Nostalgia 2020: O Fascínio dos Programas de Auditório

Não podemos deixar de falar de televisão e não mencionarmos os programas de auditório, composto por uma plateia que interage com o apresentador através de palmas, vaias e outras manifestações. A coluna nostalgia lista o top 5 dos programas de auditório que marcaram época.

Desde os anos 50 o gênero está entre as maiores audiências da televisão brasileira, sendo ele musical, talk show, de gincanas ou de variedades, a verdade é que o Brasil produziu e produz grandes atrações que leva entretenimento e informação ao seu público.


 Cassino do Chacrinha: Abelardo Barbosa, nacionalmente conhecido como Chacrinha teve a Hora do Chacrinha, a Buzina do Chacrinha e a Discoteca do Chacrinha. Mas o programa que o consagrou como o maior comunicador do país foi o Cassino do Chacrinha, conduzindo a atração de forma irreverente o apresentador recebia calouros dispostos a ter um reconhecimento nacional, porém muitas vezes os mesmos eram agraciados com a famosa buzina do velho guerreiro. Grandes nomes da MPB passaram pelo palco do cassino, Roberto Carlos, Gretchen, Titãs, Simone, entre outros artistas. Outra grande recordação do programa são as famosas chacretes, assistentes de palco que esbanjavam carisma e sensualidade.

Programa Flávio Cavalcanti: Apesar de ter algumas atitudes polêmicas, a exemplo abominar o comunismo e o rock and roll, quebrar discos que o considerasse ruins e ser a favor da censura. O apresentador Flávio Cavalcanti teve sua forma própria (sério e formal) de conduzir um programa de TV, em contrapartida a sua atração era muito aguardada pelo público a fim de saber qual seria o debate que haveria no programa, as atrações musicais e quais discos ele quebraria no ar. Com um gesto marcante o apresentador tinha o costume de chamar o intervalo comercial levantando a mão que era focalizada pela câmera e disparava a seguinte frase: “Nossos comerciais, por favor!”.
Após o fim da TV Tupi em 1980, Flávio transfere-se para Rede Bandeirantes, e em 1983 migra para o SBT e durante a apresentação de um dos seus programas (ao vivo) sente-se mal, ao retornar do intervalo a atração passou a ser comandada por Wagner Montes que informa que Flávio havia sentido uma indisposição e que na próxima semana retornaria à apresentação do seu programa, porém isso não aconteceu após quatro dias o apresentador falece.
Por conta da morte de Flávio Cavalcanti, o SBT cancelou a sua programação exibindo uma mensagem de luto ao mesmo.


 Programa Silvio Santos: Atualmente considerado o maior comunicador do país em exercício, Silvio Santos leva ao ar um programa diversificado contendo, games, atrações musicais, além das famosas pegadinhas. O programa está no ar desde 1963 e ao longo desses anos passou por algumas emissoras até se firmar no SBT. Apesar das controvérsias que ultimamente o apresentador tem passado, o seu programa ainda resiste e leva ao público descontração.

Quadros famosos ficaram marcado na história da televisão brasileira a exemplo do Topa Tudo por Dinheiro, Show de Calouros, Porta da Esperança, Em Nome do Amor, entre outros quadros. Atualmente com 89 anos Silvio esbanja vitalidade e profissionalismo, características que carrega há mais de meio século de carreira.


Domingão do Faustão: Vindo da Rede Bandeirantes, a expectativa da Rede Globo era que Fausto Silva incomodasse os demais programas dominicais sendo seu principal concorrente o Silvio Santos, coisa que de fato aconteceu. De forma irreverente o apresentador levou em seu primeiro programa personalidades do calibre de Dercy Goncalves, Xuxa e Lulu Santos. Trazendo de volta o tom popularesco deixado por Chacrinha, o Domingão do Faustão está no ar desde de 1988 e ao longo desses anos quadros caíram no gosto do público, aconteceu inúmeras atrações musicais, além de ter uma numerosa plateia que o mesmo faz questão de interagir.

Na metade dos anos 90 e início dos anos 00, o Domingão do Faustão se viu ameaçado por outro programa de auditório o Domingo Legal, apresentado por Gugu, com quadros de conotação sexual e musicais o programa do SBT fisgou boa parte do público da Globo. Com isso a emissora se mexeu e promoveu algumas mudanças que surtiram efeitos e com tudo isso o Domingão do Faustão prevalece até hoje sendo visto como uma das maiores vitrines para os artistas já consagrados ou até mesmo os que estão em início de carreira, além disso é considerado um dos maiores programas de auditório da televisão brasileira.


Hebe: A rainha da televisão brasileira como ficou nacionalmente conhecida, comandou por muito tempo um talk show que levava o seu nome Hebe. Mas antes disso a mesma participou a convite de Assis Chateaubriand da primeira transmissão ao vivo da televisão brasileira em 1950, logo depois estreou o seu primeiro programa de auditório O Mundo é das Mulheres (1955).

Já na década de 60, Hebe estreia um novo programa, este o consagraria como a rainha da TV no Brasil e que perdurou ao ar até 2012 tendo passado por emissoras como RecordTV, Rede Tupi, Rede Bandeirantes, SBT e pôr fim a RedeTV!. Hebe reunia grandes nomes em seu famoso sofá e debatiam sobre temas pertinentes a sociedade sempre os cumprimentando com a sua marca o “selinho”.

Bônus – Planeta Xuxa: O ano era 1997 e a Rede Globo levava ao ar o primeiro programa de auditório dominical comandado por uma mulher (antes os programas em todas as emissoras eram apresentados por homem). O Planeta Xuxa chegou para alegrar e entreter não só o público jovem e sim toda a família, inicialmente o programa ia ao ar nas tardes de sábado, porém com a cobertura da copa do mundo em 1998 o programa passou para os domingos e lá permaneceu até a sua extinção em 2002.

Com apresentação de artistas que estavam em ascensão na época, e com o carisma da apresentadora o programa consolidou de vez o nome de Xuxa entre uma das maiores comunicadoras do país. Quadros como transformação, que tinha o intuito de transformar alguém da plateia e intimidade no qual Xuxa “despia” o entrevistado com perguntas sobre sua vida foram os pontos altos do programa.

Por fim finalizo enfatizando que os programas de auditório sempre fizeram parte do cotidiano dos brasileiros desde dos tempos primórdios da rádio, e até hoje mesmo com os avanços tecnológicos que temos eles resistem, encantam e levam entretenimento e fascínio para seu público.


Com personagem dramática, Claudia Raia foi o verdadeiro destaque de A Favorita




Sempre que falava de A Favorita, muitos comentavam sobre Flora (Patrícia Pillar) ser o ponto alto da trama, e o grande destaque da trama de João Emanuel Carneiro. Como falei anteriormente, estou tendo a oportunidade de ver a trama no Globoplay, e por isso, consigo colocar minhas próprias impressões aqui.

A trama de João Emanuel Carneiro realmente foi muito bem desenvolvida pelo autor, assim como seus personagens. E apesar de achar que ambas as atrizes roubaram a cena, percebo que o grande destaque é Donatela (Claudia Raia).

A personagem começa a trama como uma burguesa, e antes do capítulo 60 já vemos outra personagem em tela. Ela perdeu o apoio da filha, pessoa mais importante de sua vida, e também a sua liberdade, sendo acusada por um crime que não cometeu. Donatela perde tudo, e Flora, a verdadeira vilã, consegue o que sempre quis.

Claudia Raia brilha em cena, e é em A Favorita que sai de sua zona de conforto que é a comédia. Donatela tem sim seus momentos na primeira fase da novela, mas é uma personagem dramática, e com vários nuances. Claudia consegue passar toda a sua dor para o telespectador, e isso é muito difícil. Enquanto vejo que após a revelação, Flora se tornou uma vilã até um pouco caricata, e um tanto que comum, e o que lhe diferencia das outras, é que ela não tem um pingo de humanidade, e ninguém é, de fato, importante pra ela.

E não, não é desmerecer o trabalho de Patrícia Pillar, maravilhosa como Flora, mas também enaltecer o trabalho de Claudia Raia que - para mim - teve em A Favorita, seu melhor personagem até o momento. E é uma pena que desde então, a única personagem com certa relevância em sua carreira foi Jaqueline no remake de Tititi, enquanto as outras foram bem medianas. 

Gêneros Cinematográficos: Ação



Para sair um pouco das críticas, vou trazer esses dias em nossa coluna, Papo de Cinema, um texto sobre os gêneros cinematográficos, afinal, sabemos que ele existe, mas será que já paramos para analisar e entender eles? 

Pensando nisso, fundamentei meus argumentos na obra “Manual dos Gêneros Cinematográficos”, de  Luís Nogueira, para trazer esse estudo, na edição de hoje, vamos falar um gênero que todos curtem, a boa e velha: AÇÃO.

Segundo Nogueira, a ação é marcada por grande apelo popular, grande sucesso comercial e talvez o que os críticos mais torcem o nariz, justamente pela forma que se apresenta: de maneira rápida e maniqueísta com os temas abordados.

O gênero de ação do ponto de vista narrativo é marcado por características marcantes como: sequências frenéticas de ação, grandes cenas de perseguição, batalhas grandiosas e principalmente cenas de explosões megalomaníacas. Tenho certeza que já veio algumas cenas e filmes na sua cabeça ai, não é mesmo? Então vou trazer aqui alguns exemplos. 

Um clássico recente para ilustrar as cenas de ações frenéticas podemos pegar o exemplo de Vingadores Ultimato, em que logo após os heróis conseguirem regressarem os que estavam desaparecidos ao encontro dos Vingadores principais para a batalha final, contra Thanos e seu exército, antes daquela fala de Capitão América “Vingadores, Avante!!”, ali já podemos esperar uma sequência de ação em que Pantera Negra usa o seu poder para segurar a manopla de Thanos, enquanto que Feiticeira Escarlate usa sua magia para estourar a armadura do vilão. Já do outro lado temos o Homem Aranha entrando em modo de combate para proteger a manopla entregue pelo Pantera Negra, e abrir caminho para poder vencer a batalha. Ultimato cumpre não só no sentido de grandes cenas de ação , mas também de batalhas grandiosas. 



No filme Velozes e Furiosos 5: Operação Rio, temos uma cena frenética de ação em que Toretto e sua equipe além de roubar um cofre de um corrupto, ainda consegue desviar de todos os carros de polícia da sua frente em uma cena eletrizante de perseguição. Falando em explosão, me veio a mente aquela cena em Transformers - A vingança dos Derrotados, bem no início do filme em que a Equipe Next, formada por Autobots e humanos, entram em uma missão para acabar com os Decptcons na terra, e logo nessa cena, há um Decptcon formando dentro de um trator, uma explosão monstruosa.



“Os heróis e os vilões são claramente caracterizados e contrapostos, recorrendo muitas vezes a soluções de fácil descodificação semiótica, como a indumentária ou a própria fisionomia.” Muito legal, parar para pensar, o vilão é sempre aquela figura feia, ou suja, porca, enquanto o herói é sempre aquela figura bela, bonita, polida. Isso os filmes fazem questão de mostrar quem é o mocinho e quem é o vilão, esse não precisa ir muito longe, o próprio Matrix, e principalmente o Matrix Revolutions, aquela cena em que Neo e Agente Smith fazem um duelo épico na chuva, ali é a definição clara de luz e trevas e os grandes contrapontos.



“No que respeita à sua morfologia, ela assenta, sobretudo, numa aplicação de fórmulas bastante convencionais e facilmente reconhecíveis: um ritmo trepidante da montagem que serve sobretudo ao rápido desenvolvimento da ação e à intensificação dos picos dramáticos, uma planificação estilisticamente clássica e segura que reserva para cada plano uma função narrativa e dramática bem específica e inequívoca, uma utilização da música que sublinha emocionalmente o tom de uma situação ou o estado de uma personagem e um uso da fotografia sempre ao serviço da fácil descodificação da narrativa”. Já a minha análise sobre esse trecho é que asseguro que isso acontece com muita frequência, os longas de ação são pensado de forma em que fica fácil do telespectador entender qual é a mensagem, justamente por ser mastigado e entregue a quem assiste. Ao pensar na narrativa, podemos ver que as obras usam uma estética clássica e segura, ou seja, abusa dos clichês mais tradicionais e até a edição da obra é montada de forma rápida em um ritmo frenético para que o telespectador não tenha o que pensar, apenas receber em escala frenética as cenas. Mais uma vez volto com Velozes e Furiosos 7, praticamente na primeira cena em que Decakrd Shaw invade o escritório de Hobbs para pegar informações da equipe de Toretto, ali a sequência é toda trabalhada em planos, ângulos, edição e fotografia de tirar o fôlego, além do bom embate entre as duas figuras, as cenas são muito bem compostas, desde a cena em que Hobbs da uma chave com uma câmera virando em ponta cabeça seu arqui-inimigo e até a cena em que, salva sua parceira Helena de uma bomba, ao cair no carro de costas, segurando uma mulher e não quebrar nenhum osso. Observa só se não é o conceito perfeito da ação!

“As convenções deste género são das mais facilmente reconhecíveis e poderíamos falar, a título exemplar e quase paródico, de uma estética do estilhaço, da explosão, do salpico e da tangente: os estilhaços que rodeiam o personagem nos tiroteios mais desvairados; a explosão que arrasa cidades, edifícios ou mesmo planetas; os salpicos de sangue que se tornaram um dos elementos gráficos fundamentais da representação da violência; as tangentes das balas que, milagrosamente, nunca atingem o protagonista, solitário e invulnerável”. Ingredientes importantes que dão o tom do longa de ação, a certeza é que os tiros são personagens quase que principais em sua grande maioria, um exemplo disso que essa grande fórmula é Homem Aranha de Sam Raimi, na cena em o Homem Aranha vai salvar pessoas no incêndio e se depara com o Duende Verde, no diálogo vemos que Duende faz um convite para se aliar a ele, o amigo da vizinhança recusa, com isso o antagonista lança pequenas lâminas para acertar no herói e então ele tem que desviar delas. É um show de efeitos e ingredientes especiais que deixam o filme de ação ainda mais frenético e da gosto de assistir!!!



“Este gênero assume-se nitidamente como entretenimento, não visando colocar à discussão temas controversos ou problematizar situações ambíguas. O seu objetivo é, portanto, proporcionar ao espectador uma experiência de grande hedonismo. Os filmes tendem, desse modo, a esgotar o seu potencial hermenêutico muito rapidamente”. Não se preocupe, o gênero de ação não está preocupado em discutir um tema importante com você como assédio sexual, relacionamentos abusivos, estupro, aborto, sexo e muitos outros temas. Em minha visão fazendo um contraponto com a ideia do autor, ele só preocupa em meramente entretenimento e reforçar o prazer em estar ali, naquele momento, curtindo aquele filme de ação, muitas vezes, arrisco a dizer que usamos os filmes de ação como fuga da realidade ou “válvula de escape”.

Essa foi a minha análise do gênero de ação, diz ai nos comentários. Qual próximo gênero cinematográfico você quer estudar?


Nostalgia 2020: A Gata Comeu


A Gata Comeu é uma reedição da novela A Barba Azul (1974), exibida pela extinta TV Tupi, ambas foram escritas por Ivani Ribeiro. A Gata Comeu contou com a direção geral de Herval Rosano, foi produzida pela Rede Globo e exibida entre 15 de abril a 19 de outubro de 1985, e teve 160 capítulos. E é com uma grande satisfação que relembramos um pouco desta trama, que fez um enorme sucesso e é considerada até hoje uma das novelas das seis de maior audiência da emissora.



A geniosa Jô Penteado (Christiane Torloni), é uma jovem que já ficou noiva por sete vezes, mas nunca se apaixonou verdadeiramente. Porém sua vida muda ao conhecer o professor “tranquilão” Fábio (Nuno Leal Maia), viúvo e pai de dois filhos. O professor consegue uma lancha emprestada com o pai de Jô, Horácio (Mauro Mendonça), tendo a finalidade fazer uma excursão com seus alunos, por tanto, decidida a usar a lancha do pai, Jô embarca junto com Fábio e leva consigo um grupo de pessoas, que são eles: Lenita (Deborah Evelyn), sua confidente e irmã por parte de pai, Tony (Roberto Pirillo), que leva seu amigo Vitório (Laerte Morrone) que se diz ser “o famoso conde de Parma”, mas que na verdade trabalha como garçom, e o divertido casal Gustavo (Cláudio Corrêa e Castro) e Tereza (Marilu Bueno), amigos da família Penteado. 

Já Fábio leva a sua noiva Paula (Fátima Freire), Edson (José Mayer), quem conduz a lancha e é funcionário de Horácio, e mais seis crianças, todos alunos do professor. Após uma pane, a lancha acaba naufragando e indo parar em uma ilha, lá os personagens passam alguns messes e a relação entre eles não é nada amistosa, principalmente entre Jô e Fábio, este período da novela rendeu bons momentos.

Após serem dados como mortos, o grupo é encontrado por pescadores, e após retornarem à terra firme todos tem suas vidas transformadas. Jô enfim se descobre estar apaixonada por alguém, e esse alguém é o professor Fábio que fica enfurecido com a moça ao descobrir que ela sabotou seu casamento com Paula, que por sua vez passa a gostar de Tony.

Vitorio leva sua fama de conde chegando até os ouvidos da megera Gláucia (Bia Seidl), irmã por parte de pai de Jô, a mesma sonha em se casar com um homem rico. Porém acaba caindo na armação que foi arquitetada por Tony, seu ex-namorado.



Ao descobrir que Gustavo e Tereza estão “grávidos”, o casal entra em conflito com a filha mais velha Babi (Mayara Magri), que não gosta nada em saber que terá um irmãozinho. E por fim, a insegura Lenita se entrega ao amor com Edson, que por sua vez foi o grande responsável pela “pane” na lancha, sendo que na verdade o mesmo escondeu a chave da embarcação com o propósito de sumir com uma grande quantia em dinheiro que havia tomado nas mãos de um agiota.

A novela também destacou o famoso Clube dos Curumins, formado por Cuca (Danton Mello), Adriana (Kátia Moura), Cecéu (Rafael Alvarez), Verinha (Juliana Martins), Nanato (Sílvio Perroni) e Xande (Oberdan Júnior), alunos de Fábio que foram a excursão e que sonham em ter uma sede para o seu clube, para isso essa turminha aprontou inúmeras travessuras até conquistar o seu objetivo.

A novela foi solar, houve muita cena externa pelo bairro da Urca no rio de Janeiro, coisa que na época era muito raro para uma novela que em sua maioria era toda gravada em estúdio, o elenco estava em uma sintonia bacana e a época favorecia ao enorme sucesso que a trama fez. A Gata Comeu ainda contou em seu elenco nomes como Dirce Migliaccio, Anilza Leoni, Élcio Romar, Eduardo Tornaghi, Nina de Pádua, Luís Carlos Arutin, entre outros.



Segundo o site Teledramaturgia: O primeiro nome pensado para o remake foi Pancada de Amor Não Dói, um título péssimo, sabiamente trocado por A Gata Comeu. Quando começaram as primeiras chamadas, o nome causou estranhamento: o que a gata comeu, afinal? A referência estava na música de Caetano Veloso gravada pelo grupo Magazine (de Kid Vinil) para a abertura: “Ela comeu meu coração, trincou, mordeu, mastigou, engoliu, comeu…”. Jô era a gata que comia o coração de seus pretendentes. Outra interpretação pode vir da frase de apelo infantil “O gato comeu!”.

Abertura: A considero como a melhor abertura já produzida na era Hans Donner, a junção de cores, formas geométricas (a cara dos anos 80) e com o estilo Pop Art deram um toque a abertura que ainda trouxe como tema um rock bem irreverente. Poucos sabem, mas o ator que aparece numa briga com o gato na abertura é Breno Moroni que anteriormente participou da abertura da novela Champagne (1983), e posteriormente atuaria em produção de Ivani Ribeiro, A Viagem (1994), onde o ator deu vida ao enigmático mascarado Adonay.

Reprise: Sua primeira reprise ocorreu em 1989 no Vale a Pena Ver de Novo, ganhou uma segunda reprise em 2001, tornando assim a primeira produção a ganhar uma reexibição na sessão. Em 2017 foi reexibida na integra pelo Viva.



Trilha Sonora: Repleta de sucessos da época, a trilha de A Gata Comeu trouxe algo peculiar. Sua trilha internacional contava com a canção Crazy For You, de Madonna, este hit foi lançado para o filme Em Busca da Vitória (1985), porém ao descobrir que sua música estava na trilha de uma novela a rainha do pop exigiu que fosse retirada. Com uma situação inusitada, a Som Livre precisou retirar todos os discos que estavam à venda e lançar uma nova versão da trilha internacional que desta vez contou com Smooth Operator da cantora Sade.

As trilhas ainda contaram com, Só Para o Vento – Ritche; Choro – Fábio Jr.; Eu Queria Ter Uma Bomba – Barão Vermelho; Everything I Need – Men at Work; Heaven – Bryan Adams; Sonho Blue – Liliane; Amigo do Sol, Amigo da Lua – Benito de Paula; Everytime You Go Away – Paul Young; Forever By Your Side – Manhattans; entre outros sucessos.

Abaixo, confira a abertura da novela:





Cinco casais que representaram a comunidade LGBTQIA+ nas telinhas

Hoje, 28 de junho, é o dia do Orgulho LGBTQI+, e por isso venho citar dez casais de novelas/séries da comunidade para torcermos. Seja de produções atuais ou não, o intuito é comemorarmos esse dia lembrando personagens que nos representam no meio de tanta heteronormatividade. 

BRIAN E JUSTIN (Queer as Folk)


Queer as Folk foi uma série que levantou todas as bandeiras LGBTQI+ através dos personagens. Falou, de maneira polêmica, sobre todos os pré-conceitos que nós da comunidade sofremos. E além disso, nos apresentou Justin (Randy Harrison) e Brian (Gale Harold), um casal fora do normal para torcermos. Na minha opinião, até hoje nenhuma série conseguiu se aprofundar tanto na temática quanto essa.

LUCCINO E OTÁVIO (Orgulho e Paixão)


Casal da novela das seis da Rede Globo, Otávio (Pedro Henrique Muller) e Luccino (Juliano Laham) conquistaram a torcida do público. A novela de época construiu muito bem a história dos dois, e isso fez toda a diferença. Até ontem, uma história entre dois homens no horário das seis ia gerar grande polêmica, e talvez até tenha causado um barulhinho, mas a forma como foi apresentada fez toda a diferença. 

VICTOR E BENJI (Love, Victor)


Recém estreada, Love, Victor é um spin-off do filme Love, Simon. A série aborda de maneira leve a descoberta de um jovem gay que vem de uma família religiosa. Ele até tenta ser o que os pais esperam dele, mas tudo muda quando ele conhece Benji, um colega do colégio, e se encanta por ele.

CLARA e MARINA (Em Família)


Última novela de Manoel Carlos no horário nobre, Em Família trouxe Clara (Giovanna Antonelli) e Marina (Tainá Muller) como duas mulheres que se envolvem em determinado momento da história. Clara, mãe de um filho e casada com Cadu (Reynaldo Gianecchinni). As chances de o público dar as costas para essa história eram grandes, mas acabou que o casal se tornou um dos favoritos do público - e ambas tiveram um lindo final feliz.

LUKAS E PHILLIP (Eyewitness)


Eyewitness não é uma série muito conhecida, e isso é triste. A série tem como protagonistas dois adolescentes que mantém uma relação secreta. Por tanto, após serem testemunha de três assassinatos, eles entendem que suas vidas estão interligadas para sempre e não tem mais como esconder. A série é composta por dez episódios, e o melhor é que mesmo cancelada precocemente, ela possui um final pois foi projetada para ser uma antologia, possuindo uma história diferente para cada temporada. Se você não assistiu, corre. Vale a maratona!

O seu favorito não está na lista? Deixe nos comentários!

A volta precoce das novelas com inúmeras limitações



Deve ser muito frustrante ter que parar uma novela no meio, ainda mais por conta de algo tão sério quanto o que estamos vivendo. Mas, depois de alguns meses, a notícia de que Amor de Mãe e Salve-se Quem Puder pegou muitos noveleiros de surpresa, mas não de uma forma positiva.

É claro que medidas devem ser tomadas, mas como se animar em saber que atores não poderão se aproximar e muitos personagens não irão voltar por fazer parte do quadro de risco? Não tem como. Faz alguns meses que aguardamos por capítulos inéditos, mas não é justo voltar dessa forma e acabar com toda a história que o autor colocou no ar antes desse caos que se encontra o mundo. 

Por isso, se for pra ser como estão anunciando, qual a dificuldade em manter as reprises até tudo se normalizar? Assim, nós estaremos aqui sedentos para continuar acompanhando a história desses personagens de uma forma que não prejudique a obra em um todo. Um dos exemplos é Malhação - Toda Forma de Amar, que não era lá essas coisas, mas teve um final podre, e nenhum dos profissionais envolvidos mereciam um último capítulo daqueles, então imagina dois meses de novela pela frente - como é o caso de Amor de Mãe. É pra se pensar no público e adiar esse retorno...

Love, Victor | Primeiras Impressões



O filme cumpriu seu papel, e a série veio para dar continuidade naquela história. E eu fiquei bem feliz em saber que essa continuidade aconteceria sem ser baseada na história central do filme, e sim passar apenas no mesmo universo. 

Me surpreendeu nesse primeiro episódio, a conexão entre as duas obras. Achei muito interessante como isso foi introduzido, e o primeiro episódio serviu bem para conhecermos esses novos personagens sem saber muito bem o que vem pela frente - mesmo a série sendo aquele clichê que amamos.

A primeira impressão é que tem atores muito bons, mas também tem muito o que melhorar. Principalmente o protagonista que parece estar um pouco tímido em cena, por tanto, isso pode fazer parte da construção do personagem e vamos ter certeza mais pra frente. 

Love, Victor veio para representar toda a comunidade LGBTQI+ que adora um clichê para chamar de seu. E eu realmente espero que além do romance, eles aprofundem melhor seus temas e consiga passar uma mensagem de amor e empatia ao próximo. Eu estarei daqui acompanhando, e volto a qualquer momento para falar sobre.

Vitor Kley foge de sua zona de conforto em A Bolha, seu novo álbum de estúdio


AVALIAÇÃO: ★★★★

Foi em um Música Boa Ao Vivo que eu passei a olhar para o Vitor Kley com outros olhos. Cativante, o cantor conseguiu me levantar do outro lado da tela e me fez querer saber mais sobre a sua carreira. Eu já tinha ouvido algumas coisas, mas sem aquela atenção especial como naquele momento.

A Bolha, seu novo álbum, é como um complemento de tudo o que ele veio fazendo desde o início da carreira, por tanto, se arriscando mais e saindo de sua zona de conforto. Apesar de a maioria das faixas falarem sobre uma garota que o faz sair de órbita, a produção do álbum é rica e complementa as composições mais maduras. Faixa que foge um pouco do romance, O Amor é o Segredo é um dos pontos altos do álbum, assim como a faixa que leva o título do álbum, A Bolha, onde o jovem canta que é "maior que as montanhas/ voo bem mais que um avião/ sou uma pessoa estranha/ dou valor ao que há no coração...", reforçando seu discurso de paz que vem desde quando surgiu na mídia. 

Vitão participa de Jacarandá, single lançado há algum tempo, mas Dúvida, com Jão, roubou o lugar de feat favorito. A faixa com o cantor de Me Beija com Raiva é bem gostosinha, e é uma boa pedida para single. Sem contar que as vozes se encaixaram perfeitamente. 

Vitor Kley fala que A Bolha é o trabalho mais verdadeiro até então, e isso fica evidente. Assim como foi quando o assisti no Música Boa, esse álbum nos faz sentir inúmeros sentimentos bons. E mais uma vez, o sol brilhou para o artista, que vem acertando nos passos da carreira fonográfica. 


A trajetória do negro no audiovisual e suas implicações



Ainda meio aéreo e muito reflexivo sobre tudo o que vem acontecendo, e a proporção de como os protestos vem crescendo, venho por meio desse parágrafo me expressar, pois, entendo os meus privilégios como uma pessoa branca, e se tem algo que eu posso fazer é indicar e disseminar a cultura negra, uma cultura tão rica em ritmos, danças, filmes e séries. Ao pensar sobre o tema do título decidi fazer uma reflexão global sobre o audiovisual e toda a luta do negro, mas não deixar somente isso e reforçar suas conquistas. Ao ler e pesquisar e debruçar sobre o tema proposto me surpreendi pelas lutas e também pelas vitórias, algo que deve ser mais levado em conta. Sem mais delongas, vamos lá.
Primeiro de tudo vamos definir alguns o conceito de raça, segundo o sociólogo Anthonny Giddens, a raça pode ser entendida com um conjunto de reações sociais que permite que os indivíduos sejam classificados, por atributos ou competências com base em sua característica biológica. As formas de distinção raciais acontecem devido a reproduções de poder e desigualdade na sociedade. Desde muito cedo, o negro nunca teve papéis importante no audiovisual e até ele se consolidar no meio, foi uma luta muito grande, em que exigia um esforço maior.

Para abrir um pouco o tema, vamos começar com Hattie Mcdaniel, caçula de 13 filhos, filha de um casal de escravos que tinha acabado de ser libertos e chegado no Kansas para fugir da extrema pobreza. Juntou com dois de seus irmãos um grupo de vandeville, uma espécie de teatro regado a música e muita confusão no enredo no qual se destacou. Após a crise de 1929 foi para Milwaukee, no hotel Sububirbian, em que conseguiu um emprego de assistente de banheiro feminino. Um dia no hotel, após a saída dos artistas, o gerente do local pediu que alguém voluntário subisse no palco e cantasse, Mcdaniel subiu e encantou, ficou dois anos protagonizando o espetáculo do hotel e não teve mais que lavar o banheiro. Em 1934, Hollywood ainda não entregava papéis relevantes a negros eram somente cargos de garçons, motoristas e empregados, não demorou muito para o produtor John Ford ficar de olho em Hattiee  aproveitar o seu jeito sarcástico e atrevida para levar para o cinema, estrelando em um clássico do cinema, E o Vento Levou, em que interpretou Mammy, a empregada e fiel escudeira de Scarlet’O Hara(Vivian Leigh), a única que conseguia domar a filha de sua patroa, interpretando Mammy, apesar de ainda cair no estereótipo de papéis com pouca importância como o caso de retratar uma empregada, ainda conseguindo ganhar destaque no filme, mesmo com um papel irrelevante. Em 1940, ocorreu a tradicional cerimônia do Oscar e Hattie conseguiu um feito histórico, levar a estatueta, de melhor atriz coadjuvante, porém nem tudo são flores, Selznick um dos maiores produtores de Hollywood da época teve que pedir autorização para Hattieentrar no teatro e ainda teve que ficar em uma mesa ao fundo, longe do elenco, mas vale ressaltar o feito da primeira atriz a ganhar o Oscar, acho isso muito válido, é muito triste em saber que ela não participou da cerimônia de maneira normal como todos, mas levou um Oscar para a casa. 

Vamos relembrar alguns Oscar famosos por atrizes e atores negros que chamaram a atenção em seu papel. Na categoria “Melhor Atriz”, somente Halle Berry se destacou em “A Última Ceia”, em 2005. Na categoria “Melhor Ator” vários nomes se destacaram como Denzel Washigton, em 2002, por “Dia de Treinamento”, Jamie Foxx por “Ray” em 2005 e Forest Whitekar por o “O Último Rei da Escócia”. 



Na teledramaturgia podemos ver como atores e atrizes negros começaram a ganhar protagonismo de um tempo pra cá, como exemplo a atriz Taís Araújo em que viveu a primeira protagonista negra em Da Cor do Pecado, e vale relembrar que Preta, foi uma mocinha empoderada, cheia de atitude, mesmo em meio a atitudes racistas e preconceituosas de Barbara (Giovanna Antoneli), como muitas vezes chamava Raí (Sergio Malheiros), filho de Preta, de neguinho. Interessante notar que enquanto uma protagonista negra ganha força, a sociedade branca reage de maneira racista, Barbara é o estereótipo mais crível de uma sociedade que julga apenas pela cor, sem nem se importar com  o próximo, Preta e Raítinham muitas qualidades como saber ouvir, o companheirismo, afetuosos, mas a vilã só julgava por sua cor e por representar uma ameaça do seus planos. A atriz chamou atenção na condução da personagem, Preta conseguia ficar no drama e segurar a sua personagem com leveza, desde então Taís Araújo, uma incrível atriz que soube se transformar em cada papel, se em Da Cor do Pecado temos uma moça humilde e pobre, em 2020 é possível ver o contrário em Amor de Mãe, novela de Manuela Dias, a esposa de Lázaro Ramos, interpreta Vitória, uma advogada rica e bem de vida que perdeu um filho na barriga, porém o que ficou foi o desejo de ser mãe. Durante a trama vimos uma cena em que Tiago, o filho adotivo de Vitória é confundido com um bandido por estar com seu pai adotivo, Raul (Murilo Benício), em um shopping. A cena realmente trouxe todo impacto do que é o racismo. A atriz também é muito famosa e já palestrou temas relacionados ao racismo. Em uma de suas palestras, ela comenta que seu filho jamais vai poder andar na rua com um boné, uma roupa de time, um andar adolescente sujo por ter jogado futebol e descalço, sem correr o risco de levar uma investida pesada da polícia ao ser confundido com um bandido e também fala da preocupação com sua filha, por ser mulher e negra, e que segundo os dados de 2015 sobre a violência no Brasil, o número de feminicídio contra as mulheres negras teve um aumento de 54,8%, e comenta estar apavorada com isso.

Na indústria fonográfica também mulheres negras também tiveram que lutar muito para chegar ao seu espaço e que mesmo consolidada já sofreu ataques racistas. Vamos falar um pouco de uma cantora lá de Barbados que foi descoberta por Jay-Z e hoje consolidou seu império não só na música, mas também na moda, Rihanna, a sua trajetória começa quando aos 9 anos cantou em escola que frequentava, aos 15 anos foi descoberta pelo produtor Evan Rogers que passava férias em Barbados, que em sua primeira audição cantando Mariah Carrey foi sucesso já garantindo o contrato com a  Def Jam Records. Desde então foi só sucesso, Riri de Barbados foi só sucesso, vamos pegar algumas vitórias para enaltecer o trabalho de Rihanna.



Considerada a 4º cantora com mais vendas na história com 35 milhões de álbuns vendidos, já levou 9 Gremmys, o prêmio considerado o Oscar da música, a primeira mulher negra a posar para a DIOR, uma importante revista de Cristian Dior no ramo da moda. Muitas conquistas que Rihannajá teve e isso ainda lhe implicou em diversas situações que teve que lutar contra o racismo, a primeira foi em um hotel em Portugal que a diva do pop encontrou com uma pessoa que falou que as mulheres negras eram prostitutas e cadelas, mas Riri de Barbados não ficou calada e respondeu com sotaque de sua terra natal a altura do que a pessoa merecia.



Outro fenômeno na indústria da música é Iza, sucesso aos seus 27 anos, e hoje é referência para muitas mulheres negras, conquistou o palco Sunset no Rock in Rio 2019, mas mesmo em meio ao sucesso, reconhece que já sofreu ataques racistas como apelido de “churrasquinho”. Em uma de suas entrevistas, durante o “Arquivo Confidencial” no “Domingão do Faustão” a cantora entende o seu papel e comenta; “Por conta da minha profissão hoje, acho que essa questão do assédio, do preconceito e do racismo fica velada, mas não some. As pessoas têm aquele receio de se expressar da forma como elas gostariam. Mas sei que, se isso não acontecer comigo, não significa que o racismo acabou. A gente ainda tem muita coisa para fazer.

É interessante ver como os negros estão ganhando mais espaço, ainda que lentamente, o negro está conseguindo a ser protagonista de sua própria história, como a Iza, Rihanna, Beyonce, Taís Araujo, estão ganhando a notoriedade merecida e saindo de papéis secundários. Sei que nos gráficos ao pé da letra, ainda é muito pouco e nós como sociedade temos que ser abertos a receber e a consumir mais dessa cultura tão rica seja por músicas, como o jazz, blues, funk e os filmes e novelas, em que negros deixam de ser apenas papéis irrelevantes e passam a ganhar mais visibilidade.

Encerro esse texto apenas refletindo com tudo o que vi por aqui e com uma reflexão, principalmente as pessoas que tem privilégios, hoje a forma de se lutar contra o racismo é reconhecendo o privilégio, mas nem por conta disso, se acomodar, ouvir, ver, conversar com negros e entender mais a sua realidade ainda que não passamos na pele isso, mas de alguma forma se mostrar aberto, desde as pequenas coisas como indicar um negro para uma vaga, porque não dar uma oportunidade para um negro? Vidas negras importam sim!!!



Kell Smith renova o som em O Velho e Bom Novo, álbum que fala sobre ser humano

 


"Será que as pessoas conseguem prestar atenção nas letras das músicas no meio de tanta correria? Espero que sim!", e assim Kell Smith inicia Seja Gentil, faixa que abre a primeira parte de seu segundo álbum de estúdio, O Velho e Bom Novo, sucessor do Girassol (2018), e primeiro longe das mãos de Rick Bonadio.

O Velho e Bom Novo nos mostra uma Kell inspirada e falando sobre temas atuais, como ela sempre fez, mas de uma maneira mais diversificada. Nessa primeira parte temos temas como a depressão, o luto e óbvio, o amor.

Vulnerável Eu Vou Conseguir tratam do mesmo assunto de maneiras diferentes. Faixas que falam sobre as fraquezas do ser humano de uma maneira bem tocante e real. As faixas são o ponto forte do álbum junto com Camomila, que vai na contramão, assim como Seja Gentil, sendo as únicas mais animadas do álbum, por tanto, ainda falando a mesma língua das anteriores. Camomila é sobre a dificuldade de não surtar em uma época tão difícil como a que vivemos - a digital - a faixa é um momento bem gostosinho do álbum, o respiro que ele precisava.

O Velho e Bom Novo é só a primeira parte do álbum completo, e com composições tão inspiradas e uma produção caprichosa, a segunda parte será aguardada com altas expectativas, e acompanhando o trabalho da artista sei que também é alta a chance de eu não me decepcionar.

Dead to Me consegue manter o público vidrado em sua segunda temporada

 


Após uma primeira temporada incrível, era imprevisível o que a segunda temporada de Dead to Me nos traria. A verdade é que série voltou ainda mais encantadora em sua segunda temporada, desenvolvendo muito bem a amizade de Jen Judy e todo o caos que as mantém unida.

Um dos pontos altos da temporada de estreia, a relação das duas personagens continua sendo muito boa de assistir. Misturando drama e comédia, os roteiristas conseguiram trazer novamente tudo o que conquistou o público no ano passado e fazendo tudo se tornar ainda mais interessante.

Ligadas por um crime, é interessante ver como as duas protagonistas tentam lidar com a dor de perder quem ama. Judy, é aquela personagem que não conseguimos odiar de jeito nenhum. Uma mulher sofrida que tem que lidar com a morte do homem que ama por se sentir culpada pelo que fez com o esposo da amiga.


Enquanto Jen está cada vez mais perdida, tentando lidar com a culpa de esconder um assassinato e ao mesmo tempo lidar com os filhos. Inclusive, Charlie foi responsável por grandes momentos da temporada, afinal, é um adolescente e a irresponsabilidade dele fez com que a mãe ficasse em apuros.

A série ainda não foi renovada, mas é querida por muitos e ficou um plot para um possível terceiro ano. E sinceramente? Eu quero muito ver como vão lidar com o corpo sendo descoberto e tudo o que pode acontecer posteriormente a isso.

Wanessa Camargo foge do habitual e faz uma das melhores lives da quarentena

Wanessa Camargo completa 20 anos de carreira neste ano de 2020. Uma carreira de altos e baixos, por tanto, é inegável a lista de sucessos que fazem parte dessa história e também da história de milhares de fãs.

Em sua live, Wanessa se mostrou como sempre foi: uma mulher bem moleca e que não gosta muito de seguir o roteiro. Ela dançou, pulou e se emocionou ao cantar seus sucessos, mas o ponto alto desse show, sem dúvidas, foi quando ela saiu do óbvio e cantou músicas não tão conhecidas pelo grande público. Wanessa cantou músicas de todas as fases, e conseguiu trazer uma nostalgia boa para quem a assistia.

Vendo o repertório de pouco mais de 30 músicas, podemos perceber que Wanessa é romântica desde que surgiu, contrariando aqueles que insistem em dizer ao contrário, e apesar do deslize que foi apostar no sertanejo após a era DNA, ainda assim não foi um projeto que saiu totalmente do que a cantora já tinha mostrado anteriormente. Eu sempre gosto de citar esse trabalho pois muitos fãs - e a mídia - a crucificaram depois dele, por tanto, Wanessa Camargo é muito mais que isso e merece ser vista de novo.

LoucaUm dia... Meu Primeiro AmorNada Sem o Seu AmorDesiste NãoComo Dizer ao CoraçãoApareceu VocêChamar AtençãoVivo por Mim Tanta Saudade foram algumas das músicas que emocionaram e mostraram a versatilidade da cantora. Ao sair do óbvio, Wanessa prova que os artistas não precisam se apegar apenas aos sucessos, eles podem muito bem montar uma live - ou até mesmo um show - que saia do habitual. Foi incrível assistir sem saber qual seria a próxima música, mas infelizmente não é sempre que isso acontece.

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