Cazuza: um pouco do "exagerado" que deixou saudades

 


Por: Maurício Neto



 

No início dos anos 80, um garoto dourado do sol de Ipanema surpreendeu o cenário musical brasileiro. À frente de uma banda de rock cheia de garra, começou a dar voz aos impulsos de uma juventude ávida de novidades. Ele, Cazuza, era a grande novidade. 

O Brasil saía de um longo ciclo ditatorial e vivia um clima de democracia ainda incipiente, mas suficiente para liberar as energias contidas. Cazuza desempenhou um papel importante nesse processo. E quando as misérias e mazelas nacionais foram se desnudando, ele respondeu sem meias palavras. 


A expressão de sua repulsa diante desse quadro só pode ser comparada à coragem com que lutou por sua vida, no enfrentamento público da Aids. Lições de indignação e de dignidade; de como levar a vida na arte e "ser artista no nosso convívio". 
“Acho que o poeta é um insatisfeito. Então a noite, a vida noturna, a vida boemia, da farra, são geralmente frequentadas por pessoas insatisfeitas… Acho que é a própria insatisfação do artista que o leva a ter uma vida desregrada… Você diz que eu sou poeta, mas eu me considero um letrista, gosto de falar que sou letrista, porque eu acho que tem uma distância entre poesia e música popular..." (Depoimento ano de 1988)

No pouco que viveu, Cazuza deixou uma obra para ficar. Bebeu na fonte da tradição viva da MPB para recriar, num português atual e espontâneo, cheio de gírias, e num estilo marcadamente pessoal, a poesia típica do rock. Com justiça, foi chamado de o poeta da sua geração. 

Na definição do dicionário, "cazuza" é um vespídeo solitário, de ferroada dolorosa. Deriva daí, provavelmente, o outro significado que o termo tem no Nordeste: o de moleque. Foi por isso que João Araújo, de ascendência nordestina, certo de que sua mulher Lúcia teria um menino, começou a chamá-lo de Cazuza, mesmo antes de seu nascimento. Batizado como Agenor de Miranda Araújo Neto, desde cedo o menino preferiu o apelido. O nome ele só viria a aceitar mais tarde, ao saber que Cartola, um dos seus compositores prediletos, também se chamava Agenor. 

“Não sou um poeta aleatório, e, depois como bom filho da Tropicália, não consigo admitir a barreira que as pessoas traçam para distinguir o que é e o que não deixa de ser MPB''. (Depoimento ano de 1987)

Nascido a 4 de abril de 1958, no Rio de Janeiro, Cazuza foi criado em Ipanema, habituado à praia. Os pais - ele, divulgador da gravadora Odeon; ela, costureira - não eram ricos mas o matricularam numa escola cara, o colégio Santo Inácio, dos padres jesuítas. Como às vezes tinham que sair à noite, o filho único se apegou à companhia da avó materna, Alice. Quieto e solitário, foi um menino bem-comportado na infância. 

Na adolescência, porém, o gênio rebelde do futuro roqueiro se manifestaria. Cazuza terminou o ginásio e o segundo grau a duras penas, e, depois de prestar vestibular para Comunicação, só porque o pai lhe prometera um carro, desistiu do curso em menos de um mês de aula. Já vivia então a boemia no Baixo Leblon e o trinômio sexo, drogas e rock 'n' roll. Que ele amasse Jimi Hendrix, Janis Joplin e os Rolling Stones, tudo bem. Mas vir a saber que se drogava e que era bissexual, isso, para a supermãe Lucinha, não foi nada fácil. Assim como não foi, para o pai, ter que livrá-lo de prisões e fichas na polícia, por porte e uso de drogas. 



“A noite é uma opção de vida. Gosto de acordar tarde e dormir com o dia nascendo. Por isso, a música Pro dia nascer feliz é a história da minha vida”. (Depoimento ano de 1984)

João Araújo não queria o filho na vagabundagem e, em 1976, arrumou emprego para ele na gravadora Som Livre, onde já era presidente. Lá, Cazuza trabalhou no departamento artístico, fazendo a primeira triagem de fitas de cantores novos, e na assessoria de imprensa. Depois foi divulgador de artistas na gravadora RGE, e, após sete meses de um curso de fotografia na Universidade de Berkeley, deu alguns passos como fotógrafo. Mas nada disso o satisfazia. 

Graças, contudo, a um outro curso - de teatro, dado pelo ator Perfeito Fortuna (grupo Asdrúbal Trouxe o Trombone) - Cazuza acharia o seu papel. Não seria representar, mas cantar. É que na montagem da peça "Pára-quedas do coração", conclusão do curso, tudo o que ele fez foi soltar a voz, vindo a gostar muito da experiência. Afinal, música ele já respirava desde criança. Em casa mesmo, se acostumara a conviver com a presença de estrelas da MPB que seu pai produzia. Por que não se tornar também uma delas? Só faltava achar a sua turma.

“Quando pintou o Barão eu tinha tudo para não dar certo. Nunca fui cantor, eu gostava de compor."

“Meu trabalho é totalmente intuitivo. Nunca estudei canto, dança, nada… eu sou rouco: eu birito, não tenho nenhum cuidado com a voz. Não faço nenhum exercício. Meu exercício é no palco."

Roberto Frejat, guitarrista; Dé, baixista; Maurício Barros, teclados; Guto Goffi, baterista. Era 1981 e esses garotos precisavam de um vocalista para completar sua banda. Os ensaios aconteciam na casa de um deles no bairro de Rio Comprido, onde um dia apareceu Cazuza, enviado pelo cantor Léo Jaime. Sua voz, era adequadamente berrada para os rocks de garagem que os quatro faziam, agradou muito. Animado, o novo integrante resolveu então mostrar as letras que, na surdina, vinha fazendo havia tempos. Rapidamente o grupo, que se chamava Barão Vermelho e só tocava covers, começou a compor e aprontou um repertório próprio. 


Dos primeiros shows, em pequenos teatros da cidade, ao disco de estréia foi um pulo. No início de 1982 uma fita demo chegou aos ouvidos do produtor Ezequiel Neves, que, entusiasmado, a mostrou a Guto Graça Mello, diretor artístico da Som Livre. Juntos, eles convenceram João Araújo - de início, relutante, na condição de pai do cantor - a lançar a banda. Com uma produção baratíssima, "Barão Vermelho", gravado em dois dias, obteve boa recepção da parte de artistas. Entre estes, um dos maiores ídolos de Cazuza, Caetano Veloso, que incluiu "Todo o Amor Que Houver Nessa Vida" no repertório de seu show e criticou as rádios por não tocarem as músicas do grupo. 

“Eu morro sem o Frejat. É a paixão da minha vida. Quero fazer parceria com ele até morrer”.

"Todo o Amor Que Houver Nessa Vida" (registrada também, mais tarde, por Gal Costa, Caetano Veloso e outros intérpretes) foi um dos destaques de um disco que revelou ainda "Down Em Mim", "Billy Negão" e "Bilhetinho Azul". No repertório predominavam rocks básicos, dançantes e juvenis, mas havia também blues, um gênero com o qual Cazuza se identificava desde que descobrira Janis Joplin. Sobre essas músicas o rouco cantor desfilava letras falando despudorada, escancaradamente de amor, prazer e dor. Ao sair o segundo disco, a reiteração dessas qualidades de estilo repercutiu na imprensa. Alguns críticos não tardaram a identificar ali a influência de mestres da dor-de-cotovelo, como Lupicínio Rodrigues, e da fossa, como Dolores Duran e Maysa - o outro lado da formação musical de Cazuza. 


Bem melhor gravado, "Barão Vermelho 2" foi lançado em julho de 1983. O álbum ainda não seria um sucesso comercial (vendeu cerca de 15 mil cópias, quase o dobro do primeiro), mas manteve o alto nível do repertório anterior, e arregimentou um público maior para a banda com músicas como "Vem comigo", "Carne de pescoço", "Carente profissional" e "Pro Dia Nascer Feliz". Esta última consolidaria a dupla Frejat-Cazuza, tornando-se um grande sucesso no registro feito por Ney Matogrosso, a primeira estrela da MPB a gravá-los. A escalada do grupo nas paradas, contudo, estava prestes a acontecer. 

Se com "Bete Balanço", filme de Lael Rodrigues, o rock brasileiro dos anos 80 chegou às telas de cinema, com a música-título, feita de encomenda para a trilha, o Barão Vermelho chegou ao grande público. Registrada num compacto do início de 1984, a canção estourou, virando um marco no trajeto da banda, que também contracenava no filme. A música acabou incluída no terceiro LP, lançado em setembro daquele ano, para ajudar a sua comercialização. O que talvez nem tivesse sido necessário, pois "Maior Abandonado", impulsionado pela faixa homônima, atingiu em dois meses a marca das 60 mil cópias vendidas, e em seis, das 100 mil. 

“Não sou um poeta aleatório, e, depois como bom filho da Tropicália, não consigo admitir a barreira que as pessoas traçam para distinguir o que é e o que não deixa de ser MPB “.

"Raspas e restos me interessam (...) Mentiras sinceras me interessam", em "Maior Abandonado"; "Você tem exatamente três mil horas/ Pra parar de me beijar (...) Você tem exatamente um segundo/ Pra aprender a me amar", em "Por que a gente é assim?"; "A fome está em toda parte/ Mas a gente come/ Levando a vida na arte", em "Milagres". Com achados como esses, presentes no novo álbum, Cazuza foi ganhando fama de poeta do rock brasileiro. Com muita energia, ele foi superando suas limitações como cantor. Suas atitudes irreverentes e declarações espalhafatosas, fizeram com que aparecesse cada vez mais como artista e personalidade. A princípio, tudo isso só contribuía para chamar a atenção para o grupo todo. Mas... 


Com o sucesso, e , conseqüentemente, com a maior exigência de profissionalismo, as diferenças se ressaltaram. O temperamento irriquieto de Cazuza pouco se adequava a uma agenda cada vez mais sobrecarregada de ensaios e entrevistas. Os desentendimentos foram crescendo. Em janeiro de 1985, o Barão fez uma bem-sucedida participação no festival Rock 'n Rio, abrindo shows para grandes atrações do rock internacional. A continuidade do sucesso, porém, não conseguiu evitar a separação do grupo. Em julho, quando o material para o próximo disco já estava selecionado, a notícia chegou aos jornais: enquanto os outros seguiriam com a banda, sua estrela partiria para uma brilhante carreira solo. 

Poucos dias depois, Cazuza voltava a ser notícia. Tinha sido internado num hospital do Rio com 42 graus de febre. Diagnóstico: infecção bacteriana. O resultado do teste HIV, que ele exigiu fazer, dera negativo. Mas naquela época os exames ainda não eram muito precisos. 

“Estou careta, não bebo, não tomo drogas, não estou mais na noite; estou tratando de mim de um jeito que nenhuma babá trataria. Nunca tinha ido a um médico até os 30 anos… eu não sabia que tinha um corpo e que ele podia falhar um dia”.

Gravado com outros músicos, o álbum "Cazuza" apresentou uma sonoridade mais limpa que a do Barão. Lançado em novembro de 1985, o disco inaugurou a fase individual do cantor e uma série de parcerias. Entre os co-autores das músicas figuraram dois antigos colaboradores: Frejat, que continuou parceiro e amigo de Cazuza, e Ezequiel Neves, outro velho e grande amigo, co-produtor, desde os tempos do Barão, de todos os seus discos. 


Cazuza assinou os maiores hits do novo álbum: em parceria com Ezequiel e Leoni, o rock "Exagerado", emblemático da sua persona romantico-poética, e a balada "Codinome Beija-Flor", com Ezequiel e Reinaldo Arias. Mais dois rocks ficaram notórios. "Medieval II" fixou nas rádios seu auto-irônico refrão ("Será que eu sou medieval?/ Baby, eu me acho um cara tão atual/ Na moda da nova Idade Média/ Na mídia da novidade média"). E "Só As Mães São Felizes", que teve sua execução pública proibida pela censura. Escandalosa ("Você nunca sonhou ser currada por animais? (...) Nem quis comer sua mãe?"), a letra homenageou artistas malditos, como o escritor beat Jack Kerouac, citado no verso-título. 

“O rock já não é uma coisa da qual se possa debochar… A gente está com uma força de palavras, as pessoas estão ouvindo o que o Renato Russo fala, o que o Lobão fala… Por mais que cada um tenha caminhos loucos, eles estão falando. Somos uma geração muito mal informada – não tivemos participação política alguma; estamos chegando aos tropeções. A gente nunca teve ideologia…”


Importante referência literária de Cazuza, ao lado de Clarice Lispector (cujo "A descoberta do mundo" tornou seu livro de cabeceira), Kerouac também teve um poema transcrito na contracapa do disco seguinte. Lançado em março de 1987, "Só se For a Dois" foi o primeiro álbum de Cazuza fora da Som Livre, que resolvera dissolver o seu cast. Disputado por várias gravadoras, ele se transferiu para a Polygram, a conselho do pai. A essa altura, apesar da imagem de artista "louco", sua postura profissional já era outra. O rompimento com o Barão, junto com a liberdade artística que almejara, trouxera também a exigência de mais seriedade. 

"Só se For a Dois" acrescentou novos sucessos à sua carreira, a começar pela canção-título, mas a música que estourou mesmo foi o pop-rock "O nosso amor a gente inventa (estória romântica)". Em seguida ao lançamento, uma turnê nacional mostrou um show mais elaborado que os anteriores, em termos de cenário e iluminação. Cazuza se aprimorava e decolava: seus espetáculos lotavam, suas músicas tocavam e a crítica elogiava seu trabalho. 


A essa época, contudo, ele já sabia que estava com Aids. Antes de estrear o show "Só se For a Dois", tinha adoecido e feito um novo exame. A confirmação da presença do vírus iria transformar sua vida e sua carreira. 

Em outubro de 1987, após uma internação numa clínica do Rio, Cazuza foi levado pelos pais para Boston, nos Estados Unidos. Lá, passou quase dois meses críticos, submetendo-se a um tratamento com AZT. Ao voltar, gravou "Ideologia" no início de 1988, um ano marcado pela estabilização de seu estado de saúde e pela sua definitiva consagração artística. O disco vendeu meio milhão de cópias. Na contracapa, mostrou um Cazuza mais magro por causa da doença, com um lenço disfarçando a perda de cabelo em função dos remédios. No seu conteúdo, um conjunto denso de canções expressou o processo de maturação do artista. 


“Nuca escondi que sou bissexual. A aids não é uma epidemia e ninguém pode deixar de se amar por causa dela. Vamos usar camisinhas! Vamos resistir até que encontrem a cura para essa doença”.

"O meu prazer agora é risco de vida/ Meu sex and drugs não tem nenhum rock 'n' roll", confessava ele, em "Ideologia". E: "Eu vi a cara da morte/ E ela estava viva", em "Boas Novas". Rico e diverso, o repertório trouxe ainda um blues, o "Blues da Piedade", uma canção "meio bossa nova e rock 'n' roll", "Faz Parte do Meu Show", grande sucesso, e o rock-sambão "Brasil", que faria um sucesso ainda maior com Gal Costa. Tema de abertura da novela "Vale tudo", da Rede Globo, "Brasil" fez um comentário social forte sobre o país, com versos como "meu cartão de crédito é uma navalha". No disco, a temática social apareceu também em "Um Trem Para as Estrelas", feita com Gilberto Gil para o filme homônimo de Carlos Diegues. 

Ainda em 1988 Cazuza recebeu o Prêmio Sharp de Música como "melhor cantor pop-rock" e "melhor música pop-rock", com "Preciso Dizer Que Te Amo", composta com Dé e Bebel Gilberto, e lançada por Marina. E apresentou no segundo semestre seu espetáculo mais profissional e bem-sucedido, "Ideologia". Dirigido por Ney Matogrosso, Cazuza buscou valorizar o texto no show, pontuado pela palavra "vida". Substituiu a catarse das performances anteriores por uma postura mais contida no palco. Tal contenção, porém, não o impediu de exprimir sua verve agressiva e escandalosa num episódio que causou polêmica. Cantando no Canecão, no Rio, cuspiu na bandeira nacional que lhe fora atirada por uma fã. 



”De alguma forma me considero brega nas coisas que escrevo. Sou cafona e assumo. Gosto de palavras como ingratidão. Sou meio Augusto dos Anjos: ‘escarra na boca que te beija’”.

O show viajou o Brasil de norte a sul, virou programa especial da Globo e disco. Lançado no início de 1989, "Cazuza ao vivo - o tempo não pára" chegou ao índice de 560 mil cópias vendidas. Reunindo os maiores sucessos do artista, trouxe também duas músicas novas que estouraram: "Vida Louca Vida", de Lobão e Bernardo Vilhena, e "O Tempo Não Pára", de Cazuza e Arnaldo Brandão. Esta - título do trabalho - condensou, numa das letras mais expressivas de Cazuza, a sua condição individual, de quem lutava para se manter vivo, com a do povo brasileiro. 

Foi pouco depois do lançamento do álbum que ele reconheceu publicamente que estava com Aids, sendo a primeira personalidade brasileira a fazê-lo. Era então notória -e notável - a sua afirmação de vida. À medida que seu estado piorava, ao contrário de se deixar esmorecer ante a perspectiva do inevitável, Cazuza, ciente do pouco tempo que lhe restava, passou a trabalhar o mais que podia. Entrou num processo compulsivo de composição e gravou, de fevereiro a junho de 1989, numa cadeira de rodas, o álbum duplo "Burguesia", que seria seu derradeiro registro discográfico em vida. 


“Depois que eu vi a cara da morte eu mudei muito em coisas assim palpáveis, como perder o medo de andar de avião, mas no básico eu continuo o mesmo. Não é que eu não tenha mais medo de morrer, é que eu gosto tanto de estar vivo que acho que vai ser um desperdício morrer”.

O trabalho seguiu um conceito dual - num dos discos, de embalagem azul, prevalecia o gênero rock; no outro, de capa amarela, MPB. Entre as suas últimas novidades, com a voz nitidamente enfraquecida, Cazuza apresentou clássicos de outros autores (como Antonio Maria, Caetano Veloso e Rita Lee) e duas músicas feitas com novas parceiras, Rita Lee e Ângela Rô Rô. A canção-título, com uma letra extensa atacando os valores da classe burguesa, chegou a ser tocada nas rádios, mas o álbum não obteve sucesso comercial e foi recebido discretamente pela crítica. 



“Uma coisa é certa: morrer não dói. Eu estive perto dela e é prazeroso, não dói”.

Em outubro de 1989, depois de quatro meses seguindo um tratamento alternativo em São Paulo, Cazuza viajou novamente para Boston, onde ficou internado até março do ano seguinte. Seu estado já era muito delicado e, àquela altura, não havia muito mais o que fazer. Foi assim que ele morreu, pouco depois - a 7 de julho de 1990. O enterro aconteceu no cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro. Sua sepultura está localizada próxima às de astros da música brasileira como Carmen Miranda, Ary Barroso, Francisco Alves e Clara Nunes. 



Fonte: Cazuza.com.br


Projetos e ONG's:

Sociedade Viva Cazuza


Sociedade Viva Cazuza é uma ONG brasileira, criada pelos pais do cantor Cazuza após sua morte, em 1990. A organização tem como intenção proporcionar uma vida melhor à crianças soropositivas através de assistência à saúde, educação e lazer. A Sociedade Viva Cazuza foi fundada em 1990, por Maria Lúcia Araújo, conhecida também por Lucinha Araújo e João Araújo, pais de Cazuza, amigos e médicos que decidiram dar continuidade à sua luta contra o HIV/AIDS.

Projeto Cazuza

Projeto Cazuza, inaugurado em junho de 1997, é um espaço dentro da Sociedade Viva Cazuza que abriga o acervo do poeta e compositor Cazuza. Seu acervo inclui fotos, vídeos, matérias de jornais, todos os seus CD's e LP's, manuscritos originais, máquinas de escrever, posters e roupas usadas pelo cantor em seu último show. O Projeto Cazuza está aberto de segunda a sexta em horário comercial.

Cinema:

Cazuza – O Tempo não Para



Cazuza – O Tempo não Para é um filme brasileiro de 2004, do gênero drama biográfico, dirigido por Sandra Werneck e Walter Carvalho, e com roteiro baseado na vida do cantor e compositor Cazuza.

O roteiro foi escrito por Fernando Bonassi e Victor Navas, é baseado no livro Cazuza, Só As Mães São Felizes, escrito pela mãe do cantor,Lucinha Araújo, e pela jornalista Regina Echeverria.

O filme retrata a vida do compositor e cantor Cazuza desde quando começou a carreira, atuando na peça Pára-quedas do Coração, no Circo Voador, o sucesso com o Barão Vermelho e sua carreira solo até sua morte em 1990, em decorrência de complicações causadas pela AIDS.

Teatro:

Cazuza – Pro Dia Nascer Feliz, O Musical





E assim, uma das trajetórias mais impressionantes da música brasileira é recriada pela primeira vez nos palcos. Aliás, nada mais oportuno, num momento em que se reascende no país, como poucas vezes se viu, articulações e movimentos em torno da ética, de transparência pública, de honestidade em diversos planos, de dignidade. “Não sei quem foi o ufanista que jogou essa bandeira. É uma pessoa louca, porque o Brasil não está em condições de receber manifestações como essa. Inflação de 900%, um monte de denúncias de irregularidades, fora o assassinato do Chico Mendes. Eu estou é triste! Desiludido!”, disse Cazuza para mãe, após cuspir na bandeira pátria durante um show em composições de Cazuza que ele nunca chegou a gravar, como ‘Malandragem’, ‘Poema’ e ‘Mais Feliz’.

Elenco: Emilio Dantas, Osmar Silveira ou Bruno Narchi como Cazuza. Susana Ribeiro, Marcelo Várzea, André Dias, Fabiano Medeiros , Yasmin Gomlevsky, Thiago Machado, , Bruno Fraga, Diego Montez, Saulo Segreto, Dezo Mota, Sheila Matos, Juliane Bodini e Oscar Fabião completam a escalação. Dando vida a nomes como Lucinha e João Araújo , Ney Matogrosso, Bebel Gilberto, Frejat, Caetano Veloso, Dé Palmeira, entre vários outros personagens que gravitaram no universo de Cazuza.

Vídeos da trajetória do Poeta: 

A morte no Jornal Nacional em 1990












Show Completo de Cazuza no Canecão (1988)


Cazuza - Especial TV Machete (1990)


Entrevista Cazuza - Jô Soares (1988)



 

Depois de uma primeira semana fraca e um aumento na segunda semana, "Em Família" voltou a ter queda de audiência em sua terceira semana, registrando os mesmos 30 pontos da semana de estreia. Enquanto "Além do Horizonte" e "Joia Rara" não tem grande mudança, mas permanecem na casa dos 20 pontos. A inversão de horários na Globo fez efeito no primeiro dia e se estabilizou nos demais. A reprise de "Caras e Bocas" aumentou dois dígitos em relação ao que marcava, mas parece que não impulsionou a programação noturna, que continua enfrentando grandes problemas em relação a audiência, inclusive a atual temporada de "Malhação" que as vezes é superada pela reprise da trama de Walcyr Carrasco.

"Pecado Mortal" é fracasso retumbante. A trama continua registrando menos que "Máscaras", até então o maior pesadelo da emissora. Parece que Carlos Lombardi não teve muita sorte em sua estreia na Record... 

E no SBT, depois de uma fase morna, "Chiquititas" volta a marcar ótimos índices de audiência para a emissora de Silvio Santos.




"Em Família" e "Além do Horizonte" tem reação no ibope; "Pecado Mortal" é o maior fracasso da Record

 

As novelas entre o dia 10 até 15/02 tiveram uma leve reação no ibope. A segunda semana de "Em Família" teve um aumento de três pontos em comparação à primeira e "Além do Horizonte" conseguiu fechar na casa dos 20 pontos, coisa rara. A única que não demonstra reação é a trama das seis, "Joia Rara". Após o sucesso de "Cordel Encantado", parece que as autoras não conseguiram fisgar o público novamente. 

Na Record, "Pecado Mortal" continua em baixa e apresenta uma média inferior até mesmo que "Máscaras", até então vista como o maior fracasso da emissora. E "Chiquititas" no SBT, conseguiu voltar aos dois dígitos depois de algumas semanas na casa dos 8/9 pontos.

Confira o gráfico com as audiências da semana:


"Em Família'' tem um texto espetacular, uma direção impecável e um conjunto de obra maravilhoso

 


Há duas semanas estreou “Em Família”, a nova novela das nove da Rede Globo. Para os amantes da teledramaturgia e viciados em novelões clássicos, a volta de Manoel Carlos era uma felicidade. Agora para os amantes de histórias atuais, com assassinatos, vilões arrebatadores com boa dose de maldade mexicana, a volta do autor é uma lástima. Só que para a nossa surpresa, depois de duas tramas fracas, “Páginas da Vida” e “Viver a Vida”, Manoel Carlos volta com uma trama redonda, onde vemos um pouquinho de cada história que escreveu. Com três fases, a segunda tendo seu fim antecipado por conta dos números baixos de audiência, o autor nos apresenta um novelão, com barracos e assuntos que vão dar o que falar.

A novela melhora a cada capítulo que passa e isso desde os dois últimos capítulos da segunda fase, onde a direção decidiu antecipar o início da terceira. Gabriel Braga Nunes está ótimo como Laerte e Julia Lemmertz está ótima como a última Helena do autor. Mas quem está roubando a cena é Vanessa Gerbelli, que está de volta a emissora, especialmente para a trama, já que o autor resolveu colocar os nomes que se destacaram em suas novelas anteriores. A atriz está interpretando uma mulher obcecada pela filha da empregada, já que nunca conseguiu levar uma gravidez até o fim, torcendo até, para a mãe da menina morra já que sofreu um acidente.

São vários os destaques da trama, mas o bom mesmo é ver Manoel Carlos nos presentear com uma trama clássica, sem perder sua essência e ainda com um ritmo ágil, que prende o telespectador e conquista. A novela ainda nem apresentou todos os personagens e já está em ascensão. Sua audiência aumenta a cada capítulo. Sorte ao autor, aos atores maravilhosos e a direção. “Em Família” tem um texto espetacular, uma direção impecável e um conjunto de obra maravilhoso. Que continue assim pelos próximos sete meses. Amém!

Toda carga dramática de Bárbara Paz você encontra em ''Hell''

Eu sou uma puta, uma putinha. Daquelas mais insuportáveis, da pior espécie. Meu credo: 'Seja bela e consumista'”. 

E é assim que se inicia a peça “Hell”. Bárbara Paz interpreta uma mulher que vive nas noite de Paris, se drogando, transando, e durante o dia andando entre as vitrines, gastando com bolsas, sapatos que talvez nunca sejam usados. Se apaixonou por um homem de quem engravidou e abortou, e esse homem morreu em seus braços. Amou um homem que usava as mulheres, Andrea, interpretado por André Bankoff, o único que a fez mudar durante seis meses. Seis meses sem drogas, sem noites, apenas fumando “Malboro Light”, como ela mesmo diz. Durante seis meses foi feliz ao lado dele, até voltar para a antiga vida, a única diferença é que agora ele estava ao lado dela – até certo ponto.

Um roteiro de primeira que prende desde o primeiro minuto e atuações incríveis, que nos faziam arrepiar todos os cabelos do corpo. No palco você não vê Bárbara Paz. Você vê, Hell. Uma mulher fútil e infeliz, que perde os dois únicos homens com quem se envolveu com sentimento. André Bankoff, não ficou atrás, porém, teve momentos que suas falas eram muito baixas, mas não comprometeu a obra final que foi essa peça.

No final, vimos um teatro cheio de pessoas aplaudindo de pé aqueles dois atores. Mais que merecido. Que durante uma hora e meia aproximadamente, nos fizeram viajar num mundo de luxúria e orgasmos.

“Ele morreu e mais nada faz sentido pra mim. Encaro o futuro como uma eternidade de provações e fastio. Minha covardia me impede de pôr fim aos meus dias. Vou continuar a sair, a cheirar, a beber e a perseguir os babacas. Até que eu morra. A humanidade sofre. E eu sofro com ela."

E apagam-se as luzes!



''Em Família'' bate recorde de audiência com inicio da terceira fase

O oitavo capítulo de Em Família, exibido na noite desta segunda-feira (10/02), marcou o início da terceira fase da trama de Manoel Carlos. Os jovens atores Bruna Marquezine, Guilherme Leicam e Nando Rodrigues cederam lugar para Julia Lemmertz (Helena), Gabriel Braga Nunes (Laerte) e Humberto Martins (Virgílio).
Os personagens já conhecidos do público ganharam novas caras e outros novos apareceram. Numa passagem de tempo, de 20 anos, Helena se transformou em uma mulher madura e decidida, e sustenta um casamento feliz com Virgílio. Laerte, por sua vez, tornou-se um respeito flautista e passou os últimos anos tocando em uma orquestra de Viena, na Áustria, ao lado da namorada Verônica (Helena Ranaldi). 
O Ibope
Pelo bem da audiência, a Globo reeditou os capítulos de Em Família, dando agilidade à trama, que registrou apenas 30 pontos em sua primeira semana. Incomodada com os baixos índices, a emissora antecipou a terceira fase, que só começaria no capítulo 12. 
As alterações, que segundo a emissora estavam previstas, trouxeram bons resultados. Segundo a prévia do Ibope, o capítulo desta segunda, de longa duração, exibido das 21h12 às 22h55, marcou 34 pontos, superando o índice registrado na estreia (33 pontos). Cada ponto equivale a 65 mil domicílios na Grande São Paulo.
Fonte: O Planeta TV


Confira a média de ''Amor à Vida'' e suas antecessoras



"Amor à Vida" chegou ao fim. Notícia boa para uns e ruim para outros. O fato é que a trama não foi um fenômeno de audiência, mas conseguiu estancar a queda que o horário estava tendo com a antecessora, "Salve Jorge", além de ter uma repercussão positiva.

A trama contou com 220 capítulos, sendo a mais longa dos últimos anos e em sua última semana conseguiu 44 pontos de média, além do beijo entre duas pessoas do mesmo sexo que entrou para a história.



A trama teve 35,5 pontos de média. No gráfico acima, você vê a média semanal desde o inicio da novela e no gráfico abaixo, você vê a comparação das médias das últimas 6 novelas do horário.




E chega ao fim a novela do Félix



Ontem foi ao ar o último capítulo de “Amor à Vida”. A novela apresentou muitos erros, mas teve seus bons momentos. E dois deles foram responsáveis pelo “sucesso” da novela. Primeiro, o vilão que ao longo da trama se tornou mocinho. Félix, sem dúvidas, foi quem carregou a novela. Mateus Solano simplesmente fez seu melhor personagem na TV e mostrou que o amor é muito mais importante que o preconceito.

Walcyr Carrasco que resolveu colocar um tudo na trama ao longo dos 221 capítulos, foi bem sucedido naquilo que nem imaginava e isso fez com que transformasse o grande vilão da trama no grande protagonista, ofuscando por completo a sem sal, Paloma, e o pateta do Bruno, que viraram meros coadjuvantes.

Na reta final, era Niko e Félix o casal protagonista da trama. Pela primeira vez, vimos a maioria das pessoas torcer para um casal homossexual e não é que o primeiro beijo gay entre homens na TV veio a acontecer? Walcyr pode não ter escrito a melhor novela e “Amor à Vida” está longe disso, mas ele conseguiu deixar a mensagem que no final o que importa é o amor.

Outro ponto alto foi a grande estreia de Tatá Werneck na TV. A atriz roubou a cena durante esses meses e conseguiu conquistar milhões de telespectadores com sua “piradinha” Valdirene, e junto com Elizabeth Savalla, nos proporcionaram grandes momentos.

No demais, isso vai fazer falta nessa novela que tanto prometeu antes de estrear, mas pouco cumpriu. E se for pra dizer se gostei ou não, eu digo que pela última cena, a novela valeu. Emocionante. A prova que não deveriam ter trocado o nome da novela e deveria ter continuado sendo, “Em Nome do Pai”. Parabéns ao Walcyr, equipe e atores.

 

Nostalgia 2014: Cláudia Rodrigues, a eterna Marinete

POR MATHEUS VITAL

Sexta é dia de Nostalgia, e na semana em que foi comemorado o "dia da saudade", eu convido a todos para lembrar um programa que foi sucesso de audiência.

É sempre bom rir, e hoje eu lembro o saudosismo que Cláudia Rodrigues causa em todos nós amantes de TV, e por isso dedico o post a série "A Diarista", que em quatro temporadas garantiu gargalhadas em todos que assistiram as trapalhadas de Marienete, as pérolas de Solineuza (Dira Paes) e até as confusões de Dalila (Cláudia Mello) e Ipanema (Helena Fernandes).

De especial de fim de ano a grande ssucesso das noites de terça:

Tudo começou no natal de 2003. O programa estava como candidato a titular na programação da Globo. No começo, com autoria de Glória Perez, e depois, comandada poe Bruno Mazzeo. O programa foi sucesso, e liderava com folga na audiência, tanto que ficou 4 anos no ar. As situações que Marinete se metia garantiam muitaa gargalhadas, e o público ficava cada vez mais fã.
Cláudia já revelou em diveraaa eentrevistas que sempre se divertia, e até imporovisava em algumas situações. Dia após dia, gravação seguida de gravação, a atriz superava a sua doença, a esclerose múltipla, para se entregar a personagem que se parecia com tantas domésticas do Brasil. 

O ano era 2007, Cláudia já tinha dificuldades para decorar os textos. Infelizmente, era a hora de parar as gravações para se tratar. De maneira rápida, o programa deixou fãs órfãos das trapalhadas de Marinete. O que era para ser um "até logo", se tornou um "tchau" e as ppromessas de trazer o programa de volta nunca foram cumpridas.
Tudo que foi gravado para uma 5ª temporada foi descartado, e Cláudia hoje se divide entre aparições tímidas no "Zorra Total", ou nos palcos interpretando peraonagens nos teatros.

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Eliana e a trajetória da garota infantil que virou uma mulher de sucesso

POR MAURÍCIO NETO 



Eliana Michaelichen Bezerra iniciou sua carreira artística ainda criança, aos oito anos de idade. Depois de insistir para ser matriculada em uma agência de modelos, participou até os 14 anos de desfiles e comerciais. Em 1986, foi aprovada em um teste para integrar uma das formações do grupo musical infanto-juvenil “A patotinha”, do qual também participou a Adriane Galisteu, e onde permaneceu por quatro anos. O trabalho, bem sucedido, abriu as portas para conhecer o apresentador e empresário Gugu Liberato que, em 1990, a convidou para ingressar no grupo de sua empresa: o Banana Split.




ELIANA

Ocupação: Apresentadora, Cantora e Atriz

Idade: 40 anos (22/11/1973)

Naturalidade: São Paulo

Signo: Sagitário

Status: Casada com João Marcelo Bôscoli

Mãe de: Arthur Michaelichen Bezerra Boscoli

Aos dez anos de idade depois de tanto insistir, sua mãe resolveu atender ao pedido da filha e á matriculou em uma agência de modelos Joyce Manequim. Sua primeira aparição na televisão, foi em uma campanha publicitária da Valisere, "meu primeiro sutiã", onde Eliana aparecia apenas como figurante. Aos 13 anos depois de participar de um teste, Eliana foi escolhida para integrar o grupo A Patotinha, no ano de 1986. Ficou no grupo durante quatro anos, onde fez muito sucesso com a canção "Baile dos Passarinhos".

No ano de 1990, aos 17 anos, foi convidada por Gugu Liberato para integrar o grupo Banana Split, grande sucesso da época. Com seu 1,62 de altura Eliana era a menor do grupo. Eliana era destaque em todo programa que participava, inclusive do programa Qual é a música?, apresentado por Silvio Santos.



Poucos meses depois, Eliana foi convidada por Sílvio Santos no programa “Qual é a música” a comandar um programa infantil. Convite aceito, a loira estreou no SBT em 1991 com a atração “Festôlandia”, contando histórias para crianças. Durante seis anos que permaneceu na emissora, teve seu programa reformulado várias vezes, com diferentes nomes e horários - bem ao estilo de Silvio Santos. Ainda assim, Eliana, que cursou uma faculdade de Psicologia por três anos, conseguiu inovar apostando em uma temática mais educativa e ecológica. Nesta época, gravou o disco “Os dedinhos”, um dos maiores sucessos de sua carreira.

Com a trajetória como apresentadora de programas para crianças consolidada, Eliana passou a buscar mais autonomia: desejava comandar algo que pudesse atingir toda a família. Não chegando a um acordo com Sílvio Santos, encarou o desafio de, em 1998, trocar a emissora com a segunda maior audiência do Brasil, pela Rede Record (na época a terceira colocada do ibope nacional).




Até meados de 2004, Eliana ainda comandava um programa infantil chamado de “Eliana e Alegria”. No ano seguinte, contudo, depois de oito meses fora do ar, o projeto de ampliar a faixa etária de seu público com um programa com atrações para diversas idades finalmente foi concretizado com a estreia do “Tudo é possível”. Era a oportunidade para ela brigar pela audiência das tardes de domingo, competindo com seu antigo chefe e, particularmente, com o concorrente Fausto Silva, da Rede Globo.

Em 2009, mais uma vez com o desejo de ampliar sua grade de telespectadores, Eliana voltou ao SBT. Rumores de que seu salário ultrapassaria largamente o de Hebe Camargo, reduzido no ato da renovação de seu contrato, no mesmo ano, causaram polêmica. Desde então, a apresentadora comanda o “Eliana”. Aproveitando o sucesso na televisão, ampliou seu leque de negócios e se tornou uma das mais bem sucedidas empresárias do ramo do entretenimento brasileiro. São mais de 180 produtos com sua marca, ultrapassando nas vendas nomes como o de Xuxa. Além disso, lançou um bloco de carnaval em Salvador que, desde 2004, reúne cerca de 4 mil foliões anualmente. Atualmente seu principal foco tem sido sua recém-inaugurada editora de livros de arte, a Master Books.

VIDA PESSOAL

Eliana cultiva a fama de ser discreta quando o assunto gira em torno de relacionamentos amorosos. É também uma das poucas celebridades que costuma ter relacionamentos duradouros. Seu primeiro namorado foi Marcos Quintela, ex-integrante do grupo pop juvenil Dominó. A relação durou seis anos e terminou de forma tão amigável que, desde então, Marcos é seu empresário e participa ativamente da administração de sua carreira.

Em 1997, Eliana começou a namorar Luciano Huck, vivendo um dos raros períodos em que deixou sua vida pessoal ficar mais em evidência. Quando o apresentador foi flagrado com a cantora Ivete Sangalo, em 1999, o constrangimento foi também reforçado pelas revistas e o relacionamento terminou. No mesmo ano, porém, Eliana surgiu inesperadamente ao lado do publicitário Roberto Justus, que apenas dois meses antes tinha rompido um casamento relâmpago com a também apresentadora Adriane Galisteu.

Justus e Eliana se conheceram em um jantar na casa do apresentador Otávio Mesquita. Poucos meses depois, em novembro, a apresentadora foi surpreendida com um pedido de casamento feito em público na comemoração de seu aniversário. O enlace nunca aconteceu, e um ano e meio depois, Eliana rompeu o noivado.

Aceitaria, enfim, se casar em 2004 com o chef e apresentador Edu Guedes – seu amigo de quase uma década -, com quem viveu um conto de fadas moderno. O casamento chegou ao fim três anos depois em função dos ciúmes excessivos de Edu.

Eliana namora o músico e empresário João Marcelo Bôscoli, filho de Elis Regina, há dois anos. O casal chegou a romper no início de 2010. Entretanto logo reatou o namoro e as promessas de casamento e filhos.

CARREIRA

Eliana construiu com paciência uma sólida carreira como apresentadora infantil, dedicando-se por mais de dez anos. O grande sucesso do disco “Os dedinhos”, 1993, a incluiu de forma permanente no grupo das maiores apresentadoras de atrações para crianças. Em 2005, na Record, o programa “Tudo é possível” ampliou seu público e elevou ao patamar de única apresentadora mulher das tardes de domingo, concorrendo com gigantes do entretenimento televisivo brasileiro Faustão e Gugu Liberato. Retornou ao SBT em 2009, para continuar na briga pelo ibope dos domingos, com um dos maiores salários da TV brasileira.

Televisão

1991: “Festôlandia” (SBT)
1992: “Sessão Desenho” (SBT)
1993: “Bom Dia & Cia” (SBT)
1994: "Eliana & Cia" (SBT)
1996: “TV Animal” (SBT)
1998: “Eliana & Alegria” (Rede Record)
1999: “Eliana no parque” (Rede Record)
2003: “Fábrica Maluca” (Rede Record)
2004: “Programa da Eliana” (Rede Record)
2005: “Tudo é possível” (Rede Record)
2009: “Eliana” (SBT)

Cinema

2005: “Eliana e o Segredo dos Golfinhos”

Discografia

1993: “Os Dedinhos”
1994: “Eliana”
1995: “Eliana”
1996: “Eliana”
1997: “Eliana”
1998: “Eliana - Um Mundo de Alegria”
1999: “Primavera”
2000: “Eliana”
2001: “Eliana”
2002: “É dez”
2003: “Festa”
2004: “Diga Sim”

Coletâneas

1999: “Eliana: os maiores sucessos”2000: “Eliana Focus: o essencial de Eliana”
2001: “Eliana 100 Anos De Música”
2006: “Eliana Maxximun”
2006: “Eliana 15 Anos”

Singles

1993: “Os Dedinhos” e “Amiga”
1994: “Pop Pop” e “Tentação”
1995: “Olha O Passarinho”
1996: “A Dança Dos Bichos” e “Frutanimais”
1997: “Xô Preguiça” e “Beijomania”
1998: “Amigo Cão” e “Dia De Alegria”
1999: “Primavera”
2000: “A Força Do Mestre”
2000: “A Força Do Raio”
2000: “Brincar Com Chiquinho”
2001: “A Galinha Magricela”, “O Elefante e a Formiguinha” e “Um Mundo Ideal” (com Alexandre Pires)
2002: “Dona Felicidade”, “Pula Corda” e “Ai Meu Nariz”
2003: “É Tão Lindo”, “Meu Cachorrinho (Chihuahua)” e “Fábrica Maluca”
2004: “Um, Dois, Três”
2005: “Diga Sim”
2006: “Muvuca”
2007: “Essa Ternura” (para a novela Luz do Sol da Record)
2009: “Tempo De Mudar” (com Maisa)

Livros

2005: "Os Segredos dos Golfinhos"
2006: "Os Segredos do Pantanal"

Prêmios

2000: Indicação ao Grammy Latino na categoria Melhor Álbum Infantil por “Primavera”
2003: Prêmio Tim de Música Brasileira de Melhor Álbum Infantil por “É Dez”
2004: Troféu Imprensa de Melhor Programa Infantil por “Fábrica Maluca”
2008: Personalidade do Ano na Televisão, distinção promovida pela Editora Três (Istoé, Istoé Gente eIstoé Dinheiro).
2009: Troféu Internet 2009 de Melhor apresentadora/animadora do ano de 2008.




''Big Brother Brasil'' se transforma em um show de apelação



Há poucas semanas estreou na Rede Globo como de costume, mais uma edição do Big Brother Brasil. Há muito tempo o Reality vem decaindo e a cada edição que passa os participantes selecionados para entrar na casa são sem carisma e apelam, para quem sabe, se não ganhar o prêmio, continuar na mídia após o reality.

A diferença é que nessa edição os participantes estão simplesmente atirando para todos os lados e apelando demais. Quem tem vontade de assistir aquilo? Respeito é bom e todos gostam, e no horário em que é exibido, ainda tem crianças, adolescentes, família reunida. Não que isso está acontecendo apenas nessa edição, mas nas outras pelo menos era no famoso “em baixo do edredom”, agora é gente tomando banho pelado na piscina, amigos tirando sunga um do outro e outras coisinhas que prefiro não comentar.

Respeito quem curte o reality e confesso que assistia muito, mas essa edição é um bando de gente sem carisma e apelando para o sexual, deixei de lado! 

Ivani Ribeiro, a consagrada autora de telenovelas da televisão Brasileira

POR MAURÍCIO NETO

Ivani Ribeiro foi uma de nossas maiores novelistas. Suas histórias encantaram gerações por décadas. Sua trajetória se confunde com a própria história da TV no Brasil. Se viva fosse, Ivani estaria completando 98 anos no dia 20 de fevereiro. Ivani não, Cleyde Alves de Freitas Ferreira, nascida em São Vicente, litoral de São Paulo. Cleyde adotou o pseudônimo Ivani em 1934, quando começou a cantar na Rádio Educadora, em São Paulo. O sobrenome Ribeiro foi uma homenagem ao poeta Oliveira Ribeiro Netto, que ela admirava.

Ivani Ribeiro, passou por várias rádios de São Paulo, atuando como cantora, atriz e produtora de programas de variedades e dramaturgia. Criou a “Hora infantil”, ainda na Rádio Educadora, com músicas e poemas. Na Rádio Difusora, cantou acompanhada por uma orquestra. Na Rádio Tupi, foi atriz do programa “As Mais Belas Cartas de Amor”. Trabalhando na Rádio Tupi, Ivani conheceu Dárcio Ferreira, locutor de sucesso na época. O amor nasceu naturalmente, e os colegas de trabalho se tornariam parceiros de uma vida toda: casaram-se em 17 de julho de 1942. Os dois nunca mais se separaram.

A transposição do rádio para a televisão foi natural. No momento da inauguração da TV no Brasil, Ivani já estava na TV Tupi de São Paulo. Em 1963 escreveu sua primeira novela diária, “Corações em Conflito”. O sucesso veio em seguida, com as novelas “Alma Cigana” e “A Moça que Veio de Longe”. Ivani Ribeiro é uma das minhas novelistas preferidas. Eu a conheci ainda criança, através da novela “Aritana”, da TV Tupi, exibida entre 1978 e 1979. Mas lembro da época em que passou “O Profeta”, “O Espantalho”, “A Viagem” e “A Barba Azul”, seus trabalhos anteriores.

Com o fim da Tupi, Ivani teve uma rápida passagem pela TV Bandeirantes (a Band), onde dois de seus antigos sucessos foram regravados (“A Deusa Vencida” e “O Meu Pé de Laranja Lima”) e onde ela escreveu duas tramas inéditas: “Os Adolescentes” e “Cavalo Amarelo”. Eu vi “Cavalo Amarelo” em uma de suas reprises. Uma novela deliciosa que nos brindava com a participação luxuosa de Dercy Gonçalves. Ivani Ribeiro só chegou à Globo depois de trinta anos de carreira na TV, tendo passado por quase todas as emissoras, com sucessos marcantes, principalmente na Excelsior e Tupi (“A Muralha”, “As Minas de Prata”, “Mulheres de Areia” e vários outros). Sua primeira novela na Globo foi “Final Feliz”, que estreou no final de 1982. Uma trama romântica que contrastava com as comédias que faziam sucesso às sete horas na época.

O curioso é que “Final Feliz” foi a única novela inédita de Ivani Ribeiro na Globo. Todos os seus demais trabalhos na emissora eram remakes ou adaptações de antigas novelas da autora. “Amor com Amor se Paga” (1984) era uma adaptação de “Camomila e Bem-Me-Quer”, novela apresentada pela Tupi entre 1972 e 1973. “A Gata Comeu” (1985) era um remake de “A Barba Azul” (Tupi, 1974-1975). “Hipertensão” (1986-1987), uma adaptação de “Nossa Filha Gabriela” (Tupi, 1971-1972). “O Sexo dos Anjos” (1989-1990), uma adaptação de “O Terceiro Pecado” (Excelsior, 1968). E “Mulheres de Areia” (1993) e “A Viagem” (1994), remakes das novelas homônimas, da Tupi.

Ivani Ribeiro era conhecida pela sua incrível capacidade de criação. Escreveu todo tipo de novela, abordou inúmeras temáticas – inclusive com merchandising social em uma época em que não existia este termo. Adaptações de radionovelas latinas, adaptações de clássicos da literatura e do cinema, novelas infanto-juvenis, tramas rurais ou urbanas, novelas de época e até de cunho espírita ou exotérico.  Ivani era uma escritora incansável, roteirizava novelas seguidas, sem descanso, e, às vezes, mais de uma ao mesmo tempo. Na segunda metade da década de 1960, ela escreveu treze novelas consecutivas para o horário das 19h30 da TV Excelsior – um feito impensável para os padrões de hoje, guardadas as devidas proporções.

Em muitos casos, Ivani escreveu uma novela e supervisionou outra ao mesmo tempo. Em 1974, enquanto ia ao ar “A Barba Azuil”, às sete horas na Tupi, ela supervisionou a trama das oito, “Os Inocentes”, também de sua autoria, mas escrita pelo marido, Dárcio. Outro exemplo: em 1972 escreveu para a Tupi “Camomila e Bem-Me-Quer”, enquanto ia ao ar “O Leopardo”, na TV Record, em que escrevia sob o pseudônimo Artur Amorim, para driblar a mídia, já que eram novelas para emissoras concorrentes.

Em 1976, Ivani deixou a TV Tupi para trabalhar para Silvio Santos, que ainda não tinha o SBT, mas produziu a novela “O Espantalho”, apresentada na Record e Tupi. Como o contrato da novelista com o “homem do baú” terminava apenas em 1980, e sem novelas para escrever, Ivani foi “emprestada” para a Tupi, para a qual escreveu “O Profeta” e “Aritana”.

Ivani Ribeiro faleceu em 17 de julho de 1995, aos 79 anos, de insuficiência renal provocada pelo diabetes, deixando dois filhos, Luís Carlos e Eduardo. Ivani se foi sem saber que seu marido, Dárcio, havia falecido vinte dias antes, no mesmo hospital onde ela estava internada. Antes de falecer, Ivani deixou pronto o argumento para uma nova novela, “Caminhos do Vento”, que estreou após sua morte, em 1996, com novo título: “Quem é Você”, desenvolvida por Solange Castro Neves e Lauro César Muniz.



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