Sex Education | 2ª temporada

Após uma primeira temporada muito boa, Sex Education voltou para se firmar como uma das melhores séries da Netflix.

Os personagens que amamos estão de volta e também somos apresentados a alguns novos. A segunda temporada soube dividir muito bem os arcos e desenvolver todos os personagens, tendo espaço para todos brilharem em determinado momento.

Mesmo sendo o protagonista, Otis tem uma trama apenas ok. Eu poderia julgá-lo por suas atitudes em diversos momentos, mas estamos falando de um adolescente de dezesseis anos e isso é normal. Os melhores momentos do personagem são quando está com Eric Jean, sua mãe.

Jean, por sua vez, continua sendo um dos pontos altos da série. Achei incrível ver outros nuances da personagem. E realmente espero para ver como será desenvolvida essa história de gravidez em uma - quase certa - terceira temporada.

Eric continua sendo o destaque da série, e nessa temporada temos a inclusão de Rahim, personagem fofo que se interessa pelo personagem desde quando chega na escola. Tudo seria perfeito se Eric não fosse apaixonado pelo problemático Adam, personagem esse que divide opiniões entre os fãs da série.

Por tanto, se analisarmos a situação de Adam, ele não teria como ser diferente. Com uma família instável, o personagem usava a imagem de valentão para esconder todas as suas dores internas e o fato de nunca ter recebido amor do pai. A cena em que Ola lhe chama de amigo, deixa evidente isso.

Até entenderia a rejeição pelo personagem se ele continuasse repetindo os mesmos erros, mas a partir do momento em que vemos o esforço de uma pessoa para mudar, devemos dar uma chance a ela se for isso que queremos. E apesar de sofrer por Rahim, nós sabíamos que Eric não o amava.

Foi uma temporada importante para Maeve, uma das personagens mais sofridas da série. Confesso que não esperava um final tão dramático, mas infelizmente vício é assim. Acredito que ela tenha feito a coisa certa para proteger sua irmã, mas ainda assim, acho que deveria ter conversado com sua mãe antes já que estavam mais próximas.

A série não perdeu a essência e fez rir, mas também debateu assuntos bem importantes como o assédio, através de Aimee. Após a cena do assédio, as cenas que vieram depois eram angustiantes e tristes, como a que a personagem não subia no ônibus e preferia ir andando para a escola. Jackson também foi um personagem que se desenvolveu muito bem e sua aproximação com Viv fez muito bem para o personagem.

Apesar dos plots em aberto, a segunda temporada terminou redonda. Isaac, um personagem do qual eu adorava, tomou uma atitude que deve sujar a sua imagem diante do público, por tanto, acho que ele irá acabar abrindo o jogo com Maeve. Não sou fã da ideia de juntar Otis com a personagem, mas nem tudo é como a gente quer. Só espero que na próxima temporada, os roteiristas não fiquem enrolando esse plot por mais oito episódios, e deixarem seu desfecho como gancho para uma possível quarta temporada.

Série brasileira da Netflix, 'Ninguém Tá Olhando' vale a maratona

 


Comecei a assistir Ninguém Tá Olhando sem nenhuma expectativa, por tanto, fui surpreendido pela qualidade da série dirigida por Daniel Rezende.

Antes de falar sobre o elenco, gostaria de falar do enredo. A trama que fala sobre os angelus, que não é nada mais que anjos da guarda, tem um texto incrível, usando o humor ácido para debater temas um pouco complexos. Esse é o ponto alto da série, que tem episódios de curta duração, o que faz o show não se tornar cansativo.

Além do enredo, nada seria possível se o elenco não estivesse à altura. Muito se falou de Ninguém Tá Olhando ser a série da Kéfera, mas quem rouba a cena é Júlia Rabello. Sua personagem, Greta, é o ponto alto da série, a atriz já tinha roubado a cena em Shippados, mas aqui rouba a atenção para si.

Ainda sem uma segunda temporada confirmada, a série vale a maratona e nos faz gargalhar. Após algumas séries que deixaram à desejar, a Netflix acertou em mais uma produção brasileira. Vamos torcer para que 2020, seja ainda melhor - e que Ninguém Tá Olhando, tenha uma segunda temporada.

Bebendo da fonte de Manoel Carlos, 'Amor de Mãe' emociona e atrizes brilham em sua primeira semana


Em seus primeiros capítulos, Amor de Mãe apresentou personagens humanos com histórias entrelaçadas, fazendo com que a experiência de assistir à trama seja ainda mais incrível.

Autora de Justiça, a autora também bebe da fórmula que deu certo na série para a novela. As histórias vão se entrelaçando, ainda que personagens não conversem entre si, eles estão no mesmo ambiente. O plano sequência do primeiro capítulo foi um show à parte e deixou isso bem evidente.

Os destaques desse início promissor são Regina CaséAdriana EstevesTaís AraújoJéssica Ellen e Malu Galli. Todas as três com papéis dramáticos, e conseguindo passar toda a dor das personagens em cenas bem difíceis. Vale a menção para Lucy Alves, a Lourdes mais jovem. A atriz merece uma protagonista, talento já mostrou que tem.

Fratura | Crítica

 


Fratura, filme da Netflix, é um suspense que honra o gênero e te deixa aflito do início ao fim. Quando Ray (Sam Worthington) e a família viajam, e um acidente interrompe essa viagem, entramos em um universo em que não sabemos se tudo não passa da imaginação do protagonista ou realmente tem algo de muito errado no hospital em que ele procura ajuda para a sua filha.

Nas quase duas horas de filme, conseguimos ter diferentes opiniões sobre o que realmente aconteceu, por tanto, nunca conseguimos ter uma certeza. E é isso que nos faz querer devorar o final do filme o quanto antes, por tanto, a experiência que nos leva ao desfecho é muito torturante, em um bom sentido.

Sam Worthington merece uma menção pelo seu ótimo trabalho. Conseguimos sentir toda a dor do personagem ao perceber que a filha e a esposa sumiram, e também ao relembrar a tragédia do passado que matou sua primeira esposa. Tanto nas cenas dramáticas quanto nas de ação, o ator conseguiu se superar e entregar um ótimo trabalho.

Apesar de o desfecho ser algo que já tinha passado pela minha cabeça, ainda assim foi uma surpresa por todo o caminho que os roteiristas conseguiram traçar até ali. De longe, um dos melhores filmes da plataforma de streaming.

Jão se entrega ao público em show intenso da turnê 'Anti-Herói'

 


Jão sempre disse que fazer show era a melhor parte da vida de cantor, e apesar da turnê Lobos ser incrível, foi na turnê do álbum Anti-Herói, que percebemos o quanto o cantor está entregue ao público que lhe acompanha.

Eu não quero dizer que em sua primeira turnê o cantor não estava entregue, o que eu quero dizer é que a atual turnê mostra um Jão mais seguro de si, dominando o palco e nos entregando um show intenso, sem defeitos e onde uma hora parece que foi dez minutos.

Pois é, foi assim que eu me senti em Porto Alegre, quando Jão apresentou a turnê Anti-Herói com casa lotada no Opinião. Apesar de cantar sucessos como Ainda Te Amo e Vou Morrer Sozinho, o repertório do segundo álbum se sobressai, principalmente em faixas como Triste Pra SempreBarcelona Essa Eu Fiz Pro Nosso Amor.

Aliás, a canção :( (nota de voz 8), é um dos grandes momentos do show. Sentado, Jão canta com um coro lindo, seguido da versão acústica de Imaturo, faixa que, como o próprio diz, foi o início de tudo.

Se fosse para apontar um ponto negativo, digo que a base em VSF foi anticlímax. Sendo uma das minhas faixas favoritas, me senti frustrado no momento do refrão onde ele pedia pro público cantar, sua voz aparecer no fundo. Por tanto, nada que tire o brilho desse show que mostra um artista em ascensão e que tem muita estrada pela frente.

Looking for Alaska | Primeiras Impressões

 


Primeiro, nunca li o livro e sei muito pouco da história, então para mim, é tudo novo - e não poderia ter sido melhor. O texto é um dos pontos altos desse primeiro episódio, e os atores também tem uma química incrível.

Já nesse primeiro episódio conseguimos torcer pelo grupo de amigos comandado por Chip, mais conhecido como o Coronel. Personagem esse que já chama a atenção desde a primeira aparição no episódio, e que apesar da aproximação rápida que teve com o protagonista, nada pareceu forçado.


Alaska é aquela personagem com uma personalidade forte e que mostra ao adolescente comum, nesse caso o protagonista, o que é ser um adolescente. Achei a personagem misteriosa e muito bem construída, quero muito saber mais sobre sua vida.


O episódio intitulado Famous Last Words, serviu para nos apresentar os personagens, os dramas e também o que nos reserva mais pra frente. O texto, como falei anteriormente, é incrível. Cada referência era um suspiro que eu dava. Espero que a série continue me surpreendendo, pois esse primeiro episódio me pegou de jeito.

Em sua segunda temporada, 'Legacies' continua insistindo em monstros que tiram toda sua credibilidade

Legacies começou sua segunda temporada repetindo alguns erros da temporada passada.

Após pular em MalivoreHope é esquecida por todos. Era óbvio que ela não iria ficar presa por muito tempo, e foi bem criativa a forma como os roteiristas fizeram a garota ser expulsa do poço, por tanto, mesmo voltando para Mystic Falls, ela continua esquecida por todos.

Apesar de entreter, assim como a primeira temporada, a segunda peca ao continuar apostando em monstros que tiram toda a credibilidade da história, e a fazem parecer uma série tosca, e que de nada honra o legado de The Vampire Diaries e The Originals.

A série ainda pode se tornar algo muito agradável, é só desistirem dos monstros e focarem em bruxas, vampiros e tudo o que já estávamos acostumados nas séries anteriores.

Jão segue um caminho distinto do primeiro álbum e cresce como artista em 'Anti-Herói', seu segundo álbum


Jão já mostrou todo seu talento com o LOBOS, seu primeiro álbum lançado há pouco mais de um ano. Agora, com Anti-Herói, o cantor passou pelo teste do segundo álbum e nos entregou mais um trabalho muito bem produzido e inspirado.

De referência do primeiro álbum, não pensem em músicas tão comerciais quanto Imaturo e Eu Vou Morrer Sozinho, mas pensem em músicas tão verdadeiras quanto Ainda Te Amo e Eu Quero Ser Como Você.

Anti-Herói me conquistou desde a primeira faixa, e com ela, Jão já mostrou seguir um caminho bem diferente do trabalho anterior. Cantando sobre a péssima fase em que vive após um fim de relacionamento doloroso, Jão canta um pouquinho de cada um nas 10 faixas que compõe o álbum, algo não muito diferente do LOBOS, por tanto, apostando um pouquinho mais na sofrência.

Enquanto Me Beija, uma das melhores composições de Jão, VSF, A Última Noite, Triste Pra Sempre e Essa Eu Fiz Pro Nosso Amor mostram o quanto Jão conseguiu amadurecer como compositor nesse ano que passou, e trazer composições com um melhor acabamento.

Sempre pensando no público como uma segunda voz, VSF, uma das melhores do álbum, é o exemplo perfeito de faixa feita pra arrepiar em uma performance ao vivo. Jão, após um álbum perfeito como o LOBOS, tinha a difícil missão de entregar um trabalho à altura, e essa missão está mais que cumprida. Anti-Herói, com certeza, é um dos melhores lançamentos do ano.


A ótima 'Enquanto Me Beija' nos prepara para 'Anti-Herói', álbum de Jão que fala sobre o amor - no sentido mais cruel da palavra


Esquece o pop de
 Louquinho, single anterior de Jão, e foca na sofrência de Enquanto Me Beija, primeiro single de Anti-Herói, o segundo álbum do artista com lançamento programado para a próxima sexta-feira.

Com um piano de fundo e um arranjo de cordas no final, Jão mostra que vai continuar trilhando um caminho autoral e muito verdadeiro, assim como foi em Lobos, seu debut.

Com uma letra forte, Jão mostra o quanto vem amadurecendo como cantor e compositor, e nessa primeira amostra de seu novo trabalho, o artista deixa claro que não estava brincando quando falou que Anti-Herói era um álbum sobre amor no sentido mais cruel da palavra.

Artista em ascensão, se o álbum manter o nível desse primeiro single, Jão deve entregar mais um álbum de qualidade, mostrando que nem só de pop genérico se vive o público jovem.

Wanessa Camargo lança a belíssima 'Vou Lembrar', sua nova música de trabalho


Após apostar no sertanejo e voltar ao pop com Mulher Gato e LOKO!, Wanessa Camargo pode dizer que voltou às origens só agora.

Vou Lembrar, música autoral que lançou na última sexta-feira, lembra muito do que Wanessa e outros artistas faziam no início dos anos 2000.O single valoriza muito o lindo vocal da artista, e tem uma produção rica. O refrão é bem pegajoso e fica na cabeça.

Vou Lembrar não chega a ter uma sonoridade tão diferente do último álbum de estúdio da artista, o criticado 33. 33 foi um álbum vendido como sertanejo, por tanto, tem músicas que tem a mesma vibe do início da cerreira de Wanessa, e essas músicas são assinadas pela própria artista como a belíssima Agora Eu Sei.

Apesar de ter sido uma decisão ruim trilhar o caminho da sofrência, de alguma forma a essência de Wanessa estava lá. E hoje, alguns anos depois, com Vou Lembrar, ela deixa claro o som que estava tentando entregar desde aquela época - apesar de ter investido no pop em 2018, como uma forma de satisfazer seu público sedento pelo bate cabelo que ela fazia em meados de 2010.

Manu Gavassi foge do óbvio com o EP 'Cute But (still) Psycho'


Quem ouve o nome de Manu Gavassi e lembra de Garoto Errado ou Planos Impossíveis, chegou a hora de se atualizar e ir ouvir os últimos lançamentos da cantora.

Após apresentar trabalho pouco inspirado em MANU (2017), a cantora decidiu fazer música sem visar ser um grande sucesso do mercado atual. Ainda fazendo música pop, mas de uma forma mais original, Manu Gavassi já tinha mostrado no EP Cut But Psycho um outro lado, apresentando uma de suas melhores músicas da carreira, Sim, é sobre você, faixa inspirada composta pela artista sobre um amor do passado.

Nove meses depois, ela lança Cute But (still) Psycho, uma espécie de continuação do trabalho lançado em dezembro. Produzido por Lucas Silveira (Fresno), nesse EP fica ainda mais visível o quanto a cantora está buscando entregar um trabalho com a sua identidade, sem apostar em fórmulas e batidas que estão em evidência no mercado - como fez em seu último álbum de estúdio.

Faixa que abre o álbum, Música Secreta parece ser uma música autobiográfica em um nível mais elevado que as demais do projeto. Falando sobre a dificuldade de lidar com seus sentimentos por ser intensa, Manu entregou uma de suas melhores composições.

"Eu só queria... controlar os meus impulsos, ser menos visceral/ Fazer mais sentido, me faria menos mal/Eu só queria ser normal, sem ser clichê...", esse verso de Áudio de Desculpas, prova que Manu decidiu seguir um caminho em Cut But (still) Psycho, e falar um pouco de sua intensidade e sobre o quanto isso reflete em sua vida pessoal e amorosa.

Assim como no EP anterior, Manu Gavassi fecha esse trabalho falando sobre um amor do passado. Conectados, tanto nas composições quanto no conceito, os dois trabalhos mostram o quanto a cantora buscou amadurecer seu som sem deixar de falar sobre seus sentimentos.


'Hoje Eu Quero Voltar Sozinho', um filme delicado e romântico


De Daniel Ribeiro, Hoje Eu Quero Voltar Sozinho conta a história de Leonardo (Guilherme Lobo), um jovem com deficiência visual que precisa lidar com a superproteção de seus pais, e também com os próprios desejos.

Uma história que fala sobre a descoberta do amor, já que Leonardo vê sua vida mudar ao ter seu caminho esbarrado com o de Gabriel (Fábio Audi), o que acarreta em uma amizade que acaba se tornando algo à mais.

Diferente da maioria dos filmes que contam a história de um amor homoafetivoHoje Eu Quero Voltar Sozinho nunca usou desse termo para criar buzz ou chamar atenção, ele simplesmente conta a história de amor entre dois jovens, como tantos outros filmes, e talvez por isso, tenha conquistado até aquele público mais conservador.

Baseado no curta metragem Hoje Eu Não Quero Voltar Sozinho, o longa foi lançado em 2014. E ainda assim, depois de tantos anos, consigo me emocionar como se fosse a primeira vez que estivesse assistindo.

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