Relembre "Sete Vidas", novela protagonizada pelo saudoso Domingos Montagner

Em 9 de março de 2015 estreava Sete Vidas, novela em que Lícia Manzo se inspirou em uma história real para contar a história de Miguel, interpretado pelo saudoso Domingos Montagner.


A trama contava a história de sete vidas, Júlia (Isabelle Drummond), Pedro (Jayme Matarazzo), Bernardo (Ghilherme Lobo), Luís (Thiago Rodrigues), Laila (Maria Eduarda de Carvalho), Felipe (Michel Noher) e Joaquim (Bernardo Berruezo), que não se conhecem, mas tem uma ligação por serem filhos de Miguel (Domingos Montagner), um doador de sêmen.

O oceanógrafo Miguel foge de vínculos afetivos por conta de um trauma familiar: ele acredita ter provocado a morte de sua mãe na adolescência. Namorado da jornalista Lígia (Debora Bloch) há pouco mais de um ano, Miguel se sente pressionado a construir uma família ao lado dela e embarca em uma expedição arriscada à Antártica para fugir da responsabilidade.

Durante a viagem, o navegador sofre um acidente de barco e é dado como morto. Lígia vai até a Antártica com Lauro (Leonardo Medeiros), melhor amigo e parceiro de trabalho de Miguel, acompanhar as buscas pelo corpo e, ao voltar para o Brasil, descobre que está grávida.

Ao mesmo tempo, a estudante de medicina Júlia descobre que não é filha biológica do falecido pai, em uma aula prática do curso. Ao questionar a mãe Marta (Gisele Fróes), dona de um renomado buffet, a moça é informada que o pai era estéril e que ela foi gerada por meio de inseminação artificial.

Com o número de registro de seu doador anônimo, a estudante descobre que tem um meio-irmão: o biólogo marinho Pedro (Jayme Matarazzo). Os dois marcam um encontro em uma manifestação contra a instalação de uma indústria química no centro do Rio de Janeiro. Eles não se encontram no lugar marcado, se esbarram. A atração é imediata, mas, horas depois, os dois se identificam e iniciam um convívio marcado por um amor impossível.

Pedro e Júlia enviam uma carta para o doador de número 251 e o documento é entregue a Lígia, que está grávida de Joaquim, meio-irmão deles, e decide conhecê-los. Durante um jantar na casa do biólogo, a jornalista conhece Vicente (Ângelo Antônio), produtor musical e pai de criação de Pedro. O convívio entre eles aumenta e acaba em casamento.

Um ano após o acidente na Antártica, Miguel (Domingos Montagner) volta ao Brasil e procura Lauro (Leonardo Medeiros). O oceanógrafo conta que foi resgatado quase sem vida por um pesqueiro clandestino e, depois, abandonado sem memória em uma colônia de pescadores. Aos poucos, ele recuperou suas lembranças e agora está disposto a retomar sua vida.

Ao se deparar com a notícia do casamento entre Lígia (Debora Bloch) e Vicente (Ângelo Antônio), com a existência de Joaquim e a aparição de seus dois filhos biológicos, frutos da doação de sêmen que fez aos 16 anos de idade nos Estados Unidos, Miguel decide ir embora novamente. Ele prefere continuar dado como morto e pede para o amigo guardar o segredo.

Uma das curiosidades sobre a trama, é que inicialmente ela iria estrear no horário das 23h em 2014, com apenas 57 capítulos, por tanto a Globo decidiu mudar o cronograma e decidiu que a trama se sairia melhor como uma novela das seis pela temática leve e romântica, colocando-a para substituir Boogie Oogie.

Lícia Manzo utilizou como inspiração para escrever a história o filme franco-canadense "Meus 533 Filhos", de 2011, e o filme estadunidense "De Repente Pai", de 2013, ambos com temáticas que envolviam doadores de sêmen que tem a vida alterada quando os dados vazam e seus filhos saem em busca de conhecê-los, porém alterando o foco da comédia para um romance dramático.

A trama está na íntegra na Globoplay. 

O álbum que Luan Santana celebrou as mulheres

Há pouco menos de oito anos, Luan Santana dava um passo importante em sua carreira quando reuniu grandes nomes femininos da música brasileira para lançar o "1977". 

Sandy, Ivete Sangalo, Ana Carolina e a memorável Marília Mendonça são algumas das estrelas que contribuíram para este audacioso projeto, que permitiu ao artista ampliar ainda mais a popularidade de sua música no Brasil. Sob a produção de Dudu Borges, o "1977" apresentou músicas que transcendiam o gênero sertanejo, com o artista aventurando-se em faixas de estilo mais pop.

O título "1977", é por conta do ano que foi criado o Dia Internacional da Mulher, pela ONU. O projeto teve um lançamento exclusivo nos cinemas Cinemark — algo não muito recorrente na época. Com 12 faixas, atualmente, o projeto ultrapassa a marca de 242 milhões de streams apenas no Spotify. 



"Kubanacan" é uma novela confusa?


Após quase um ano, concluí minha maratona da novela Kubanacan, escrita por Carlos Lombardi. Minha decisão de assistir à trama veio a partir de uma discussão no Twitter, que despertou minha curiosidade sobre a novela, da qual eu pouco me lembrava por ser muito jovem durante sua exibição original. Poucos capítulos se passaram até que eu me encontrasse imerso na intrigante trama criada pelo autor.

Após ler diversos comentários sobre a novela, formei uma perspectiva que diverge da opinião majoritária. Nota-se que, após 130 episódios, o ritmo da trama sofre alterações e a narrativa tende a se tornar repetitiva — uma ocorrência comum em novelas com 227 capítulos. No caso de Kubanacan, o autor demonstrou habilidade ao criar situações que capturam a atenção do espectador.

Após inúmeras situações, descobrimos o grande mistério envolvendo Esteban (Marcos Pasquim), e é neste ponto que se encontra o dilema crucial. Será que o autor se desviou para um desfecho sem lógica?

Minha maratona se estendeu por aproximadamente seis meses, e posso afirmar que o desfecho não correspondeu às minhas expectativas, porém, não é tão confuso como muitos sugerem. Há a presença chocante do incesto, que ficou evidente com a revelação do segredo. Contudo, quem assistiu sabe que todas as peças se encaixaram, e o autor fez questão de utilizar vários flashbacks para elucidar o rumo que a trama estava seguindo.

Se você tem interesse em assistir à novela, mas hesita devido às críticas ao seu final, eu sugiro que dê uma chance e se permita se apaixonar pelos personagens criados pelo autor. Essa experiência será uma montanha-russa de emoções, mas que, no final, se mostra gratificante.

Iurih lança "Simbiose", terceiro single de novo álbum

O jovem cantor cearense, aos 23 anos, surpreendeu os seus Querubins com o terceiro single de seu próximo álbum, intitulado Tarot Hormesis. 

“Simbiose foi uma das últimas faixas a entrar para o álbum. O instrumental já existia desde 2022, porém estava arquivado. Em uma noite de junho, ao revisitar minhas gravações antigas, me deparei com ele e decidi resgatá-lo. Cerca de dois dias depois, comecei a compor a letra a partir do refrão, percebendo que se encaixava perfeitamente na narrativa trazida pelo Tarot Hormesis.” Disse Iurih.

O novo single já está disponível em todas as plataformas digitais para apreciação dos fãs. Ouça:

A segunda fase de "Além do Tempo"


"Além do Tempo" é uma das novelas mais aclamadas de Elizabeth Jhin. Após me encantar com "Espelho da Vida", decidi fazer uma maratona desta obra.

A narrativa começa de forma suave, prolongando-se por semanas, com o foco centrado no reencontro e no romance de Bernardo e Emília. Lívia e Felipe, por exemplo, embarcam em seu romance quase no término da primeira fase. Esta etapa inicial é notável pela sua sofisticação e pela precisão da direção. Sem dúvida, após o quinquagésimo episódio, já começamos a sentir o ritmo de um final de novela, e talvez isso seja o motivo pelo qual o público, seja tão nostálgico com relação a ela, já que é uma virada de fase impecável.

"Além do Tempo" é uma novela excepcional, mas estão equivocados aqueles que pensam que a segunda fase marcou um declínio na sua qualidade. Em uma maratona, é nessa segunda etapa que traz uma lufada de ar fresco para a trama, aumentando ainda mais a nossa expectativa pelo que está por vir.

O icônico 'W' de Wanessa Camargo




Lançado em agosto de 2005, "W", o quarto álbum de estúdio de Wanessa Camargo, apresentou sonoridade pouco explorada pela artista até então. Em 2020, marcando seus 20 anos de carreira, Wanessa produziu uma web série discutindo cada etapa de sua trajetória, e rever o projeto me permitiu reconectar com algumas de suas obras iniciais. 

Com 15 faixas e sob a produção de César Lemos e Jason Deere, o álbum apresenta uma sonoridade mais madura em comparação com os trabalhos anteriores da artista. Além disso, traz faixas mais autorais, exemplificado pela faixa "Era Uma Vez...", que foi inteiramente composta por Wanessa
 
O trabalho apresentou faixas notáveis como "Não Resisto a Nós Dois" e "Amor, Amor", que estão entre os maiores sucessos de sua discografia. No entanto, é importante destacar "Louca", "Chamar Atenção" e a romântica "Eu Vou Sonhar", como faixas que deveriam ter recebido mais reconhecimento.

O álbum introduziu o reggaeton ao público brasileiro, uma inovação musical no cenário. "W" acabou ampliando a base de fãs ao trazer um estilo mais pop do que os trabalhos anteriores, mantendo, contudo, a essência romântica. "W" é o reflexo de uma produção extremamente bem elaborada, evocando uma era dourada na carreira da artista.

Os álbuns lançados em 2001



Nos anos 2000, artistas lançaram músicas e álbuns memoráveis. Naquela época, a internet não era muito usada, então a TV, o rádio e os CDs físicos eram os principais meios de ouvir música. Eu adorava ir à loja local para comprar meus CDs!

Ao organizar minha coleção de álbuns musicais, notei que 2001 foi um ano marcante para a música brasileira, com lançamentos memoráveis em estilos como MPB, pop, sertanejo e pagode.

Neste artigo, farei uma retrospectiva de alguns álbuns lançados em 2001. Se desejar contribuir para a discussão, sinta-se à vontade para comentar sobre algum álbum que não esteja presente na lista e que tenha sido significativo para você.

BONDE DO TIGRÃO: Quem não se lembra de dançar ao som de "Cerol na Mão", "O Baile Todo" ou "Sai do Chão" em alguma festa durante os anos 2000? Estas músicas, parte do primeiro álbum do grupo Bonde do Tigrão, marcaram a época de tal forma que ainda hoje são tocadas nas principais festas. Inesquecível, não é mesmo? Ouça o álbum clicando aqui.


SANDY E JUNIOR: A proeminente dupla brasileira dos anos 90 e 2000 lançou em outubro um projeto originalmente denominado "11". Contudo, devido ao atentado de 11 de setembro, o projeto foi rebatizado com o nome da dupla, tornando-se um álbum homônimo. A edição inicial, composta por um milhão de cópias, esgotou-se em meros três dias. O álbum apresenta grandes sucessos como "Quando Você Passa (Turu Turu)", "Não Dá Pra Não Pensar", "Cai a Chuva" e "O Amor Faz", tornando-se um dos álbuns mais vendidos daquele ano.


Anos mais tarde, o álbum continua sendo um dos mais populares da dupla, com 11 de suas 14 faixas ultrapassando a marca de 1 milhão de reproduções no Spotify, algumas das quais excedendo 5 milhões de plays. Ouça o álbum clicando aqui!



ANA RITA JOANA IRACEMA CAROLINA: Ana Carolina, uma das artistas mais populares no início dos anos 2000, lançou seu segundo álbum em março de 2001. Este álbum é marcado por faixas notáveis como "Quem de Nós Dois", "Ela é Bamba", "Pra Terminar", "Que Se Danem os Nós" e "Violão e Voz", que contou com a participação especial de Alcione. O projeto ganhou disco de platina por vender mais de 300 mil cópias. Ouça o álbum clicando aqui.


KELLY KEY: Sim, foi em 2001 que Kelly Key lançou seu primeiro álbum homônimo, marcando uma geração com faixas memoráveis como "Baba", "Cachorrinho" e o icônico hino da angústia daquele ano, "Anjo". Quem poderia esquecer? O sucesso foi tão avassalador que o projeto ganhou uma versão em espanhol. Naquela época, Kelly Key explicou em uma entrevista como se envolveu com a música: "A música entrou de forma inesperada na minha vida. Conheci um produtor que tinha um projeto similar ao da Britney Spears. Não tinha nada a perder e só queria que minhas amigas me ouvissem no rádio. Então, agarrei a primeira oportunidade que surgiu." Ouça o álbum clicando aqui.



WANESSA CAMARGO: Após o triunfo de seu projeto inicial, Wanessa lançou o segundo álbum de sua carreira. Este, assim como o anterior, alcançou grande êxito. O álbum apresentou canções marcantes, ainda hoje lembradas pelo público, entre as quais se destacam "Tanta Saudade", "Eu Quero Ser o Seu Amor", "Enfeitiçada" e "Gostar de Mim". O disco foi premiado com disco de ouro por exceder a marca de 100 mil cópias vendidas. Ouça o álbum clicando aqui.


ABALANDO A SUA FÁBRICA: O quarto álbum da banda Charlie Brown Jr., lançado em abril de 2001, destacou-se por ser o primeiro projeto sem a presença do guitarrista Thiago Castanho. Durante aquele período, Thiago não foi substituído por outro músico. Além disso, este álbum foi o primeiro da banda que não contou com participações especiais. Faziam parte da lista de faixas músicas como "Lugar ao Sol", "Eu Protesto", "Hoje Eu Acordei Feliz" e "Como Tudo Deve Ser". Ouça o álbum clicando aqui.



ACÚSTICOEm 2001, Bruno e Marrone lançaram um dos álbuns mais memoráveis de sua carreira. Este projeto foi o primeiro registro ao vivo da dupla, que ganhou notoriedade entre o grande público graças ao sucesso da canção "Dormi Na Praça". O álbum recebeu o prestigioso Grammy Latino na categoria de Melhor Álbum de Música Sertaneja. Somente no ano de seu lançamento, foram vendidas quase 2 milhões de cópias. Ouça o álbum clicando aqui.


Com letras autobiográficas, Wanessa Camargo lança o ótimo álbum "Livre"


Wanessa Camargo está de volta!

A artista que marcou uma geração com as suas músicas românticas e dançantes, lançou, em dezembro, seu álbum LIVRE. Trazendo faixas autobiográficas sobre tudo o que viveu nos últimos anos, Wanessa nos entregou faixas que abusam de todas as vertentes que ela já mostrou ao longo da carreira. 

No projeto, que foi lançado em três atos, a artista conta uma história de liberdade e autoconhecimento. "Lua Cheia", "Livre" e "Não Devo Nada" são alguns destaques dançantes do álbum, enquanto "Parte de Mim" e "Quem Sou Eu" apresentam melodias mais dramáticas, e que a própria artista diz ser sobre o processo de divórcio. 

LIVRE é um álbum coeso e muito bem produzido. Após o irregular "33" (2018), a artista já mostrava tomar as rédeas da carreira em "Universo Invertido", ótimo álbum lançado em 2021, e agora parece ter se reencontrado de vez na música.

NOTA: 5,0/5

O início frenético de "Uga Uga" empolga


Quando finalizei a maratona de Kubanacan, nenhuma novela conseguiu ocupar o seu espaço no meu dia. Todo o universo que Carlos Lombardi criou para a trama de forma magnífica, me fez ficar órfão, e então eu resolvi começar mais uma de sua autoria. 

Uga Uga foi ao ar três anos antes de Kubanacan, e por a novela ainda estar fresca na minha memória, consigo ver muitas semelhanças entre uma e outra, mas isso é algo que não vem ao caso nesse momento. 

Estou finalizando a primeira semana de Uga Uga, e posso dizer que mais uma vez o autor consegue entregar cenas de ação, romances e um texto muito inteligente. Hoje, tendo a oportunidade de maratonar novelas, consigo entender quando alguém fala sobre estilo de autores, e apesar de alguns serem apontados como repetitivos, nenhum passa longe de suas tramas anteriores. 

Os primeiros capítulos de Uga Uga focam na queda do avião que levava Rolando, contra a sua vontade, até onde seu primo desaparecido há 12 anos está. E é aqui que somos apresentados ao protagonista Tatuapú, indígena branco que foi criado por indígenas após seus pais serem mortos na floresta.

Ao mesmo tempo que a história de Tatuapú é contada, conhecemos Baldochi, sargento que precisou forjar sua própria morte para proteger sua família. Seu caminho se cruza com o indígena enquanto ambos estão fugindo pela floresta.

Até então, os capítulos apresentam muito bem os personagens e quem os cercam. Sabemos quem são os mocinhos, vilões e tudo acontece no ritmo frenético de Carlos Lombardi. Os mais de 40 minutos de cada capítulo passam voando, e assim como Kubanacan, eu sei que tenho um longo caminho pela frente. 

obs: não irei entrar nas questões problemáticas já que se trata de uma novela de outra época.
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