Vitor Kley foge de sua zona de conforto em A Bolha, seu novo álbum de estúdio
A trajetória do negro no audiovisual e suas implicações
Kell Smith renova o som em O Velho e Bom Novo, álbum que fala sobre ser humano
"Será
que as pessoas conseguem prestar atenção nas letras das músicas no meio de
tanta correria? Espero que sim!", e assim Kell Smith inicia Seja Gentil, faixa que abre a primeira parte de seu segundo álbum de
estúdio, O Velho e Bom
Novo, sucessor do Girassol (2018), e primeiro longe das mãos de Rick Bonadio.
O Velho e Bom Novo nos mostra uma Kell inspirada e falando sobre temas atuais, como ela sempre fez,
mas de uma maneira mais diversificada. Nessa primeira parte temos temas como a
depressão, o luto e óbvio, o amor.
Vulnerável e Eu Vou
Conseguir tratam do mesmo assunto de maneiras diferentes. Faixas que
falam sobre as fraquezas do ser humano de uma maneira bem tocante e real. As
faixas são o ponto forte do álbum junto com Camomila, que vai na
contramão, assim como Seja Gentil, sendo as únicas mais animadas do álbum, por
tanto, ainda falando a mesma língua das anteriores. Camomila é sobre a
dificuldade de não surtar em uma época tão difícil como a que vivemos - a
digital - a faixa é um momento bem gostosinho do álbum, o respiro que ele
precisava.
O Velho e Bom Novo é só a primeira parte do álbum completo, e com
composições tão inspiradas e uma produção caprichosa, a segunda parte será
aguardada com altas expectativas, e acompanhando o trabalho da artista sei que
também é alta a chance de eu não me decepcionar.
Dead to Me consegue manter o público vidrado em sua segunda temporada
Após uma primeira temporada incrível, era
imprevisível o que a segunda temporada de Dead to Me nos
traria. A verdade é que série voltou ainda mais encantadora em sua segunda
temporada, desenvolvendo muito bem a amizade de Jen e Judy e
todo o caos que as mantém unida.
Um dos pontos altos
da temporada de estreia, a relação das duas personagens continua sendo muito
boa de assistir. Misturando drama e comédia, os roteiristas conseguiram trazer
novamente tudo o que conquistou o público no ano passado e fazendo tudo se
tornar ainda mais interessante.
Ligadas por um
crime, é interessante ver como as duas protagonistas tentam lidar com a dor de
perder quem ama. Judy, é aquela personagem que não conseguimos
odiar de jeito nenhum. Uma mulher sofrida que tem que lidar com a morte do
homem que ama por se sentir culpada pelo que fez com o esposo da amiga.
Wanessa Camargo foge do habitual e faz uma das melhores lives da quarentena
Wanessa Camargo completa 20 anos de carreira neste ano de 2020. Uma carreira de altos e baixos, por tanto, é inegável a lista de sucessos que fazem parte dessa história e também da história de milhares de fãs.
Em sua live, Wanessa se mostrou como sempre foi: uma mulher bem moleca e que não gosta muito de seguir o roteiro. Ela dançou, pulou e se emocionou ao cantar seus sucessos, mas o ponto alto desse show, sem dúvidas, foi quando ela saiu do óbvio e cantou músicas não tão conhecidas pelo grande público. Wanessa cantou músicas de todas as fases, e conseguiu trazer uma nostalgia boa para quem a assistia.
Vendo o repertório de pouco mais de 30 músicas, podemos perceber que Wanessa é romântica desde que surgiu, contrariando aqueles que insistem em dizer ao contrário, e apesar do deslize que foi apostar no sertanejo após a era DNA, ainda assim não foi um projeto que saiu totalmente do que a cantora já tinha mostrado anteriormente. Eu sempre gosto de citar esse trabalho pois muitos fãs - e a mídia - a crucificaram depois dele, por tanto, Wanessa Camargo é muito mais que isso e merece ser vista de novo.
Louca, Um dia... Meu Primeiro Amor, Nada Sem o Seu Amor, Desiste Não, Como Dizer ao Coração, Apareceu Você, Chamar Atenção, Vivo por Mim e Tanta Saudade foram algumas das músicas que emocionaram e mostraram a versatilidade da cantora. Ao sair do óbvio, Wanessa prova que os artistas não precisam se apegar apenas aos sucessos, eles podem muito bem montar uma live - ou até mesmo um show - que saia do habitual. Foi incrível assistir sem saber qual seria a próxima música, mas infelizmente não é sempre que isso acontece.
Vigésima temporada do Big Brother Brasil se consagra como uma das melhores na história do reality
São vinte temporadas, mas essa foi a primeira que o elenco foi mesclado entre famosos e anônimos. Depois de temporadas que deixaram a desejar em diversos sentidos, o Big Brother Brasil 20 acertou e se consagrou como uma das melhores temporadas na história do reality, lançado em 2002.
Se ao ser divulgado que teríamos famosos a primeira sensação foi de receio, isso passou logo depois que o programa estreou. Separados por um muro, famosos e anônimos conversavam e tentavam criar afinidades. O muro caiu e muita coisa rolou nos últimos 98 dias. O sucesso foi tanto que a temporada se tornou a mais duradoura e foi esticada mais alguns dias.
Como Tiago disse no último paredão, a temporada foi dividida entre meninas fortes que lutavam por igualdade, e garotos que se perderam entre falas machistas. E também tivemos Babu, forte personalidade que entrou para conquistar o público com toda a sua história e vontade de se tornar uma pessoa melhor. Das garotas, Manu Gavassi reacendeu aos olhos do público e sai da casa sem saber da dimensão que seu nome se tornou. Thelma é uma guerreira e mostrou sua história de resistência. Rafa conquistou com seu jeito calmo, mas que jamais se calou ao ver alguma injustiça. Assim como tivemos outras personalidades que fizeram história nessa temporada, seja positivamente ou negativamente. Né Prior?
A verdade é que a vigésima temporada do Big Brother Brasil foi puro entretenimento. Vivemos esses três meses intensamente, e vamos sentir saudades das tretas desse elenco, onde até mesmo a planta da casa teve seu momento de brilhar. E torcer para que tenhamos uma temporada tão boa quanto essa no próximo ano.
E sobre a vencedora: as três têm meu coração. VIVA!
Honestamente marca início de uma nova fase para Tais Alvarenga
Em uma mensagem nas redes sociais, Tais Alvarenga pegou todos os fãs de surpresa ao anunciar mudança no nome artístico. Agora ALVA, a artista anunciou junto da mudança o lançamento de Honestamente, o primeiro single de seu segundo álbum. O trabalho marca uma nova fase na carreira da artista como deixou claro em post no instagram.
"Somos muitos em uma vida. Às vezes ser fiel a si é se tornar outro. Abrir mão do que já se tem pra dar espaço à uma nova era. Obrigada aos amores que me acompanharam até aqui, com suas histórias sobre verdade e nobreza, recebendo minha arte com tanta generosidade. Entre intensidades e saudades, me inspiraram a atravessar furacões inteiros, foi um sonho. A "Tais Alvarenga" dá espaço para a "ALVA". Que ela consiga entregar o mais puro do meu eu de agora.", foi assim que ALVA falou sobre as mudanças e o que isso representava em sua arte, e analisando melhor seu novo trabalho, podemos entender que isso fez muito bem para ela, e que apesar da mudança, ainda podemos ver alguns resquícios de Tais Alvarenga lá, afinal, ela faz parte desse processo.
Honestamente ainda fala sobre amor e intensidade, assim como foi Coração Só, primeiro álbum da artista, por tanto, com uma linguagem mais pop e menos cult. O som que ALVA faz pode vir a conquistar outro tipo de público que talvez não tivesse pronto para a poesia de Tais Alvarenga, e o público que se apaixonou pela poesia de Tais Alvarenga, com certeza não irá se sentir abandonado por ALVA.
Karin Hils exala originalidade em Fogo e Pra Você Ficar, singles distintos que são o início de sua carreira solo
Após o fim definitivo do Rouge, Karin Hils vem apostando em sua carreira solo. Pouco mais de dois meses do lançamento de Fogo, faixa pop pouco sedutora que deu pontapé inicial na discografia solo, Karin apresenta Pra Você Ficar, faixa que vai na contramão do single anterior.
Apesar de serem músicas distintas, as duas faixas exalam originalidade e a identidade da artista. A gente já podia ver um pouco disso no grupo, mas agora temos a visão de uma artista solo com fome de arte. A faixa tem uma forte referência da música Soul, R&B e Jazz, algo que faz parte da carreira de Karin desde o início, inclusive, Pra Você Ficar, tem uma vibe meio musical - algo que Karin faz muito.
É isto, Pra Você Ficar e Fogo são distintas, mas apresentam um início promissor na carreira de Karin Hils. São faixas que mostram a potência vocal da artista e sua versatilidade. Aguardo ansiosamente os próximos projetos.
Antes tarde do que nunca! Público (re)descobre Manu Gavassi na vigésima edição do BBB
Desde que foi anunciada na vigésima
edição do Big Brother Brasil, Manu Gavassi vem chamando atenção da mídia e dos
haters. Tem quem diga, que a cantora e atriz de 27 anos, é forçada e faz tudo
para aparecer. Vamos aos fatos?
Manoela Gavassi se tornou uma febre entre os adolescentes há mais de dez
anos quando cantava Garoto Errado. Quem acompanha Manu nas redes sociais, sabe
bem que ela é extremamente desse jeito e morre de vergonha até de gravar
stories na rua. Imagina como deve estar se sentindo dentro de uma casa
com trezentas câmeras?
Foi ela mesmo quem disse que, estar
no Big Brother Brasil, seria uma loucura que jamais imaginou fazer. Além de
que, deixar vídeos gravados ironizando sua participação, foi uma ideia de
gênio. O que também não chega a ser surpresa para os que a acompanham, sabendo
que ela sempre foi muito criativa e sempre presenteou seus fãs com trabalhos de
muita qualidade, principalmente depois que assumiu o controle de suas criações.
O Big Brother Brasil serviu para o público (re)descobrir Manu Gavassi.
Seja como cantora, digital influencer ou a rainha dos memes. E isso é muito
bom, já que muitos desses tinham certo pré-conceito com a imagem da artista que
começou cantando as sofrências de nossa adolescência.
Sex Education | 2ª temporada
Após uma primeira temporada muito boa, Sex Education voltou para se firmar como uma das melhores séries da Netflix.
Os personagens que amamos estão de volta e também somos apresentados a alguns novos. A segunda temporada soube dividir muito bem os arcos e desenvolver todos os personagens, tendo espaço para todos brilharem em determinado momento.
Mesmo sendo o protagonista, Otis tem uma trama apenas ok. Eu poderia julgá-lo por suas atitudes em diversos momentos, mas estamos falando de um adolescente de dezesseis anos e isso é normal. Os melhores momentos do personagem são quando está com Eric e Jean, sua mãe.
Jean, por sua vez, continua sendo um dos pontos altos da série. Achei incrível ver outros nuances da personagem. E realmente espero para ver como será desenvolvida essa história de gravidez em uma - quase certa - terceira temporada.
Eric continua sendo o destaque da série, e nessa temporada temos a inclusão de Rahim, personagem fofo que se interessa pelo personagem desde quando chega na escola. Tudo seria perfeito se Eric não fosse apaixonado pelo problemático Adam, personagem esse que divide opiniões entre os fãs da série.
Por tanto, se analisarmos a situação de Adam, ele não teria como ser diferente. Com uma família instável, o personagem usava a imagem de valentão para esconder todas as suas dores internas e o fato de nunca ter recebido amor do pai. A cena em que Ola lhe chama de amigo, deixa evidente isso.
Até entenderia a rejeição pelo personagem se ele continuasse repetindo os mesmos erros, mas a partir do momento em que vemos o esforço de uma pessoa para mudar, devemos dar uma chance a ela se for isso que queremos. E apesar de sofrer por Rahim, nós sabíamos que Eric não o amava.
Foi uma temporada importante para Maeve, uma das personagens mais sofridas da série. Confesso que não esperava um final tão dramático, mas infelizmente vício é assim. Acredito que ela tenha feito a coisa certa para proteger sua irmã, mas ainda assim, acho que deveria ter conversado com sua mãe antes já que estavam mais próximas.
A série não perdeu a essência e fez rir, mas também debateu assuntos bem importantes como o assédio, através de Aimee. Após a cena do assédio, as cenas que vieram depois eram angustiantes e tristes, como a que a personagem não subia no ônibus e preferia ir andando para a escola. Jackson também foi um personagem que se desenvolveu muito bem e sua aproximação com Viv fez muito bem para o personagem.
Apesar dos plots em aberto, a segunda temporada terminou redonda. Isaac, um personagem do qual eu adorava, tomou uma atitude que deve sujar a sua imagem diante do público, por tanto, acho que ele irá acabar abrindo o jogo com Maeve. Não sou fã da ideia de juntar Otis com a personagem, mas nem tudo é como a gente quer. Só espero que na próxima temporada, os roteiristas não fiquem enrolando esse plot por mais oito episódios, e deixarem seu desfecho como gancho para uma possível quarta temporada.
Série brasileira da Netflix, 'Ninguém Tá Olhando' vale a maratona
Comecei a assistir Ninguém Tá
Olhando sem nenhuma expectativa, por tanto, fui surpreendido pela qualidade
da série dirigida por Daniel Rezende.
Antes de falar sobre o elenco, gostaria de falar do
enredo. A trama que fala sobre os angelus, que não é nada mais que
anjos da guarda, tem um texto incrível, usando o humor ácido para debater temas
um pouco complexos. Esse é o ponto alto da série, que tem episódios de curta
duração, o que faz o show não se tornar cansativo.
Além do enredo, nada seria possível se o elenco não
estivesse à altura. Muito se falou de Ninguém Tá Olhando ser a
série da Kéfera, mas quem rouba a cena é Júlia Rabello.
Sua personagem, Greta, é o ponto alto da série, a atriz já tinha roubado a cena
em Shippados, mas aqui rouba a atenção para si.
Ainda sem uma segunda temporada confirmada, a série
vale a maratona e nos faz gargalhar. Após algumas séries que deixaram à
desejar, a Netflix acertou em mais uma produção brasileira.
Vamos torcer para que 2020, seja ainda melhor - e que Ninguém Tá
Olhando, tenha uma segunda temporada.
Bebendo da fonte de Manoel Carlos, 'Amor de Mãe' emociona e atrizes brilham em sua primeira semana
Em seus primeiros capítulos, Amor de Mãe apresentou personagens humanos com histórias entrelaçadas, fazendo com que a experiência de assistir à trama seja ainda mais incrível.
Autora de Justiça, a autora também bebe
da fórmula que deu certo na série para a novela. As histórias vão se
entrelaçando, ainda que personagens não conversem entre si, eles estão no mesmo
ambiente. O plano sequência do primeiro capítulo foi um show à parte e deixou
isso bem evidente.
Os destaques desse
início promissor são Regina Casé, Adriana Esteves, Taís
Araújo, Jéssica Ellen e Malu Galli. Todas as
três com papéis dramáticos, e conseguindo passar toda a dor das personagens em
cenas bem difíceis. Vale a menção para Lucy Alves, a Lourdes mais
jovem. A atriz merece uma protagonista, talento já mostrou que tem.