A novela Amor Eterno Amor, de Elizabeth Jhin, começou com promessas de uma história envolvente, misturando temas espirituais, drama familiar e romance. Até a morte de Verbena (Ana Lucia Torre) e a busca por Carlos (Gabriel Braga Nunes), o filho desaparecido, a trama conseguia manter um ritmo que prendia a atenção. O suspense em torno da reconexão familiar era cativante, e os personagens secundários contribuíam para a riqueza do enredo.
Entretanto, após o fechamento desses arcos, o encanto se perdeu. A novela caiu em uma narrativa linear e previsível, deixando a impressão de que os conflitos e mistérios se esgotaram precocemente. Até personagens como Gracinha (Daniela Fontan), que tinham um brilho especial no começo, foram perdendo espaço.
A sensação de estagnação é agravada pela falta de novos conflitos significativos e pela ausência de reviravoltas que tragam vitalidade à narrativa. Apesar das belezas visuais e do apelo espiritual característico de Elizabeth Jhin, Amor Eterno Amor parece ter se contentado em navegar em águas calmas, sem ousar explorar tempestades que poderiam renovar o interesse do público.
Para quem maratona, o desafio é ainda maior. Sem o suporte do frescor diário da exibição original, as maratonas dependem de tramas envolventes para manter o interesse. Por enquanto, a novela está mais próxima de um desafio de paciência do que de um prazer nostálgico.
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