Serei breve. Quando
Amor à Vida estreou, esperávamos algo diferente do que está indo ao ar. Os
primeiros meses, o autor conseguiu recuperar público perdido em Salve Jorge,
com uma trama complexa e ousada. Apesar de muitos erros, a novela era boa e
chegava despertar certo interesse, hoje ela se mostra uma história confusa, que
o autor peca nas cenas de sexo, no humor sem graça e nos dramas que não
despertam tanto interesse como antes. Quem não cansou de sequestro? Quem não
cansou de ver a mocinha ser internada em uma clínica? Quem não cansou de dramas
familiares? Pois é, Amor à Vida tem tudo isso, mas o que era para ser histórias
interessantes, ganchos eletrizantes, se tornaram acontecimentos forçados em
busca de audiência.
O personagem de Matheus Solano chega a dar vergonha algumas vezes. O ator está trabalhando muito bem, mas o personagem que tinha tudo pra ser um sucesso, acabou caindo no marasmo e caricatura, personagem chato e sem vida. O drama de Paloma comove, o problema é para onde o autor está levando a história, deixando-a desinteressante e um tanto forçada, como disse antes.
Na verdade, a palavra que define Amor à Vida é forçada. O autor pegou todos os ganchos que poderiam ter em uma novela e colocou todos em menos de um mês no ar. Agora a trama está indo para uma nova fase e até quem começou a assistir à novela do início se sente perdido, pelo fato da mudança de roteiro ser visível. Não sei qual a ideia de Walcyr, e nem sei qual era a ideia de início, mas a certeza que ele mudou muito da história, eu tenho. Começando pela personagem de Marina Ruy Barbosa, que prefiro não falar muito. Só acho que o autor não devia ter insistido nessa trama de fantasma, continuar com a história de Leila e Thales, sem fantasma para atrapalhar, agora Sophia Abrahão entra na trama, para interferir no "golpe perfeito" que Leila acha que deu, isso bastava. Não precisava desse circo todo.
Até janeiro muita coisa vai acontecer, espero que Walcyr recupere um pouco da essência da trama que já não era tão boa, mas agora... É lamentável o rumo que o autor está dando para a trama das nove.