Mudanças sem fundamentos transformaram atual temporada de Malhação em circo de horrores


Nem o talento de Barbara França salva a atual temporada de Malhação. Quando estreou, uma história interessante, personagens cativantes, conflitos reais e que chamavam atenção por um bom elenco, agora, em sua reta final, um circo de horrores. Durante esses meses, o autor desfez casais sem nenhuma explicação, apostou em histórias nada atrativas. Parei de assistir em outubro e voltei há uns dois meses atrás.

Os embates de Joana (Aline Dias) e Bárbara eram o ponto alto da temporada, mas que acabou cansando ao serem exibidos em praticamente todos os capítulos. Bárbara se transformou em uma histérica, gritando em praticamente todas as cenas. Caio (Thiago Fragoso), se mostrou ser um vilão de uma hora para outra, sem nenhuma sutileza. A gente sabia que tinha algo de errado, mas a forma como esse caráter dúbio do personagem foi desenvolvido, deixou muito a desejar.

Além de uma história central mais ou menos, temos a gravidez de Martinha (Malu Pizzatto) e o triângulo amoroso formado por ela, Lucas (Bruno Guedes) e Luíza (Bárbara Maia). Lucas era um personagem promissor, mas o autor estragou o personagem ao afasta-lo de Juliana (Giulia Gayoso), outra que ficou esquecida no meio da trama. Temos ainda que aguentar situações onde Krica (Cynthia Senek) e Cleyton (Nego do Borel) ficam um capítulo inteiro debatendo sobre planos de mudanças fantasiosos, onde no final não leva a lugar nenhum.

Entrando na reta final, o que resta é esperar que os capítulos melhorem e levem à algum lugar. Precisamos de movimento, situações que façam a trama sair da mesmice que está há meses. 

Estreia de Novo Mundo empolga com capítulo ágil e personagens cativantes

 


Se formos julgar pela estreia, Novo Mundo tem tudo para ser uma grande novela no horário das seis. Dos autores Thereza Falcão Alessandro Marson, a trama apresentou um capítulo de estreia de tirar o fôlego, que não perde nada para filmes de aventura e romance.

Apresentando seus personagens principais, o capítulo destacou Elvira que está sendo defendida por Ingrid Guimarães, a personagem que não tinha me conquistado nas chamadas, roubou a cena nesse primeiro capítulo e sua dobradinha com Joaquim (Chay Suede), foi um dos pontos altos. O intérprete de Joaquim, também se saiu muito bem com um personagem que tem um lado romântico, como os outros personagens que o ator fez, mas também tem um lado diferente, cômico. Outros destaques do elenco são Isabelle Drummond, o que acaba por não ser uma novidade, e Letícia Colin como Dona Leopoldina, uma personagem apaixonante.

Nas redes sociais, percebi muita gente incomodada com o sotaque dos personagens, mas é uma trama que não se passa no Brasil e ficaria um pouco irreal se todos já começassem a trama falando em português. Por tanto, se a direção perceber que isso está prejudicando a trama, não duvido que eles diminuam o sotaque, o que por mim, não precisa acontecer.

As cenas que sucederam o roubo do ouro, e acabaram com Joaquim no navio, foram muito bem-feitas, e isso tornou tudo muito divertido e emocionante de acompanhar. A trilha incidental, é quase uma personagem na trama, dando ainda mais verdade para as cenas. Toda a direção da novela está de parabéns, o trabalho é de primeira.

Outro ponto alto da trama é sua abertura, uma das mais lindas e bem-feitas dos últimos anos. Não é novidade que as aberturas vêm deixando a desejar, mas a nova novela das seis vem para comprovar que quando eles querem, eles sabem surpreender com algo muito bem feito.

Só foi exibido um capítulo, ainda temos um grande caminho pela frente, mas acho que temos uma grande novela no ar. É torcer para que os autores mantenham o nível dessa estreia e não se percam na própria história.


Após seis anos, Wanessa Camargo aposta no sertanejo em bom álbum



Após um hiato de seis anos sem álbum de inéditas, Wanessa voltou com o Camargo e anunciou mais uma mudança em sua carreira. Após se consagrar no POP Eletrônico, a cantora aposta no sertanejo em 33 (Som Livre, 2017), seu novo álbum.

Coração Embriagado (Gabriel Do Cavaco; Diego Ferrari; João Neto; Frederico Nunes; Shylton Fernandes, 2016) foi a faixa escolhida para abrir esse novo projeto, e na minha opinião, o álbum tem faixas bem melhores. A canção tem uma letra bonita, mas o refrão é brega demais. Anestesia (Bruno Caliman; Luka Santos; Rafa Torres, 2017) é uma das faixas inéditas do relançamento do álbum e aposta em uma pegada mais raiz, mas ainda assim, é melhor que a anterior. Apesar de apostar no sertanejo, o álbum conta com faixas que lembram um pouco do início da carreira de Wanessa, Fora de Mim (Wanessa Camargo; César Lemos, 2016) é uma das melhores faixas do álbum, assim como, Agora eu sei (Wanessa Camargo; Márcia Araújo; Dayane Camargo; Lara Menzes, 2016). É nas músicas autorais que Wanessa acerta em cheio com canções românticas na medida certa. Mas o que foi dito anteriormente não quer dizer que as outras faixas sejam de todo ruim. Vai mentir pra lá (Paulo Pires; Guilherme Ferraz; Sando Neto; Ray Antonio; Everton Mattos, 2016), Perseguição (Victor Hugo; Philipe Pancadinha, 2016), Eu quero ser a outra (Karla Aponte; César Lemos, 2011) são faixas que mergulham de vez no estilo do sertanejo, mas com certa inovação, fazendo com que o resultado final do trabalho, seja positivo.

O álbum não é ruim, portanto não supera os outros trabalhos da cantora. A verdade é que falta identidade musical, e após tantas mudanças, é difícil conseguir levar o trabalho a sério. Mudanças são boas, mas a cantora precisa entender que tantas mudanças podem acabar com a credibilidade da cantora com seu público. 
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