Após um hiato de seis anos sem álbum de inéditas, Wanessa voltou com o Camargo e anunciou mais uma mudança em sua carreira. Após se consagrar no POP Eletrônico, a cantora aposta no sertanejo em 33 (Som Livre, 2017), seu novo álbum.
Coração Embriagado (Gabriel Do Cavaco; Diego Ferrari; João Neto; Frederico Nunes; Shylton Fernandes, 2016) foi a faixa escolhida para abrir esse novo projeto, e na minha opinião, o álbum tem faixas bem melhores. A canção tem uma letra bonita, mas o refrão é brega demais. Anestesia (Bruno Caliman; Luka Santos; Rafa Torres, 2017) é uma das faixas inéditas do relançamento do álbum e aposta em uma pegada mais raiz, mas ainda assim, é melhor que a anterior. Apesar de apostar no sertanejo, o álbum conta com faixas que lembram um pouco do início da carreira de Wanessa, Fora de Mim (Wanessa Camargo; César Lemos, 2016) é uma das melhores faixas do álbum, assim como, Agora eu sei (Wanessa Camargo; Márcia Araújo; Dayane Camargo; Lara Menzes, 2016). É nas músicas autorais que Wanessa acerta em cheio com canções românticas na medida certa. Mas o que foi dito anteriormente não quer dizer que as outras faixas sejam de todo ruim. Vai mentir pra lá (Paulo Pires; Guilherme Ferraz; Sando Neto; Ray Antonio; Everton Mattos, 2016), Perseguição (Victor Hugo; Philipe Pancadinha, 2016), Eu quero ser a outra (Karla Aponte; César Lemos, 2011) são faixas que mergulham de vez no estilo do sertanejo, mas com certa inovação, fazendo com que o resultado final do trabalho, seja positivo.
O álbum não é ruim, portanto não supera os outros trabalhos da cantora. A verdade é que falta identidade musical, e após tantas mudanças, é difícil conseguir levar o trabalho a sério. Mudanças são boas, mas a cantora precisa entender que tantas mudanças podem acabar com a credibilidade da cantora com seu público.