugir e passa a morar na rua, e é nesse momento que a pequena conhece o Tio Zé (Elias Gleizer), que se torna o seu amigo e protetor. Batizada pelo mesmo por Laleska, a pequena passa a morar na humilde casa do Tio Zé e lá conhece outras crianças que vivem na mesma situação que a sua e juntas partilham de alegrias e travessuras.

Chegando em Curitiba, Cláudia logo se apaixona pelo playboy Lucas (Leonardo Vieira), mas vê em seu irmão, o médico Jorge (Fábio Assunção), a chance de ter uma vida melhor e assim poder arcar com as despesas do tratamento de Maria Carolina, portadora de leucemia. Porém Paula (Beatriz Segall), vê na jovem uma ameaça a sua tradicional família e junto com Lúcia (Isabela Garcia), noiva de Lucas, armam diversas situações afim de separar o casal que nesta altura da novela já estão apaixonados e dispostos a terem seu final feliz.

Cláudia não desiste de ter sua filha de volta, casa-se com Lucas e é acusada de bigamia podendo perder definitivamente a guarda de sua filha para o seu ex-marido Geraldo, que passa a persegui-la. Além disso, os protagonistas precisam enfrentar a fúria de Jorge que a este ponto se mostra um homem cruel e doentio que fará de tudo para prejudicá-los e ter a posse da empresa da família.


Devido ao enorme sucesso que fizeram na primeira fase de Renascer (1993), a Rede Globo aproveitou Patrícia França e Leonardo Vieira e ambos foram escalados para serem os protagonistas da trama. De acordo com o depoimento deLauro César Muniz ao site Memoria Globo, o público não aceitou muito bem a bigamia da protagonista da história, isso fez com que o autor antecipasse a decisão da mesma assumir seu amor por Lucas, e juntos enfrentar o processo judicial. Primeira e única novela ambientada em Curitiba, o que levou o público a conhecer belezas quais não estavam acostumados a ver nas novelas.

Já o colunista Nilson Xavier declara em seu site Teledramaturgia uma teoria que revela o porquê da novela nunca ter sido reprisada: Curiosamente, apesar de ter tido boa audiência e de ser uma novela lembrada pelo público, Sonho Meu jamais foi reprisada. Este é um dos maiores mistérios do Vale a Pena Ver de Novo, que fomenta muitas teorias. A mais aceita é que durante o prazo limite para a sua reexibição (meados da década de 2000), alguns dos principais profissionais nela envolvidos haviam sido contratados pela Record TV no momento em que emissora alavancava a sua dramaturgia e tirava muita gente da Globo: o casal romântico central, Patrícia França e Leonardo Vieira, e os roteiristas Marcílio Moraes, Lauro César Muniz e Margareth Boury. Ou seja: a reprise de Sonho Meu foi sendo protelada até que, no momento máximo em que poderia sair, não saiu por causa da Record. Após isso, a novela passou a ser considerada “velha” para a reprise à tarde”.

 A novela ainda contou com um grande elenco: Walmor Chagas, Yoná Magalhães, Françoise Forton, Débora Duarte, Eri Jhonson, Mauro Mendonça, Flávio Galvão, Myrian Pires, o estreante Ângelo Paes Leme, entre outros.

Audiência: De acordo com o IBOPE teve uma média geral de 44 pontos, se tornando a segunda maior novela da década de 90, ficando atrás apenas de sua antecessora Mulheres de Areia.



Trilha Sonora: Ando Meio Desligado – Roupa Nova; Vieste – Ivan Lins; Um Pouco Mais – Guilherme Arantes; O Preço de Uma Vida – Selma Reis, Querer é Poder – José Augusto e Xuxa, além de outras canções fizeram parte da trilha sonora nacional. 


Já a trilha internacional veio repleta de músicas dançantes e canções que estavam “bombando” nas rádios naquela época destaco: What Is Love – Haddaway, Under The Same Sun – Scorpions, Mr. Vain – Culture Beat, Show Me Love – Robin S, Cryin’ – Aerosmith, For Whom the Bell Tolls – Bee Gees e Wild World – Mr. Big.

 




Gêneros Cinematográficos: Fantástico

Em mais uma Papo de Cinema, vamos abordar algumas questões importantes, sobre esse gênero, é particularmente, um que gosto muito, eu e muitos fãs da cultura pop, falaremos hoje do gênero de FANTÁSTICO, baseado nossos estudos no livro de Luis Nogueira, “MANUAL DE CINEMA II- GÊNEROS CINEMATOGRAFICOS” .

“No contexto da cultura cinematográfica, o fantástico pode ser definido de um modo suficientemente convincente, apesar das contaminações em que convive com outros géneros (o filme de aventuras, o filme de ação, o filme de terror ou o filme de ficção científica são disso exemplo claro), das múltiplas gêneses das suas personagens (religiosas, tecnológicas, sobrenaturais) ou da morfologia e ontologia plural dos seus universos (passados ou futuros, próximos ou distantes, mentais ou físicos)” Minha análise sobre esse trecho do autor, é que o gênero fantástico ele consegue transitar entre todos os gêneros, principalmente sobre  aventura, ação, terror e ficção, estabelecer um universo próprio seja por a origem de seus personagens e podendo alternar entre os tempos, passado, presente ou futuro. “Só para deixar alguns exemplos de filmes: Senhor dos Anéis, Harry Potter, De volta para o futuro, Sucker Punch, Vingadores, Crepúsculo.

“Aqui, as relações de causa-efeito como as conhecemos são constantemente desafiadas: seja na mente das personagens seja na mais reconhecível banalidade, tudo acaba por, a certo momento e em certas condições, se tornar possível. As leis do mundo e as suas premissas são quebradas e um novo regime de causalidade é instaurado: um novo tipo de explicações e de justificações entra em vigor.” Minha análise sobre a obra do autor, é que no gênero fantástico, os filmes são compostos de suas próprias regras, tudo pode se tornar possível, tudo é criado como uma justificativa. Prova disso é o universo de “As Crônicas de Narnia”, best-seller adaptado do famoso C.S Lewis, podemos pegar a cena em que Aslam decide se sacrificar por Edmundo, por ele ter traído seus irmãos, Aslam paga o preço e a Feiticeira Branca aceita a proposta, ali é considerado uma vitória da vilã.  Aqui é a prova que o universo criado por Lewis tem regra própria, o julgamento em si é a prova de como essas leis  são seguidas a risco em Nárnia.


“O fantástico acabará, então, por estar muitas vezes ligado ao sobrenatural. Tanto as forças criadoras como as forças exterminadoras em confronto têm uma proveniência muitas vezes alheia a todas as leis da natureza. E nesse aspecto os defensores do bem como os defensores do mal adquirem os seus poderes e as suas competências das mais diversas instâncias, quantas vezes, poderemos dizer, quase da ordem da metafísica ou, se quisermos, do prodigioso – aliás, podemos mesmo falar de uma estética do prodígio no que respeita ao imaginário fantástico em geral.” Se  me permitam, discorrer sobre esse argumento do autor, aqui o que entendo e compreendo é que  muitas vezes o fantástico é ligado a um mundo sobrenatural, que independe  das leis da natureza. Tanto os protagonistas, como os antagonistas adquirem seus poderes e habilidades das mais variadas formas, aposto que falando em sobrenatural, você pensou no bruxinho mais famoso, sim, vamos  falar de Harry Potter, do universo da famosa autora britânica J. K Rowling, aqui tanto o nosso protagonista Harry, como o antagonista Valdemont descobriram seus  poderes de maneiras diversas e experiências diferentes ao entender o seu lugar. A história de Harry é marcada por sofrimento, quando perdeu seus pais e foi morar com seus tios que sempre trataram com muita repulsa e sua vida começa a mudar quando começa a entender que ele  não faz parte do mundo dos “trouxas”  e sim dos “bruxos” até descobrir parte de sua origem, do outro lado, temos a volta de Você-Sabe-Quem que voltou por um objetivo muito coeso. O universo de Potter deixa bem claro que o mundo de fantasia é longo e extenso.


“As fontes de toda esta criatividade são da mais diversa natureza: em alguns casos, o mundo antigo, ou mesmo o mundo pré-histórico, serve de base à imaginação; noutros casos é o universo medieval que serve de referência; a própria mente ou o próprio corpo humano podem também ser o local da aventura; os mais extravagantes locais naturais, como bosques ou florestas, são-no igualmente.” Ou seja, para ter um universo fantástico, basta ter vastas referência na imaginação, que vai desde a antiguidade, o corpo humano e até mesmo  florestas, percebe como é um universo de criação cheio de possibilidades.  Segue alguns exemplos que falam por si só, como as aventuras na Terra Média, ou navio Pérola Negra com o capitão Jack Sparrow, o País das Maravilhas em que Alice entra, até em uma galáxia muito, muito distante com Rey e Flinn.  Vários exemplos não são mesmo?

Por hoje é só. Agora me diga seu gênero favorito nos comentários! Até a próxima!



Nostalgia 2020: A breve carreira de Caíque Ferreira

Se tornando um dos jovens mais promissores no meio televisivo, o ator, cantor e bailarino Carlos Henrique Ferreira da Costa, ou simplesmente Caíque Ferreira, se destacou em meio às novelas, cinema, teatro e na música, arrebatando uma legião de admiradores.

Nascido no Rio de Janeiro, em 05 de setembro de 1954, Caíque Ferreira deu início a sua vida artística aos 16 anos com a peça teatral “A Exceção e a Regra”. A partir daí o mesmo construiu uma bela carreira atuando em vários espetáculos e musicais.

Chegou na TV Globoem 1981 para dar vida ao Fred, na novela Brilhante, devido ao sucesso de seu personagem, não demorou muito para o público vê-lo na telinha novamente, e no ano seguinte Caíque participou da primeira versão da novela Paraíso, na qual interpretou o destemido Ricardo. Logo em seguida veio os convites para atuar no cinema, em 1983, o ator participou do filme “As Aventuras de um Paraíba”, no longa deu vida ao retirante Zé Branco. Após este filme, Caíque participou do filme “Flor do Desejo”, mas foi na televisão que sua carreira se consolidou, tendo destaque nas novelas Amor com Amor se Paga (1984), Corpo a Corpo (1984)

Em 1987 atuou em um dos papeis mais elogiados em sua carreira, em uma adaptação do romance de James Baldwin, “Guarani” contou sobre um romance homossexual entre dois jovens. Devido ao sucesso deste espetáculo, Caíque volta a televisão desta vez na extinta Rede Manchete, participando da novela Olho por Olho (1988). No ano seguinte, o ator encerra sua participação na Rede Globo em O Sexo dos Anjos (1989), e em 1991 retorna a Manchete e participa da minissérie O Guarani, este sendo seu último trabalho na televisão.

 

Mesmo estando na televisão, Caíque não havia deixado de lado os espetáculos teatrais e musicais e em 1991 recebeu um prêmio na cidade de Dusseldorf, na Alemanha, com o musical “Acende a Luz”, espetáculo no qual cantou e dançou. Vítima do vírus da AIDS, o ator faleceu em 12 de janeiro de 1994, aos 39 anos, deixando um legado marcado pelo talento e pela alegria.




Gêneros Cinematográficos: Musical

No Papo de Cinema de hoje, entraremos naqueles filmes em que o gogó de nossos atores é que conta história, estamos falando do gênero: Musical. Usarei de exemplos, filmes como: High School Musical, La La Land, Nasce uma Estrela. Lembrando que todo esse estudo é baseado no livro “Gêneros Cinematográficos” de Luis Nogueira.

Segundo Nogueira, o musical cresceu nos anos 30,40, e 50 em tempos de crise política e social. O gênero acaba assumindo a forma como válvula de escape e de enfrentar uma dura realidade de  maneira leve, mais de outro jeito de incomodar.

“A música é aqui assumida não apenas como um complemento dramático das situações ou da caracterização das personagens, mas como um dispositivo narrativo em si mesmo – a música não se sobrepõe à trama a partir do seu exterior, mas surge a partir da própria vivência das personagens e determina os seus comportamentos. Quer isto dizer que a própria música detém um papel singular na morfologia da narrativa”. Prova disso é High Schol Musical, responsável por se tornar um musical teen bem feito que virou febre entre a galerinha dos hormônios agitados. Gabriella e Troy Bolton se conhecem em uma  festa de virada de ano e cantam  “Star Of Something New”, a música aqui, além de contar parte da narrativa em que os personagens  estão vivendo, o começo de algo novo e uma nova amizade que se começa dali. A música é parte essencial da história e ela que guia como todo enredo vai andar e como esses personagens vão agregar com a música, aqui é a música que direciona todo o sentimento e o que cada um sente.

“Os momentos, os números ou as sequências cantadas e dançadas pelos protagonistas são, portanto, o elemento formal distintivo do musical. Nesses momentos, as personagens expõem os seus sentimentos e pensamentos, as suas motivações ou decisões, agindo muita vezes como se de um bailado ou de uma ópera se tratasse.” Outro exemplo disso é que La La Land, filme de 2016 que tem uma abertura incrível com números de dança, cantos e atuações, aqui é só uma abertura até chegarmos em nossos protagonistas Sebastian Wilder (Ryan Gosling) e Mia Dolan (Emma Stone), Another Day of Sun é todo filmado em um plano sequência, cheio de ritmo e cores, os personagens secundários além de contar seus sonhos, até  o jeito da luz dessa cena é uma fotografia completamente quente e cheia de vida.

“Quer isto dizer que a própria música detém um papel singular na morfologia da narrativa. Se existe aspecto que nitidamente distingue o musical clássico dos outros gêneros é precisamente a utilização que faz da banda sonora, de algum modo integrando a música no próprio universo diegético, desafiando a própria verossimilhança da história que se conta quando os personagens começam o canto e a dança de modo inusitado. ”Nasce uma Estrela”, filme  dirigido por Bradley Cooper e a convidada foi ninguém menos que Little Monster, Lady Gaga. A trama preocupa em contar a Ascenção de  Ally no mundo da música em sua união com Jack, um cantor frustrado com sua carreira que decide dar a chance para uma desconhecida. Analisando a frase do autor acima, acho isso muito válido, é praticamente a banda que é responsável pelo o universo em que estamos envolvido dentro de uma unidade no filme. A música “Shallow”, single do filme, durante a narrativa, notamos que ela foi composta do lado de fora de um supermercado, após Ally defender Jack de um bêbado que o ofendeu e em resposta ela deu um soco na cara e que após o desentendimento Jack a leva a um supermercado, comprando os produtos para poder de alguma forma melhorar o estado da mão de Ally. Após algumas cenas, vemos a mesma música, cantada a plenos pulmões a um público gigantesco, entende, como a música é parte essencial da narrativa?

O gênero musical é aquele que a grande maioria dos cinéfilos ama, citei alguns exemplos aqui, mas ainda a uma gama de filmes enormes de musicais que são consagrados. Vale ressaltar que  o musical é praticamente um membro enraizado da cultura americana, desde a influência da Broadway, a construção da narrativa entre juntar música, atuação e dança em uma obra como o “Cantando na Chuva” e a própria atualização do gênero em apropriar de determinados gêneros musicais como o rock ou o pop e trazer novas possibilidades. “Nasce uma Estrela” é prova de que a história já foi contada de várias vezes mais nunca da mesma forma ou da mesma  música.

O que você acha desse gênero? Deixe nos comentários!



Na Resenha com Pedro | Leonardo Brício

Iniciando a sua trajetória nos anos 80 no Teatro Tablado, o ator Leonardo Brício hoje carrega uma carreira brilhante. Em seu currículo consta inúmeras novelas e minisséries de sucesso, além das produções teatrais. Amante da natureza, o ator afirma ali encontrar a sua religião. Conversei com o Leonardo, que também nos contou como foi voltar à TV após alguns anos afastado, na série Arcanjo Renegado

Deixo aqui o meu agradecimento a atenção e disponibilidade que o Leonardo teve comigo.


Pedro Lima: Com mais de 30 anos de carreira, hoje você tem uma belíssima trajetória artística. Mas como a arte entrou em sua vida?

Leonardo Brício: Comecei fazendo teatro amador no condomínio que morava na Barra da Tijuca aos 15 anos, quando entrei na faculdade, escolhi fazer desenho industrial na Escola de Belas Artes na UFRJ, que abandonei no sétimo período e entrei no teatro O Tablado para fazer aula e lá fiquei. Até hoje sou Tabladiano, no fim do ano passado fiz um infantil lá novamente “O Boi e o Burro no Caminho de Belém”, pois nunca perdi o vínculo com ele, pois além de aluno, fui professor também durante quatro anos.

Leonardo e a família Sardinha em Da Cor do Pecado (2004)/ 📷 Gianne Carvalho

PL: Grandes nomes da televisão dividiram a cena com você desde O Guarani (1991), na extinta Rede Manchete, em Éramos Seis (1994) no SBT, nas memoráveis Anjo Mau (1997), Da Cor do Pecado (2004) na Globo e em Chamas da Vida (2008), na RecordTV. O que carrega desses colegas? Tem algum que ficou lisonjeado em trabalhar?

LB: Sim, trabalhei com grandes atores e atrizes. E talvez carregue um pouquinho de cada um, pois sempre fui grande observador e me dedicava a observá-los muito bem. Posso listar o (Antônio) Fagundes, que duas vezes fui filho na ficção, Cássia Kiss, Cleyde Yácones que trabalhei no teatro e na tv, a maravilhosa Laura Cardoso. Foram tantos. Vi Rubens Correia, Cláudio Correia e Castro, Fernanda Montenegro, enfim tantos e tantos. 

Leonardo na novela Éramos Seis (1994)/ 📷 Reprodução Internet

PL: Ao longo de sua carreira você já interpretou índio, bom vivant, lutador, pescador, bombeiro e até rei. Tem algum papel que teria interesse em interpretar?

LB: Sempre terá, sem preferência ente o bom ou mal, entre vilão ou mocinho.

PL: Qual papel foi o mais desafiador a ser interpretado? Porquê?

LB: Talvez Rei Davi por ter tido o desafio de fazer desde os 28 anos (fase que assumia o papel) até a morte do personagem bem velhinho.

Leonardo em cena no espetáculo O boi e o burro no caminho de Belém/ 📷 Reprodução Instagram

PL: Após alguns anos afastado da dramaturgia, você deu vida ao coronel Gabriel na série Arcanjo Renegado, como foi dar vida a este personagem? Ele estará na segunda temporada?

LB: Eu estive esse tempo afastado da tv, mas continuei fazendo teatro com O Mondé, uma cia que faço parte. Tive um tempo de preparação para o coronel Gabriel, com instruções sobre ações do Bope com integrantes dele. Na segunda temporada o Gabriel vem com tudo mostrando realmente quem ele é.

PL: O que tem a dizer sobre artistas se posicionarem diante dos últimos acontecimentos no país?

LB: Acho normal e sempre foi assim, acabamos sendo formadores de opinião, eu só não gosto de debater sobre isso nas minhas redes sociais. Tenho preguiça de briga e isso acontece muito pois é um lugar onde todo mundo se vê no direito de opinar e discutir.

📷 Reprodução Instagram

PL: Em algumas entrevistas, você se considera ser uma pessoa zen, que curte estar ao lado da natureza. O que ela te proporciona?

LB: A Natureza para mim tem haver com Deus, é praticamente minha religião.

Leonardo nos bastidores da série Arcanjo Renegado (2020)/ 📷 Reprodução Instagram


PL: Quais projetos tem pela frente?

LB: Quando voltarmos terei a segunda temporada da série para filmar e um projeto de teatro para ser feito ainda esse ano em plataformas online que será dirigido pelo Rodrigo Pandolfo.



Gêneros Cinematográficos: Animação

 

Para os amantes de Walt Disney, DreamWorks, Sony,  Warnes Bros, chegou a sua hora. Hoje vamos dar uma analisada de perto, no cinema de animação, lembrando que nosso estudo é baseado no livro “Gêneros Cinematográficos” de Luis Nogueira.


Segundo o autor, o conceito animação, podemos entender que é uma sequência de imagens que criam em nossa retina. Isso é um fenômeno, uma ilusão de movimento, cuja a teoria é explicada por Peter Mark Rotget. Valeu viu Mark, se não fosse essa sua teoria, estaríamos todos perdidos sobre entender esse conceito.


“A animação prestar-se-ia, por isso, a conviver pacificamente com uma certa impressão de irrealidade – ao contrário do cinema convencional, onde a impressão de realidade tende a ser fundamental – e a suspender, manipular, subverter ou desafiar as leis e convenções do mundo como o conhecemos: as leis da física, as normas culturais, as premissas éticas, etc.” Gostei muito desse trecho de Nogueira, se me permite analisar, vamos juntos.  Achei interessante, se o  cinema convencional gosta de trazer a realidade, o cinema de animação busca subverter e surpreender tudo o que conhecemos, o que é um máximo, se pegarmos um exemplo de “A Bela e Fera”, Lumiere e  Holorge, um castiçal e um relógio ganham vida, passam a falar, gesticular, fazer piadas e quebrar todas as regras, no mesmo exemplo, podemos pegar a música “A Vontade” em que Lumiere canta para Bela ficar a vontade com o jantar que está sendo preparado, até em um trecho da música que ele fala:

À vontade, à vontade
Prove a nossa qualidade
Ponha o guardanapo agora chérie
E sirva-se à vontade
Soup du jour e os hors d'oeuvres
Veja se o serviço serve
É um serviço que tem vida
Observe se duvida
Tudo canta, tudo dança”


É interessante esse   discurso no canto, além de tudo poder ficar a disposição de Bela, tudo tem vida, canta e dança

“O exagero será talvez o princípio fundamental da animação cartoon, mas é igualmente frequente numa animação mais realista. O exagero pode incidir sobre diversos aspectos: aparência, personalidade, movimentos, cenários ou situações em que são exageradas as características importantes que definem a personagem ou o acontecimento.” Falar de exagero, pensamos logo em quem, essa mesmo; Branca de Neve, acho que não tem quem entende de exagero igual aquela cena em que Branca de Neve escuta do Caçador para fugir dos aposentos da madrasta então ela vai correndo exageradamente  para a floresta, ali toda a sua expressão, personalidade, movimentos, tudo isso é retratado de maneira coesa e completamente  linear, mesmo sabendo que aquilo nunca aconteceria de maneira  normal, a animação preocupa em trazer o tom cartoonesco de forma intensa.

Falamos um pouco sobre os conceitos, agora vamos falar sobre a história em si, do cinema de animação. Segundo o autor, a pré-animação surgiu com as figuras rupestres, de representar os movimentos e a vida desde o homem das cavernas. “É aí que podemos identificar as primeiras Formas – ora mais ténues, ora mais deliberadas – de representar o movimento e a vida nas próprias imagens. A sobreposição de múltiplas pernas ou a própria dinâmica da coreografia de certas ações  parecem evidenciar um esforço de captação e simulação do movimento.”


Se os irmãos Lumiere, foram responsáveis por trazerem o aparelho optico e gerar movimentos, George Melies foi pioneiro por trazer a técnica, ele foi praticamente, o “Pai dos efeitos visuais”, ele que trouxe a magia, a ilusão,  de efeitos que conhecemos como o “stop-motion”.  Somente na Europa, em 1908, Emilie Cohl foi responsável por trazer pequenos filmes animados com um dos mais conhecidos “Fantasmagorie”, desenhos que se metamorfoseiam de várias maneiras e situações. Já na Rússia, Laislaw Starawicz, foi responsável por trazer filmes com técnicas de stop motion de grande sofisticação, um triângulo  amoroso tendo como pano de fundo um espetáculo cinematográfico chamado “The Cameraman’ Revenge” em 1911. Se avançarmos um pouco mais na história chegamos no pai de todo o cinema de animação Walt Disney, sucesso com Branca de Neve e os Sete Anões, responsável por trazer uma estética que ficou no  imaginário comum . Walt atingiu sua maturidade no universo da animação com técnicas inovadoras como a pencil test, um processo de desenhar a lápis, em papel, uma sequência de animação, antes de avançar para a sua representação e pintura em acetato.


O dono da casa do Mickey ainda foi responsável por trazer filmes clássicos e se consolidar no gênero  como Pinóquio, Dumbo, Bambi em que se consolidou por trazer o cinema de animação de maneira clássica. “Tradicionalmente – e durante décadas – se entende por animação clássica. Seria esta modalidade (estética e técnica) que, de algum modo, devido ao sucesso massivo das produções da Disney, ofuscar as mais diversas (e, muitas vezes, bem mais ousadas) formas de animação”. Vale ressaltar que a Disney se inovou tanto nessa modalidade, devido a sua estética e técnica que era impossível não ser sucesso, como consequência acabou ofuscando muitas e muitas vezes outras formas de animação.


E por último e não menos importante, vou trazer por minha própria conta, um dos concorrentes mais legais da Disney, a Dreamworks. Em Outubro de 94, aconteceu um marco, imagina o encontro de Steven Spiberg, o executivo musical David Gefften e o ex-executivo da Disney Jeffrey Katzemberg, fundaram a  Dreamworks. Outro marco importante foi o filme “Formiguinha Z” , primeiro longa lançado para concorrer diretamente com a Casa do Mickey, o estúdio investiu pesado em técnicas de computação para gerar um novo estilo de animação. FormiguinhaZ se destaca não só pela qualidade técnica mas elenco e principalmente enredo. Me arrisco a dizer que a  DreamWorks tem até uma pegada mais questionadora do meio em que vive, se a Disney muitas vezes só colocam os personagens de maneira passiva e que não se preocupa em questionar o meio em que vive, o legado de Katzemberg veio para questionar a realidade. Z, nosso protagonista no primeiro longa, se destaca, ele não só questiona o porquê das formigas serem operários ou soldados mas também reforça o desejo de viver longe do formigueiro. Formiguinha Z  foi sucesso de crítica e público, 96% no Rotten Tomatoes, além de marcar por sua qualidade técnica e cargas centradas de humor na medida certa para encantar crianças e adultos. Já deu pra ver que a Dreamworks não estava para brincadeira né?

Por hoje é só, agora me diga nos comentários o que achou de nossa análise de gênero?


Assista todos os episódios do W.DOC, série documental sobre os 20 anos de carreira de Wanessa Camargo


Neste ano de 2020 completa 20 anos que Wanessa Camargo lançou seu primeiro álbum e iniciou sua carreira musical, e com isso, a cantora resolveu falar de sua carreira em uma série documental no youtube, onde em cada episódio falou sobre um determinado projeto. 

Abaixo, você confere todos os episódios do W.DOC:

EP 1: Wanessa Camargo 2000


EP 2: WANESSA CAMARGO 2001

 

EP 3: WANESSA CAMARGO 2002

 

EP 4: WANESSA CAMARGO TRANSPARENTE (2004)

 

EP 5: WANESSA CAMARGO W (2005)

 

EP 6: WANESSA CAMARGO TOTAL (2007)

 

EP 7: WANESSA CAMARGO MEU MOMENTO (2009)

 

EP 8: WANESSA CAMARGO DNA (2011)

 

EP 9: WANESSA CAMARGO DNA TOUR (2013)

 

EP 10: WANESSA CAMARGO 33 (2017)

 

EP 11: WANESSA CAMARGO SINGLES (2018-2020)

 

Ao que tudo indica, teremos novidades toda semana até novembro, quando completa 20 anos de carreira. Se nada mudar, ela deve lançar um single inédito muito em breve.
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