Na Resenha com Pedro | Daniel Ávila

Foto: @rodrigolopes
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Iniciando a carreira no mundo artístico ainda criança, o ator e dublador Daniel Ávila participou de inúmeros trabalhos de sucesso na TV. A Viagem (1994), Corpo Dourado (1998), Agora É Que São Elas (2003), Floribella (2005), O Profeta (2006) e Rei Davi (2012) são alguns exemplos, no teatro ele transcende ao ter contato com o seu público, e no cinema com certeza já ouvimos a voz dele em diversos filmes que marcaram, destaco O Conde de Monte Cristo ePeter Pan. Ele é o tipo de artista que vai além do que vemos, e foi com o papai da pequena Flor, que bati um papo descontraído e que você acompanha agora. 

Desde já, deixo o meu agradecimento pela disponibilidade e pela atenção dada à mim.

Pedro Lima:Daniel, sua carreira na televisão começou muito cedo (com 06 anos de idade), o que te motivou a enveredar para o meio artístico?

Daniel Ávila: É comecei minha carreira com seis anos de idade. Foi engraçado, porque eu não lembro muito bem. Eu era uma criança tranquila, normal aparentemente, inteligente, esperta, mas não tinha nada que me indicasse, não tinha nenhum parente, não tinha nada que demonstrasse que eu ia ser artista. Só que minha mãe era professora de escola e eu sempre fui muito bonitinho, o xodó das tias, das amigas da minha mãe e o pessoal sempre ficou perturbando falando que deveria me levar para tirar foto, para ser modelo e fazer comercial. E um dia a minha mãe aceitou e me levou na Bloch Editora, que era ao lado da antiga TV Manchete, e chagando lá tinha o teste para o filho do Zé Trovão. Na novela A História de Ana Raio e Zé Trovão, eu sem saber nada, nem tinha visto uma câmera direito na vida, peguei o teste e levei para casa. Naquela época não tinha e-mail, não tinha fax, não tinha nada. Estudei e minha mãe viu que eu levava jeito, fiz o teste e passei (Risos).  E conheci muita gente, fiz direitinho, me chamaram para outros testes e passei também, então minha carreira começou cedo por causa disso. Tive personagens interessantes, mas foi uma surpresa na verdade.

Foto: @rodrigolopes

PL: Após sua estreia em A História de Ana Raio e Zé Trovão (1990), você viveu o pequeno Dudu em A Viagem (que será reexibida a partir de dezembro pelo canal Viva). Quais recordações você tem deste trabalho? Neste período, você percebeu o estrondoso sucesso que a novela vinha fazendo?

DA: Depois de Ana Raio e Zé Trovão, que se não me engano foi em 1990, eu fiz uma peça que foi Capitães de Areia com Roberto Bomtempo, que inclusive fazia parte de Ana Raio e Zé Trovão. E aí foi muito legal, ficou um ano em cartaz no Rio de Janeiro, várias pessoas me viram atuando e eu era moleque, tinha sete anos naquela época, não tinha muito moleque atuando e eu comecei a fazer teste para várias novelas, fiz Família Brasil (1993) na Manchete, e (só) depois acabei fazendo A Viagem, que para mim é muito marcante. As pessoas lembram, até hoje, a novela é maravilhosa e foi reprisada várias vezes, eu tenho o maior carinho por esse personagem. E vou lembrar para sempre do Claudio Cavalcanti, que foi o cara que me ensinou muito na vida sobre o que era ser ator.

(Na época) eu não percebi não. Não sabia nem o que era sucesso direito, sabia que as pessoas me viam na rua e comecei a fazer muita entrevista. Ia para os lugares e não podia ficar tranquilo, mas sei lá, naquela época não tinha essa mídia, não sei, eu era criança também. E para mim, não foi só o estrondoso sucesso que foi na época, A Viagem é um sucesso que repercute até hoje, e acho que deve ser uma das novelas que mais foram vista. É maravilhosa, e guardo com muito carinho o Dudu.

PL: Em 2004, você interpretou Rudá de Andrade na minissérie Um Só Coração. Como foi a experiência em interpretar um personagem que existiu na vida real?

DA: Ah... Essas coisas me emocionam. Você poder fazer uma minissérie (de época) sempre tem um cuidado maior, com a parte artística, com a parte estética. Tem também um outro tempo de trabalho, e é diferente da novela. O Rudá era filho da Pagu com o Oswald de Andrade, então foi um barato, eu realmente me concentrei bastante, levei bastante a sério e é uma maravilha você poder documentar um período histórico, documentar artistas, documentar a vida. Viver outras épocas, isso realmente é uma coisa que prezo muito.

PL: Com uma carreira repleta de trabalhos de sucesso, você teve passagens pela Rede Globo, SBT, RecordTV e Band. Como vê a concepção e produção feita por cada emissora?

DA: Olha rapaz, eu não sei muito bem se eu posso te dar um briefing desse, mas vamos tentar. Eu trabalhei, graças a Deus, em todas as emissoras, até na TVE eu fiz um programa de educação, e eu fico muito feliz, isso para mim me deixa contente porque me torna uma pessoa muito popular. E eu trabalho para o meu público, hoje em dia trabalho até na rua, então gosto muito disso, me manifestar para a população, então estar em todas a emissoras me dá isso. A Globo realmente foi uma das que mais trabalhei, e tem um repertorio, tem um histórico, tem profissionais, tem estúdios, tem tecnologia. Ela realmente depende do produto que você vai fazer, também porque tem várias categorias, e na Rede Globo você tem uma fábrica um pouco mais estruturada.

O que posso dizer é que a gente é muito bom nisso! E a gente faz melodrama como ninguém, as emissoras são muito boas, eu sempre acho um barato a nossa indústria. Eu fico chateado que em algum momento da nossa história do Brasil, o cinema e o teatro foi tão atacado, principalmente pela época da ditadura, de morte mesmo de artistas, de falência, de falta de apoio que a gente tem até hoje, e que nosso país tenha como ponta as emissoras, e não o teatro e o cinema.

PL: Além de atuar, você também empresta sua voz a inúmeros filmes e series, como vê a arte de dublar?

DA: A dublagem aconteceu para mim. É uma ferramenta dentro do que é o oficio de o que é ser ator, é mais uma plataforma de trabalho. Eu estava em A Viagem e o Projac não era desse jeito, era alugado e os estúdios da Herbert Richers, então andando pelos corredores, passando por ali me chamaram, com  uns nove anos. Então comecei criança, aprendi dublagem criança, sou apaixonado por dublagem, amo fazer, e é uma possibilidade que a gente tem de fazer obras com produções absurdas e emprestar a sua voz, como você mesmo disse. Eu me sinto colocando a minha voz, a minha interpretação na boca de uma outra pessoa, de um outro artista com outra linguagem, com outro tipo de vivência, com outro tipo de escola, mas eu colocando a minha versão brasileira. Então acho um desafio, uma técnica muito elaborada, e hoje em dia eu venho fazendo bastante isso. A televisão as vezes te pega, outras coisas na minha vida me pegaram e acabei tendo que ficar um tempo sem dublar ou me ausentar de algumas produções, mas eu estou sempre dentro, e agora é a base do meu trabalho. Eu faço teatro, basicamente teatro de rua, o meu grupo Cabaret, o Tá Na Rua e a dublagem é a base do meu oficio.

Foto: Tá Na Rua/Facebook

PL: No teatro você já encenou diversos espetáculos, e atualmente a classe artística vive um dos seus piores momentos. O que tem a dizer aos colegas de profissão?

DA: É, eu concordo com você, e acrescento! Na verdade, sempre foi difícil fazer arte nesse país, principalmente a arte que não se alia a uma política que não se alia as necessidades de um capital, principalmente a arte que é feita para o povo para o coração das pessoas. Seja para instrui-las, seja para cura-las, seja para afaga-las, seja para distraí-las a arte é o produto mais evoluído, é o néctar do ser humano todo ser humano é artista tudo que a gente faz seja qual sua classe social, sua cor, sua profissão é arte! Pode ser arte o existir do ser humano é a arte, é uma necessidade nossa que a gente tem e o ser humano sempre enfrentou dificuldade para fazer arte.

E esse momento é muito curioso. A gente sofreu muito, a gente sofre muito, brasileiro sofre muito, artista brasileiro sofre demais. A gente não consegue evoluir, a gente é atacado diretamente, a gente é exposto em um nível, e rolou muita coisa com a gente, rolou muita falta de vergonha, falta de respeito , uma incisão entre a população e os artistas e sua própria arte, e agora nesse momento de pandemia nesse momento que se busca a cura, que se busca saúde, a arte vem aí apontando como a grande necessidade do ser humano, e eu vim fazer isso na minha vida, eu estou vivo para fazer arte! Espero inspirar as pessoas sempre para viver a vida com mais arte. Então o que digo aos artistas é isso, momentos fortes sempre virão, mas a nossa necessidade de fazer arte de colocar isso na sociedade de cuidar do povo é maior.

Grupo Tá na Rua/Facebook

PL: Quais são seus projetos pós pandemia?

DA: Tenho alguns projetos sim. Dia 28 agora, meu grupo chamado Cabaret Tá Na Rua, irá fazer uma festa online para o pessoal ficar ligado já que completamos três anos. Lembrando que a comemoração será online pois (por conta da pandemia) o grupo  Tá Na Rua, que faz arte pública nas praças com teatro de rua, está parado.

Tem três filmes meus para estrear. Um chamado Hastag, que o diretor é o Caio Sóh, o outro que é do diretor Gabriel Antunes, e o outro que é da diretora Railane Borges. São três personagens bem diferentes, mas com essa coisa da pandemia não sei como vai acontecer e como vai estrear, se vai ser online, se vai esperar os cinemas reabrir. Eu não estou sabendo muito bem disso, mas postarei novidades nas redes quando for decidido.


O universo de Labirinto - A Magia do Tempo

A postagem original foi escrita por Maurício Neto, no dia 27/08/2014, no Jurandir Dalcin Comenta, hoje, Portal Comenta, e na extinta coluna Dica de Filme.


Hoje irei falar sobre um filme que representa muito pra mim, porque fez parte da minha infância, aquela época em que os filmes não tinham efeitos tecnológicos, e era tudo muito mágico e ingênuo. Labyrinth (Labirinto - A magia do tempo) é um filme norte-americano e britânico de 1986, dos gêneros aventura e fantasia, dirigido por Jim Henson e produzido por Eric Rattray, em conjunção com George Lucas. Tem em seu elenco o músico David Bowie, que compôs e cantou várias canções para o filme. O orçamento do filme foi de 25 milhões de dólares, e sua arrecadação foi de 12.729.917 dólares, se tornando um grande fracasso de bilheteria, mas que conquistou e ficou na memória de várias crianças da época.

O filme conta a história de Sarah Williams (Jennifer Connelly), uma jovem que gosta de peças teatrais, em especial as de fantasia. O filme se inicia com Sarah interpretando uma cena de um livro, Labyrinth, no parque perto de sua casa. Naquela noite, terá que cuidar de seu irmão, Toby (Toby Froud), ao qual não demonstra muito afeto, e ao voltar para casa tem uma discussão com sua madrasta. Depois que seu pai e sua madrasta saem, ela percebe que a tempestade que se inicia está assustando Toby, quando vai vê-lo percebe que seu urso de pelúcia está no berço do irmão, e se revolta pois alguém o tirou de seu quarto. Retorna, então, ao seu quarto, com seu urso de pelúcia e chora enquanto começa a fazer citações de trechos de Labyrinth, nos quais uma garota recebe poderes do rei dos goblins. Ela conta uma história, para o irmão dormir, sobre uma garota não suporta mais a situação de escrava em que se encontra e deseja que os goblins levem seu irmão embora, para sempre. Assim que termina a história, Sarah apaga a luz e diz: "Eu quero que os goblins venham e o levem embora, agora!". Repentinamente, Toby para de chorar. Preocupada, ela volta ao quarto do irmão e percebe que ele sumiu.

E é a partir dai que começamos a acompanhar a jornada de Sarah, já que após o sumiço do irmão, uma coruja entra em sua janela e se transforma no rei dos duendes, Jareth, que diz para a garota que seu desejo foi realizado. Arrependida, Sarah pede que Jareth traga seu irmão de volta, mas o duende diz que ela tem treze horas para atravessar o labirinto que separa o mundo exterior do castelo dos goblins, onde Toby está aprisionado, e caso ela falhe, ele será transformado em um goblin para sempre.


O labirinto, no entanto, é muito confuso porque seus portões e paredes mudam de lugar. Além disso, para ultrapassá-los enigmas têm que ser desvendados. Numa das entradas, Sarah encontra Hoggle, um goblin-anão mal-humorado. Ela o convence a ajudá-la em troca de uma bijouteria. Embora Hoggle esteja ajudando Sarah, ele tem medo de Jareth e tenta dificultar a jornada da garota. No caminho, Sarah faz muitas amizades com seres estranhos que, contudo, se propõem a a ajudá-la. Juntos passam por várias aventuras, entre os amigos que faz pelo caminho estão o gigante peludo Ludo e o cão Didymus. Enquanto o primeiro é inocente e de grande força, o segundo é corajoso e segue montado sobre outro cão - que por sinal parecido com o cão de Sarah.


Como falado anteriormente, apesar de ter uma produção grandiosa para a época, e grande investimento, o filme foi considerado um fracasso de bilheteria, sendo que o crítico brasileiro Rubens Ewald Filho, declarou que "o filme foi um "injusto fracasso de bilheteria", pois, apesar de fraco na trilha sonora, é criativo e tem bons efeitos especiais."

Por tanto, mesmo depois de anos, 2020 foi ano em que surgiu a notícia de que o filme ganhará uma continuação. Dirigido por Scott Derrickson, a notícia foi compartilhada pelo site Deadline e confirmada pelo diretor. Ainda não há previsão de estreia, e mais notícias devem surgir em breve.




Gêneros Cinematográficos: Suspense

Já falamos do gênero ação, agora vamos falar sobre um dos gêneros favoritos do grande público: suspense. O gênero é conhecido por cenas de perseguição, e também pelo fato de esconder informações importantes do público, assim como é comum do gênero, que tenha o clímax da história, que geralmente é quando o protagonista acaba em uma situação perigosa, da qual parece impossível escapar. O suspense conta com diversos subgêneros, e vamos falar um pouco sobre cada um deles. 

Cena do filme O Silêncio dos Inocentes
No suspense de mistério, geralmente os protagonistas são jornalistas ou investigadores amadores que acabam descobrindo uma grande conspiração, e com isso, colocando a própria vida em perigo e de todos ao seu redor. Sendo assim, o suspense de mistério acaba aparecendo também nos filmes de suspense criminal, que geralmente mostra uma sucessão de crimes bem-sucedidos e falhos, crimes esses que o protagonista começa a investigar, e tenta descobrir o responsável. Os temas mais comuns do suspense criminal são os de serial killers, assassinatos, assaltos, perseguição e tiroteios. Um dos filmes que representam o gênero de suspense criminal é O Silêncio dos Inocentes.

Cena do filme Psycho
Além dos dois, temos também um dos subgêneros favoritos, que é o suspense psicológico, onde os personagens não são dependentes da força física para superar seus inimigos, mas dependem de suas capacidades mentais, seja pela inteligência lutando com um oponente formidável ou por tentar se manter em perfeito estado psicológico. Uma das características do suspense psicológico, é que geralmente as histórias giram em torno de um personagem principal, e seu passado é usado para justificar o motivo de suas ações. Um grande clássico do cinema pode ser usado para representar esse gênero, que é o Psycho.

Cena do filme Invocação do Mal
Para finalizar, temos o suspense sobrenatural, que é aquele filme que conta uma história de mistério mas que vai além, trazendo histórias fantasmagóricas para o enredo, e muitas vezes essas histórias são baseadas em fatos reais, como é o caso da franquia Invocação de Mal.

Agora diz aí nos comentários, qual o filme de suspense mais marcou você?



Nostalgia 2020: O Fascínio dos Programas de Auditório

Não podemos deixar de falar de televisão e não mencionarmos os programas de auditório, composto por uma plateia que interage com o apresentador através de palmas, vaias e outras manifestações. A coluna nostalgia lista o top 5 dos programas de auditório que marcaram época.

Desde os anos 50 o gênero está entre as maiores audiências da televisão brasileira, sendo ele musical, talk show, de gincanas ou de variedades, a verdade é que o Brasil produziu e produz grandes atrações que leva entretenimento e informação ao seu público.


 Cassino do Chacrinha: Abelardo Barbosa, nacionalmente conhecido como Chacrinha teve a Hora do Chacrinha, a Buzina do Chacrinha e a Discoteca do Chacrinha. Mas o programa que o consagrou como o maior comunicador do país foi o Cassino do Chacrinha, conduzindo a atração de forma irreverente o apresentador recebia calouros dispostos a ter um reconhecimento nacional, porém muitas vezes os mesmos eram agraciados com a famosa buzina do velho guerreiro. Grandes nomes da MPB passaram pelo palco do cassino, Roberto Carlos, Gretchen, Titãs, Simone, entre outros artistas. Outra grande recordação do programa são as famosas chacretes, assistentes de palco que esbanjavam carisma e sensualidade.

Programa Flávio Cavalcanti: Apesar de ter algumas atitudes polêmicas, a exemplo abominar o comunismo e o rock and roll, quebrar discos que o considerasse ruins e ser a favor da censura. O apresentador Flávio Cavalcanti teve sua forma própria (sério e formal) de conduzir um programa de TV, em contrapartida a sua atração era muito aguardada pelo público a fim de saber qual seria o debate que haveria no programa, as atrações musicais e quais discos ele quebraria no ar. Com um gesto marcante o apresentador tinha o costume de chamar o intervalo comercial levantando a mão que era focalizada pela câmera e disparava a seguinte frase: “Nossos comerciais, por favor!”.
Após o fim da TV Tupi em 1980, Flávio transfere-se para Rede Bandeirantes, e em 1983 migra para o SBT e durante a apresentação de um dos seus programas (ao vivo) sente-se mal, ao retornar do intervalo a atração passou a ser comandada por Wagner Montes que informa que Flávio havia sentido uma indisposição e que na próxima semana retornaria à apresentação do seu programa, porém isso não aconteceu após quatro dias o apresentador falece.
Por conta da morte de Flávio Cavalcanti, o SBT cancelou a sua programação exibindo uma mensagem de luto ao mesmo.


 Programa Silvio Santos: Atualmente considerado o maior comunicador do país em exercício, Silvio Santos leva ao ar um programa diversificado contendo, games, atrações musicais, além das famosas pegadinhas. O programa está no ar desde 1963 e ao longo desses anos passou por algumas emissoras até se firmar no SBT. Apesar das controvérsias que ultimamente o apresentador tem passado, o seu programa ainda resiste e leva ao público descontração.

Quadros famosos ficaram marcado na história da televisão brasileira a exemplo do Topa Tudo por Dinheiro, Show de Calouros, Porta da Esperança, Em Nome do Amor, entre outros quadros. Atualmente com 89 anos Silvio esbanja vitalidade e profissionalismo, características que carrega há mais de meio século de carreira.


Domingão do Faustão: Vindo da Rede Bandeirantes, a expectativa da Rede Globo era que Fausto Silva incomodasse os demais programas dominicais sendo seu principal concorrente o Silvio Santos, coisa que de fato aconteceu. De forma irreverente o apresentador levou em seu primeiro programa personalidades do calibre de Dercy Goncalves, Xuxa e Lulu Santos. Trazendo de volta o tom popularesco deixado por Chacrinha, o Domingão do Faustão está no ar desde de 1988 e ao longo desses anos quadros caíram no gosto do público, aconteceu inúmeras atrações musicais, além de ter uma numerosa plateia que o mesmo faz questão de interagir.

Na metade dos anos 90 e início dos anos 00, o Domingão do Faustão se viu ameaçado por outro programa de auditório o Domingo Legal, apresentado por Gugu, com quadros de conotação sexual e musicais o programa do SBT fisgou boa parte do público da Globo. Com isso a emissora se mexeu e promoveu algumas mudanças que surtiram efeitos e com tudo isso o Domingão do Faustão prevalece até hoje sendo visto como uma das maiores vitrines para os artistas já consagrados ou até mesmo os que estão em início de carreira, além disso é considerado um dos maiores programas de auditório da televisão brasileira.


Hebe: A rainha da televisão brasileira como ficou nacionalmente conhecida, comandou por muito tempo um talk show que levava o seu nome Hebe. Mas antes disso a mesma participou a convite de Assis Chateaubriand da primeira transmissão ao vivo da televisão brasileira em 1950, logo depois estreou o seu primeiro programa de auditório O Mundo é das Mulheres (1955).

Já na década de 60, Hebe estreia um novo programa, este o consagraria como a rainha da TV no Brasil e que perdurou ao ar até 2012 tendo passado por emissoras como RecordTV, Rede Tupi, Rede Bandeirantes, SBT e pôr fim a RedeTV!. Hebe reunia grandes nomes em seu famoso sofá e debatiam sobre temas pertinentes a sociedade sempre os cumprimentando com a sua marca o “selinho”.

Bônus – Planeta Xuxa: O ano era 1997 e a Rede Globo levava ao ar o primeiro programa de auditório dominical comandado por uma mulher (antes os programas em todas as emissoras eram apresentados por homem). O Planeta Xuxa chegou para alegrar e entreter não só o público jovem e sim toda a família, inicialmente o programa ia ao ar nas tardes de sábado, porém com a cobertura da copa do mundo em 1998 o programa passou para os domingos e lá permaneceu até a sua extinção em 2002.

Com apresentação de artistas que estavam em ascensão na época, e com o carisma da apresentadora o programa consolidou de vez o nome de Xuxa entre uma das maiores comunicadoras do país. Quadros como transformação, que tinha o intuito de transformar alguém da plateia e intimidade no qual Xuxa “despia” o entrevistado com perguntas sobre sua vida foram os pontos altos do programa.

Por fim finalizo enfatizando que os programas de auditório sempre fizeram parte do cotidiano dos brasileiros desde dos tempos primórdios da rádio, e até hoje mesmo com os avanços tecnológicos que temos eles resistem, encantam e levam entretenimento e fascínio para seu público.


Com personagem dramática, Claudia Raia foi o verdadeiro destaque de A Favorita




Sempre que falava de A Favorita, muitos comentavam sobre Flora (Patrícia Pillar) ser o ponto alto da trama, e o grande destaque da trama de João Emanuel Carneiro. Como falei anteriormente, estou tendo a oportunidade de ver a trama no Globoplay, e por isso, consigo colocar minhas próprias impressões aqui.

A trama de João Emanuel Carneiro realmente foi muito bem desenvolvida pelo autor, assim como seus personagens. E apesar de achar que ambas as atrizes roubaram a cena, percebo que o grande destaque é Donatela (Claudia Raia).

A personagem começa a trama como uma burguesa, e antes do capítulo 60 já vemos outra personagem em tela. Ela perdeu o apoio da filha, pessoa mais importante de sua vida, e também a sua liberdade, sendo acusada por um crime que não cometeu. Donatela perde tudo, e Flora, a verdadeira vilã, consegue o que sempre quis.

Claudia Raia brilha em cena, e é em A Favorita que sai de sua zona de conforto que é a comédia. Donatela tem sim seus momentos na primeira fase da novela, mas é uma personagem dramática, e com vários nuances. Claudia consegue passar toda a sua dor para o telespectador, e isso é muito difícil. Enquanto vejo que após a revelação, Flora se tornou uma vilã até um pouco caricata, e um tanto que comum, e o que lhe diferencia das outras, é que ela não tem um pingo de humanidade, e ninguém é, de fato, importante pra ela.

E não, não é desmerecer o trabalho de Patrícia Pillar, maravilhosa como Flora, mas também enaltecer o trabalho de Claudia Raia que - para mim - teve em A Favorita, seu melhor personagem até o momento. E é uma pena que desde então, a única personagem com certa relevância em sua carreira foi Jaqueline no remake de Tititi, enquanto as outras foram bem medianas. 

Gêneros Cinematográficos: Ação



Para sair um pouco das críticas, vou trazer esses dias em nossa coluna, Papo de Cinema, um texto sobre os gêneros cinematográficos, afinal, sabemos que ele existe, mas será que já paramos para analisar e entender eles? 

Pensando nisso, fundamentei meus argumentos na obra “Manual dos Gêneros Cinematográficos”, de  Luís Nogueira, para trazer esse estudo, na edição de hoje, vamos falar um gênero que todos curtem, a boa e velha: AÇÃO.

Segundo Nogueira, a ação é marcada por grande apelo popular, grande sucesso comercial e talvez o que os críticos mais torcem o nariz, justamente pela forma que se apresenta: de maneira rápida e maniqueísta com os temas abordados.

O gênero de ação do ponto de vista narrativo é marcado por características marcantes como: sequências frenéticas de ação, grandes cenas de perseguição, batalhas grandiosas e principalmente cenas de explosões megalomaníacas. Tenho certeza que já veio algumas cenas e filmes na sua cabeça ai, não é mesmo? Então vou trazer aqui alguns exemplos. 

Um clássico recente para ilustrar as cenas de ações frenéticas podemos pegar o exemplo de Vingadores Ultimato, em que logo após os heróis conseguirem regressarem os que estavam desaparecidos ao encontro dos Vingadores principais para a batalha final, contra Thanos e seu exército, antes daquela fala de Capitão América “Vingadores, Avante!!”, ali já podemos esperar uma sequência de ação em que Pantera Negra usa o seu poder para segurar a manopla de Thanos, enquanto que Feiticeira Escarlate usa sua magia para estourar a armadura do vilão. Já do outro lado temos o Homem Aranha entrando em modo de combate para proteger a manopla entregue pelo Pantera Negra, e abrir caminho para poder vencer a batalha. Ultimato cumpre não só no sentido de grandes cenas de ação , mas também de batalhas grandiosas. 



No filme Velozes e Furiosos 5: Operação Rio, temos uma cena frenética de ação em que Toretto e sua equipe além de roubar um cofre de um corrupto, ainda consegue desviar de todos os carros de polícia da sua frente em uma cena eletrizante de perseguição. Falando em explosão, me veio a mente aquela cena em Transformers - A vingança dos Derrotados, bem no início do filme em que a Equipe Next, formada por Autobots e humanos, entram em uma missão para acabar com os Decptcons na terra, e logo nessa cena, há um Decptcon formando dentro de um trator, uma explosão monstruosa.



“Os heróis e os vilões são claramente caracterizados e contrapostos, recorrendo muitas vezes a soluções de fácil descodificação semiótica, como a indumentária ou a própria fisionomia.” Muito legal, parar para pensar, o vilão é sempre aquela figura feia, ou suja, porca, enquanto o herói é sempre aquela figura bela, bonita, polida. Isso os filmes fazem questão de mostrar quem é o mocinho e quem é o vilão, esse não precisa ir muito longe, o próprio Matrix, e principalmente o Matrix Revolutions, aquela cena em que Neo e Agente Smith fazem um duelo épico na chuva, ali é a definição clara de luz e trevas e os grandes contrapontos.



“No que respeita à sua morfologia, ela assenta, sobretudo, numa aplicação de fórmulas bastante convencionais e facilmente reconhecíveis: um ritmo trepidante da montagem que serve sobretudo ao rápido desenvolvimento da ação e à intensificação dos picos dramáticos, uma planificação estilisticamente clássica e segura que reserva para cada plano uma função narrativa e dramática bem específica e inequívoca, uma utilização da música que sublinha emocionalmente o tom de uma situação ou o estado de uma personagem e um uso da fotografia sempre ao serviço da fácil descodificação da narrativa”. Já a minha análise sobre esse trecho é que asseguro que isso acontece com muita frequência, os longas de ação são pensado de forma em que fica fácil do telespectador entender qual é a mensagem, justamente por ser mastigado e entregue a quem assiste. Ao pensar na narrativa, podemos ver que as obras usam uma estética clássica e segura, ou seja, abusa dos clichês mais tradicionais e até a edição da obra é montada de forma rápida em um ritmo frenético para que o telespectador não tenha o que pensar, apenas receber em escala frenética as cenas. Mais uma vez volto com Velozes e Furiosos 7, praticamente na primeira cena em que Decakrd Shaw invade o escritório de Hobbs para pegar informações da equipe de Toretto, ali a sequência é toda trabalhada em planos, ângulos, edição e fotografia de tirar o fôlego, além do bom embate entre as duas figuras, as cenas são muito bem compostas, desde a cena em que Hobbs da uma chave com uma câmera virando em ponta cabeça seu arqui-inimigo e até a cena em que, salva sua parceira Helena de uma bomba, ao cair no carro de costas, segurando uma mulher e não quebrar nenhum osso. Observa só se não é o conceito perfeito da ação!

“As convenções deste género são das mais facilmente reconhecíveis e poderíamos falar, a título exemplar e quase paródico, de uma estética do estilhaço, da explosão, do salpico e da tangente: os estilhaços que rodeiam o personagem nos tiroteios mais desvairados; a explosão que arrasa cidades, edifícios ou mesmo planetas; os salpicos de sangue que se tornaram um dos elementos gráficos fundamentais da representação da violência; as tangentes das balas que, milagrosamente, nunca atingem o protagonista, solitário e invulnerável”. Ingredientes importantes que dão o tom do longa de ação, a certeza é que os tiros são personagens quase que principais em sua grande maioria, um exemplo disso que essa grande fórmula é Homem Aranha de Sam Raimi, na cena em o Homem Aranha vai salvar pessoas no incêndio e se depara com o Duende Verde, no diálogo vemos que Duende faz um convite para se aliar a ele, o amigo da vizinhança recusa, com isso o antagonista lança pequenas lâminas para acertar no herói e então ele tem que desviar delas. É um show de efeitos e ingredientes especiais que deixam o filme de ação ainda mais frenético e da gosto de assistir!!!



“Este gênero assume-se nitidamente como entretenimento, não visando colocar à discussão temas controversos ou problematizar situações ambíguas. O seu objetivo é, portanto, proporcionar ao espectador uma experiência de grande hedonismo. Os filmes tendem, desse modo, a esgotar o seu potencial hermenêutico muito rapidamente”. Não se preocupe, o gênero de ação não está preocupado em discutir um tema importante com você como assédio sexual, relacionamentos abusivos, estupro, aborto, sexo e muitos outros temas. Em minha visão fazendo um contraponto com a ideia do autor, ele só preocupa em meramente entretenimento e reforçar o prazer em estar ali, naquele momento, curtindo aquele filme de ação, muitas vezes, arrisco a dizer que usamos os filmes de ação como fuga da realidade ou “válvula de escape”.

Essa foi a minha análise do gênero de ação, diz ai nos comentários. Qual próximo gênero cinematográfico você quer estudar?


Nostalgia 2020: A Gata Comeu


A Gata Comeu é uma reedição da novela A Barba Azul (1974), exibida pela extinta TV Tupi, ambas foram escritas por Ivani Ribeiro. A Gata Comeu contou com a direção geral de Herval Rosano, foi produzida pela Rede Globo e exibida entre 15 de abril a 19 de outubro de 1985, e teve 160 capítulos. E é com uma grande satisfação que relembramos um pouco desta trama, que fez um enorme sucesso e é considerada até hoje uma das novelas das seis de maior audiência da emissora.



A geniosa Jô Penteado (Christiane Torloni), é uma jovem que já ficou noiva por sete vezes, mas nunca se apaixonou verdadeiramente. Porém sua vida muda ao conhecer o professor “tranquilão” Fábio (Nuno Leal Maia), viúvo e pai de dois filhos. O professor consegue uma lancha emprestada com o pai de Jô, Horácio (Mauro Mendonça), tendo a finalidade fazer uma excursão com seus alunos, por tanto, decidida a usar a lancha do pai, Jô embarca junto com Fábio e leva consigo um grupo de pessoas, que são eles: Lenita (Deborah Evelyn), sua confidente e irmã por parte de pai, Tony (Roberto Pirillo), que leva seu amigo Vitório (Laerte Morrone) que se diz ser “o famoso conde de Parma”, mas que na verdade trabalha como garçom, e o divertido casal Gustavo (Cláudio Corrêa e Castro) e Tereza (Marilu Bueno), amigos da família Penteado. 

Já Fábio leva a sua noiva Paula (Fátima Freire), Edson (José Mayer), quem conduz a lancha e é funcionário de Horácio, e mais seis crianças, todos alunos do professor. Após uma pane, a lancha acaba naufragando e indo parar em uma ilha, lá os personagens passam alguns messes e a relação entre eles não é nada amistosa, principalmente entre Jô e Fábio, este período da novela rendeu bons momentos.

Após serem dados como mortos, o grupo é encontrado por pescadores, e após retornarem à terra firme todos tem suas vidas transformadas. Jô enfim se descobre estar apaixonada por alguém, e esse alguém é o professor Fábio que fica enfurecido com a moça ao descobrir que ela sabotou seu casamento com Paula, que por sua vez passa a gostar de Tony.

Vitorio leva sua fama de conde chegando até os ouvidos da megera Gláucia (Bia Seidl), irmã por parte de pai de Jô, a mesma sonha em se casar com um homem rico. Porém acaba caindo na armação que foi arquitetada por Tony, seu ex-namorado.



Ao descobrir que Gustavo e Tereza estão “grávidos”, o casal entra em conflito com a filha mais velha Babi (Mayara Magri), que não gosta nada em saber que terá um irmãozinho. E por fim, a insegura Lenita se entrega ao amor com Edson, que por sua vez foi o grande responsável pela “pane” na lancha, sendo que na verdade o mesmo escondeu a chave da embarcação com o propósito de sumir com uma grande quantia em dinheiro que havia tomado nas mãos de um agiota.

A novela também destacou o famoso Clube dos Curumins, formado por Cuca (Danton Mello), Adriana (Kátia Moura), Cecéu (Rafael Alvarez), Verinha (Juliana Martins), Nanato (Sílvio Perroni) e Xande (Oberdan Júnior), alunos de Fábio que foram a excursão e que sonham em ter uma sede para o seu clube, para isso essa turminha aprontou inúmeras travessuras até conquistar o seu objetivo.

A novela foi solar, houve muita cena externa pelo bairro da Urca no rio de Janeiro, coisa que na época era muito raro para uma novela que em sua maioria era toda gravada em estúdio, o elenco estava em uma sintonia bacana e a época favorecia ao enorme sucesso que a trama fez. A Gata Comeu ainda contou em seu elenco nomes como Dirce Migliaccio, Anilza Leoni, Élcio Romar, Eduardo Tornaghi, Nina de Pádua, Luís Carlos Arutin, entre outros.



Segundo o site Teledramaturgia: O primeiro nome pensado para o remake foi Pancada de Amor Não Dói, um título péssimo, sabiamente trocado por A Gata Comeu. Quando começaram as primeiras chamadas, o nome causou estranhamento: o que a gata comeu, afinal? A referência estava na música de Caetano Veloso gravada pelo grupo Magazine (de Kid Vinil) para a abertura: “Ela comeu meu coração, trincou, mordeu, mastigou, engoliu, comeu…”. Jô era a gata que comia o coração de seus pretendentes. Outra interpretação pode vir da frase de apelo infantil “O gato comeu!”.

Abertura: A considero como a melhor abertura já produzida na era Hans Donner, a junção de cores, formas geométricas (a cara dos anos 80) e com o estilo Pop Art deram um toque a abertura que ainda trouxe como tema um rock bem irreverente. Poucos sabem, mas o ator que aparece numa briga com o gato na abertura é Breno Moroni que anteriormente participou da abertura da novela Champagne (1983), e posteriormente atuaria em produção de Ivani Ribeiro, A Viagem (1994), onde o ator deu vida ao enigmático mascarado Adonay.

Reprise: Sua primeira reprise ocorreu em 1989 no Vale a Pena Ver de Novo, ganhou uma segunda reprise em 2001, tornando assim a primeira produção a ganhar uma reexibição na sessão. Em 2017 foi reexibida na integra pelo Viva.



Trilha Sonora: Repleta de sucessos da época, a trilha de A Gata Comeu trouxe algo peculiar. Sua trilha internacional contava com a canção Crazy For You, de Madonna, este hit foi lançado para o filme Em Busca da Vitória (1985), porém ao descobrir que sua música estava na trilha de uma novela a rainha do pop exigiu que fosse retirada. Com uma situação inusitada, a Som Livre precisou retirar todos os discos que estavam à venda e lançar uma nova versão da trilha internacional que desta vez contou com Smooth Operator da cantora Sade.

As trilhas ainda contaram com, Só Para o Vento – Ritche; Choro – Fábio Jr.; Eu Queria Ter Uma Bomba – Barão Vermelho; Everything I Need – Men at Work; Heaven – Bryan Adams; Sonho Blue – Liliane; Amigo do Sol, Amigo da Lua – Benito de Paula; Everytime You Go Away – Paul Young; Forever By Your Side – Manhattans; entre outros sucessos.

Abaixo, confira a abertura da novela:





Cinco casais que representaram a comunidade LGBTQIA+ nas telinhas

Hoje, 28 de junho, é o dia do Orgulho LGBTQI+, e por isso venho citar dez casais de novelas/séries da comunidade para torcermos. Seja de produções atuais ou não, o intuito é comemorarmos esse dia lembrando personagens que nos representam no meio de tanta heteronormatividade. 

BRIAN E JUSTIN (Queer as Folk)


Queer as Folk foi uma série que levantou todas as bandeiras LGBTQI+ através dos personagens. Falou, de maneira polêmica, sobre todos os pré-conceitos que nós da comunidade sofremos. E além disso, nos apresentou Justin (Randy Harrison) e Brian (Gale Harold), um casal fora do normal para torcermos. Na minha opinião, até hoje nenhuma série conseguiu se aprofundar tanto na temática quanto essa.

LUCCINO E OTÁVIO (Orgulho e Paixão)


Casal da novela das seis da Rede Globo, Otávio (Pedro Henrique Muller) e Luccino (Juliano Laham) conquistaram a torcida do público. A novela de época construiu muito bem a história dos dois, e isso fez toda a diferença. Até ontem, uma história entre dois homens no horário das seis ia gerar grande polêmica, e talvez até tenha causado um barulhinho, mas a forma como foi apresentada fez toda a diferença. 

VICTOR E BENJI (Love, Victor)


Recém estreada, Love, Victor é um spin-off do filme Love, Simon. A série aborda de maneira leve a descoberta de um jovem gay que vem de uma família religiosa. Ele até tenta ser o que os pais esperam dele, mas tudo muda quando ele conhece Benji, um colega do colégio, e se encanta por ele.

CLARA e MARINA (Em Família)


Última novela de Manoel Carlos no horário nobre, Em Família trouxe Clara (Giovanna Antonelli) e Marina (Tainá Muller) como duas mulheres que se envolvem em determinado momento da história. Clara, mãe de um filho e casada com Cadu (Reynaldo Gianecchinni). As chances de o público dar as costas para essa história eram grandes, mas acabou que o casal se tornou um dos favoritos do público - e ambas tiveram um lindo final feliz.

LUKAS E PHILLIP (Eyewitness)


Eyewitness não é uma série muito conhecida, e isso é triste. A série tem como protagonistas dois adolescentes que mantém uma relação secreta. Por tanto, após serem testemunha de três assassinatos, eles entendem que suas vidas estão interligadas para sempre e não tem mais como esconder. A série é composta por dez episódios, e o melhor é que mesmo cancelada precocemente, ela possui um final pois foi projetada para ser uma antologia, possuindo uma história diferente para cada temporada. Se você não assistiu, corre. Vale a maratona!

O seu favorito não está na lista? Deixe nos comentários!

A volta precoce das novelas com inúmeras limitações



Deve ser muito frustrante ter que parar uma novela no meio, ainda mais por conta de algo tão sério quanto o que estamos vivendo. Mas, depois de alguns meses, a notícia de que Amor de Mãe e Salve-se Quem Puder pegou muitos noveleiros de surpresa, mas não de uma forma positiva.

É claro que medidas devem ser tomadas, mas como se animar em saber que atores não poderão se aproximar e muitos personagens não irão voltar por fazer parte do quadro de risco? Não tem como. Faz alguns meses que aguardamos por capítulos inéditos, mas não é justo voltar dessa forma e acabar com toda a história que o autor colocou no ar antes desse caos que se encontra o mundo. 

Por isso, se for pra ser como estão anunciando, qual a dificuldade em manter as reprises até tudo se normalizar? Assim, nós estaremos aqui sedentos para continuar acompanhando a história desses personagens de uma forma que não prejudique a obra em um todo. Um dos exemplos é Malhação - Toda Forma de Amar, que não era lá essas coisas, mas teve um final podre, e nenhum dos profissionais envolvidos mereciam um último capítulo daqueles, então imagina dois meses de novela pela frente - como é o caso de Amor de Mãe. É pra se pensar no público e adiar esse retorno...

Love, Victor | Primeiras Impressões



O filme cumpriu seu papel, e a série veio para dar continuidade naquela história. E eu fiquei bem feliz em saber que essa continuidade aconteceria sem ser baseada na história central do filme, e sim passar apenas no mesmo universo. 

Me surpreendeu nesse primeiro episódio, a conexão entre as duas obras. Achei muito interessante como isso foi introduzido, e o primeiro episódio serviu bem para conhecermos esses novos personagens sem saber muito bem o que vem pela frente - mesmo a série sendo aquele clichê que amamos.

A primeira impressão é que tem atores muito bons, mas também tem muito o que melhorar. Principalmente o protagonista que parece estar um pouco tímido em cena, por tanto, isso pode fazer parte da construção do personagem e vamos ter certeza mais pra frente. 

Love, Victor veio para representar toda a comunidade LGBTQI+ que adora um clichê para chamar de seu. E eu realmente espero que além do romance, eles aprofundem melhor seus temas e consiga passar uma mensagem de amor e empatia ao próximo. Eu estarei daqui acompanhando, e volto a qualquer momento para falar sobre.
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