Gêneros Cinematográficos: Fantástico

Em mais uma Papo de Cinema, vamos abordar algumas questões importantes, sobre esse gênero, é particularmente, um que gosto muito, eu e muitos fãs da cultura pop, falaremos hoje do gênero de FANTÁSTICO, baseado nossos estudos no livro de Luis Nogueira, “MANUAL DE CINEMA II- GÊNEROS CINEMATOGRAFICOS” .

“No contexto da cultura cinematográfica, o fantástico pode ser definido de um modo suficientemente convincente, apesar das contaminações em que convive com outros géneros (o filme de aventuras, o filme de ação, o filme de terror ou o filme de ficção científica são disso exemplo claro), das múltiplas gêneses das suas personagens (religiosas, tecnológicas, sobrenaturais) ou da morfologia e ontologia plural dos seus universos (passados ou futuros, próximos ou distantes, mentais ou físicos)” Minha análise sobre esse trecho do autor, é que o gênero fantástico ele consegue transitar entre todos os gêneros, principalmente sobre  aventura, ação, terror e ficção, estabelecer um universo próprio seja por a origem de seus personagens e podendo alternar entre os tempos, passado, presente ou futuro. “Só para deixar alguns exemplos de filmes: Senhor dos Anéis, Harry Potter, De volta para o futuro, Sucker Punch, Vingadores, Crepúsculo.

“Aqui, as relações de causa-efeito como as conhecemos são constantemente desafiadas: seja na mente das personagens seja na mais reconhecível banalidade, tudo acaba por, a certo momento e em certas condições, se tornar possível. As leis do mundo e as suas premissas são quebradas e um novo regime de causalidade é instaurado: um novo tipo de explicações e de justificações entra em vigor.” Minha análise sobre a obra do autor, é que no gênero fantástico, os filmes são compostos de suas próprias regras, tudo pode se tornar possível, tudo é criado como uma justificativa. Prova disso é o universo de “As Crônicas de Narnia”, best-seller adaptado do famoso C.S Lewis, podemos pegar a cena em que Aslam decide se sacrificar por Edmundo, por ele ter traído seus irmãos, Aslam paga o preço e a Feiticeira Branca aceita a proposta, ali é considerado uma vitória da vilã.  Aqui é a prova que o universo criado por Lewis tem regra própria, o julgamento em si é a prova de como essas leis  são seguidas a risco em Nárnia.


“O fantástico acabará, então, por estar muitas vezes ligado ao sobrenatural. Tanto as forças criadoras como as forças exterminadoras em confronto têm uma proveniência muitas vezes alheia a todas as leis da natureza. E nesse aspecto os defensores do bem como os defensores do mal adquirem os seus poderes e as suas competências das mais diversas instâncias, quantas vezes, poderemos dizer, quase da ordem da metafísica ou, se quisermos, do prodigioso – aliás, podemos mesmo falar de uma estética do prodígio no que respeita ao imaginário fantástico em geral.” Se  me permitam, discorrer sobre esse argumento do autor, aqui o que entendo e compreendo é que  muitas vezes o fantástico é ligado a um mundo sobrenatural, que independe  das leis da natureza. Tanto os protagonistas, como os antagonistas adquirem seus poderes e habilidades das mais variadas formas, aposto que falando em sobrenatural, você pensou no bruxinho mais famoso, sim, vamos  falar de Harry Potter, do universo da famosa autora britânica J. K Rowling, aqui tanto o nosso protagonista Harry, como o antagonista Valdemont descobriram seus  poderes de maneiras diversas e experiências diferentes ao entender o seu lugar. A história de Harry é marcada por sofrimento, quando perdeu seus pais e foi morar com seus tios que sempre trataram com muita repulsa e sua vida começa a mudar quando começa a entender que ele  não faz parte do mundo dos “trouxas”  e sim dos “bruxos” até descobrir parte de sua origem, do outro lado, temos a volta de Você-Sabe-Quem que voltou por um objetivo muito coeso. O universo de Potter deixa bem claro que o mundo de fantasia é longo e extenso.


“As fontes de toda esta criatividade são da mais diversa natureza: em alguns casos, o mundo antigo, ou mesmo o mundo pré-histórico, serve de base à imaginação; noutros casos é o universo medieval que serve de referência; a própria mente ou o próprio corpo humano podem também ser o local da aventura; os mais extravagantes locais naturais, como bosques ou florestas, são-no igualmente.” Ou seja, para ter um universo fantástico, basta ter vastas referência na imaginação, que vai desde a antiguidade, o corpo humano e até mesmo  florestas, percebe como é um universo de criação cheio de possibilidades.  Segue alguns exemplos que falam por si só, como as aventuras na Terra Média, ou navio Pérola Negra com o capitão Jack Sparrow, o País das Maravilhas em que Alice entra, até em uma galáxia muito, muito distante com Rey e Flinn.  Vários exemplos não são mesmo?

Por hoje é só. Agora me diga seu gênero favorito nos comentários! Até a próxima!



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