Fresno se supera com A Sinfonia de Tudo que Há, um disco sobre a vida, a música, os sonhos e a voz

 


A Fresno é uma banda que já passou por diversas fases e mudanças. Após o ótimo disco de estúdio Infinito (2012), eles demoraram quatro anos para gravar um novo disco de inéditas, e parece que isso foi proposital. Lançado ontem em todas as plataformas digitais, A Sinfonia de Tudo que Há mostra todo o amadurecimento da banda, que já era notável em Infinito, e um pouco mais no EP Eu Sou a Maré Viva (2014).

Sexto Andar é a música que abre o disco, e já podemos perceber do que tudo isso se trata. Isso se trata muito mais que um disco de inéditas, isso é um apelo, é sobre a vida, é sobre sonhos, é sobre a verdade de cada um. É sobre a música, sobre a voz. A faixa Eu Sou o Trovão tem a participação de Caetano Veloso, e após ouvir, realmente podemos entender o motivo dessa participação, ele tem tudo a ver com a faixa e somou muito ao projeto. Além das letras muito bem escritas, o disco é muito bem produzido, os arranjos são de uma beleza fora do normal. "Eu canto pra tirar do peito esse nó/ Que paralisa toda vez que eu fico só/ Me tirem tudo, mas me deixem com voz/ Enquanto houver um coração batendo em nós...", essa é uma parte de Abrace a Sua Sombra, uma das melhores músicas do álbum e que deixa nítido sobre o que eu falei ali em cima, sobre isso ser sobre toda a trajetória da banda até aqui. Em Astenia podemos ouvir o Lucas cantando sobre um amor que não existe mais, sobre alguém que foi embora e deixou sua marca, e é aí que podemos ver que apesar de toda a evolução, a essência da banda não muda. A Fresno que conhecemos sempre vai estar aqui, O Ar também prova isso, já que é a única música já conhecida de fato pelo público, já que fazia parte do projeto solo do LucasVisconde. "Sem ter razão, eu te dei meu coração/ Sem saber que eu precisava dele pra viver..." o amor que machuca está presente mais uma vez na música Axis Mundis, uma das músicas mais lindas do disco, e se você prestar atenção no arranjo, é algo que não dá pra explicar de tão lindo. Maldição talvez seja a música mais pesada do disco, que lembra muito o som do EP Cemitério das Boas Intenções (2011). A Sinfonia de Tudo que Há é outra música que diz muito sobre o que a música é na vida do vocalista, que sim, é um dos grandes compositores da atualidade. 

O trabalho é bem diferente dos anteriores, em todos os aspectos, e isso é muito bom. A espera valeu a pena e a banda entregou mais um trabalho de qualidade para o público. As pessoas que ainda sentem certo pré-conceito com a banda deviam fechar os olhos para quem canta e julgar o trabalho em si, tenho certeza que mudariam sua opinião se ouvissem de ouvidos nus. 

NOTA: 9/10


Melhores do Ano 2016



Como já é tradição, com o fim do ano chegando, temos a nossa votação dos MELHORES DO ANO!

Diversas categorias para você votar e torcer para o seu favorito.

As votações irão até o dia 20/11/2016 e o resultado sairá no dia 01/12/2016.



CONFIRA O RESULTADO DOS ANOS ANTERIORES:

Melhores do Ano 2013 - RESULTADO
Melhores do Ano 2014 - RESULTADO
Melhores do Ano 2015 - RESULTADO

Nostalgia 2016: Cordel Encantado


Em 2011 estreava no horário das seis uma fábula. Uma novela de Thelma Guedes e Duca Rachid, as autoras nos apresentaram uma história de amor, sonho e fantasia recheada de intrigas, segredos e aventuras. Bianca Bin, Cauã Reymond, Bruno Gagliasso e Nathalia Dill protagonizaram a trama que estreou no dia 11 de abril de 2011 e terminou no dia 23 de setembro do mesmo ano, há exatos 5 anos. 

A história se passava na fictícia cidade de Brogodó, localizada no Sertão Nordestina e abordava o triângulo amoroso entre Açucena (Bianca), Jesuíno (Cauã) e Timóteo (Bruno) que é obcecado pela garota e tem uma inveja obsessiva de Jesuíno desde quando era criança.

Porém Açucena desconhece sua verdadeira origem e não sabe que é uma princesa, filha de um rei, chamado Augusto Frederico III (Carmo Dalla Vecchia), que comanda o reino de Seráfia do Norte. A
jovem nasceu em Seráfia do Norte e é prometida a Filipe, primogênito do Rei Teobaldo de Seráfia do Sul para que a guerra entre esses dois países cessem.

Augusto, o rei, veio para o sertão em busca de um tesouro enterrado por seu Ancestral, Serafim D'Ávila fundador de Seráfia. Porém há uma revolta de cangaceiros provocada pela perigosa Duquesa Úrsula e seu mordomo e amante, Nicolau, em que esposa e filha recém-nascida são sequestradas para serem torturadas e isso o faz acreditar que as duas estão mortas, mas ele nunca se convenceu muito bem disso. Arrasado, ele retorna para seu reino, que fica na Europa, mas ele não soube que a menina conseguiu se salvar e foi criada por um casal de sertanejos.

A origem de Jesuíno também é oculta para ele. Criado sem pai, Jesuíno nunca soube que na verdade o seu progenitor é um dos mais temidos cangaceiros, chamado Herculano. Por tão perigoso e cruel é chamado de o rei do cangaço.

Porém tudo se modifica quando Augusto retorna a Brogodó e descobre por cangaceiros que só sua esposa morreu e que sua filha foi entregue por eles a um casal e que ela foi criada como mais uma sertaneja. Isso faz Virtuosa e Eusébio ficarem muito apavorados com medo de perder Açucena para Augusto, pois eles sempre souberam qual origem dela. Açucena percebe e fica
muito desconfiada porque os pais estão tão assustados com a chegada desse rei.

Há reviravolta na vida de Jesuíno também: Herculano (Domingos Montagner) decide acabar com o segredo que guardou com Siá Benvinda e resolve contar ao filho que ele é o pai. A mãe de Jesuíno fez um acordo com Herculano de jamais falar a ele que o pai é um bandido temido para o filho não sofrer por preconceitos, mas Herculano quer um novo cangaceiro que o suceda e fará de tudo para Jesuíno se transformar no novo rei do cangaço.

A Duquesa Úrsula (Débora Bloch) é uma mulher má, perigosa e capaz de tudo para conseguir o que quer. Ela sonha em se tornar rainha de Seráfia casando-se com Augusto ou através do casamento de sua filha Carlota, a próxima na linha sucessória, com o príncipe Filipe. E fará de todas as maldades, com a ajuda do seu mordomo e amante Nicolau, para acabar com Açucena e tirá-la do seu caminho.
Além disso, além de Timóteo, haverá Doralice (Nathalia Dill) para impedir o amor de Açucena e Jesuíno. Dora acaba de voltar da capital onde se formou em direito. Ela é uma jovem decidida, determinada e justa, que se apaixona por Jesuíno assim que o vê e fica determinada a conquistá-lo. Porém será rejeitada muitas vezes por ele, mas não desistirá.

A trama marcou a carreira de Domingos Montagner. Foi seu primeiro papel de destaque, e  sua primeira novela. A partir de Cordel Encantado, o ator nunca mais parou e emendou um trabalho no outro.

A novela foi muito aclamada pela crítica e público, que embarcou na história de amor da princesa e o cangaceiro. Teve uma média de 25,9 pontos na grande São Paulo, estancando a queda do horário. Em 2013 a Rede Globo lançou a trama em DVD.

A trilha sonora trazia grandes nomes da música brasileira como Maria Gadú (Bela Flor), um dueto de Gilberto Gil e Roberta Sá (Minha Princesa Cordel), Lenine (Candeeiro Encantado), Maria Bethânia (Estrela Miúda), Felipe Catto (Saga) e muito mais... Uma curiosidade da trama é que de 16 faixas, 13 são interpretadas por cantores nordestinos. 

Após temporada irregular, Malhação volta a empolgar com trama leve e solar

 


A vigésima quarta temporada de Malhação estreou vai fazer um mês, e mostra um Emanuel Jacobina muito mais inspirado. Após a irregular temporada anterior, o autor parece ter aprendido com seu erro. E sim, considero a temporada anterior um grande erro. O autor tem em seu currículo temporadas maravilhosas, e nos mostrou uma temporada com um começo bem promissor, mas que se perdeu em tramas bobas e com um desenvolvimento duvidoso.

Mas o que vimos nessa atual temporada é diferente. A atual temporada já tinha mostrado um início promissor, e agora, com quase um mês no ar podemos dizer que a temporada é muito boa. A história é envolvente e tem um clima muito gostoso, leve. 

O elenco é um grande acerto, Aline Dias mostrou o talento logo no primeiro capítulo, e nos mostra uma protagonista diferente, que não se deixa abalar por qualquer coisa. Por tanto, não existe química entre ela e Felipe Roque, que até agora se mostrou sem nenhum carisma, diferente do seu parceiro de cena, Ricardo Vianna. Thiago Fragoso, Deborah Secco e Marcos Pasquim estão ótimos, como já tinha dito antes. Os conflitos da família Carvalho são o ponto alto da temporada, Guilia Gayoso, Milena Melo e Barbara França estão ótimas. Barbara é uma daquelas vilãs que amamos odiar, e promete muito! 

Com uma trama leve e solar, Malhação - Pro Dia Nascer Feliz deve continuar conquistando o público por sua história gostosa de assistir. Após uma temporada péssima, nós agradecemos!

Nostalgia 2016: O Beijo do Vampiro


O Beijo do Vampiro foi uma novela que dividiu opiniões. 
Protagonizada por Flávia Alessandra, Marco Ricca, Kayky Britto, Alexandre Borges, Claudia Raia e Tarcísio Meira, a trama é lembrada até hoje pelos fãs saudosos que pedem por uma reprise há muito tempo.

Após anos do grande sucesso de Vamp (1991), o autor decidiu voltar a escrever uma trama sobre vampiros. Por tanto, Antônio Calmon afirmou na época que O Beijo do Vampiro era mais realista, sensual e romântica do que Vamp. Além disso, é menos engraçada e mais centrada nos valores familiares. 

Cecília (Flávia Alessandra) é a grande heroína da trama, uma princesa do século XII que prefere dar fim à própria vida a se entregar ao duque e vampiro Bóris (Tarcísio Meira). No dia do casamento dela com o Conde Rogério (Thiago Lacerda), Bóris mata o noivo, em um duelo, e toda a família da princesa.Cecília se suicida, obrigando Bóris a viver sem seu grande amor por séculos.

Bóris volta a encontrar seu grande amor nos anos 2000, época em que se passa a trama. Agora ela é Lívia, casada com Beto (Thiago Lacerda) e mãe de três filhos, Zeca (Kayky Britto), Têtê (Renata Nascimento) e Juninho (Guilherme Vieira).

Na atualidade, Bóris quer mais do que conquistar a ex-princesa. Ele deseja recuperar Zeca, que, na verdade, não é filho de Lívia e Beto, mas seu filho com uma amante. Assim que nasceu, ainda na maternidade, Bóris colocou Zeca no lugar do filho verdadeiro de Lívia. A intenção de Bóris era
proteger Zeca da ciumenta Mina (Claudia Raia), sua mulher.

O verdadeiro filho de Lívia, Renato (Thiago Farias), foi deixado em um orfanato e virou menino de rua. Ao longo da história, ele é integrado à família. Zeca não tem ideia de seu parentesco com o vampiro, mas sempre apresentou sintomas estranhos, como aversão a água-benta, crucifixos e alho. Através de sonhos, Bóris revela a ele sua história. Zeca está prestes a completar 13 anos, idade na qual se tornará vampiro, e fica dividido entre os instintos herdados de seu verdadeiro pai e os valores transmitidos por sua família.

Beto morre em um acidente tramado por Bóris, obrigando Lívia a se mudar com os filhos para a casa da mãe, Zoroastra (Glória Menezes), na cidade de Maramores, onde transcorre a trama. Lívia tenta
reconstruir sua vida ao lado do promotor público Augusto (Marco Ricca), apaixonado por ela, mas enfrenta as armações de Bóris para separar o casal. Entre seus planos, o vampiro se aproxima da amada como Igor Pivomar, empresário que detém o licenciamento de tudo que se relaciona a vampiros, e também se apossa do corpo de Rodrigo (Alexandre Borges) para tentar conquistá-la, mas o rapaz se apaixona verdadeiramente pela moça, provocando sua ira. Lívia e Rodrigo acabam se casando, antes do final feliz da protagonista ao lado de Augusto.

Três meses antes do término da novela, Ney Latorraca (o Conde Vlad de Vamp) passou a integrar o
elenco como o Vampiro Supremo Nosferatu, o grande rival de Bóris. Os dois travam uma feroz disputa pelo poder, com uma grande batalha final entre humanos e vampiros em Maramores. Bóris, que a essa altura aprendeu a amar o filho Zeca, tem um final redentor: ele derrota Nosferatu em um duelo, pede perdão a Lívia e desaparece nos braços do filho. Lívia destrói Marta, e Mina se torna a Vampira Suprema. A cidade inicia uma nova era de paz.

A trama substituiu a novela Desejos de Mulher e foi ao ar de 26 de agosto de 2002 até 2 de maio de 2003, tendo no total 215 capítulos. A trama teve uma média de 28 pontos, um fracasso pra época em que foi exibida e talvez por isso a emissora nunca tenha reprisado a trama, apesar do forte apelo nas redes sociais.

A trilha sonora foi composta por grandes nomes nacionais e
internacionais. Na trilha nacional tivemos "Pelos Ares" de Adriana Calcanhoto, "Isso" dos Titãs, "A Luz que Acende o Olhar" da Deborah Blando, "Eu Sei que Vou te Amar" do Alex Guedes com Alcione e grandes nomes... Na trilha internacional, tivemos "Fool" da Shakira, "A Thousand Miles" da Vanessa Carlton, "Come Way with Me", da Narah Jones e outros grandes nomes...

O lindo final de Êta Mundo Bom



Chegou ao fim uma das melhores novelas dos últimos anos. E não, não teve nenhuma inovação. A trama de Êta Mundo Bom era simples e totalmente ingênua e foi isso que fez dela um sucesso. O público sente falta das tramas tradicionais e a prova disso é o sucesso da trama de Walcyr Carrasco e também de Totalmente Demais no horário das sete, que abordou uma trama bem tradicional.

Sérgio Guizé esteve incrível do primeiro ao último capítulo e se a trama foi um estrondoso sucesso, o principal responsável era o personagem central da trama. Bianca Bin viveu uma de suas melhores personagens, ofuscando a protagonista e roubando a novela para si. Eliane Giardini e Elizabeth Savalla duas atrizes espetaculares. Marco Nanini voltou com um dos seus melhores personagens, protagonizando grande parte da trama com Candinho. Flávia Alessandra mais uma vez defendeu muito bem uma vilã de Walcyr Carrasco. Camila Queiroz me surpreendeu e também nos proporcionou muitos dos melhores momentos da trama.

Eu poderia ficar citando nomes, mas aposto que 90% do elenco estaria aí. O último capítulo fechou com chave de ouro a trama. Quando o autor resolveu a maioria das coisas no penúltimo capítulo, eu comemorei. Deu tempo de terminar e mostrar o final de todos os personagens com calma, sem pressa. O final de Sandra foi justo e Flávia Alessandra arrasou na cena final. A cena do velório de Gerusa foi tocante, Arthur Aguiar esteve ótimo em todos os momentos. Por tanto, achei brega a cena da valsa, eles podiam ter apenas se encontrado. Celso e Maria formaram o melhor casal da novela e tiveram o esperado final feliz. Sobre Mafalda ter ficado com Zé dos Porcos, eu não gostei. Romeu fez tudo para conquistá-la, ficou pobre, pra nada?! Não curti mesmo. O casamento de Filomena e Candinho foi bonito e o monólogo do personagem no final foi emocionante e a trama deveria ter terminado ali, mas... Lá veio a cena final com o "fim" na bunda de Filó, mas quanto a isso vamos deixar passar, afinal foi uma novela maravilhosa para um final justo e inspirado.

Já sinto saudades!

A ótima estreia de Malhação - Pro Dia Nascer Feliz


A nova temporada de Malhação estreou em alta e fez bonito em seus primeiros capítulos. Não falo apenas da audiência, a história se for bem desenvolvida tem tudo pra ser um sucesso. O elenco não é tão jovem quanto as temporadas anteriores e parece que Emanuel Jacobina recuperou sua inspiração após a última temporada. 

Esses primeiros capítulos mostraram uma protagonista bem diferente, determinada e sem medo de enfrentar quem tente atravessar seu caminho e Aline Dias está defendendo sua personagem muito bem. Barbara França sempre que aparece rouba a cena, sua vilã tem tudo para ser odiada e dar muito trabalho aos protagonistas, e a atriz está muito bem. 
Temos vários destaques nesses primeiros capítulos, Giulia Gayoso, Milena Melo, Caio Manhente, Malu Pizzatto, Bruno Guedes... O elenco é promissor. Ricardo Vianna e Felipe Roque formam uma bela dupla. 
O elenco adulto não preciso nem falar, estão muito bem. O trio formado por Deborah Secco, Marcos Pasquim e Thiago Fragoso promete!

Até agora os conflitos mostrados são bons e se forem conduzidos da forma correta vai continuar agradando. O medo é de acontecer a mesma coisa que a temporada passada que começou muito boa e o autor simplesmente estragou no decorrer dos capítulos. Mas vamos ser otimistas e torcer para que isso não aconteça.

A incrível estreia de Justiça



Desde as chamadas, Justiça vinha fazendo sucesso nas redes sociais. E Eu sabia que Manuela Dias não ia nos decepcionar, esse primeiro capítulo cumpriu tudo o que as chamadas haviam prometido.

O primeiro capítulo mostrou a história de Elisa, defendida pela incrível Débora Bloch. Elisa viu sua filha ser assassinada pelo noivo após uma traição. Uma cena triste, onde Marina Ruy Barbosa, Jesuíta Barbosa e Débora Bloch brilharam.

Eu já falei ali em cima, mas vou dedicar um parágrafo à incrível atriz que é Débora Bloch. Todos estavam ótimos, mas a atriz arrepiou em todo o capítulo. Na cena em que pega a filha morta nos braços, foi de arrepiar. Aliás, essa cena entra para uma das melhores do ano! 

Ainda tivemos no capítulo uma pequena participação dos protagonistas dos próximos episódios, enquanto nesse eram apenas coadjuvantes. O roteiro é muito bem amarrado, a direção de José Luiz Villamarim é espetacular. A trilha sonora é outro ponto positivo.

Agora é esperar os próximos capítulos. Se o primeiro esteve nesse nível, tenho certeza que vou continuar me surpreendendo.

Adriana Esteves brilha no segundo e ainda melhor capítulo de Justiça

 


O primeiro capítulo de Justiça já tinha sido maravilhoso, mas o segundo conseguiu superar, o que eu achei que não aconteceria após um ótimo capítulo de estreia. Toda a história da família que é perturbada pelo cachorro do vizinho é incrível e a forma como a trama é construída e desenrolada é tocante.

Que atriz, minha gente! Adriana Esteves simplesmente brilhou no episódio e fez toda a diferença. Essa atriz é incrível seja na comédia, no drama... isso é atriz! Ela simplesmente brilhou em cada segundo que esteve presente em cena. Leandra Leal também estava ótima e até que enfim deram uma personagem diferente para a atriz. Estou cansado de vê-la como boa moça nas telinhas. As crianças, Letícia Braga e Bernardo Berruezo também estavam ótimos!

Sobre o roteiro muito bem amarrado, a direção e a trilha sonora eu já falei na crítica do primeiro capítulo. Villamarim é o cara! Eu não ia escrever sobre, mas após assistir fui obrigado deixar registrado! A minissérie só está começando e já é uma das melhores obras do ano, se não a melhor! Agora é aguardar os próximos capítulos.


A irregular segunda temporada de Scream

 


O que foi a segunda temporada de Scream? Apesar de alguns bons episódios, a série se mostrou inconsistente. Se formos contar desde o primeiro episódio dessa temporada, tivemos apenas duas mortes que realmente nos fizeram 'sentir' de alguma forma, que foi Jake e o pai da Brooke - que eu não lembro o nome. 

Após terminar o último episódio eu fiquei me perguntando o motivo de eu perder tempo com a série. Gente, a revelação do assassino foi praticamente cômica. Alguma surpresa? Não! Mas eles podiam ter dado mais emoção pra cena. Tudo bem que os atores não ajudam, mas mesmo assim, foi algo muito previsível, e além disso deixaram muitas pontas soltas. A professora só era obcecada pela Emma? Como o Kieran conseguir fazer TUDO sozinho? Além de assassino ele tinha superpoderes também? Quem estava escondido na casa? 

Eu espero do fundo do meu coração que a MTV nos poupe de uma terceira temporada ou então comece uma nova história, com novos personagens - ou mate só a Emma e deixe o Kieran bem preso. 

A série envergonha os filmes que são infinitamente melhores. A trama é rasa, o elenco não ajuda. Cadê o suspense? As cenas de tirar o fôlego? Na série tudo soa teatral demais. E alguns fãs vão me perguntar o motivo de eu não simplesmente abandonar a série caso ela seja renovada, eu explico: eu cheguei até aqui e é muito raro eu abandonar uma série que comecei a assistir. Então...

P.S Alguém se importou com os novos personagens? Pra não dizer que nenhum prestou, aprendi a gostar do Stavo. Ele e Brooke tem química!

P.S 2: Pra não dizer que não falei das flores, Bex Taylor-Klaus, John Karna e Carlson Young foram os responsáveis pelas melhores cenas da temporada. Audrey, Noah e Brooke são os verdadeiros protagonistas! 

P.S 3: O que foi a cara de Kieran quando revelou que era o assassino? Amadeus Serafini dá um show de inexpressividade!

Com quem Mafalda deve ficar no final de Êta Mundo Bom?

 


Essa pergunta você deve fazer toda vez que assiste a um capítulo da trama das seis, que está chegando ao fim para a nossa tristeza. Mafalda é uma garota inocente e que se viu apaixonada pelo vigarista Romeu, mas que por amor, mudou. Apesar de todas as mentiras, é muito fácil enxergar o amor que o jovem sente pela garota. Acho que todas as pessoas que eu conheço torcem pelo casal terminarem juntos. Afinal, o romance vem sendo construído e sendo contado desde o início da trama. 

No momento ela se vê dividida entre Romeu e Zé dos Porcos. Não é que Zé não a mereça, só acho que não seria justo depois de tudo, ela e Romeu não terminarem juntos. Zé deve encontrar alguém para viver um amor e deixar Mafalda ser feliz com Romeu. 

Walcyr Carrasco deve saber que o casal favorito do público são eles. Até uma enquete que fizeram no site oficial da trama, Romeu e Mafalda venceram com mais de 90% de votos. 
Apesar de achar que está demorando muito para essa história se desenrolar, o que a deixa cansativa muitas vezes, é válido por ser algo que faz sucesso entre o público, e também porque se não acontecer isso, a novela acaba, não é mesmo?!

E antes de colocar um ponto final quero parabenizar Camila Queiroz que já havia mostrado ter um enorme talento em Verdades Secretas, mas se supera em uma personagem completamente diferente. Klebber Toledo e Anderson Di Rizzi também estão ótimos, os três são um dos pontos mais altos da ótima novela das seis.

Meu Canto mostra o amadurecimento de Sandy como artista e compositora

"Seja bem-vindo/ Entre sem bater/ Sem julgar/ Sem tentar entender/ Deixe as armas e angústias/ Do lado de fora/ Em troca ofereço a música/ E o agora/ Eu lhe dou meu canto/ Nesse canto que é tão meu..." Esses são versos de Meu Canto, um poema cantado por Sandy, na primeira faixa do seu novo trabalho Meu Canto Ao Vivo no Teatro Municipal de Niterói. Aqui irei falar do trabalho em si, que deu origem à turnê que pude assistir em Curitiba/PR, no último dia 16. Com um cenário lindo e um setlist com praticamente todas as músicas autorais, Sandy nos proporciona uma viagem ao seu mundo interior, cheio de simbolismo, sentimento e verdade. Segredo, uma das canções do disco Sim (2013), ficou ainda mais linda na versão ao vivo, com Sandy acompanhada de um público fiel e caloroso, e isso também ficou evidente na faixa Perdida e Salva, música que os fãs tomam conta e dedicam à cantora em versos como "Tentativas vãs de libertar/ O sentido maior/ Que as palavras prenderam/ Quando eu disse: - Amo você..." A versão ao vivo de Me Espera só comprova a sintonia da cantora com Tiago Iorc que somou muito nesse novo trabalho. Respirar é uma das músicas inéditas, composta por ela, Daniel Lopes e Lucas Lima. Das faixas inéditas é a mais animada e com uma letra super positiva, enquanto Salto, outra das inéditas e composição dela com Lucas Lima, acaba por ser uma super declaração de amor da cantora ao marido, como ela mesmo disse. Essa música mostra muito o amadurecimento de Sandy como compositora. E com certeza sem ser coincidência, é seguida do primeiro cover do show, All Star, composição de Nando Reis para Cássia EllerOlhos Meus com a participação de Gilberto Gil é um dos pontos mais altos desse trabalho. Essa música já era um poema para nossos ouvidos quando foi lançada no disco Sim (2013), e agora com novos versos e um novo arranjo ela ficou ainda mais linda. De arrepiar! Colidiu é a última das inéditas e têm tudo para conquistar o público. A música tem um refrão bem chiclete e é uma das mais gostosas de se ouvir. Morada é sem dúvidas uma das preferidas do público que canta junto com Sandy e deixa a coisa toda muito mais bonita do que na versão de estúdio. Cantiga por Luciana é outro momento bem emocionante, uma música bem difícil e que Sandy tira de letra com sua super afinação. Homenagem ao seu avô, a música arrepia a alma. Nada é por acaso é a canção de Sandy e Junior da vez. Gravada originalmente no disco Sandy e Junior em 2001, a canção ganha um novo arranjo em tons mais baixos que o original. É um dos muitos momentos que a platéia vai ao delírio, seguido por Ponto Final, que fecha o novo trabalho de Sandy com um gostinho de quero mais.


Diferente do Manuscrito Ao Vivo (2011), Meu Canto mostra uma Sandy mais segura de si. Com repertório praticamente todo autoral, ela conseguiu corrigir todos os erros do primeiro trabalho ao vivo e nos concedeu seu melhor trabalho e também sua melhor turnê até aqui!
NOTA: *********/10
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