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Vem muito aí
Fazia tempo que eu não me empolgava tanto com uma novela das nove como estou empolgado com a próxima novela de João Emanuel Carneiro.
Óbvio que eu tenho consciência de como é o perfil do autor, e que posso me decepcionar em algum momento com os rumos da trama, mas ainda assim, posso afirmar que não existe uma novela do autor que seja de todo ruim.
As chamadas, o elenco e o que foi divulgado da trama, me empolga muito. E eu já estou contando os dias para 9 de setembro.
Maratona particular
Estou terminando "A Lua Me Disse", e o resultado final é positivo, mas chegou em um momento onde os autores subestimaram a inteligência do público, e talvez se fosse hoje, as redes sociais seriam o lugar para muitas critícas, e nem é sobre as questões que já rolavam nos fóruns como preconceito, homofobia e tudo mais.
A novela parece que é um eterno morde e assopra. Quando temos um conflito interessante, a coisa esfria e não acontece nada que a gente imaginou. Heloísa é uma mocinha passiva, que teve poucos embates com Ester e Tadeu. Na reta final, os capítulos estão sendo resumidos em cenas aleatórias com um ou dois acontecimentos relevantes do meio para o final.
O que provavelmente segurou o telespectador na época, sem dúvidas, é o carisma dos personagens criados por Miguel Falabella e Maria Carmen Barbosa, porque a história já acabou faz tempo.
Viver a Vida no VIVA
Estou acompanhando a trama de Manoel Carlos, e confesso que estou gostando bastante. Nesses primeiros capítulos, os conflitos de Luciana (Alinne Moraes) são bem mais interessantes que o de Helena (Taís Araújo), que conheceu Marcos (José Mayer) e uma semana depois casou.
Estamos apenas na segunda semana, e muita água vai rolar, mas por enquanto, sigo gostando de acompanhar a novela.
Reprise de "Viver a Vida" irá inocentar Helena de Taís Araújo
Ontem foi ao ar o segundo capítulo de "Viver a Vida", novela de Manoel Carlos que está sendo reprisada pela primeira vez, no Canal Viva. A trama dividiu opiniões na época em que foi exibida, e chegou a fazer Taís Araújo (Helena) a pensar em desistir de sua carreira.
Depois de 15 anos, talvez seja a hora de a gente ter uma outra visão sobre a trama, que teve sua rota recalculada na época, e fez o público torcer pelas personagens de Lilia Cabral (Tereza) e Alinne Moraes (Luciana), e rejeitando Helena, a verdadeira protagonista da novela.
Em apenas dois capítulos, é perceptível o quanto Luciana é uma garota mimada, e desde o primeiro segundo em cena tenta desdenhar de sua parceira de profissão, Helena, e isso só piora quando no final do primeiro capítulo leva um tombo e a culpa pelo desastre.
A coisa só piora no capítulo seguinte, quando a garota mimada chega no apartamento do pai, e flagra Helena aos beijos com Marcos, e faz um escândalo. A personagem pode até ter um arco de redenção, visto que é apenas uma garota mimada, mas o mesmo não se repete com Tereza.
Na cena seguinte do flagra, em conversa com a filha, Tereza diz que apenas o ex marido pra trocar uma branca por uma negra, sendo assim, se mostra além de amargurada, uma mulher racista desde o início da novela.
Essa única cena me fez questionar tudo o que vem pela frente, principalmente a cena em que Helena tem o rosto esbofetado pela madame. E me faz questionar, como na época, chegaram a dizer que ela era a Helena moral da novela. Que moral é essa?
O autor quis inovar com a primeira Helena negra, mas acabou conduzindo a trama de uma maneira absurda, e eu tenho certeza que essa reprise irá provar isso.