O Tempo é Agora para Anavitória



Desde quando explodiram no cenário musical ao serem descobertas por Tiago Iorc, o duo Anavitória, vem surpreendendo a cada lançamento. O Tempo é Agora, segundo álbum de estúdio das cantoras, foi lançado de surpresa e mostra que o sucesso deve continuar com esse álbum delicado, mas que mostra um amadurecimento em relação ao trabalho anterior.
Vitória Falcão e Ana Caetano continuam cantando o amor, mas diferente do amor tranquilo que elas cantavam no primeiro álbum, nesse o amor machuca, e isso fica explícito em versos como “Teu olho despencou de mim/ Não reconheço a tua voz/ Não sei mais te chamar de amor/ Não ouvirão falar de nós…”, além de transitarem em outros ritmos, deixando um pouco a voz e violão de lado.
Além da produção caprichada, as composições estão lindas e Ana Caetano se mostra uma das melhores de sua geração. OutróriaDói Sem TantoCalendárioPorque Eu Te AmoCecília e Preta são o ponto alto do álbum O Tempo é Agora. Para completar, a sintonia das garotas torna tudo muito verdadeiro e com isso conseguem deixar sua marca em um mercado tomado pelo sertanejo e funk. E a gente agradece!

O ótimo debut de Jão

 


A carreira de Jão começou quando o jovem cantor começou a divulgar covers na internet e chamar a atenção do público, conquistado uma fase sólida de fãs. 
Após ser contratado da Universal Music e lançar seus dois primeiros singles, Ressaca e Álcool, demorou oito meses até que Lobos fosse para o mundo – como ele mesmo costuma dizer
Lobos é um álbum pop e Jão consegue deixar sua identidade explícita em todas as faixas. Com referências da música afro, sertaneja e até do tecno brega, o cantor consegue trazer um certo frescor ao mundo pop e sair do óbvio.
O álbum fala sobre relacionamentos e frustrações. Uma das surpresas é Me Beija com Raiva e a torcida para que a mesma seja single é grande. Lindo Demais é uma das faixas que mais apresentam referências da música pop, grata surpresa e os vocais idem. Monstros é a faixa que fecha o álbum e uma das mais lindas. “Sempre me acharam louco, por querer ser mais um pouco/ Sei que eu tenho os meus monstros, mas continuo à caminhar/ Vou mostrar todas as cosias que vocês não deram valor/ Que nunca esperaram ver desse menino do interior…”Jão repete esses versos mais de uma vez e é assim que o jovem, sonhador e promissor cantor termina o seu primeiro álbum. Mas não sem deixar o gostinho de quero mais.
Minhas faixas favoritas: A Rua; Vou Morrer Sozinho; Me Beija com Raiva; Imaturo; Monstros.

O Tempo Não Para é, sem dúvidas, a melhor novela no ar


O Tempo Não Para era uma incógnita, mas desde que estreou vem conquistando cada vez mais o público. A história dos congelados se mostrou uma grata surpresa e o autor vem sendo muito feliz na construção dos personagens.

Desde o primeiro capítulo nos apaixonamos por Marocas (Juliana Paiva) e Dom Sabino (Edson Celulari), enquanto os outros personagens iam entrando de acordo com o andamento da história. A química entre Nicolas Prattes e Juliana Paiva é evidente e os atores estão muito bem. Apesar de não convencer como um importante empresário por conta de sua pouca idade, Nicolas cumpre bem o papel de protagonista. Christiane Torloni vem chamando a atenção e é uma das melhores personagens da trama junto com Dom SabinoEdson Celulari vive o seu melhor momento na televisão.
A novela está no início, mas com Samuca descobrindo que a sua empresa foi construída em cima das terras de Dom Sabino, mostra que o autor tem cartas na manga para manter o público interessado na trama até janeiro. 
O texto e a direção são outros pontos positivos, assim como a trilha sonora. Muitas vezes o autor usa a história central para fazer uma crítica social sem tornar o texto didático e isso é ótimo!
Enfim, O Tempo Não Para não é uma novela para ser levada a sério. É uma novela para você assistir e se deliciar com as histórias, romances e descobertas dos personagens. 

O Tempo Não Para faz ótima estreia com capítulo ágil e divertido


A sinopse de O Tempo Não Para me despertou uma curiosidade desde quando foi divulgada, mas confesso que me surpreendi do início ao fim com o capítulo de estreia da nova novela das sete da Rede Globo.

O primeiro bloco que apresentou a família Sabino Machado foi hilário. A sequência entre o riacho e o falso velório entreteram e divertiram. Desde a primeira cena vimos uma novela solar, colorida. Edson CelulariJuliana Paiva e Bruno Montaleone se sobressaíram e foram responsáveis pelos melhores momentos deste capítulo.

No segundo bloco tivemos a cena que antecedeu a passagem de tempo, sendo uma clara referência ao filme Titanic. A cena do naufrágio foi uma sucessão de acertos entre direção e atores. Os efeitos especiais foram dignos de uma produção americana e serve para mostrar que a Globo ainda preza pela qualidade.

A cena final em que mostra o primeiro encontro entre Marocas Samuca (Nicolas Prattes) deixou um gosto de quero mais. Muito mais! Talvez não pela cena em si, mas pelo resultado deste capítulo de estreia que com certeza despertou interesse em quem acompanhou. Cenas muito bem dirigidas, capítulo ágil e divertido fizeram dessa estreia, a melhor em muitos anos e deixa várias do horário nobre no chinelo.

Letícia Colin rouba o protagonismo de Segundo Sol

Após alguns capítulos bem mais ou menos, Segundo Sol teve um avanço significativo em sua trama central nesses últimos capítulos. Entre os dramas de Luzia (Giovanna Antonelli ótima), Beto Falcão (Emílio Dantas)Manu (Luisa Arraes) Ícaro (Chay Suede em seu melhor personagem), foi Rosa que acabou roubando o posto de protagonista da novela. Tudo isso não seria possível se Letícia Colin não estivesse incrível na pele da jovem prostituta.

Talvez João Emanuel Carneiro possa estar esperando a Copa passar para dar uma agitada na trama, mas nem mesmo as vilãs estão agindo desde que a segunda fase começou. Por enquanto, é tudo na promessa e se sabemos do que Laureta (Adriana Esteves) é capaz de fazer é por conta de ameaças, mas ação que é bom...

Rosa é quem dá gás para a trama central, ela corre atrás da verdade e bate de frente sem medo de Laureta. As duas personagens vem protagonizando as melhores cenas da novela e tem os melhores diálogos. 

Letícia Colin que já tinha brilhado em outras emissoras e recentemente roubou o protagonismo de Novo Mundo, novela das seis, está tendo a oportunidade de brilhar no horário nobre e está aproveitando muito bem a oportunidade. 


12 Monkeys termina de forma satisfatória e fechando todas as pontas soltas

12 Monkeys chegou ao fim após quatro temporadas falando sobre o fim do mundo, floresta vermelha e viagens no tempo.

A série que comecei a assistir sem nenhuma pretensão terminou melhor do que começou, ou seja, ela cumpriu sua função e conseguiu um feito que muitas séries não conseguem. A série é uma das melhores dos últimos tempos e durante todas as quatro temporadas surpreendeu com reviravoltas mirabolantes, mas que jamais fugiram da proposta da série, sempre se encaixando em sua mitologia e com tudo apresentado até então.

O último episódio nos deu todas as respostas que continuavam em aberto e tivemos momentos de ação, tensão, drama e romance. Não irei entrar em detalhes para não deixar spoiler, mas valeu muito a pena acompanhar a saga de James Cole, Cassandra Railly, Jennifer Goines e Katarina Jones. Posso afirmar que não teve nenhuma temporada que baixou o nível e a série sempre conseguiu entreter, nunca deixando a desejar, com destaque nessa última, em que os roteiristas nos fizeram relembrar momentos de toda essa jornada inesquecível e ainda fecharam tudo de uma forma épica. 

Os altos e baixos do primeiro mês de Segundo Sol



Segundo Sol estreou com uma primeira fase para ninguém botar defeito, mas desde que a a segunda fase começou parece que falta alguma coisa para a novela nos dar a mesma sensação do início. Beto Falcão virou um daqueles protagonistas chatos e que só sabem chorar. Emílio Dantas está muito bem, mas a trajetória do personagem não o ajuda em nada. E por isso, não chega a ser surpresa que o encontro de Luzia com Edgar tenha despertado uma torcida por parte do público. 

Luzia já é diferente, uma protagonista com força e que não fica pelos cantos chorando todas as tragédias de sua vida. Giovanna Antonelli está incrível no papel e cala a boca daqueles que a criticavam antes mesmo da trama estrear. É inegável a química que tem com Emílio, mas a atriz também mostrou química com Caco - mesmo sendo uma cena sem nenhuma pretensão.

A história central ao mesmo tempo que anda rápido, vai nos dando nos nervos. Manuela é uma personagem que começou me dando nos nervos, mas que após se aproximar de Ariela/Luzia, vem nos mostrando uma outra faceta. Enquanto Ícaro que começou como um personagem que o público torcia, vem irritando cada vez mais com suas atitudes. O conflito que tem com Valentim - sem saber que é seu irmão - nada me agrada. Por tanto, Chay Suede está muito bem no papel que o tirou da zona de conforto dos personagens anteriores. Dessa história, Rosa vem pegando o destaque para si. Letícia Colin de nada lembra a Leopoldina de Novo Mundo, tendo a chance de brilhar no horário nobre. Mas depois de jurar amor por Ícaro, aceitar namorar com Valentim sem mais nem menos, é de se estranhar. Qual é a da personagem? Apesar disso, torço muito por ela e acredito que ela será uma das que ajudarão Luzia.

As vilãs da história são os pontos altos da história. Deborah Secco está incrível como Karola, mas não podemos negar que a parte mais gostosa da história é LauretaAdriana Esteves vem brilhando desde o primeiro capítulo, sua personagem tem um dos melhores perfis da história e não deixa de ser a grande vilã, já que está por trás de praticamente todos os passos de Karola.

Falando dos vilões, a trama de Severo é um dos pontos altos da novela e vem crescendo consideravelmente, se tornando até mais interessante que a de Beto Falcão. O embate que o personagem teve com Laureta foi ótimo. Sem dúvidas é o melhor papel de Odilon Wagner em anos.

Enfim, Segundo Sol é uma ótima novela e com um texto de primeira, mas a trama central não é uma das mais convidativas - talvez por isso a audiência também estacionou - mas acredito que o autor tem cartas na manga e logo seremos surpreendidos. 

The Originals apresenta - até agora - temporada abaixo da média

 


Sou um dos que acompanham The Originals desde que estreou e sempre a defendi. Mesmo com alguns deslizes durante esses quase cinco anos, a série sempre apresentou uma história coerente e que agradou milhares de fãs pelo mundo.

A quarta temporada da série exibida no ano passado superou todas as anteriores, sem contar no finale que nos mostrou os irmãos Mikaelson sendo separados a fim de proteger a filha de KlausHope. O último episódio foi sentimento puro e daria muito bem para fechar a série com chave de ouro. Por tanto, a série foi renovada para uma nova temporada - a última - e junto com ela tivemos o anúncio que teríamos uma Hope já adolescente e que ela seria a protagonista de um spin-off à ser lançado.

O que isso tem a ver com a última temporada de The Originals? O que eu vi até o momento, como falei nas reviews dos quatro primeiros episódios, é que as coisas estavam acontecendo em marcha lenta. A gente ainda não sabia muito aonde os roteiristas queriam chegar, até que uma luz no fim do túnel apareceu e as esperanças se acenderam que nem tudo estava perdido.

Mas em um episódio recente, eis que temos uma morte. E essa morte estava sendo sentida por mim desde o primeiro episódio, até cheguei a comentar nos meus textos anteriores. Fiquei triste? Fiquei! Se eu já estava desanimado com essa última temporada, desanimei mais ainda agora. Parece que os roteiristas estão tomando algumas decisões equivocadas afim de meio que nos preparar para Legacies, que irá continuar, provavelmente, da onde essa última temporada terminar. Hope era muito amada na temporada anterior, mas tem tudo para terminar essa temporada sendo odiada. E não falo sobre o sentimento que tínhamos em relação ao Klaus em The Vampire Diaries, estou falando em ódio mesmo. Algo muito perigoso, já que será ela que irá protagonizar o spin-off

E isso não é ódio por terem matado uma personagem querida, mas sim pelo que a temporada mostrou até agora. Não existe a emoção que existia enquanto acompanhávamos as temporadas anteriores. Algo mudou. Em alguns momentos parece que estou assistindo outra série e não The Originals. E isso me faz temer o que nos reserva nos últimos episódios dessa série que vem traçando um destino nem um pouco esperado pelos telespectadores - e acho que a culpa é do ponto final que não será bem um ponto final. Será que não seria melhor terminar por aqui e dar um fim digno aos personagens que tanto nos apegamos?

Folhetim tradicional, Segundo Sol tem primeira semana ágil e promissora



Segundo Sol estreou com a missão de manter a alta audiência do horário, e apesar de ter perdido um pouco no decorrer da semana, a trama já se mostra superior se levar em consideração vários outros aspectos que não seja os números.

A saga de Clara terminou e agora estamos acompanhando a história de Luzia, que vê sua vida tranquila se transformar em um inferno quando se apaixona por Beto Falcão, que está se passando por Miguel após forjar sua própria morte. 

O que não faltou nos cinco primeiros capítulos foi agilidade. A trama que diferente das obras anteriores do autor no horário, não vem com a intenção de ser surpreendente. É um folhetim sem nada de novo, mas que o autor está sabendo contar de uma forma que agrada e faz o telespectador querer mais. 

Emílio Dantas e Giovanna Antonelli esbanjam química. E de nada o ator lembra seu último personagem, o Rubinho de A Força do Querer. Até mesmo o sotaque é perfeito. Deborah Secco vem despertando raiva em parte do público com as armações de Karola. A personagem é dissimulada e foi a responsável por todo o inferno na vida dos protagonistas, principalmente a tragédia que transformou Luzia em uma foragida. Deborah Secco voltou ao horário nobre em grande estilo e tem tudo para se tornar uma das grandes vilãs da teledramaturgia, e sem contar que a dobradinha com Adriana Esteves é o grande destaque desses primeiros capítulos. Se enganou quem achou que veria uma nova CarminhaLaureta é completamente diferente. A dupla vem agradando e a gente só pede muito mais cenas dessas duas ícones. 

O que não me agradou muito nesses primeiros capítulos foi Arlete Salles, que me parece pouco a vontade em cena e Vladimir Brichta, que não está me agradando como Remy. Não sei se é o personagem, mas parece que estou vendo o mesmo personagem do ator em Tapas e Beijos, só que assassino. Além de parecer muito com outros personagens do autor, Dodi de A Favorita e Max de Avenida Brasil. Só Laureta e Karola davam conta nas maldades. 

Enfim, é o início de uma novela de 155 capítulos. Tem muita história pela frente, e se for pela impressão desses primeiros capítulos, João Emanuel Carneiro está com fome de sucesso, agora é torcer para que a segunda fase seja tão boa quanto a primeira.

Divertida, colorida e com um elenco estrelar, assim foi a estreia de "Sangue Bom"

A tão esperada “Sangue Bom” estreou, e antes mesmo de estrear muitos já estavam dizendo que ela concorreria a “melhor novela do ano” e sim, todos nós sabemos do talento de Maria Adelaide Amaral, que é uma das melhores autoras da Globo, e Vincent Villari tem tudo pra chegar lá, sem contar o elenco de “Sangue Bom”, que é formado por grandes estrelas.

Giulia Gam no papel da perua Bárbara Ellen, se mostrou uma das melhores personagens nesse primeiro capítulo, e Isabelle Drummond está ótima no papel de Giane, e tem tudo pra conquistar nós, telespectadores, assim como aconteceu com sua personagem em “Cheias de Charme” e “Caras e Bocas”. Sophie Charlotte, até agora, é a grande estrela da novela, a verdadeira protagonista. Na primeira cena, confesso que achei ela um pouco acima do tom, mas já no segundo bloco eu vi que era só uma impressão. A atriz está ótima como Amora Campana, e eu já torço pelo casal Amora e Bento. Falando em Bento, interpretado por Marcos Pigossi, o ator me incomoda um pouco, não por nada, mas parece que ele está interpretando o mesmo personagem faz um bom tempo. Pode ser só cisma minha, mas...

História interessante também é a de Malu vivida por Fernanda Vasconcellos, é a única filha legitima de Bárbara Ellen mas não tem o carinho que os filhos adotivos da atriz têm. Nesse primeiro capítulo pudemos ver um pouco disso. Agora eu vou falar talvez de um dos melhores personagens desse capítulo, Humberto Carrão como Fabinho. Eu não sei se é porque sou fã do ator, mas acho que ele vai ser a grande surpresa da novela, já que ele provou seu talento nas novelas anteriores. Por tanto, agora é outra história, e um perfil totalmente diferente dos outros, de romântico, agora é o mau caráter. Vamos ver o que seu personagem vai aprontar na trama. Como nem tudo são flores, eu achei a cena do trator um pouco forçada, e o engraçado é que seu chefe nem chamou a polícia. Mas como é novela...

Enfim, foi apenas um capítulo e que deixou uma boa impressão, mesmo sendo tudo muito corrido algumas vezes, os autores conseguiram mostrar que a gente vai ter nos próximos meses uma novela com muitas confusões, muito romance, muita intriga e muita “Mulher Mangaba” aprontando...

 ... E uma vibe pra lá de “Malhação”, né?!

Misturando música e teatro, Rise se mostra uma grata surpresa da NBC


Era uma noite qualquer e eu estava em busca de - mais - uma série para assistir. De uma hora para outra, surge uma notícia sobre Rise, uma série produzida pela NBC e que estreou recentemente. A série baseada no livro Drama High, de Michael Sokolove, e também em uma história real, é uma grata surpresa. Sendo pelos personagens carismáticos ou pela temática que mistura música e teatro de uma forma maravilhosa. 

Estrelando Josh Radnor, um professor que decide assumir a companhia de teatro do colégio em que trabalha e produzir a peça, O Despertar da Primavera, mesmo a comunidade em qual vive sendo um pouco conservadora demais. Mas mesmo com todas as dificuldades, acaba por fazer uma nova família e vai se ver envolvido na vida daqueles adolescentes, enquanto lida com problemas dentro de sua própria casa, como o problema com a bebida de seu filho mais velho, Gordy, interpretado por Casey Johnson. E tudo isso com a ajuda da ex-diretora da companhia de teatro, Tracey, interpretada por Rosie Perez - e uma das melhores personagens da série.

Uma série que lembra Glee pela parte musical, mas também lembra This Is Us pela parte emocional. Certas cenas nos fazem querer chorar e nos fazem querer muito mais que quarenta minutos de episódio. Delicada, ela também lembra muito a vigéssima quinta temporada de Malhação, intitulada Viva a Diferença, onde diversos assuntos que fazem parte da realidade dos jovens são abordados, como o alcoolismo, já falando anteriormente, preconceito, transexualidade, gravidez na adolescência... 

Apesar de muitas vezes pecar e não ir mais a fundo em alguns plots, Rise vem sendo uma grata surpresa e consegue entreter e emocionar. Se continuar nesse mesmo ritmo, que a série tenha uma vida longa. 


Os equívocos de Malhação - Vidas Brasileiras



A atual temporada de Malhação estreou com a difícil missão de manter o nível da temporada Viva a Diferença. Após um primeiro capítulo interessante, a história começou a se perder em meio à situações um tanto que ridículas. O medo já se instalava quando foi anunciado que Patrícia Moretzsohn seria a autora responsável, já que a mesma nos entregou em 2013 a pior temporada dos 23 anos da novelinha.

Mas como a esperança é a última que morre, resolvi dar uma chance e até que o início foi promissor, mas até mesmo Gabriela (Camila Morgado), vem se tornando uma personagem irritante. Até então, a professora era o ponto alto da temporada, já não é mais... lembram da Dóris (Ana Flavia Cavalcanti) da temporada passada? Era uma diretora que se preocupava com os alunos e que ajudava na maioria das vezes, mas que em nenhum momento se mostrou ser inapropriada. Gabriela se mete na vida dos alunos quando percebe que tem algo errado de forma nada sútil, isso acaba criando uma imagem não muito boa para a personagem. A autora precisa cuidar para isso não se tornar mais chato do que já está. Vai ser um ano com a professora insistindo para o aluno se abrir com ela? 

Além disso, nem mesmo o elenco jovem ajuda. A forma como a autora aproximou Maria Alice (Alice Milagres) e Alex (Daniel Rangel) era esperando uma rejeição? Só isso justifica o fato de a temporada começar com o garoto flertando com a filha da empregada de sua namorada, enquanto a mesma passa por situações bem complicadas. Pérola (Rayssa Bratillieri) não é um exemplo de pessoa, mas Maria Alice Alex não são melhores. Não mesmo! Além disso, Maria Alice não ajuda né? Todo mundo cair de amores pela menina, só torna tudo mais irritante. 

Esses são apenas alguns pontos que me incomodam em Vidas Brasileiras, mas a verdade é que pouca coisa se salva até agora, não tem ninguém por quem valha a pena torcer. A autora nos apresentou os personagens rápido demais, não deu tempo de criarmos um vínculo. E se continuar trilhando nesse caminho, o trabalho vai ser grande para fazer com que a gente tenha paciência para acompanhar uma história com mais de 300 capítulos previstos.
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